Artigo de revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Francisco Miguel Camacho-Martínez, Elena Rodríguez Rey, Francisco Camacho Serrano, Adriana Wagner
|
Enquanto normalmente o tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas mostra resultados moderados, o tratamento com bleomicina revelou resultados mais promissores. Este estudo foi dividido em duas partes. Na primeira parte, o objetivo foi mostrar os resultados da utilização de uma combinação de bleomicina e acetonido de triancinolona por cm2 (BAT). Na segunda parte, o objetivo foi determinar a resposta aos dois medicamentos em queloides grandes, que foram divididos em quadrados de 1 cm2, tratando cada quadrado com a dose utilizada anteriormente. Na primeira parte do estudo, a resposta clínica de 37 queloides de 0,3 to 1,8 cm2 tratados com BAT foi monitorada por um período de 1 a 2 anos. Injeções de 0,375 UI de bleomicina e 4 mg de acetonido de triancinolona foram aplicadas a cada 3 meses. Na segunda parte do estudo, revisamos a resposta clínica em 6 pacientes com queloides grandes. A dose mensal administrada nunca excedeu 3 UI de bleomicina. O primeiro estudo mostrou que 36 queloides (97,29%) amoleceram após a primeira dose. No segundo estudo, 5 mostraram diferentes respostas (a resposta foi completa nos quatro queloides menores). O queloide maior necessitou de 9 doses para apresentar melhora de 70%. Concluindo, o tratamento combinado com 0,375 UI de bleomicina e 4 mg de acetonido de triancinolona por cm2foi considerado um procedimento aceitável para o tratamento de queloides. Os melhores resultados foram obtidos em queloides com mais de 1 cm2 ou divididos em áreas de 1cm2. Estudos mais amplos deveriam ser realizados, para confirmar esses resultados.
Palavras-chave: BLEOMICINA, QUELÓIDE, TRIANCINOLONA ACETONIDA
|
Resumo
|
SORAYA NEVES MARQUES BARBOSA DOS SANTOS, EUSTÁQUIO CLARET DOS SANTOS, TANCREDO FURTADO
|
Revisão da literatura sobre neurofibromatose segmentar a partir de 1956, quando foi descrita pela primeira vez por Crowe. Identificação de 54 casos, dos quais apenas 22 se enquadravam dentro dos rígidos critérios da forma segmentar verdadeira.
Palavras-chave: DOENÇA DE VON RECKLINGHAUSEN
|
Caso Clínico
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Mariana Isis Wanczinsnki, Clóvis Antonio Lopes Pinto, Flávia Trevisan, Paulo Rowilson Cunha, Luz Marina Hannah Grohs et al.
|
Os linfomas cutâneos de células B representam 25% de todos os linfomas cutâneos primários. Apresentam envolvimento da pele sem evidência de doença sistêmica ou extracutânea no momento do diagnóstico, com o estadiamento adequado, e diferem significantemente das formas nodais equivalentes quanto ao comportamento clínico e ao prognóstico. A distinção entre linfomas de células B primários e secundários da pele é essencial para a definição do prognóstico e da conduta e é muito difícil de ser realizada, uma vez que eles são clínica e histopatologicamente indistinguíveis. Relatamos o caso de um paciente com linfoma cutâneo primário de células B centrofolicular, que foi submetido à exérese cirúrgica da lesão.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Leucemia-linfoma linfoblástico de células precursoras; Linfoma de células B; Linfoma folicular; Linfoma não Hodgkin; Linfoma de zona marginal tipo células B
|
Resumo
|
Amanda Braga Peixoto, Poliana Santin Portela, Fabiano Roberto Pereira de Carvalho Leal, Arles Martins Brotas, Nilton Carlos dos Santos Rodrigues et al.
|
O fenômeno de Lúcio representa uma reação cutânea necrosante grave que pode ocorrer na hanseníase de Lúcio e em outras formas de hanseníase virchowiana. Os autores relatam o caso de um paciente masculino de 63 anos de idade apresentando há um ano lesões ulceronecróticas nos membros, lóbulos auriculares e tronco, associadas a sinusite de repetição, rouquidão e perda ponderal de 25 kg. A baciloscopia de raspado intradérmico mostrou índice baciloscópico de 5 e o exame histopatologico foi compatível com fenômeno de Lúcio. O tratamento instituído foi exclusivamente com poliquimioterapia multibacilar (PQT-MB), havendo melhora importante do quadro cutâneo após um mês de tratamento. Os autores apresentam um caso exuberante de fenômeno de Lúcio que obteve excelente resposta ao tratamento somente com PQT-MB.
