Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Felipe Bochnia Cerci, Gerson Dellatorre
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O retalho paramediano frontal é uma boa opção para restauração de defeitos nasais complexos. Para defeitos de espessura total, este método pode ser utilizado isoladamente ou combinado a outros. Apresentamos um paciente submetido à cirurgia micrográfica de Mohs devido a carcinoma basocelular em porção distal do nariz, submetido à reconstrução com retalho paramediano frontal associado a retalho em dobradiça. Para ótimos resultados do retalho paramediano frontal, são imperativos planejamento cirúrgico adequado, orientação ao paciente e técnica cirúrgica meticulosa.
Palavras-chave: Carcinoma Basocelular; Cirurgia de Mohs; Nariz; Neoplasias Cutâneas; Retalhos Cirúrgicos
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Resumo
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Adriana Andrade Raposo, Antônio Pedro Mendes Schettini, Cesare Massone
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miíase é uma doença causada por infestação de larvas de moscas nos tecidos humanos ou de outros animais vertebrados. É dermatose comum em países tropicais e subtropicais e tem como fatores predisponentes: doenças crônicas, imunodeficiência, má higiene, senilidade, doenças psiquiátricas, cânceres cutâneos e de mucosas ulcerados. Relata-se caso de paciente hígido que após trauma sobre lesão pré-existente, apresentou tumoração na região dorsal parasitada por larvas de moscas. O exame histopatológico realizado para o diagnóstico da neoplasia, de modo surpreendente, evidenciou a presença de uma larva parcialmente degenerada com características de Dermatobia hominis, sugerindo associação de miíase primária e secundária em carcinoma basocelular.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, MIÍASE, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ANE BEATRIZ MAUTARI NIWA, EUGENIO RAUL DE ALMEIDA PIMENTEL
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Os autores apresentam cinco pacientes que desenvolveram carcinomas basocelulares em locais incomuns de ocorrência desse tumor. O objetivo é relatar a raridade topográfica da neoplasia cutânea e discutir o conceito de localização incomum para o carcinoma basocelular.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR/DIAGNÓSTICO, CARCINOMA BASOCELULAR, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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MIGUEL BRANDÃO, FERNANDO FILARDI, MÁRCIA NOYA, CARLOS SAMPAIO, NEWTON SALES GUIMARAES, ARYON DE ALMEIDA BARBOSA JR et al.
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Relato de uma paciente feminina com múltiplas metástases ósseas de carcinoma basocelular cutâneo.
Palavras-chave: METÁSTASES NEOPLÁSICAS, CARCINOMA BASOCELULAR
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Resumo
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MIGUEL BRANDÃO, JULIANA DOMENECH, MARCIA NOYA, CARLOS SAMPAIO, MERCIA VAZ CRUZ DE ALMEIDA, NEWTON SALES GUIMARAES, MOYSÉS SADIGURSKY, ARYON DE ALMEIDA BARBOSA JR et al.
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Descrevem-se os aspectos clinicopatológicos de um caso de tumor de células granulares em localização infreqüente.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS, TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, RAIMUNDO SALES FILHO, ROBERTO CALMON, MUCIO LEISTER, MÔNICA F. CARAMALHO, CLAUDIA MARIA C. B. REIS, ITALO GANDELMANN et al.
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Paciente branco de 70 anos apresentou fístulas na região frontal e extensa destruição de ossos do crânio de longa duração. O caso, equivocadamente diagnosticado como doença infecciosa/inflamatória, trata-se de carcinoma de células escamosas variante basalóide. O sítio primário foi o revestimento epitelial do seio paranasal uni ou multifocal, uma vez que lesçoes cutâneas, mucosas do trato aerodigestivo ou metástases à distância não foram detectados. A histopatologia de fragmentos ósseos do seio mxilar direito mostrou grupos sólidos de células basalóides em arranjo de paliçada periférica. O estágio avançado da doença não permitiu medidas terapêuticas. Além da raridade do tumor é enfatizado que o diagnóstico foi realizado em enfermaria de Dermatologia.
Palavras-chave: NEOPLASIAS NASAIS., CABEÇA, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Cristiani Banhos Ferreira, Lucia Martins Diniz, João Basilio de Souza Filho
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O carcinoma basocelular é a neoplasia maligna cutânea mais comum em humanos, localizando-se, frequentemente, em áreas expostas e em indivíduos de pele clara. Relata-se o caso de uma paciente de 62 anos, faiodérmica, com múltiplas lesões de bordas discretamente elevadas, eritemato-acastanhadas na região pubiana, cujo diagnóstico clínico foi carcinoma basocelular pigmentado, confirmado através do estudo histopatológico. A imunoistoquímica das lesões foi negativa para a pesquisa de papiloma vírus.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, IMUNOISTOQUÍMICA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Renan Rangel Bonamigo, André Vicente Esteves de Carvalho, Vanessa Raquel Zaleski Sebastiani, Cristina Martino da Silva, Angela Caroline de Zorzi Pinto et al.
