Caso Clínico
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Resumo
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Siping Zhang, Kunju Zhu, Chi Zhang
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Os autores relatam um caso raro de mucormicose cutânea primária causada por infecções por Mucor irregularis e Klebsiella pneumoniae em uma mulher chinesa de 67 anos. Após a administração de anfotericina B lipossomal combinada com cefoperazona/sulbactam sódico, a paciente se recuperou. A combinação de infecção fúngica invasiva e infecção bacteriana cutânea merece atenção.
Palavras-chave: Anfotericina B; Klebsiella pneumoniae; Mucormicose.
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Resumo
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Sayuri Aparecida Hirayama, Cezar Arthur Tavares Pinheiro, Isabelle Maffei Guarenti, Danise Senna Oliveira
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Eritema elevatum diutinum é vasculite benigna, rara e crônica. Manifesta-se como placas, nódulos e pápulas eritematosas, acastanhadas ou xantocrômicas. É comum sua associação com doenças infecciosas, autoimunes ou neoplásicas. O caso descrito envolve paciente com infecção pelo HBV e também pelo HIV com contagem de CD4 < 200 células/mm3, teve o diagnóstico de infecção pelo HIV havia 16 anos e pelo HBV no momento da internação. A terapia iniciada para esse paciente foi dapsona via oral 100 mg/dia com regressão das lesões após 7 meses de tratamento. Foram encontrados na literatura três casos prévios de associação entre eritema elevatum diutinum, infecção pelo HIV e pelo HBV.
Palavras-chave: HIV; Vasculite leucocitoclástica cutânea; Vírus da hepatite B.
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Resumo
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Daíne Vargas Couto, Gunter Hans Filho, Marcelo Zanolli Medeiros, Carolina Faria Santos Vicari, Aline Blanco Barbosa, Luiz Carlos Takita et al.
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A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa crônica, não contagiosa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O tratamento oportuno e adequado é de grande importância para prevenir a evolução da doença para formas destrutivas e graves. O tratamento para a leishmaniose tegumentar americana preconizado pelo Ministério da Saúde é único para todo o país, independentemente da espécie de Leishmania. Sabese que a resposta ao tratamento pode variar de acordo com a cepa do parasito, o estado imunológico do paciente e a forma clínica. Relatamos o caso de uma paciente hígida procedente de Manaus (AM) que apresentou resistência ao tratamento com N-metilglutamina e anfotericina B lipossomal, só obtendo cura após uso de pentamidina.
Palavras-chave: Dermatopatias parasitárias; Leishmania guyanensis; Leishmaniose cutânea; Pentamidina
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Resumo
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Silvio Alencar Marques, Maria Regina Cavariani Silvares, Rosangela Maria Pires de Camargo, Mariangela Esther Alencar Marques
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Histoplasmose é infecção sistêmica endêmica em extensas áreas do continente Americano. Os autores relatam caso de paciente do sexo masculino, de zona urbana com lesões cutâneas e mucosas incomuns de histoplasmose. Investigação adicional posterior revelou infecção subjacente pelo HIV com contagem de células CD4 de 7/mm3. O tratamento foi realizado com anfotericina B, dose total de 2065 mg, seguido por itraconazol 200 mg/dia associado à terapêutica antirretroviral com cura aparente do quadro. Histoplasmose é enfermidade oportunística definidora da síndrome de imunodeficiência adquirida, portanto, diagnóstico clinico de histoplasmose implica em investigação laboratorial de infecção subjacente pelo HIV.
Palavras-chave: ANFOTERICINA B, HISTOPLASMOSE, SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Resumo
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Rosane Orofino Costa, Andrea Reis Bernardes-Engemann, Luna Azulay-Abulafia, Fabiana Benvenuto, Maria de Lourdes Palermo Neves, Leila Maria Lopes-Bezerra et al.
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Os autores apresentam cinco casos de esporotricose em gestantes numa epidemia zoonótica no Rio de Janeiro. São discutidos principalmente os aspectos clínicos e as dificuldades na escolha terapêutica desse grupo específico de pacientes.
Palavras-chave: ANFOTERICINA B, ESPOROTRICOSE, GESTANTES, RESULTADO DE TRATAMENTO, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Antonio Carlos Martins Guedes, Maria de Lourdes R. de Carvalho, Maria Norma Melo
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Relata-se caso de leishmaniose tegumentar americana com lesões proeminentes na face. Os critérios diagnósticos incluíram dados clínicos e epidemiológicos, intradermorreação de Montenegro, identificação de Leishmania pela reação em cadeia da polimerase e resposta clínica ao tratamento. A importância do relato se deve ao fato de se tratar de caso incomum de leishmaniose tegumentar americana.