Palavras-chave: Hanseníase Virchowiana; Quimioterapia combinada; Resultado de tratamento
|
Resumo
|
Marcelo Corti, María Florencia Villafañe, Alicia Bistmans, Ana Campitelli, Marina Narbaitz et al.
|
Os linfomas Não-Hodgkin primários de tecidos moles são muito raros e responsáveis por somente 0,1% dos casos. Geralmente, os linfomas Não-Hodgkin de tecidos moles se apresentam como massas subcutâneas sem evidência de comprometimento dos nódulos ou da pele. Descrevemos aqui quatro casos de linfomas Não-Hodgkin primário de tecidos moles em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana. O local mais comum de comprometimento foi a parede torácica em todos os pacientes; os exames histopatológico e imunofenotípico do esfregaço da biópsia revelaram dois casos de linfoma plasmablástico, um linfoma de Burkitt e um linfoma difuso de grandes células B. O linfoma Não-Hodgkin deve ser incluído no diagnóstico diferencial de massas de tecidos moles nos pacientes soropositivos para vírus da imunodeficiência humana.
Palavras-chave: HIV, LINFOMA DE CÉLULAS B, LINFOMA NÃO HODGKIN, NEOPLASIAS DE TECIDOS MOLES, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
|
Resumo
|
Rodrigo Monteiro, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, Marcelo Guimarães Tiezzi, Eduardo Vinícios Mendes Roncada, Claudia Cardoso Macedo de Oliveira, Luciena Cegatto Martins Ortigosa et al.
|
Define-se o fenômeno de Lúcio como uma variante da reação hansênica do tipo 2. Evento raro, que ocorre na evolução da hanseníase de Lúcio e de outras formas de hanseníase virchowiana. Tem na sua fisiopatologia uma proliferação exacerbada dos bacilos de Hansen, que invadem a parede dos vasos sanguíneos e agridem as células endoteliais, causando proliferação endotelial e diminuição do lúmen vascular, fato este, que associado a reações inflamatórias e a alterações no sistema da coagulação, causa trombose vascular, isquemia, infarto e necrose tecidual, gerando as alterações histopatológicas características do fenômeno. Relatamos um caso de hanseníase virchowiana, com tratamento irregular, que desenvolveu o fenômeno de Lúcio. Recebeu tratamento com poliquimioterapia, antibióticos, corticosteróide e talidomida, evoluindo com desfecho clínico favorável.
Palavras-chave: COAGULAÇÃO SANGUÍNEA, ERITEMA NODOSO, HANSENÍASE VIRCHOWIANA, QUIMIOTERAPIA, TERAPÊUTICA, TRANSTORNOS DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA, TROMBOSE
|
Resumo
|
Carolina Villela da Rocha Miranda, Fernanda de Marca Filgueiras, Daniel Lago Obadia, Alexandre Carlos Gripp, Maria de Fátima Scotelaro Guimarães Alves et al.
|
A síndrome de Sweet é enfermidade cutânea rara e de etiologia pouco esclarecida. Cerca de 20% dos casos são associados a neoplasias hematológicas, sendo raros os casos relacionados à doença de Hodgkin. Relata-se caso de paciente masculino de 57 anos que desenvolveu a síndrome concomitantemente à neoplasia. As doenças foram controladas com o tratamento específico.
Palavras-chave: DOENÇA DE HODGKIN, NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS, SÍNDROME DE SWEET
|
Resumo
|
Bárbara Nader Vasconcelos, Marcela Duarte Villela Benez, Aline Lopes Bressan, Elisa Fontenelle de Oliveira
|
Relatamos um caso de higroma cístico na face de uma criança de quatro meses de idade. Havia história de aumento de volume congênito na hemiface direita que involuiu consideravelmente após sinais de infecção. O higroma cístico ou linfangioma é uma malformação congênita rara do sistema linfático, presente ao nascimento em 50% dos casos. Localiza-se preferencialmente na região cervical e na face. Geralmente evolui com crescimento lento e progressivo, podendo comprimir e infiltrar estruturas adjacentes. Sua regressão espontânea ocorre em apenas 6% dos casos.