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Os cânceres da pele - melanoma e não-melanoma - são eoplasias comuns e com incidência crescente ao longo de décadas. Representam um importante problema de saúde pública. A patogênese destas neoplasias não é completamente compreendida, assim como não o são os fatores genéticos envolvidos. Os genes HLA estão associados a alguns tumores e podem representar um dos mecanisos implicados no desenvolvimento do câncer de pele. Apresenta-se uma revisão atualizada sobre a relação entre antígenos HLA, câncer da pele não-melanoma e melanoma.
Palavras-chave: ANTÍGENOS HLA-DR, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS DE CÉLULAS BASAIS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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MARCOS ANTÔNIO RODRIGUES MARTINEZ, GUILHERME FRANCISCO, LUCIANA SANCHES CABRAL, ITAMAR ROMANO GARCIA RUIZ, CYRO FESTA NETO et al.
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Os cânceres cutâneos não melanoma são as neoplasias malignas mais comuns em humanos. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular representam cerca de 95% dos cânceres cutâneos não melanoma, o que os torna um crescente problema para a saúde pública mundial devido a suas prevalências cada vez maiores. As alterações genéticas que ocorrem no desenvolvimento dessas malignidades cutâneas são apenas parcialmente compreendidas, havendo muito interesse no conhecimento e determinação das bases genéticas dos cânceres cutâneos não melanoma que expliquem seus fenótipos, comportamentos biológicos e potenciais metastáticos distintos. Apresenta-se uma revisão atualizada da genética molecular aplicada aos cânceres cutâneos não melanoma, em especial ao carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, enfatizando os mais freqüentes genes e os principais mecanismos de instabilidade genômica envolvidos no desenvolvimento dessas malignidades cutâneas.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS/GENÉTICA, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, INSTABILIDADE CROMOSSÔMICA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, PERDA DE HETEROZIGOSIDADE, REPETIÇÕES DE MICROSSATÉLITES
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Márcia Maria Vivan, Sérgio Henrique Hirata, Liliane Santos do Nascimento, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara
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A doença de Bowen pigmentada é um subtipo raro da doença de Bowen. Apresenta-se clinicamente como placa hiperpigmentada, bem delimitada, de crescimento lento, entrando na relação de diagnósticos diferenciais das lesões pigmentadas. Os autores descrevem um caso em que a dermatoscopia não apresentou nenhum critério sugestivo de doença de Bowen pigmentada, tornando o seu diagnóstico um desafio.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Doença de Bowen; Dermoscopia; Neoplasias cutâneas
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Resumo
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Maria Leonor Enei, Francisco Macedo Paschoal, Gustavo Valdés, Rodrigo Valdés
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O nevo sebáceo de Jadassohn geralmente afeta a face ou o couro cabeludo. A sua tendência natural é evoluir em três estágios, sendo que o estágio final é caracterizado pelo aparecimento de tumores. Apresentamos o caso de um nevo sebáceo de Jadassohn na face a partir do qual um carcinoma basocelular se desenvolveu. Também abordamos o diagnóstico dessa doença, estabelecido por meio da dermatoscopia. Sugerimos a utilização dessa técnica no acompanhamento clínico desse hamartoma, permitindo assim a detecção precoce de um câncer.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, DERMOSCOPIA, NEOPLASIA DE CÉLULAS BASAIS
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Fernanda Lara, Jesus Rodriguez Santamaría, Luiz Eduardo Fabricio de Melo Garbers
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FUNDAMENTOS: O manejo dos carcinomas basocelulares tratados cirurgicamente, que apresentam margens positivas no exame histopatológico, permanece controverso. Sua recorrência varia entre 10 e 67%. Alguns autores preconizam a reintervenção cirúrgica imediata, enquanto outros optam pelo acompanhamento periódico destes pacientes.
OBJETIVOS: Determinar as taxas de recorrência e as características morfológicas do carcinoma basocelular em pacientes com evidência microscópica de tumor residual nas margens cirúrgicas.
MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo realizado através da análise dos registros hospitalares de 487 pacientes entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). De um total de 402 carcinomas basocelulares tratados cirurgicamente, 41 preencheram os critérios de inclusão sendo acompanhados e avaliados por, no mínimo, cinco anos. Foram avaliadas a taxa de recidiva do carcinoma basocelular e as características morfológicas nos pacientes que foram submetidos à reintervenção cirúrgica, por meio da revisão dos prontuários médicos e contato telefônico com pacientes.
RESULTADOS: A taxa de margem positiva após exérese cirúrgica dos carcinomas basocelulares foi de 12,18%. Houve cinco casos de recidiva no grupo 'observação' e três casos no grupo 'reintervenção cirúrgica'. As variáveis clínicas, como tamanho do tumor, localização, tipo histológico, presença de ulceração e tipo de margem comprometida, não diferiram significativamente entre os grupos 'observação' versus 'reintervenção', não sendo possível, no presente estudo, considerá-los fatores determinantes na variabilidade das taxas de recidiva.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo prospectivo com uma amostra maior seria mais acurado.
CONCLUSÃO: A escolha do tratamento no carcinoma basocelular com margens positivas deve ser individualizada buscando-se reduzir recidivas.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Fatores de risco; Recidiva Local de Neoplasia
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Resumo
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Maria Aparecida Silva Pinhal, Maria Carolina Leal Almeida, Alessandra Scorse Costa, Thérèse Rachell Theodoro, Rodrigo Lorenzetti Serrano, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho et al.