Palavras-chave: LEISHMANIA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE
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Resumo
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IVONISE FOLLADOR, ACHILÉA CANDIDA LISBOA BITTENCOURT, ALDINA BARRAL, MARIA DA GLÓRIA ORGE, EDGAR CARVALHO et al.
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A leishmaniose tegumentar disseminada é forma pouco freqüente de leishmaniose tegumentar que difere das formas anérgica difusa e cutânea clássica. Caracteriza-se clinicamente pela presença de grande número de lesões papulosas e acneiformes, raramente com ulcerações e com freqüente comprometimento mucoso. O teste intradérmico é positivo, os títulos sorológicos, extremamente elevados, e o exame histopatológico constuma revelar granulomas e padrão folicular. A resposta linfoproliferativa constuma ser bastante variável, o que não justifica chamar de reação de hipersensibilidade ou "leishmanide" como era previamente conhecida no Velho Mundo. Os casos descritos nas Américas estão associados à _Leishmania amazonensise à Leishmania braziliensis_. Os autores relatam um caso dessa forma de leishmaniose, surgido no povoado rural de Canoa, Santo Amaro, Bahia, durante a vigência de um surto da doença, descrevendo as características clínico-laboratoriais do mesmo e comparando os dados com a literatura.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA DISSEMINADA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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CONCEIÇÃO DE MARIA PEDROSO E SILVA, SIRLEI GARCIA MARQUES, RAIMUNDA RIBEIRO DA SILVA, SEBASTIÃO DOS SANTOS SOUSA JUNIOR, DORIAN RICKER TELES DE MENEZES JUNIOR, JACKSON MAURICIO LOPES COSTA et al.
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A cromoblastomicose constitui infecção fúngica granulomatosa com relativa frequência em alguns estados do Brasil, acreditando-se que 95% dos casos ocorram devido a fungos pertencentes ao gênero _Fonsecaea_. No Estado do Maranhão a maioria dos casos ocorre em lavradores. Em função das dificuldades financeiras dos pacientes e de a rede de saúde pública não dispor de medicamentos atuantes na doença, de modo geral os pacientes ficam anos sem tratamento ou o fazem irregularmente, tomando-se refratários às medicações instituídas. Em virtude de tais fatos, são sempre buscadas alternativas terapêuticas e, entre elas, a associação medicamentosa. Neste presente estudo, relata-se o tratamento de três pacientes portadores de cromoblastomicose causada por fungos da espécie _Fonsecaea pedrosoi_, usando o medicamento itraconazol sistêmico associado a anfotericina B intralesional, discutindo-se as perspectivas de utilização dessa associação e a evolução terapêutica.
Palavras-chave: ANFOTERICINA B, CROMOBLASTOMICOSE, ITRACONAZOL
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Resumo
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JACKSON MAURICIO LOPES COSTA, LUCIANA S. MELO, IVAN FIGUEREDO, JOSÉ MANUEL M. REBÊLO, ANA CRISTINA R. SALDANHA, MÔNICA ELINOR ALVES GAMA, ALDINA BARRAL et al.
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A leishmaniose cutânea difusa (LCD) é considerada forma rara da leishmaniose tegumentar (LT), estimando-se que existam aproximadamente 350 casos descritos na literatura mundial. Até o momento,no Brasil,foram descritos 31 casos, correspondendo a 8,9% da casuística mundial, tendo o Estado do Maranhão contribuindo com dez (32,3%)descrições nacionais. Recentemente houve oportunidade de acompanhar dois casos novos de LCD, ambos no interior do estado, elevando a casuística para 12 casos. O parasita responsável pela doença foi a _Leishmania L. amazonensis_ , reiterando os dados disponíveis de que essa é a única espécie a produzir essa forma da doença nesse Estado. Como tratamento foi utilizada a associação de antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime*, via sistêmica), com sulfato de paramomicina (Gabbrox*, por via oral),durante 90 dias,que mostrou boa tolerância,com resposta terapêutica favorável,constituindo mais uma opção terapêutica para a forma LCD,que,até o presente momento,se demonstrava num desafio para a ciência.
Palavras-chave: BRASIL, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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LUIZ VALDA RODRIGUEZ E COLS.
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Apresentamos um paciente de sexo masculino, de 23 anos de idade, com lesões ulcerosas de leishmaniose recidivante em membros inferiores. Uma delas localizada no dorso do pé esquerdo, ao nível da região metatarso-falangiana dos últimos artelhos, desenvolveu osteólise do 4º artelho com lesões osteoporóticas, formações quísticas e acometimento das cartilagens articulares nas estruturas ósseas vizinhas.