Palavras-chave: BLEOMICINA, INFECÇÃO, LINFANGIOMA CÍSTICO, SISTEMA LINFÁTICO
|
Resumo
|
Renato Soriani Paschoal, Renata Nahas Cardilli, Darlene Arruda, Belinda Pinto Simões, Cacilda da Silva Souza et al.
|
Linfoma subcutâneo de células T paniculite-símile foi recentemente reconhecido como entidade clínico-patológica. Paciente do sexo feminino, 17 anos, relatou nodosidades eritêmato-violáceas e depressões nos membros e abdome há três anos e discreta perda ponderal, sem outros sintomas gerais. Adenomegalia, visceromegalias e infiltração da medula óssea estavam ausentes, e a histopatologia da pele mostrou densa infiltração de linfócitos atípicos CD3/CD8 no subcutâneo. A quimioterapia interrompeu o surgimento de novas lesões com remissão das pré-existentes no seguimento de oito meses. Aspectos imunofenotípicos e moleculares são relevantes para elucidação diagnóstica e avaliação do prognóstico.
Palavras-chave: IMUNOISTOQUÍMICA, LINFOMA NÃO HODGKIN, PANICULITE
|
Resumo
|
ADA LOBATO QUATTRINO, JÚLIO CÉSAR GOMES SILVEIRA, CÍNTIA DINIZ, MARIA DO CARMO BRIGGS, ENÖI VILAR et al.
|
Os autores descrevem caso de paciente de dois anos de idade, apresentando lesões pápulovesiculosas no tronco que evoluíram para crostas, além de tumorações com necrose na região cervical. Durante a internação, observou-se estrabismo convergente à direita, de instalação súbita. Os exames histopatológico e imuno-histoquímico das lesões cutâneas comprovaram tratar-se de histiocitose de células de Langerhans, sendo o paciente submetido à quimioterapia com melhora importante do quadro.
Palavras-chave: CELÚLAS DE LANGERHANS, HISTIOCITOSE, QUIMIOTERAPIA
|
Resumo
|
APARECIDA MACHADO DE MORAES, SÍLVIA HELENA RODRIGUES LEITE, MARIA LETÍCIA CINTRA, ELIANE RAMIRES TERRAZAS, ELEMIR MACEDO DE SOUZA et al.
|
Doença de Bowen designa carcinoma in situ cuja evolução é lenta e progressiva, geralmente assintomática. Na região perianal essa lesão é pouco freqüente, ocorrendo mais em indivíduos jovens. Quando acomete áreas que não sofreram exposição solar, outros fatores podem estar associados, como HPV, doenças inflamatórias ou neoplasias de cólon. A doença pode ser tratada com cirurgia convencional, criocirurgia ou terapia fotodinâmica. O objetivo é relatar um raro caso clínico da doença de Bowen, em paciente do sexo feminino, jovem, negra, que apresentava uma extensa lesão na região perianal com positividade para HPV. A paciente estava em tratamento para retocolite ulcerativa com suspeita de ter, associadamente, doença de Crohn. Foi tratada com criocirurgia e evoluiu com boa cicatrização do local, sem apresentar sinais de recidiva 34 meses após o tratamento.
Palavras-chave: DOENÇA DE BOWEN., CRIOCIRURGIA
|
Resumo
|
ROSELI TEREZINHA RUARO, MICHELLE CRISTINE TOKARSKI, ADRIANA VIDAL TARASTICHUCK, LISMARY APARECIDA DE FORVILLE MESQUITA, SÉRGIO OSSAMU IOSHII, ELIANE TOKARS KLUPPEL et al.
|
Os autores relatam o caso de paciente do sexo feminino, 55 anos de idade, que cinco meses após o diagnóstico de linfoma não Hodgkin de baixo grau apresentou lesões em placas eritemato-violáceas, infiltradas, com alteração da sensibilidade na porção inferior de coxa direita. A histopatologia mostrou infiltrado linfo-histiocitário na derme em arranjo granulomatoso, contendo bacilos álcoolacidorresistentes. O diagnóstico foi de hanseníase dimorfa associada a linfoma não Hodgkin. O objetivo deste artigo é relatar a raridade do curso paralelo das duas doenças, que têm em comum a alteração do estado imunológico.