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FUNDAMENTOS: Heparanase é uma enzima capaz de clivar cadeias de heparam sulfato. Os oligossacarídeos gerados por degradação da heparanase facilitam a progressão tumoral. O carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas compreendem tipos de câncer de pele não melanoma.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil de glicosaminoglicanos e expressão da heparanase (HPSE) em duas linhagens de células humanas estabelecidas em cultura, queratinócitos imortalizados de pele (HaCaT) e células de carcinoma epidermoide (A431) bem como investigar a expressão de heparanase em carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e pele da pálpebra de indivíduos não acometidos pela doença (controles).
MÉTODOS: Os glicosaminoglicanos sulfatados foram quantificados por eletroforese e método de Elisa indireto. A expressão de heparanase foi analisada por RT-PCR quantitativo (qRT-PCR).
RESULTADOS: A linhagem A431 apresentou aumento significativo do perfil de glicosaminoglicanos sulfatados, aumento da expressão de heparanase e diminuição do ácido hialurônico quando comparada à linhagem HaCaT. A expressão do mRNA da heparanase foi significativamente maior em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas, comparativamente a amostras de pele controle. Também foi observado aumento da expressão de heparanase em carcinoma de células escamosas quando comparado ao carcinoma basocelular.
CONCLUSÃO: O perfil de glicosaminoglicanos, bem como a expressão de heparanase, é diferente entre as linhagens A431 e HaCaT. O aumento de expressão da heparanase em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas sugere que tal enzima poderá ser útil no diagnóstico de tais tipos de câncer não melanoma e servir como uma molécula-alvo para futuras alternativas de tratamento.
Palavras-chave: Ácido hialurônico; Carcinoma de células escamosas; Carcinoma basocelular; Glicosaminoglicanas; Neoplasias cutâneas; Reação em cadeia da polimerase
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Marilia Marufuji Ogawa, Luiz Fernando Costa Nascimento, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele não melanoma é a forma mais comum de câncer em humanos e constitui a afecção maligna que mais cresce entre os receptores de transplante renal.
OBJETIVO: Caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma atendida num centro de referência em transplantes.
MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo com receptores de transplante renal apresentando câncer de pele não melanoma atendidos num centro de referência em transplantes entre 01/08/2004 e 31/08/2009. As variáveis estudadas foram: gênero, idade, fototipo, exposição solar ocupacional e recreacional, proteção solar, histórico pessoal e familiar de câncer de pele não melanoma, tipo clínico e localização, tempo entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma, ocorrência de verruga viral, tempo do transplante, tipo de doador, causa da perda renal, transplantes anteriores, comorbidades, diálise pré-transplante, tipo e tempo de diálise.
RESULTADOS: Foram incluídos 64 indivíduos. Homens - 71,9%; fototipos baixos (até III de Fitzpatrick) - 89,0%; idade média - 57,0 anos - e idade média no momento do transplante - 47,3 anos; exposição solar ocupacional - 67,2% - e recreacional - 64,1%; fotoproteção - 78,2% (porém de forma regular em 34,4%); carcinoma espinocelular - 67,2%; relação carcinoma espinocelular/carcinoma basocelular - 2:1; histórico de câncer de pele não melanoma pessoal - 25,0% - e familiar - 10,9%; área fotoexposta - 98,4%; tempo médio de latência entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma - 78,3 meses; verruga viral (HPV) após o transplante - 53,1%; tempo médio de transplante - 115,5 meses; doador vivo - 64,1%; esquema tríplice (antirrejeição) - 73,2%; comorbidades - 92,2%; diálise pré-transplante - 98,4%; hemodiálise - 71,7%; tempo médio de diálise - 39,1 meses; transplantes anteriores - 3,1%; hipertensão como causa da perda renal - 46,9%.
CONCLUSÃO: Este estudo permitiu caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Neoplasia de células basais; Neoplasias de células escamosas; Neoplasias cutâneas; Transplantes
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Resumo
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Pedro Andrade, Maria Manuel Brites, Ricardo Vieira, Angelina Mariano, José Pedro Reis, Oscar Tellechea, Américo Figueiredo et al.