Comenta-se a raridade das formas recidivantes e do comprometimento ósseo na leishmaniose e se comparam os relatos da literatura com este primeiro caso observado em nosso país.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA RECIDIVANTE, ALTERAÇÕES ÓSSEAS
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, MARIA CRISTINA BIRKENHAUER, JUAN MANUEL PIÑEIRO MACEIRA, FÁTIMA CONCEIÇÃO SILVA, MAURÍCIO PEREZ et al.
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Foram estudados 65 casos de leishmaniose tegumentar distribuídos em 44 pacientes do sexo masculino e 21 do sexo feminino na faixa etária de 20 a 49 anos, procedentes em sua maioria do Rio de Janeiro e atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ no período de 1978-1989. A úlcera em membro inferior e em mucosa nasal foi a manifestação cutâneo-mucosa mais frequente: 83.61% foram reatores à intradermorreação de Montenegro (>5mm), 68.75% sororeagentes (>1.45) na IF-IG e 49.23% foram positivos para o achado de parasitos que se apresentaram como amastigotas em macrófagos na derme papilar. Cinquenta e três casos foram tratados com a N-metil glucamina em doses que variaram de 8 a 25mg SbV/kg/dia em infusão venosa por período de 10 a 60 dias. Os efeitos colaterais guardaram relação direta co a dose empregada e tempo de administração.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA AMERICANA, LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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Resumo
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SILVIA REGINA C. SARTORI BARRAVIERA, YOSHIO KIY, NEUZA LIMA DILLON, SILVIO ALENCAR MARQUES, JOEL CARLOS LASTÓRIA, PAULO ROBERTO CURI et al.
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A avaliação tardia da função renal foi realizada em 18 indivíduos que receberam anfotericina B no tratamento da paracoccidioidomicose pela determinação do ritmo de filtração glomerular (RFG) pela técnica da anãlise compartimental simplificada, com uso de EDTA Cr51 pela determinação da meia vida biológica do EDTA Crs51 e dosagens de uréia e creatinina séricas.
Dos indivíduos estudados 17 eram do sexo masculino e um do feminino, com idades variando entre 22 e 76 anos sendo que 10 receberam 2g de anfotericina B e oito receberam 4g.
Não houve diferença significativa entre os dois grupos com relação à idade, dose
em mg/kg de peso/dia, tempo de término do tratamento, valores de uréia, creatnina, ritmo de filtração glomerular e meia vida biológica do EDTA Crsr.
Analisando-se os dados em conjunto, notamos que a média dos valores de ritmo de filtração glomerular foi menor que a normalidade e a média dos valores de meia vida biológica do EDTA Cr51 maior que o normal.
Os resultados obtidos permitiram considerar que a anfotericina B determina déficit de função renal. Entretanto, pelo presente estudo não foi possível afirmar se as alterações são permanentes ou não.
Palavras-chave: EDTA CR51, FUNÇÃO RENAL, ANFOTERICINA B, PARACOCCIDIOIDOMICOSE
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Resumo
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RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO, SIMONE KARST PASSOS SOARES, ANA DE CÁSSICA ROSA, EDUARDO MARTINS NETTO, ALBINO VERÇOSA MAGALHÃES, PHILIP DAVIS MARSDEN et al.
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As principais razões para a escolha da pentamidina no presente ensaio terapêutico foram a alta taxa de recidiva de casos de forma mucosa de leishmaniose tegumentar com o tratamento pelos antimoniais pentavalentes e o fato deste medicamento ter sido usado com sucesso na forma cutãnea da doença.
Seis pacientes com forma mucosa de leishmaniose tegumentar diagnosticados clinicamente por exame dermato-otorrinolaringológico, reação intradérmica de Montenegro, cultura, inoculação em hamster e esfregaço de material obtido das lesões, exame histopatológico e pesquisa de anticorpos circulantes, foram tratados com pentamidina na dose de 200mg em dias alternados, com dose total entre 2,3 a 5,9g, de acordo com a clínica.