Palavras-chave: LINFOMA NÃO HODGKIN., HANSENÍASE, LINFOMA
|
Resumo
|
OMAR LUPI DA ROSA SANTOS, LUCIANA DE ARAUJO SOUTO, PABLO ALBERTO LORENTE PAZ, MÔNICA MANELA AZULAY, DAVID RUBEM AZULAY et al.
|
A doença de Milroy-Meige-Nonne é uma forma primária de edema linfático, geralmente localizada nos membros inferiores e bilateral. A moléstia é causada pela drenagem linfática inadequada, devido ao desenvolvimento anormal dos vasos linfáticos. Trata-se de condição hereditária com transmissão autossômica dominante. O caso apresentado é de linfedema congênito localizado no membro inferior esquerdo. Seis outros familiares da paciente em estudo também apresentaram linfedema congênito.
Palavras-chave: DOENÇA DE MILROY, LINFEDEMA
|
Resumo
|
GLADYS A. M. CAMPBELL, SÔNIA M. SANTOS, ANA M. SAMPAIO, ESTER APARECIDA FARIA, SIMONE KARST PASSOS SOARES et al.
|
Os autores relatam dois casos de doença de Paget mamária ocorridos no Hospital Universitário em Brasília, durante o ano de 1989. Em um dos casos, a lesão era pigmentada, simulando melanoma e no outro, a lesão era, francamente, eczematosa. É feita uma breve revisão da literatura.
Palavras-chave: DOENÇA DE PAGET
|
Resumo
|
VERA CALVACANTI DE ARAÚJO, JOSÉ EDUARDO COSTA MARTINS, GILBERTO MARCUCCI, NEY SOARES DE ARAÚJO
|
Os aspectos clínicos, histológicos e da ultra-estrutura das lesões bucais de um paciente com doença de Darier foram estudados e comparados com os achados da literatura. O aspecto clínico básico da lesão bucal está representado por pápulas esbranquiçadas de superfície áspera, sendo a característica histológica diagnostica a presença de lacunas, corpos redondos e grãos A observação da ultra-estruturo mostrou que a formação da fenda parece estar relacionada com a perda dos desmossomas, sem condensação dos tonofilamentos e comprometimento do citoesqueleto.
Palavras-chave: GENODERMATOSES*, DOENÇA DE DARIER*
|
Resumo
|
MANOEL PAES DE OLIVEIRA NETO
|
É apresentado um caso de Paget extramamário salientando-se os aspectos do diagnóstico diferencial e da patologia
Palavras-chave: DOENÇA DE PAGET EXTRAMAMÁRIA
|
Comunicação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
JÚLIO CÉSAR GOMES SILVEIRA, BEATRIZ MOREIRA DA CUNHA S.THIAGO, ROGÉRIO RIBEIRO ESTRELLA
|
A bleomicina é agente quimioterápico usado no tratamento de diferentes neoplasias. Apresenta vários efeitos colaterais, sendo um deles a hiperpigmentação cutânea de aspecto flagelado, considerada específica dessa droga. Relatam-se dois casos de dermatite flagelada induzida pela bleomicina. Discutem-se os aspectos clínicos e etiopatogênicos em breve revisão bibliográfica.
Palavras-chave: BLEOMICINA, DOENÇA DE HODGKIN, QUIMIOTERAPIA
|
Resumo
|
IZELDA MARIA CARVALHO COSTA, LUCAS SOUZA CARMO NOGUEIRA
|
É descrito caso de paciente de 15 anos que apresenta várias lesões de pioderma gangrenoso 16 meses antes de iniciar acometimento por artrite reumatóide e com excelente resposta à terapêutica com clofazimina.
Palavras-chave: CLOFAZIMINE, RELATO DE CASOS, PIODERMA GANGRENOSO/TERAPIA, CLOFAZIMINA/USO TERAPÊUTICO, PIODERMA GANGRENOSO/QUIMIOTERAPIA, ARTRITE, ARTRITE REUMATÓIDE, CLOFAZIMINA
|
Educação médica continuada
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Paulo Ricardo Criado, Hebert Roberto Clivati Brandt, Emanuella Rosyane Duarte Moure, Guilherme Luiz Stelko Pereira, Jose Antonio Sanches Júnior et al.
|
Os eventos e reações envolvendo quimioterapia são frequentes na prática oncológica. Agentes quimioterápicos são uma modalidade de tratamento amplamente utilizada. Efeitos colaterais podem variar de frequência e também ser confundidos com outras manifestações tegumentares do tratamento oncológico. Este artigo objetiva expor as informações sobre reações cutâneas à quimioterapia, em especial, aqueles para os quais o dermatologista é requisitado a emitir parecer e a comentar sobre a segurança e a viabilidade da readministração de uma droga específica. Os autores descrevem os aspectos associados a esses eventos, fazendo uma análise detalhada de cada um deles.