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FUNDAMENTOS: O cancro cutâneo não-melanoma, designação conjunta para os carcinomas basocelulares e espinhocelulares, é o tipo de neoplasia cutânea maligna mais frequente. OBJETIVOS: Caracterização epidemiológica da população diagnosticada com cancro cutâneo não-melanoma. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos doentes portadores de cancro cutâneo não-melanoma identificados por análise histológica de todas as biopsias cutâneas incisionais ou excisionais ao longo de 5 anos (2004-2008) num serviço de Dermatologia. RESULTADOS: foram identificados 3075 cancros cutâneos não-melanoma, representando 88% do total de neoplasias malignas diagnosticadas no mesmo período (n=3493). Destes, 68,3% eram carcinomas basocelulares. No seu conjunto, a população de cancro cutâneo nãomelanoma era predominantemente constituída por indivíduos idosos e do sexo feminino, tendo sido observado um aumento consistente da freqüência ao longo do período avaliado (5,25%/ano). A maioria dos cancros cutâneos não-melanoma (n=1443, 81,7%) foi identificada nas áreas de pele foto-exposta, representando 95,1% de todas as neoplasias malignas em áreas foto-expostas. O cancro cutâneo não-melanoma foi a neoplasia mais representativa na generalidade das áreas topográficas, à exceção do abdômen e da pélvis, representando, em particular, mais de 95% das neoplasias malignas da face, da região cervical e do couro cabeludo. O carcinoma basocelular foi o cancro cutâneo não-melanoma predominante em todas as localizações, à exceção dos membros inferiores e superiores, lábio inferior e da área genital, onde o carcinoma espinhocelular representou, respectivamente, 77,7%, 77,4%, 94,7% e 95,3% dos casos. CONCLUSÕES: O cancro cutâneo não-melanoma, como neoplasia maligna cutânea mais freqüente, deverá ser alvo de uma monitorização regular, com vista à determinação da sua dinâmica epidemiológica, da eficácia das medidas preventivas e adequação dos recursos de saúde.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Flavianne Sobral Cardoso Chagas, Bruno de Santana Silva
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FUNDAMENTOS: A cirurgia micrográfica de Mohs é capaz de alcançar altas taxas de cura no tratamento do câncer de pele e remover o mínimo possível de tecido saudável. OBJETIVOS: caracterizar os pacientes submetidos à cirurgia micrográgica de Mohs e estudar aspectos relacionados ao número de fases cirúrgicas. MÉTODOS: trata-se de estudo observacional, transversal e descritivo realizado em serviço de referência para cirurgia micrográfica no período de 2004 a 2010. Foram revisados os prontuários de 79 pacientes (83 cirurgias). RESULTADOS: Foram avaliados 43 mulheres e 36 homens. A média de idade foi 57,5 ± 14,6 anos. Os fototipos II e III foram os mais frequentes, respondendo por 41% e 36,1% respectivamente. O tumor mais freqüente foi o carcinoma basocelular (89,1%), sendo o subtipo sólido o mais frequente (44,6%), seguido pelo esclerodermiforme (32%). A localização mais freqüente foi a nasal (44,6%). A grande maioria dos tumores operados eram recidivados (72,7%). Metade dos tumores mediam 2 cm ou mais. Foram necessárias duas ou mais fases cirúrgicas em 68,7% dos tumores para sua remoção. O tempo de acompanhamento foi igual ou superior a 2 anos em 75%. Houve 01 recidiva pós-Mohs e 02 pacientes apresentaram metástases durante o estudo (ambos carcinomas espinocelulares). CONCLUSÕES: Os achados coincidem com os da literatura, sendo que tumores recidivados e maiores que 2cm necessitaram de mais fases cirúrgicas para sua completa remoção, apesar de não haver diferença estatística (p=0,12 e 0,44, respectivamente).
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Reynaldo José Sant'Anna Pereira de Souza, Adriana P. Mattedi, Marcelo P. Corrêa, Marcelo L. Rezende, Ana Cláudia Andrade Ferreira et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer de maior incidência no Brasil é o de pele não-melanoma, que afeta aproximadamente 0,06% da
população. Não existem políticas públicas para sua prevenção e o impacto econômico do seu diagnóstico não tem sido avaliado.
OBJETIVOS: Estimar os custos do diagnóstico e tratamento do câncer de pele não-melanoma no Estado de São Paulo entre 2000 a 2007 e compará-los com os do melanoma cutâneo no mesmo período.
MÉTODOS: Foi utilizado como modelo de procedimento o projeto diretriz Clinical Practice Guidelines in Oncology, (National Comprehensive Cancer Network), adequado aos procedimentos da Fundação SOBECCan - Hospital do Câncer de Ribeirão Preto - SP. Os custos estimados baseiam-se nos valores do tratamento médico pagos pelos setores público e privado em 2007.
RESULTADOS: Os valores médios de custo individual do tratamento anual do câncer de pele não-melanoma são muito mais baixos do que os estimados para o tratamento do melanoma cutâneo. Entretanto, observados os gastos totais no tratamento do câncer de pele não-melanoma, percebe-se que os 42.184 casos deste câncer em São Paulo, no período estudado, fazem com que o custo total do seu tratamento seja 14% superior ao dos 2.740 casos de melanoma cutâneo registrados no mesmo período para o SUS. Porém, para o sistema privado, o gasto total é, aproximadamente, 34% menor para o tratamento do câncer de pele não-melanoma.
CONCLUSÃO: O elevado número de casos de câncer de pele não-melanoma no Brasil - com 114 mil novos casos previstos para 2010, sendo 95% diagnosticados em estágios precoces - representa um impacto financeiro ao sistema público e aos sistemas privados de saúde de cerca de R$ 37 milhões e R$ 26 milhões ao ano, respectivamente.
Palavras-chave: AVALIAÇÃO DE CUSTO-EFETIVIDADE, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CUSTOS DE CUIDADOS DE SAÚDE
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Resumo
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Itamar Santos, Roberto José Vieira de Mello, Itamar Belo dos Santos, Reginaldo Alves dos Santos
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FUNDAMENTOS - O carcinoma basocelular localiza-se principalmente em áreas expostas ao sol, apresentando formas clínicas e histológicas diferentes, algumas com grande e outras com pequena agressividade local. Células de Langerhans participam ativamente do sistema imune da pele.