Houve cura clínica e parasitológica de cinco casos, com acompanhamento variando de 12 a 24 meses após o tratamento. No único caso de falha, tratava-se de um paciente que também não respondeu ao tratamento com Glucantime. Entre os efeitos colaterais estão um caso de diabetes mel] itus, alterações transitórias de glicemia em dois casos e abscesso glúteo em um, concluindo-se ser boa a resposta terapêutica à pentamidina dos casos da forma mucosa de leishmaniose tegumentar.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PENTAMIDINA
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Resumo
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DOMINIQUE SAINTE MARIE
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Os autores apresentam a sua experiência no tratamento da leishmaniose cutânea com a pentamidina, em vários esquemas terapêuticos, assinalando os bons resultados e a regular tolerância ao medicamento. O esquema mais prático, idealizado por eles, parece ser o da administração em infusão venosa em dose única de três a quatro ampolas (360 a 480mg). Enfatizam eficácia, tolerabilidade, baixo custo e facilidade de administração em regiões distantes, onde o paciente ou a equipe médica tem dificuldade de retornar em curto período de tempo.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA, PENTAMIDINA
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Resumo
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EDILÉIA BAGATIN, LUIZ CARLOS CUCÉ
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Os autores estudaram a nefrotoxicidade da anfotericina B em oito doentes de paracoccidioidomicose e dois de cromomicose, tentando correlacionar a dose total da droga com o grau de lesão renal. Foram realizadas, após o tratamento, provas de função renal e biópsia renal percutânea.
Observaram que nos dois doentes tratados com dose total inferior a 4g não se evidenciava lesão funcional ou anatomopatológica dos rins, enquanto que em quatro doentes com dose total superior a 4g e em dois com dose total acima de 15g de anfotericina B as lesões renais eram evidentes, embora sem haver correlação entre o grau de lesão e a dose total administrada.
Palavras-chave: CROMOMICOSE, ANFOTERICINA B, PARACOCCIDIOIDOMICOSE, NEFROTOXICIDADE
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Dermatologia tropical / infectoparasitária
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Marcelo Rosandiski Lyra, Alan Bittencourt da Silva, Cláudia Maria Valete-Rosalino, Maria Inês Fernandes Pimentel
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As lesões genitais constituem apresentação incomum da leishmaniose tegumentar americana. Condições como leishmaniose cutânea disseminada e infecção por HIV podem estar associadas ao acometimento genital. Nosso objetivo é apresentar cinco casos de leishmaniose tegumentar americana com lesões genitais e discutir aspectos clínicos e epidemiológicos observados em nossa casuística.
Palavras-chave: Infecções do sistema genital; Leishmania braziliensis; Leishmaniose cutânea; Leishmaniose mucocutânea.
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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EDSON BORGES DE LIMA, CLAUDIA PORTO, JORGETH DE OLIVEIRA CARNEIRO DA MOTTA, RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO
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A leishmaniose tegumentar americana é doença infecciosa da pele e mucosa, cujo agente etiológico é um protozoário do gênero Leishmania. Seu tratamento é desafio porque as drogas disponíveis apresentam elevada toxicidade, e nenhuma delas é bastante eficaz. A recidiva, a falha terapêutica em pacientes imunodeprimidos e a resistência ao tratamento são fatores que motivam a busca de uma droga ideal.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA/TERAPIA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA/DIAGNÓSTICO, ANTIMÔNIO, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Farmacologia clínica
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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ANTÔNIO CARLOS FRANCESCONI DO VALE, BODO WANKE, NIZIO DOS SANTOS LIMA, NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, MAURÍCIO PEREZ et al.
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São analisados retrospectivamente 500 pacientes com paracoccidioidomicose atendidos no Hospital Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, no período, de 1960 a 1986. Os resultados ao término do tratamento com o emprego dos sulfanilamídicos, anfotericina B, associação sulfametoxazol/trimetoprim, cetoconazol e miconazol mostraram eficácia semelhante. A sulfamidoterapia curou a doença, principalmente da forma clínica tipo adulto; a anfotericina B, eficaz em todas as formas clínicas da doença, mostrou-se comparativamente melhor quando complementada com sulfanilamídicos ou imidazólico do que a aplicação isolada. A associação sulfametoxazol/trimetoprim cura a doença, mas não foi útil nos casos resistentes aos sulfamídicos. O cetoconazol foi eficaz, inclusive em casos resistentes aos outros tratamentos; encontramos os piores resultados na forma clínica tipo juvenil e o miconazol cura a doença na forma clínica tipo adulto. As drogas foram bem toleradas mas em todos os casos tratados com a anfotericina B ocorreram efeitos cerebrais.
Palavras-chave: CETOCONAZOL, SULFANILAMÍDICOS, SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIM, PARACOCCIDIOIDOMICOSE, TRATAMENTO, ANFOTERICINA B, MICONAZOL
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Resumo
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ALCIDARTA DOS REIS GADELHA, WANDBERGH CALDAS DE OLIVEIRA, IRINEIDE DE JESUS ASSUNÇÃO, HEITOR VIEIRA DOURADO
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Os autores relatam os resultados obtidos no tratamento de 63 casos de leishmaniose tegumentar americana empregando o metanossulfonato de pentamicidina (Lomidine) em dose única e endovenosa.