Palavras-chave: Quimioterapia, Anormalidades da pele, Quimioterapia adjuvante, Quimioterapia combinada, Pele
|
Resumo
|
Jose Antonio Sanches Junior, Hebert Roberto Clivati Brandt, Emanuella Rosyane Duarte Moure, Guilherme Luiz Stelko Pereira, Paulo Ricardo Criado et al.
|
O tratamento local e sistêmico das neoplasias pode causar alterações na pele, membranas mucosas, cabelos e unhas. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado destes efeitos colaterais requerem conhecimento dos padrões das reações adversas mais comuns para as medicações que o paciente está utilizando. O dermatologista deve estar familiarizado com as manifestações tegumentares das neoplasias, bem como com os efeitos adversos mucocutâneos dos tratamentos antineoplásicos.
Palavras-chave: ANORMALIDADES DA PELE, QUIMIOTERAPIA, QUIMIOTERAPIA COMBINADA, MEMBRANA MUCOSA, PELE
|
Resumo
|
JOSÉ ANTONIO SANCHES JUNIOR, CLAUDIA ZAVALONI MELOTTI, CYRO FESTA NETO
|
Os linfomas cutâneos de células T/NK constituem um grupo de doenças linfoproliferativas extranodais atualmente classificadas e subdivididas de acordo com o comportamento clínico segundo consenso da Organização Mundial de Saúde e da Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer. Os linfomas cutâneos de células T/NK de comportamento clínico indolente compreendem a micose fungóide clássica, a micose fungóide foliculotrópica, a reticulose pagetóide, a cútis laxa granulomatosa, o linfoma cutâneo primário de grande célula anaplásica, a papulose linfomatóide, o linfoma subcutâneo de célula T paniculite-símile e o linfoma cutâneo primário de pequena e média célula T CD4+ pleomórfica. Os linfomas cutâneos de células T/NK de comportamento agressivo incluem a síndrome de Sézary, o linfoma extranodal de célula T/NK, tipo nasal, o linfoma cutâneo primário agressivo de célula T CD8+ epidermotrópica, o linfoma cutâneo de célula T e o linfoma cutâneo primário de célula T periférica, não especificado. O linfoma-leucemia de células T do adulto e a neoplasia hematodémica CD4+CD56+, embora considerados linfomas sistêmicos, são aqui abordados por apresentarem-se inicialmente na pele em significativo número de pacientes. O diagnóstico desses processos é realizado pelo exame histopatológico complementado pela análise do fenótipo das células neoplásicas, imprescindível no processo classificatório. O estadiamento para a avaliação da extensão anatômica da doença considera além do envolvimento cutâneo, o estado clínico e histológico dos linfonodos e das vísceras. Avaliação hematológica é fundamental na caracterização da síndrome de Sézary. Os tratamentos preconizados incluem terapêuticas dirigidas exclusivamente à pele, modificadores da resposta biológica e quimioterapia sistêmica.
Palavras-chave: CUTANEOUS NEOPLASM, NK LYMPHOCYTES, NON-HODGKIN LYMPHOMA, LINFÓCITOS NK, LINFOMA DE CÉLULAS NK, T LYMPHOCYTES, NK-CELL LYMPHOMA, LINFÓCITOS T, LINFOMA DE CÉLULAS T, LINFOMA NÃO HODGKIN, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, TRANSTORNOS LINFOPROLIFERATIVOS
|
Resumo
|
CLAUDIA ZAVALONI MELOTTI DE MORICZ, JOSÉ ANTONIO SANCHES JUNIOR
|
Os linfomas cutâneos primários de células B pertencem ao grupo das neoplasias malignas originadas de linfócitos B, do tipo não-Hodgkin. A rotina diagnóstica nos processos linfoproliferativos de células B é realizada pela biópsia da pele lesada para a análise histopatológica, imuno-histoquímica e pesquisa do rearranjo gênico. A classificação dos linfomas cutâneos primários vem sendo discutida nos últimos anos; as usualmente utilizadas são as propostas pela World Health Organization - WHO e pela European Organization for Research and Treatment of Cancer - EORTC. A recente classificação consensual proposta por WHO-EORTC deverá substituí-las. Entretanto, apesar dos recentes progressos, ainda existem controvérsias e dificuldades quanto à classificação, ao diagnóstico e ao tratamento dos linfomas cutâneos primários de células B.