OBJETIVO - Avaliar quantitativamente as células de Langerhans sobrepostas aos carcinomas basocelulares de maior
e menor potencial de agressividade local, assim como nas respectivas epidermes sãs adjacentes. MÉTODOS - Dois grupos com 14 preparações histológicas cada. No primeiro, carcinoma basocelular de menor potencial de agressividade local e, no segundo, carcinoma basocelular de maior potencial. Empregou-se a imunoistoquímica com proteína S100 para identificação das células de Langerhans. Utilizando microscópio óptico em aumento de 400 vezes e a grade morfométrica de Weibel, foram contadas as células de Langerhans presentes em sete campos, obtendo-se a média em cada lâmina. Foi utilizado teste estatístico de Wilcoxon para análise estatística. RESULTADOS - No grupo de menor potencial de agressividade local, na epiderme sã adjacente houve aumento significativo no número de células de Langerhans comparado ao da epiderme sobreposta ao carcinoma basocelular (p d 0,05). No grupo de maior potencial de agressividade local, não houve diferença com significado estatístico (p > 0,05). CONCLUSÃO - O maior número de células de Langerhans na epiderme sã vizinha à lesão tumoral de menor potencial de agressividade local poderia representar uma maior resistência imunológica da epiderme, limitando a agressividade da neoplasia.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CÉLULAS DE LANGERHANS, IMUNIDADE, IMUNOISTOQUÍMICA, ONCOLOGIA
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Resumo
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Marília de Pádua Dornelas Corrêa, Ana Paula Ferreira, Ângela Maria Gollner, Michele Fernandes Rodrigues, Magno Cunha de Souza Guerra et al.
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FUNDAMENTOS: O carcinoma basocelular é o câncer mais comum em humanos. Estudos que utilizam recursos da biologia molecular e genética, associados à histomorfologia, permitem a identificação de fatores de risco no desenvolvimento de lesões mais recorrentes e agressivas. OBJETIVO: Correlacionar a expressão dos marcadores de apoptose (p53 e Bcl-2) e proliferação celular (Ki-67 e PCNA) com os indicadores histológicos de gravidade do tumor. MÉTODOS: Estudaram-se cinco amostras das formas nodular, morfeiforme e superficial, respectivamente, e um grupo-controle com três pacientes livres de lesão. Empregou-se o teste de Mann-Whitney na comparação da expressão desses marcadores com a forma de apresentação do carcinoma basocelular. RESULTADOS: Verificou-se que a marcação do Bcl-2 foi expressiva nos CBCs ditos agressivos (variantes morfeiforme e nodular). Dos tumores estudados, 66,7% (n = 10) indicaram fortemente o p53. Nossos resultados mostram maior expressão do Ki-67 no carcinoma basocelular nodular e superficial, sem expressão nos controles. O PCNA mostrou forte marcação em todos os tipos de tumores e nos controles. CONCLUSÃO: Os achados nos permitem concluir que o Bcl-2 e o p53 apresentam tendência para diagnosticar gravidade do carcinoma basocelular e o Ki-67, por seu comportamento variável, não pode ser considerado como marcador de gravidade, assim como o PCNA, que não foi um bom marcador de proliferação celular.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, IMUNOISTOQUÍMICA, MARCADORES BIOLÓGICOS DE TUMOR, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, PROTEÍNAS DE CICLO CELULAR
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Resumo
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Marilho Tadeu Dornelas, Michele Fernandes Rodrigues, Dequitier Carvalho Machado, Ângela Maria Gollner, Ana Paula Ferreira et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele é o mais frequente tipo de câncer humano e mostra aumento de sua incidência. Em muitos casos, antes do surgimento do carcinoma, instala-se uma lesão precursora, ceratose actínica, podendo evoluir para carcinoma espinocelular. Estudos buscam determinar os parâmetros com significado prognóstico na predição daqueles tumores que terão comportamento mais agressivo.
OBJETIVO: Avaliar a expressão dos marcadores de proliferação celular (PCNA, Ki-67) e apoptose (p53, Bcl-2),
em portadores de carcinoma espinocelular e ceratose actínica.
MÉTODO: Foram estudadas amostras de 30 pacientes: sendo dez portadores do carcinoma espinocelular; dez
de ceratose actínica e dez indivíduos livres de lesões submetidos à blefaroplastia.
RESULTADOS: A proteína p53 foi expressa em todos os casos estudados, embora apresentassem padrões quantitativos
diferentes. O Bcl-2 foi expresso em baixa intensidade. Em seis casos de ceratose actínica, nas peles de blefaroplastia, e negativo nos casos de carcinoma espinocelular. O PCNA exibiu expressão intensa, em todas as amostras. O Ki-67 apresentou expressão variável, nos casos de carcinoma e de ceratose, e negativo na pele de pálpebra.
CONCLUSÃO: A expressão do Ki-67 e a não-expressão de Bcl-2, no grupo CEC, indica intensificação da atividade
proliferativa. Ao passo que, a maior expressão de p53 e Bcl-2, no grupo CA, sugere imortalização celular.