Na dose de 120 a 480mg em 100 a 250ml de soro glicosado a 5%, a eficácia foi de 76%.
Considerando as reações colaterais e as contra-indicações da pentamidina, recomendam a sua utilização somente em alguns casos de recidiva ou rebeldes ao tratamento antimonial.
Palavras-chave: PENTAMIDINA ENDOVENENOSA, LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ciro Martins Gomes, Fabiana dos Santos Damasco, Orlando Oliveira de Morais, Carmen Déa Ribeiro de Paula, Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio et al.
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Paciente do sexo masculino, 18 anos. Dois anos após tratamento insuficiente para leishmaniose tegumentar americana, apresentou, na mesma localização, lesão formada por cicatriz atrófica central e nódulos verrucosos na periferia. Era imunocompetente, hígido e negava qualquer trauma local. O diagnóstico de leishmaniose recidiva cutis foi feito através de cultura do aspirado da lesão. Realizou tratamento com N-metilglucamina (20mgSbV/kg/dia) associado à pentoxifilina (1200mg/dia) durante 30 dias alcançando cura clínica. Os casos semelhantes requerem atenção diferenciada pela dificuldade ao tratamento.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA, PENTOXIFILINA, RECIDIVA, TERAPÊUTICA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Agostinho Gonçalves Viana, Wilson Mayrink, Luciana Maria Silva, Patrícia Luciana Batista Domingos, Paulo Rogério Ferreti Bonan, Alfredo Maurício Batista de Paula, Ana Cristina de Carvalho Botelho et al.
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FUNDAMENTOS: A histopatologia e as respostas imunológicas do processo de cura da leishmaniose são ainda pouco estudadas. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar os aspectos histopatológicos e imunológicos das lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar, antes e após diferentes métodos terapêuticos. MÉTODOS: Foram estudados 23 indivíduos agrupados de acordo com os tratamentos: Glucantime, Glucantime + Leishvacin e Glucantime + Leishvacin associado com Bacilo Calmette-Guerin. Para a análise das alterações histopatológicas presentes na derme e epiderme, cortes histológicos foram corados com hematoxilina e eosina. Para avaliar a expressão de interferon (IFN)-¿, interleucina (IL) 12, IL-10 e IL-4 foi utilizada a técnica de imuno-histoquímica antes e após o tratamento. RESULTADOS: Antes do tratamento houve um intenso infiltrado de células mononucleares, após o tratamento, mesmo com um diagnóstico de cura clínica, apresentou-se ainda um moderado processo inflamatório. Na análise imuno-histoquímica, notamos uma diferença entre as citocinas, com expressão aumentada de citocinas IFN-¿ e IL-12 em comparação com IL-10 e IL-4 tanto antes quanto depois do tratamento, e comparativamente, a diferença nesta expressão mostrou-se mais intensa antes do tratamento. No entanto, a expressão das citocinas analisadas por grupo de tratamento não mostraram diferenças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Concluímos que uma cura clínica nem sempre coincide com a cura histopatológica, e que antes do tratamento há uma predominância de citocinas Th1. Para os tratamentos, não houve diferença na progressão da cura para todos os três tipos de tratamento, indicando a equivalência clínica dos tratamentos.
Palavras-chave: CITOCINAS, HISTOLOGIA, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Patrícia Luciana Batista Domingos, Carlos Alberto de Carvalho Fraga, Paulo Rogério Ferreti Bonan
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FUNDAMENTOS: As leishmanioses são zoonoses consideradas um problema de saúde pública, representando um grupo de doenças complexas, com uma diversidade de amplo espectro clínico e epidemiológico. A leishmaniose é uma doença causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania spp. A evolução da patologia e a resolução da leishmaniose são dependentes principalmente da espécie de Leishmania envolvida; embora o perfil das citocinas tenha um importante papel no desenvolvimento da resposta imune. OBJETIVOS: Proporcionar mais conhecimentos sobre os eventos inflamatórios na leishmaniose tegumentar através da avaliação da imunoexpressão de OX40, CD20, IFN-¿ e IL-4. MÉTODOS: Foram coletadas amostras de tecido de 41 pacientes, com idade variando entre 6 a 90 anos, com úlceras indolentes na pele confirmados através de exames de diagnóstico como leishmaniose tegumentar. As lesões foram submetidas a imunomarcação das proteínas OX40, CD20, IFN-¿ e IL-4. RESULTADOS: Observamos uma maior expressão de IFN-¿ em comparação com IL-4, com diferenças estatisticamente significativa (p = 0,009). Além disso, OX40 tinha maior expressão quando comparada com IL-4 (p < 0,001). CONCLUSÃO: O presente estudo indica que a resposta imune nas lesões de LTA está associada a um processo de cura, que pode ser explicado pela maior expressão de IFN-¿ quando comparadas com os níveis de IL-4.