Palavras-chave: LYMPHOMA, B-CELL, LYMPHOMA, NON-HODGKIN, LYMPHOPROLIFERATIVE DISORDERS, LINFÓCITOS B, LINFOMA DE CÉLULAS B, LINFOMA NÃO HODGKIN, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, TRANSTORNOS LINFOPROLIFERATIVOS
|
Investigação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
José, Alexandre de Souza Sittart, Adilson da Costa, Fabiane Mulinari-Brenner, Ivonise Follador, Luna Azulay-Abulafia, Lia Cândida Miranda de Castro et al.
|
FUNDAMENTOS: Os tratamentos habituais para a acne apresentam diferentes mecanismos de ação. Muitas vezes, o dermatologista busca combinar agentes a fim de obter melhores resultados.
OBJETIVO: Observar a eficácia, tolerabilidade e segurança na combinação tópica de adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% no tratamento da acne vulgar na população brasileira.
MÉTODOS: Trata-se de estudo multicêntrico, aberto e intervencionista. Os pacientes aplicaram 1,0 grama do gel contendo adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% na face, uma vez ao dia, no período da noite, durante 12 semanas. As lesões foram contadas em todas as visitas e avaliaram-se o grau da acne, a melhora global, a tolerância e a segurança a cada visita, sendo a última na semana 12.
RESULTADOS: Dos 79 pacientes recrutados, 73 concluíram o estudo. Houve redução significativa, rápida e progressiva na contagem de lesões não inflamatórias, inflamatórias e totais. Ao término do estudo, 75,3% dos pacientes tiveram redução de mais de 50% das lesões não inflamatórias, 69,9% das inflamatórias e 78,1% das lesões totais. Dos 73 pacientes, 71,2% apresentaram melhora boa a excelente e 87,6%, satisfatória a excelente. Na primeira semana de tratamento, eritema, ardor, descamação e ressecamento foram queixas frequentes, porém, a partir da segunda semana, estes sinais e sintomas diminuíram. Mais de 90% dos pacientes disseram sentir-se "nem um pouco ou pouco incomodados" com os efeitos colaterais.
CONCLUSÃO: A associação em gel de adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% mostrou-se eficaz, segura, bem tolerada e parece permitir melhor adesão ao tratamento.
Palavras-chave: Acne vulgar; Dermatologia; Dermatopatias; Estudo multicêntrico; Peróxido de benzoil; Propionibacterium acnes; Quimioterapia combinada; Resultado de tratamento; Terapia combinada
|
Resumo
|
Flávia Machado Alves Basilio Fabiane Mulinari Brenner, Betina Werner, Graziela Junges Crescente Rastelli
|
FUNDAMENTOS: A alopecia permanente pós-transplante de medula óssea é rara, porém cada vez mais casos têm sido descritos, tipicamente envolvendo altas doses de quimioterápicos usados em regimes de condicionamento para o transplante. O bussulfano, classicamente descrito em casos de alopecia irreversível, permanece associado em casos recentes. A patogênese envolvida na queda dos fios ainda não está clara e há poucos estudos disponíveis. Além dos agentes quimioterápicos, outro fator que pode estar implicado como causa é a doença do enxerto contra o hospedeiro crônica. No entanto, não há ainda critérios histopatológicos definidos para esse diagnóstico.
OBJETIVOS: Avaliar clínica e histologicamente casos de alopecia permanente pós-transplante de medula óssea, para identificar características da alopecia permanente induzida pela quimioterapia mieloablativa e da alopecia como manifestação da doença do enxerto contra o hospedeiro crônica.
MÉTODOS: Foram utilizados dados coletados dos prontuários de sete pacientes, como a descrição das características clínicas, e revisadas as lâminas e os blocos das biópsias.
RESULTADOS: Dois padrões histológicos distintos foram encontrados: um semelhante ao da alopecia androgenética, não cicatricial, e outro semelhante ao do líquen plano pilar, cicatricial.
CONCLUSÕES: O primeiro padrão corrobora dados da literatura de casos de alopecia permanente induzida por agentes quimioterápicos, e o segundo, ainda não descrito, é compatível com manifestação da doença do enxerto contra o hospedeiro crônica no couro cabeludo. Os resultados contribuem para a elucidação dos fatores envolvidos nesses casos e para a escolha dos métodos terapêuticos.