Palavras-chave: APOPTOSE, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CERATOSE, IMUNOISTOQUÍMICA, PLORIFERAÇÃO DE CÉLULAS
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Resumo
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Daniel Holthausen Nunes, Liliane Back, Ramon Vieira e Silva, Vitor de Sousa Medeiros
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FUNDAMENTOS: Observa-se tendência mundial de aumento na incidência do carcinoma de células escamosas da pele, porém na região sul do estado de Santa Catarina (SC) não há dados sobre a incidência desse tipo de câncer.
OBJETIVOS: Estabelecer dados epidemiológicos do carcinoma de células escamosas da pele em Tubarão (Santa Catarina).
MÉTODOS: Laudos anatomopatológicos positivos para o carcinoma de células escamosas da pele dos laboratórios de Tubarão foram revisados quanto às variáveis: ano, idade, gênero, localização, subtipo histológico, maior diâmetro da lesão e comprometimento das margens. A incidência anual foi calculada utilizando o número de neoplasias encontradas e a população anual estimada para os anos de 2000, 2003 e 2006.
RESULTADOS: Foi encontrada uma incidência de carcinoma de células escamosas da pele por 100.000 habitantes de 50,86 para o ano de 2000, de 71,16 para 2003 e de 94,39 para 2006. Não houve predomínio de gênero, a face foi o local de acometimento mais frequente em ambos os gêneros e o subtipo histológico mais comum foi o bem diferenciado.
CONCLUSÃO: A incidência do carcinoma de células escamosas da pele encontrada superou a estimativa da literatura consultada. Houve aumento na sua incidência; as variáveis idade, localização e tipo histológico foram concordantes com a literatura, porém a distribuição quanto ao gênero se mostrou diferente.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/EPIDEMIOLOGIA, INCIDÊNCIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Luiz Fernando C. Nascimento
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FUNDAMENTOS - O câncer figura como a terceira principal causa de morte no Brasil. A pele é a localização mais freqüente, e estima-se que cerca de 50% das pessoas brancas com mais de 60 anos desenvolverão algum tipo de neoplasia cutânea.
OBJETIVO - Descrever o perfil dos indivíduos com câncer da pele atendidos no Hospital Universitário de Taubaté no período de 2001 a 2005.
MÉTODOS - Estudo transversal de base hospitalar envolvendo indivíduos atendidos no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Taubaté no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2005. As variáveis do estudo foram sexo, idade, cor da pele, localização e tipo clínico do tumor: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, combinado e melanoma. As técnicas estatísticas utilizadas foram a do qui-quadrado, t de Student e Anova.
RESULTADOS - Foram incluídos no estudo 639 indivíduos, e a prevalência encontrada foi de 50 casos/100.000 habitantes. A faixa etária mais acometida foi a partir dos 60 anos, a proporção de indivíduos acometidos foi maior para o sexo feminino em relação ao masculino (57,2%/42,8%) e a proporção de brancos/não brancos foi de 4:1.
CONCLUSÃO - Este trabalho vem preencher uma lacuna, dada a inexistência de estudos na região e também à escassez de estudos no Estado de São Paulo, e os achados foram coincidentes com os da literatura.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Resumo
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
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*Fundamentos:* O câncer da pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, com 122.400 casos novos estimados para 2006, o que corresponde a 26% do total de neoplasias malignas. A exposição solar é o principal fator de risco conhecido.
*Objetivos:* Avaliar a freqüência das neoplasias cutâneas no país, sua distribuição geográfica e hábitos de proteção contra exposição solar.
*Métodos:* A SBD promoveu, de 1999 a 2005, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, com exame dermatológico e orientação sobre exposição, tendo registrado dados demográficos, hábitos de exposição solar e diagnósticos.
*Resultados:* Foram examinados 205.869 indivíduos, sendo diagnosticados 17.980 casos de diferentes tipos de câncer da pele (13.194 de carcinoma basocelular, 2.482 de espinocelular, 1.057 de melanoma e 1.247 outras neoplasias), correspondendo a 8,7% dos examinados. A razão de prevalência entre homens e mulheres foi de 1,7, e a proporção de câncer em negros foi de 1,6%; em amarelos, de 3,2%; em pardos, de 3,4%; e em brancos, e 12,7%. Os estados com maior prevalência foram Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Mais de 50% dos examinados se expunham ao sol sem proteção, o que reforça a importância de atividades educativas de prevenção.
*Conclusões:* O câncer da pele é freqüente no país, e a proteção contra seu principal fator de risco, a exposição solar, é ainda pouco valorizada.
Palavras-chave: CARCINOMA, BASAL CELL, CARCINOMA, SQUAMOUS CELL, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/EPIDEMIOLOGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/DIAGNÓSTICO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/PREVENÇÃO & CONTROLE, SKIN NEOPLASM, ASSUNÇÃO DE RISCOS, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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SONIA ANTUNES DE OLIVEIRA MANTESE, ALCEU LUIZ CAMARGO V. BERBERT, MABEL DUARTE ALVES GOMIDES, ADEMIR ROCHA
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*Fundamento:* O carcinoma basocelular é o câncer da pele mais comum, compreendendo 75% dos tumores epiteliais malignos. Localiza-se na face e acomete indivíduos brancos, acima de 40 anos de idade, com história de exposição repetitiva à luz solar.
