Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Felipe Bochnia Cerci, Gerson Dellatorre
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O retalho paramediano frontal é uma boa opção para restauração de defeitos nasais complexos. Para defeitos de espessura total, este método pode ser utilizado isoladamente ou combinado a outros. Apresentamos um paciente submetido à cirurgia micrográfica de Mohs devido a carcinoma basocelular em porção distal do nariz, submetido à reconstrução com retalho paramediano frontal associado a retalho em dobradiça. Para ótimos resultados do retalho paramediano frontal, são imperativos planejamento cirúrgico adequado, orientação ao paciente e técnica cirúrgica meticulosa.
Palavras-chave: Carcinoma Basocelular; Cirurgia de Mohs; Nariz; Neoplasias Cutâneas; Retalhos Cirúrgicos
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Resumo
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Ana Brinca, Pedro Andrade, Ricardo Vieira, Américo Figueiredo
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O carcinoma de células escamosas é a neoplasia maligna mais frequente dos lábios, e em cerca de 90% dos casos, localiza-se no lábio inferior, por causa da maior exposição cumulativa à radiação ultravioleta. Os autores apresentam duas técnicas cirúrgicas para a reconstrução de grandes defeitos do lábio inferior, resultantes da excisão cirúrgica tumoral, exemplificando-as e comparando-as através de dois casos clínicos.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS LABIAIS, RETALHOS CIRÚRGICOS
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Resumo
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ANE BEATRIZ MAUTARI NIWA, EUGENIO RAUL DE ALMEIDA PIMENTEL
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Os autores apresentam cinco pacientes que desenvolveram carcinomas basocelulares em locais incomuns de ocorrência desse tumor. O objetivo é relatar a raridade topográfica da neoplasia cutânea e discutir o conceito de localização incomum para o carcinoma basocelular.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR/DIAGNÓSTICO, CARCINOMA BASOCELULAR, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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SILVIO K. HIROTA, DANTE ANTONIO MIGLIARI, NORBERTO N. SUGAYA
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O carcinoma epidermóide constitui a neoplasia maligna mais comum da boca, afetando principalmente indivíduos com mais de 50 anos. Sua ocorrência em jovens, com idade inferior a 40 anos, é rara (1 a 6% dos casos). Descreve-se um caso de carcinoma epidermóide acometendo dorso e borda da língua, classificado como T2N1M0 (estádio III), em paciente do sexo feminino, leucoderma, 25 anos, não-fumante e não-etilista. A apresentação inicial do caso era de ulceração profunda com dor intensa. Fatores predisponentes locais e gerais, diagnóstico diferencial e prognóstico são discutidos, bem como a revisão da literatura referente a diversos aspectos do carcinoma epidermóide em jovens.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS, NEOPLASIAS DA LÍNGUA
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, RAIMUNDO SALES FILHO, ROBERTO CALMON, MUCIO LEISTER, MÔNICA F. CARAMALHO, CLAUDIA MARIA C. B. REIS, ITALO GANDELMANN et al.
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Paciente branco de 70 anos apresentou fístulas na região frontal e extensa destruição de ossos do crânio de longa duração. O caso, equivocadamente diagnosticado como doença infecciosa/inflamatória, trata-se de carcinoma de células escamosas variante basalóide. O sítio primário foi o revestimento epitelial do seio paranasal uni ou multifocal, uma vez que lesçoes cutâneas, mucosas do trato aerodigestivo ou metástases à distância não foram detectados. A histopatologia de fragmentos ósseos do seio mxilar direito mostrou grupos sólidos de células basalóides em arranjo de paliçada periférica. O estágio avançado da doença não permitiu medidas terapêuticas. Além da raridade do tumor é enfatizado que o diagnóstico foi realizado em enfermaria de Dermatologia.
Palavras-chave: NEOPLASIAS NASAIS., CABEÇA, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Resumo
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ITAMAR BELO DOS SANTOS, MECCIENE MENDES DA SILVA, MONICA MARIS DE LIMA, EMANUEL RODRIGUES DE FRANÇA, GLEIDE LIRA LEVI et al.
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Os autores referem citações da literatura sobre fatoes predisponentes e possibilidades de metástase em carcinomas na mucosa e no pênis e apresentam dois casos de carcinoma espinocelular metastásico, um na mucosa bucal, com metástases para o antebraço, e outro localizado no pênis, com metástase ganglionar regional. Chamam a atenção para a lesão neoplásica peniana. Citam a possibilidade do processo inflamatório pós-tratamento endodôntico ser desencadeante do carcinoma bucal.
Palavras-chave: PÊNIS., CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, METÁSTASE NEOPLÁSICA, MUCOSA BUCAL
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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MAURÍCIO ZANINI RIBEIRO, CLAUDIO WULKAN, FRANCISCO MACEDO PASCHOAL, MARISA HOMEM DE MELLO MACIEL, CARLOS D'APPARECIDA S. MACHADO FILHO et al.
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O carcinoma verrucoso é uma rara e indolente forma do carcinoma espinocelular descrita por Ackerman em 1948. Sua localização preferencial é a cavidade oral. Clinicamente manifesta-se como lesão verrucosa, de progressivo e lento crescimento e bom prognóstico. O tratamento de escolha é a exérese cirúrgica, devendo o paciente ser regularmente acompanhado devido ao risco de recorrências.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/DIAGNÓSTICO, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/PATOLOGIA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Renan Rangel Bonamigo, André Vicente Esteves de Carvalho, Vanessa Raquel Zaleski Sebastiani, Cristina Martino da Silva, Angela Caroline de Zorzi Pinto et al.