Palavras-chave: Alopecia; Quimioterapia; Quimioterapia de indução; Transplante de medula óssea
|
Resumo
|
Marina Valente Maia, Maria da Graça Souza Cunha, Carolina Souza Cunha
|
FUNDAMENTOS: Após introdução do esquema poliquimioterápico padrão, houve declínio nos coeficientes de prevalência e detecção de casos novos; entretanto, os registros de resistência medicamentosa e recidivas representam ameaça para o controle da hanseníase. Dessa forma, a proposição de novos esquemas alternativos e a necessidade de monitorar efeitos adversos são importantes para evitar o abandono do tratamento. OBJETIVO: Descrever efeitos adversos do esquema alternativo contendo clofazimina, ofloxacina e minociclina em pacientes com hanseníase multibacilar. MÉTODOS: Estudo prospectivo, descritivo e observacional de casos multibacilares, incluindo recidivas ou intolerância à poliquimioterapia padrão, realizado na Fundação Alfredo da Matta, Manaus, Amazonas, de abril de 2010 a janeiro de 2012. Os indivíduos receberam a terapia composta de doses diárias auto-administradas de 100mg de minociclina, 400mg de ofloxacina e 50mg de clofazimina e mensais supervisionadas de 300mg de clofazimina por seis meses, seguidas de 18 meses de doses diárias de ofloxacina 400mg, clofazimina 50 mg e supervisionadas mensais de clofazimina 300mg. Resultados: 21 pacientes foram incluídos. Efeitos adversos leves e transitórios foram observados em 33,3% dos pacientes; 45,9% foram atribuídos à ofloxacina, como dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaléia e insônia; 21,6% foram associados à clofazimina, com relatos e observação em 100% dos pacientes de hiperpigmentação cutânea. O tempo médio de desenvolvimento das reações adversas a partir do início do esquema foi de 15,2 dias. CONCLUSÃO: A adesão e regularidade ao esquema foram satisfatórias, com boa tolerabilidade, sem casos de interrupção ao tratamento. Todavia, há necessidade de acompanhamento dos indivíduos e aumento do número amostral para garantir a eficácia e segurança em longo prazo.
Palavras-chave: HANSENÍASE, NÍVEL DE EFEITO ADVERSO NÃO OBSERVADO, QUIMIOTERAPIA COMBINADA, SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
|
Resumo
|
Mayra Carrijo Rochael, Luciana Pantaleão, Enoï A. Guedes Vilar, Luciana Helena Zacaron, Eduardo Quelhas Spada, Marcus H. S. B. Xavier, Karla Strong Rodrigues et al.
|
FUNDAMENTOS: A síndrome de Sweet corresponde a um conjunto de alterações cutâneas, sistêmicas e histopatológicas como resposta a diversos estímulos, semelhantes ao eritema nodoso, ao eritema multiforme e à vasculite leucocitoclásica. São descritas condições
associadas como infecção, gravidez, uso de drogas e malignidades.
OBJETIVOS: Avaliar as alterações clínicas e histopatológicas da síndrome, relacionando-a a outras condições.
MÉTODO: Estudo retrospectivo de 73 casos com avaliação microscópica de lesões cutâneas, dados clínicos e laboratoriais.
RESULTADOS: Houve predomínio de mulheres (83,0%), brancas (49,2%), entre a quarta e a sexta décadas de vida (73,8%). Placas eritematosas (76,9%), pápulas (43,0%), pseudovesiculação (PV) (38,4%) e lesões em alvo (18,5%) foram as principais alterações. Entre as condições associ-
adas, infecções de vias aéreas (15,4%) e uso de drogas (10,8%) foram as mais frequentes. Outras associações, representadas por um caso cada, foram: linfoma de Hodgkin, gravidez, colite ulcerativa, policitemia vera e lúpus eritematoso em paciente com Aids. Neutrófilos com leucocito-
clasia (98,6%), degeneração do colágeno (87,7%), edema (74,0%) e PV (38,4%) foram os principais achados microscópicos. Eosinófilos estiveram presentes (41,1%) de raros a abundantes e, em geral, não relacionados ao uso de drogas. O infiltrado inflamatório atingiu a derme pro-
funda em 47,9% das vezes e encontrou-se paniculite em 80,0% dos casos nos quais a hipoderme estava representada (10 casos).
CONCLUSÕES: Os achados, de modo geral, coincidem com os da literatura, destacando-se: frequente participação de eosinófilos sem correlação com a ingestão de medicamentos, paniculite e rara associação com linfoma de Hodgkin, sendo este o quinto relato de tal ocorrência, segundo o conhecimento dos autores.