Palavras-chave: CITOCINAS, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Agostinho Gonçalves Viana, Patrícia Luciana Batista Domingos, Carlos Alberto de Carvalho Fraga, Paulo Rogério Ferreti Bonan
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FUNDAMENTOS: A leishmaniose é causada pelo protozoário do gênero Leishmania spp., sendo transmitida via picada do inseto flebotomíneo. Estima-se que 12 milhões de indivíduos estejam infectados com a doença, sendo a incidência anual de 2 milhões, número este que tende a aumentar. OBJETIVOS: Avaliar a expressão de miofibroblastos através da imunomarcação de actina de músculo liso alfa, e analisar sua relação com a expressão de citocinas IFN-¿ e TGF-ß1 nas lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar americana. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, em que foram avaliados 28 pacientes diagnosticados com leishmaniose tegumentar americana durante o período de 2002 a 2006. Na técnica de imuno-histoquímica avaliou-se a presença de miofibroblastos, através do marcador actina de músculo liso alfa, além da imunomarcação do IFN-¿ e TGF-ß1 para identificar o perfil dessas citocinas nos casos positivos e negativos para miofibroblastos. RESULTADOS: Observou-se que dos 28 casos, 17 (60,71%) foram positivos para actina de músculo liso alfa, enquanto 11 (39,29%) foram negativos. IFN-¿ teve uma maior expressão do que TGF-ß1 (p=0,007). A porcentagem média de expressão de IFN-¿ e TGF-ß1 no grupo negativo para actina de músculo liso alfa foi diferente, apresentando uma maior expressão de IFN-¿ (p=0.047). Entretanto, o grupo positivo para actina de músculo liso alfa não apresentou uma diferença estatisticamente significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: Verificou-se uma expressão de actina de músculo liso alfa nos casos de leishmaniose tegumentar americana, indicando a presença de miofibroblastos. Nos casos negativos para actina de músculo liso alfa, observou-se uma maior expressão de IFN-¿ comparando com TGF-ß1, revelando que a fase inflamatória está envolvida no processo de cicatrização da lesão.
Palavras-chave: CITOCINAS, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, MIOFIBROBLASTOS
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Resumo
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Linton Wallis Figueiredo Souza, Simone Vilas Trancoso Souza, Ana Cristina Carvalho Botelho
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FUNDAMENTOS: O conhecimento das relações entre diferenças geográficas específicas e a histopatologia da leishmaniose tegumentar americana é limitada devido à complexidade espacial e temporal da interação hospedeiro-parasito.
OBJETIVOS: Descrever a distribuição geográfica do padrão histopatológico da leishmaniose tegumentar americana na forma cutânea localizada e a relação com a espécie de Leishmania.
MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e analítico, de uma amostra de 55 pacientes de Montes Claros e 32 de Caratinga, Minas Gerais, comparando com diferentes regiões do Brasil através de avaliações históricas, microregionais e da construção de intervalos de confiança.
RESULTADOS: Na forma cutânea da leishmaniose tegumentar americana, foi encontrada uma preponderância de reações exsudativas-celulares nos municípios de Caratinga, leste de Minas Gerais, Montes Claros, norte de Minas Gerais e Uberlândia, Triângulo mineiro, e também nos estados de Mato Grosso e Ceará. As reações exsudativas-necróticas-granulomatosas encontradas foram mais freqüentes em áreas do norte do Brasil, principalmente nos estados do Amazonas e Pará. As reações exsudativas-necróticas foram as formas mais freqüentes de apresentação encontradas em todas as áreas no Brasil quando a predominância de L. braziliensis foi menor que 90% em relação às outras espécies.
CONCLUSÕES: Existe uma variação geográfica da resposta inflamatória imune na leishmaniose tegumentar americana. As correlações geográficas entre as espécies predominantes de Leishmania e o espectro histopatológico da leishmaniose tegumentar americana, que até que o presente estudo não tinha sido realizada, permite novas abordagens nos estudos de subpopulações de Leishmania em áreas com uma predominância de uma espécie e provê evidência das variações no comportamento biológico de diferentes espécies.
Palavras-chave: GEOGRAFIA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, PATOLOGIA, PELE
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Resumo
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Leandro Ourives Neves, Anette Chrusciak Talhari, Ellen Priscilla Nunes Gadelha, Roberto Moreira da Silva Júnior, Jorge Augusto de Oliveira Guerra, Luiz Carlos de Lima Ferreira, Sinésio Talhari et al.