*Objetivo:* Descrever o carcinoma basocelular em suas variáveis epidemiológica, clínica e histopatológica.
*Casuística:* Realizou-se estudo transversal de 300 pacientes com carcinoma basocelular atendidos no Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas, no período de 1999 a 2003. Foram preenchidos protocolos com identificação do paciente, história de exposição solar e caracterização do carcinoma basocelular.
*Resultados:* Foram identificadas 447 lesões de carcinoma basocelular nos 300 pacientes estudados, cuja maioria era do sexo feminino (59,3%) e da raça branca (93%), com história de exposição solar (90,3%), apresentando lesão única (74%), predominantemente facial (77% das lesões). O tipo histopatológico mais freqüente foi o nodular (46,3% das lesões), com predomínio do superficial no tronco.
*Conclusões:* Observou-se predomínio do carcinoma basocelular no sexo feminino, demonstrando a tendência atual desse tumor. A presença de vários tumores sucessivos ou simultâneos em um mesmo paciente salienta a importância de exames periódicos nesses doentes. Não se estabeleceu correlação entre os tipos clínicos e histopatológicos. Confirmou-se que o tipo superficial é mais freqüente no tronco.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, EPIDEMIOLOGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ADELAR BOCCHESE NORA, DANIEL PANAROTTO, LOUISE LOVATTO, MÁRCIO MANOZZO BONIATTI
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*Fundamentos:* O câncer da pele é a forma mais comum de câncer atualmente, apesar de ser um dos mais preveníveis. Não foram encontrados dados na literatura nacional quanto à freqüência de orientação para prevenção desse tipo de câncer de acordo com as diversas especialidades médicas.
*Objetivos:* O objetivo do trabalho foi verificar a freqüência de aconselhamento para prevenção de câncer da pele entre as diversas especialidades médicas em uma amostra da população de Caxias do Sul.
*Métodos:* Trata-se de um estudo transversal. Foram entrevistadas e examinadas 499 pessoas que procuraram atendimento na área de dermatologia em ações comunitárias realizadas em Caxias do Sul de janeiro a julho de 2002.
*Resultados:* Apenas 31,9% (n=159; IC 27,8 - 36,2) das pessoas entrevistadas já haviam recebido aconselhamento pela classe médica para prevenção de câncer da pele. Os pacientes de alto risco com o maior potencial para intervenção, ou seja, pacientes com idade inferior a 20 anos, receberam orientação em freqüência menor do que os pacientes com 20 anos ou mais (26,5% versus 42,5%, respectivamente; p = 0,03). A especialidade de dermatologia foi responsável por mais da metade dos aconselhamentos para prevenção de câncer da pele na população estudada.
*Conclusão:* A freqüência de aconselhamento para prevenção de câncer da pele pelos profissionais da saúde é baixa, mesmo para os pacientes de alto risco. A orientação também varia de acordo com a especialidade consultada, tendo apenas a especialidade de dermatologia apresentado alta freqüência de aconselhamento.
Palavras-chave: ACONSELHAMENTO, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, ESPECIALIDADES MÉDICAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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JOSÉ WILSON ACCIOLY FILHO, JUAN MANUEL PIÑEIRO MACEIRA, RENÉ GARRIDO NEVES
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FUNDAMENTO - As citoqueratinas são as proteínas estruturais mais importantes das células epiteliais e exibem a maior heterogeneidade dentre todas as proteínas dos filamentos intermediários.
OBJETIVO - Determinar os padrões imunohistoquímicos da espressão das citoqueratinas no carcinoma de células escamosas, visando a esclarecer a diferenciação anormal ou maturação das células tumorais.
MATERIAL E MÉTODOS - Seis anticorpos monoclonais anticitoqueratinas (LL002, DEK-10, AEI, NCL-5D3, CY-90 e RCK-108) foram utilizados para examinar 30 casos de carcinoma de células escamosas. Cortes obtidos a partir de tecidos fixados em formol a 10% e embebidos em parafina foram marcados com esses anticorpos pela técnica de imunoperoxidase (avidina-biotina).
RESULTADOS- Os anticorpos monoclonais LL002 (Ck14) e AEI (Cks 10,14-16,19) apresentaram imunorreatividade citoplasmática em todos os tumores examinados, positividade predominante ou exclusiva e imunorreatividade para DEK-10 (Ck10) observada em 16/30 (53,3%) casos, somente em áreas bem diferenciadas. Liberação dos epitopos antigênicos para LL002 (Ck14), padrão suprabasal de AEI e retardo na expressão da citoqueratina 10, demonstrada pelo anticorpo DEK-10, observados em 22/30 (73,3%), 28/30 (83,3%) dos casos, respectivamente, na epiderme adjacente ao tumor.
CONCLUSÃO - O perfil das citoqueratinas ajuda a definir a maturação escamosa anormal no carcinoma espinocelular e na epiderme adjacente. A expressão anômala dessas proteínas sugere a existência de alteração nos mecanismos de regulação da expressão dos genes de queratina com a transformação maligna.