Palavras-chave: DOENÇA DE HODGKIN, ERITEMA MULTIFORME, PANICULITE, SÍNDROME DE SWEET
|
Resumo
|
MARIA EUGENIA NOVISKI GALLO, JOSÉ AUGUSTO DA COSTA NERY, EDSON CLÁUDIO A. ALBUQUERQUE, MARISA SIGNORELLI, VALCEMIR F. SILVA FILHO et al.
|
*Fundamentos:* A técnica de inoculação no coxim plantar de camundongos (técnica de Shepard) possibilita a verificação da resistência aos quimioterápicos e a viabilidade do Mycobacterium leprae.
*Objetivos:* Avaliar por meio da técnica de Shepard a viabilidade do M. leprae em material de biópsia cutânea proveniente de pacientes hansenianos multibacilares.
*Pacientes e Métodos:* Biópsias cutâneas e esfregaços de linfas cutâneas em 21 pacientes hansenianos multibacilares após 24 doses do esquema poliquimioterápico (PQT/OMS).
*Resultados:* A comparação dos resultados dos índices baciloscópico e morfológico entre as duas amostras demonstrou valores significativamente maiores nos índices baciloscópicos das biópsias cutâneas.
*Conclusões:* A concentração do M.leprae 12 meses após a inoculação mostrou valores inferiores ao referido como padrão de multiplicação, sugerindo que a população bacilar nas biópsias cutâneas de pacientes hansenianos multibacilares após 24 doses da PQT/OMS pode ser considerada não viável.
Palavras-chave: QUIMIOTERAPIA., HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Qual é seu diagnóstico?
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Gustavo Ávila Maquiné, Maria de Fátima Maroja, Cristina Rabello Mesquita, Petra Pereira de Sousa, Patrícia Motta de Morais, Carolina Talhari et al.
|
Relata-se caso de paciente feminina, 81 anos, há dois anos com lesões tumorais eritêmato-violáceas nas pernas. Os exames histopatológico e imuno-histoquímico confirmaram tratar-se de linfoma cutâneo primário de grande célula B, tipo perna. Este linfoma consiste em rara neoplasia cutânea e afeta, predominantemente, mulheres idosas. Clinicamente, apresenta-se com lesões tumorais em uma ou ambas as pernas (pior prognóstico). O diagnóstico é realizado por meio da clínica, histopatologia e imuno-histoquímica. A forte expressão do Bcl2, Bcl6, MUM-1, CD20 e antígeno Ki-67 confirmam o diagnóstico. A quimioterapia com R-CHOP (rituximab-ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) é o tratamento mais aceito.
Palavras-chave: Linfoma de células B; Pernas; Quimioterapia combinada
|
Revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Giselle de Barros Silva, Kathryn Ciccolini, Aline Donati, Corina van den Hurk
|
A alopecia induzida por quimioterapia tem um impacto importante em pacientes com câncer e seu risco de persistência é atualmente uma questão a se considerar nos sobreviventes de câncer. Das várias intervenções propostas para a prevenção da alopecia induzida por quimioterapia, o resfriamento do couro cabeludo surge como uma estratégia eficaz e segura. Este artigo tem como objetivo proporcionar uma visão geral sobre o resfriamento do couro cabeludo e a prevenção da alopecia induzida por quimioterapia.
Palavras-chave: Alopecia; Esfriamento; Prevenção e mitigação; Protocolos de quimioterapia combinada antineoplásica; Quimioterapia.
|
Síndrome em Questão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Cintia Santos Braghiroli, Rodrigo Ieiri, Juliana Polizel Ocanha, Rafael Bispo Paschoalini, Hélio Amante Miot et al.
|
Síndrome mão-pé é um efeito adverso cutâneo comum, associado a certos quimioterápicos sistêmicos. Caracteriza-se por eritema, edema e dor em queimação, principalmente nas superfícies palmoplantares. Relatamos o caso de uma idosa sob quimioterapia após carcinoma mamário, que apresentou sintomas dois meses depois do início do esquema. Não há estudos que explorem terapêuticas específicas. Deve-se reduzir a dose do agente, aumentar o intervalo entre os ciclos ou até interromper a quimioterapia. Emolientes, analgésicos e compressas frias são descritos como eficientes. Depois da alopecia e da mucosite, a síndrome mão-pé é a reação quimioterápica adversa dermatológica mais comum.
Palavras-chave: Erupção por droga; Quimioterapia; Quimioterapia adjuvante; Síndrome mão-pé
|