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FUNDAMENTOS: O tratamento da leishmaniose tegumentar americana (LTA) ainda constitui desafio, pois a maioria dos medicamentos é injetável e têm-se poucos ensaios clínicos randomizados comparando a eficácia das drogas. Além disso, é provável que as espécies de Leishmania tenham influência nas respostas terapêuticas.
OBJETIVOS: Avaliar e comparar a eficácia e a segurança dos esquemas de tratamento na LTA, ocasionada por Leishmania (Viannia) guyanensis.
MÉTODOS: 185 pacientes foram selecionados, conforme critérios de elegibilidade, e distribuídos, aleatoriamente, em 3 grupos – 2 com 74 enfermos e outro com 37 - que receberam, respectivamente, antimoniato de meglumina, isotionato de pentamidina e anfotericina B em doses, períodos e vias de administração padronizados. Os enfermos foram reexaminados um, dois e seis meses após o final dos tratamentos.
RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos terapêuticos em relação ao sexo, idade, número ou local das lesões. A análise por intenção de tratar (ITT) mostrou eficácias de 58,1% para a pentamidina e 55,5% para o antimoniato (p=0,857). O grupo da anfotericina B foi analisado separadamente, pois 28 (75,7%) pacientes negaram-se a continuar no estudo após a randomização. Eventos adversos leves ou moderaos foram relatados por 74 (40%) pacientes, principalmente artralgia (20,3%), para o grupo do antimoniato, e dor (35,1%) ou enduração (10,8%) no local das injeções para a pentamidina.
CONCLUSÕES: A pentamidina tem eficácia similar ao antimonial pentavalente para o tratamento da LTA ocasionada por L. guyanensis. Face aos baixos resultados de eficácia apresentados por ambas as drogas, necessita-se, com urgência, investigar novas opções terapêuticas para esta enfermidade.
Palavras-chave: ANFOTERICINA B, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, MEGLUMINA, PENTAMIDINA, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio, Íris Campos Lucas, Arnoldo Velloso da Costa Filho
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FUNDAMENTOS: O tratamento de primeira escolha da leishmaniose tegumentar americana é a N-metil-glucamina que tem alta toxicidade, exige administração parenteral e nem sempre cura. A azitromicina mostrou ação in vitro e resultado contraditório na doença humana.
OBJETIVO: Verificar se a associação N-metil-glucamina+azitromicina é mais eficaz do que N-metil-glucamina no tratamento da leishmaniose experimental.
MÉTODOS: 25 camundongos inoculados com a cepa C57BL/6 de L. (L.) amazonensis foram divididos em dois grupos. Um foi tratado com 400mgSbV/kg/dia de N-metil-glucamina associado a 200mg/kg/dia de azitromicina durante 20 dias, e o outro com N-metil-glucamina, na mesma dose, durante o mesmo tempo. Foi feita avaliação clínica e parasitológica com análise estatística.
RESULTADO: Na avaliação clínica, pesquisa de amastigotas e das culturas, não houve diferença estatística. Verificou-se, entretanto, diferença significante no resultado das culturas realizadas através de diluição limitante, que desfavoreceu a associação NMG+ azitromicina.
CONCLUSÃO: A associação N-metil-glucamina e azitromicina não demonstrou mais eficácia do que o N-metil-glucamina em uso isolado.
Palavras-chave: AZITROMICINA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO, GILBERTO BROWN DE ANDRADE, ANTONIO CÉSAR PEREIRA, EURICO APARECIDO DA SILVA, CÉSAR AUGUSTO CUBA CUBA et al.
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*Fundamentos:* O PCR tem alta sensibilidade no diagnóstico da LTA, mas é caro e distante da prática. A cultura e o esfregaço são práticos, mas pouco sensíveis.
*Objetivo:* O objetivo deste trabalho foi comparar os dois últimos métodos, buscando maior sensibilidade e menor custo.
*Métodos:* Foram comparados três meios de cultura no isolamento de leishmânia: Difco agar sangue + Schneider + soro bovino fetal (20%); Difco agar sangue + Schneider + urina humana (2%); Schneider + urina humana (2%). Foram comparadas, também, duas técnicas de pesquisa de amastigotas: esfregaço realizado com biópsia, ou raspado através de palito (matchstick).
*Resultados:* Os índices de positividade e contaminação (29 a 33% e 8 a 11%, respectivamente, p>0.05) foram semelhantes na comparação dos cultivos. Os esfregaços com biópsia, ou palito também não tiveram diferenças significativas (14 e 19%, respectivamente, p> 0,05). A Leishmania (Viannia) braziliensis predominou.