Palavras-chave: IMUNOHISTOQUÍMICA, QUERATINA, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Resumo
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LUIZ GUILHERME MARTINS CASTRO, CARMEN LUCIA TOYAMA, ANA PAULA GOMES MESKI, MARIA AMÉLIA FREIRE, THALES F. DE BRITO et al.
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FUNDAMENTO - O câncer mais freqüente no mundo é o de pele e há indicios de que a tendência seja de aumento de ocorrência. Os trabalhos sobre câncer cutâneo normalmente avaliam pacientes de instituiçõs de ensino e pesquisa, não sendo comum encontrar dados sobre aqueles que se tratam em clínicas particulares.
OBJETIVO - Apresentar características clínicas e histopatológicas de 369 casos de câncer de pele diagnosticados m clínica particular na cidade de São Paulo e compará-las com dados da literatura nacional e estrangeira.
MATERIAL E MÉTODO - Realizou-se estudo retrospectivo de todos os resultados de exames anatomopatológicos catalogados na clínica entre 01 janeiro de 1991 e 31 de março dr 1995. Foram considerados todos os laudos com diagnóstico de tumor cutâneo primário. Excluíram-se os casos de ceratoses actínicas. Por meio das fichas clínicas, foi possível obter dados clinicoepidemiolóigicos sobre os pacientes.
RESULTADOS - Foram encontrados 369 casos de câncer de pele, com nítido predomínio do carcinoma basocelular (71%). Seguiram-se o carcinoma espinocelular (22,5%)e melanoma maligno (5,4%). Houve dois casos de micose fungóide, um de dermatofibrossarcoma protuberante e um de doença de Bowen.
CONCLUSÃO - Os dados apresentados neste estudo assemelham-se aos encontrados tanto na literatura nacional como na literatura internacional, sugerindo que as características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas do câncerde pele em pacientes atendidos em clínica particular não sejam muito diferentes das relatadas em geral. Aparentemente, esses pacientes têm suas lesões diagnosticadas e tratadas mais precocemente.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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SELMA SCHUARTZ CERNEA
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FUNDAMENTO - A cirurgia micrográfica de Mohs é uma técnica utilizada para o tratamento de neoplasias cutâneas de comportamento biológico agressivo, tais como tumores recidivados, carcinomas basocelulares esclerodermiformes, carcinomas espinocelulares, entre outros.
OBJETIVO - Apresentar a experiência do primeiro serviço universitário brasileiro especializado nessa técnica operatória.
MÉTODO - Foram analisados retrospectivamente 154 pacientes submetidos a exérese de 206 lesões.
RESULTADOS - Houve 12 recidivas no período estudado, havendo portanto, índice de cura de 94,2%, no mesmo período.
CONCLUSÕES - Apesar do tempo de seguimento ainda ser limitado, os índices de cura obtidos foram altas e comparáveis aos registrados na literatura internacional, atestando a eficácia do método, em casos selecionados.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Amanda Gomes Dell'Horto, Jackson Machado-Pinto, Michelle dos Santos Diniz
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O tumor de células granulares (tumor de Abrikossoff) é uma doença rara, benigna, que acomete preferencialmente o segmento cérvico facial. Geralmente é uma lesão única, nodular, que pode ulcerar e apresentar bordas infiltradas e peroláceas, com fundo limpo e halo hipercrômico. Esse trabalho descreve um caso de tumor de células granulares ulcerado e de localização pouco usual reforçando a necessidade de se incluir esse tumor no diagnóstico diferencial das lesões nódulo-ulceradas da pele.
Palavras-chave: CÉLULAS DE SCHWANN, NEOPLASIAS, TUMOR DE CÉLULAS GRANULOSAS
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Selma Schuartz Cernea, Gabriel Gontijo, Eugenio Raul de Almeida Pimentel, Roberto Gomes Tarlé, Glaysson Tassara, Juliana Areas de Souza Lima Beltrame Ferreira, Victor Miguel Coutinho Fernandes, Wanderley Marques Bernardo et al.
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A cirurgia micrográfica de Mohs é uma técnica utilizada para a remoção de neoplasias cutâneas, caracterizada pelo mapeamento cirúrgico, na qual o cirurgião executa a remoção da lesão, seguida da avaliação histológica completa das margens tumorais. A correlação entre a presença de tumor no exame histológico e a correta localização no mapa cirúrgico resulta em ressecção completa da lesão, com máxima preservação de tecido normal. Este artigo tem como objetivo oferecer aos profissionais de saúde, generalistas e especialistas, orientações sobre indicações da cirurgia micrográfica de Mohs para o tratamento das neoplasias cutâneas, com base nas melhores evidências disponíveis na literatura sobre o assunto. A revisão bibliográfica de artigos científicos dessa diretriz foi realizada na base de dados MEDLINE/PubMed. A estratégia de busca utilizada foi baseada em perguntas estruturadas na forma P.I.C.O. (das iniciais "Paciente", "Intervenção", "Controle" e "Outcome"). As indicações desta técnica estão relacionadas a recorrência, tipo histológico, dimensões, delimitação das margens e localização dos tumores. As diretrizes visam a orientar as indicações da cirurgia de Mohs nos diferentes tumores de pele.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Cirurgia de Mohs; Dermatofibrossarcoma
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