*Conclusão:* No Brasil, a urina pode substituir o soro fetal bovino. Há vantagem na relação custo/benefício. A urina não tem custo enquanto 500ml de soro bovino fetal custa 185 dólares.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA., DIAGNÓSTICO, LEISHMANIA BRAZILIENSIS
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Resumo
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LUCAS SOUZA CARMO NOGUEIRA, RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO
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*Fundamentos:* A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é doença de importante prevalência no Brasil, apresentando nas últimas décadas mudanças em relação a seu padrão epidemiológico e distribuição pelo país.
*Objetivos:* Caracterizar epidemiologicamente os pacientes portadores de LTA atendidos no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e definir respostas ao tratamento.
*Material e Método:* Série de casos a partir de protocolos preenchidos pelos dermatologistas do HUB entre 01/01/1994 e 30/04/1998.
*Resultados:* Predomínio de homens (66,2%), na faixa etária em que são mais requisitados para o trabalho (38,8%), lavradores (26,1%), com a forma cutânea da doença (58,8%), e com boa resposta ao tratamento com a N-metil-glucamina, em especial para formas exclusivamente cutâneas (79,1%). As formas mucosas responderam ao tratamento em menos casos (67,6%). Não houve influência estatisticamente comprovada sobre o prognóstico dos pacientes de fatores como número e local das lesões cutâneas, além do uso de tratamentos anteriores.
*Conclusões:* Este estudo sugere que a transmissão profissional ainda representa importante forma de transmissão da LTA, embora isso esteja se alterando lentamente. Acredita-se que a elevação do percentual das formas cutâneas em relação a estudo anterior realizado nesse mesmo hospital se deva ao fato de os autores avaliarem um ambulatório de referência, com demanda progressivamente maior para essa moléstia, e à autoctonia da doença no Distrito Federal.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA., EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIOSE
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Resumo
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ITAMAR SANTOS, ITAMAR BELO DOS SANTOS, DIVA MONTENEGRO, ELDER ROCHA LEMOS, TÁRCIO DOS SANTOS PEREIRA et al.
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Resumo: FUNDAMENTOS - A leishmaniose tegumentar americana é endêmica no Nordeste brasileiro.
OBJETIVO - Contribuir com mais uma avaliação do itraconazol enquanto agente terapêutico contra a leishmaniose.
MÉTODOS - Vinte e seis pacientes do sexo masculino, com idade entre 18 e vinte anos, com período médio de três meses de doença foram incluídos no estudo. Como meios de diagnóstico foram usados anamnese e aspecto clínico da lesão, pesquisa direta da leishmania na lesão, reação de Montenegro e imunoflucuescência indireta. Todos os pacientes receberam 100mg/dia de itraconazol, por via oral, durante sessenta dias, tendo apenas um necessitado complementação por mais trinta dias.
RESULTADOS - Foi obtida regressão total das lesões nos 26 pacientes, com seguimento de nove meses sem alterações. Os efeitos colaterais foram discretos e reversíveis.
CONCLUSÃO - Considera-se o itraconazol mais uma opção terapêutica contra a leishmaniose.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE, TERAPÊUTICA
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Olga Laura Sena Almeida, Jussamara Brito Santos
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INTRODUÇÃO: O arsenal terapêutico contra a leishmaniose tegumentar é muito restrito. Os antimoniais pentavalentes permanecem como as drogas de escolha para seu tratamento há mais de 50 anos. Apesar da suaeficácia, necessita de injeções diárias, apresenta muitos efeitos colaterais e tempo de cura prolongado.
OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre os avanços no tratamento da leishmaniose tegumentar
do novo mundo nos últimos dez anos.
METODOLOGIA: Realizou-se em junho de 2009 uma busca eletrônica nas bases de dados Pubmed, LILACS e na biblioteca eletrônica Scielo. As palavras de busca em inglês foram: “cutaneous”, “leishmaniasis” e “treatment”.
Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, placebo controlados. Utilizou-se a escala de Jadad para avaliar a qualidade dos estudos selecionados.
RESULTADOS: Segundo os critérios de inclusão e exclusão, apenas 8 artigos foram selecionados. As drogas avaliadas
nos estudos selecionados foram Glucantime®, miltefosine, imunoterapia, imiquimod, rhGM-CSF, pentoxifilina e paramomicina.
CONCLUSÃO: Apesar de a leishmaniose tegumentar ser um importante problema de saúde pública, os dados publicados
sobre o uso de novas drogas para o tratamento da leishmaniose tegumentar em nosso meio ainda são bastante
limitados.
Palavras-chave: Leishmaniose cutânea, Leishmaniose mucocutânea, Terapêutica
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