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Os cânceres da pele - melanoma e não-melanoma - são eoplasias comuns e com incidência crescente ao longo de décadas. Representam um importante problema de saúde pública. A patogênese destas neoplasias não é completamente compreendida, assim como não o são os fatores genéticos envolvidos. Os genes HLA estão associados a alguns tumores e podem representar um dos mecanisos implicados no desenvolvimento do câncer de pele. Apresenta-se uma revisão atualizada sobre a relação entre antígenos HLA, câncer da pele não-melanoma e melanoma.
Palavras-chave: ANTÍGENOS HLA-DR, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS DE CÉLULAS BASAIS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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MARCOS ANTÔNIO RODRIGUES MARTINEZ, GUILHERME FRANCISCO, LUCIANA SANCHES CABRAL, ITAMAR ROMANO GARCIA RUIZ, CYRO FESTA NETO et al.
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Os cânceres cutâneos não melanoma são as neoplasias malignas mais comuns em humanos. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular representam cerca de 95% dos cânceres cutâneos não melanoma, o que os torna um crescente problema para a saúde pública mundial devido a suas prevalências cada vez maiores. As alterações genéticas que ocorrem no desenvolvimento dessas malignidades cutâneas são apenas parcialmente compreendidas, havendo muito interesse no conhecimento e determinação das bases genéticas dos cânceres cutâneos não melanoma que expliquem seus fenótipos, comportamentos biológicos e potenciais metastáticos distintos. Apresenta-se uma revisão atualizada da genética molecular aplicada aos cânceres cutâneos não melanoma, em especial ao carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, enfatizando os mais freqüentes genes e os principais mecanismos de instabilidade genômica envolvidos no desenvolvimento dessas malignidades cutâneas.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS/GENÉTICA, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, INSTABILIDADE CROMOSSÔMICA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, PERDA DE HETEROZIGOSIDADE, REPETIÇÕES DE MICROSSATÉLITES
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Iconografia
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Leonor Enei Gahona, Carlos d' Aparecida Santos Machado Filho
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Mediante iconografia, mostramos o caso de um ceratoacantoma (CA) de dorso nasal em duas fases diferentes de evolução (maturação e regressão) e sua semellhança com as imagens do vulcão Monte Santa Helena e da cratera Orcus Patera. Por meio dessas ilustrações, destacamos por que o aspecto crateriforme foi acrescentado à descrição clínica clássica desse tipo de tumor. Além disso, documentamos fotograficamente a tendência autoinvolutiva do CA, o que não se encontra muito documentado na literatura.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CERATOACANTOMA, NEOPLASIAS
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Márcia Maria Vivan, Sérgio Henrique Hirata, Liliane Santos do Nascimento, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara
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A doença de Bowen pigmentada é um subtipo raro da doença de Bowen. Apresenta-se clinicamente como placa hiperpigmentada, bem delimitada, de crescimento lento, entrando na relação de diagnósticos diferenciais das lesões pigmentadas. Os autores descrevem um caso em que a dermatoscopia não apresentou nenhum critério sugestivo de doença de Bowen pigmentada, tornando o seu diagnóstico um desafio.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Doença de Bowen; Dermoscopia; Neoplasias cutâneas
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Resumo
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Maria Leonor Enei, Francisco Macedo Paschoal, Gustavo Valdés, Rodrigo Valdés
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O nevo sebáceo de Jadassohn geralmente afeta a face ou o couro cabeludo. A sua tendência natural é evoluir em três estágios, sendo que o estágio final é caracterizado pelo aparecimento de tumores. Apresentamos o caso de um nevo sebáceo de Jadassohn na face a partir do qual um carcinoma basocelular se desenvolveu. Também abordamos o diagnóstico dessa doença, estabelecido por meio da dermatoscopia. Sugerimos a utilização dessa técnica no acompanhamento clínico desse hamartoma, permitindo assim a detecção precoce de um câncer.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, DERMOSCOPIA, NEOPLASIA DE CÉLULAS BASAIS
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Resumo
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Priscila Ishioka, Sérgio Yamada, Nilceo Schwery Michalany, Sérgio Henrique Hirata
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A doença de Bowen Pigmentada (DBP) é uma variante do carcinoma espinocelular in situ e compreende menos de 2% dos casos da Doença de Bowen. Apresenta-se como placa pigmentada, hiperqueratósica, delimitada, localizada em áreas intertriginosas e anogenital. Os autores descrevem um caso de DBP no pênis e abordam os aspectos dermatoscópicos dessa lesão.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, DERMOSCOPIA, DOENÇA DE BOWEN, NEOPLASIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Aparecida Silva Pinhal, Maria Carolina Leal Almeida, Alessandra Scorse Costa, Thérèse Rachell Theodoro, Rodrigo Lorenzetti Serrano, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho et al.
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FUNDAMENTOS: Heparanase é uma enzima capaz de clivar cadeias de heparam sulfato. Os oligossacarídeos gerados por degradação da heparanase facilitam a progressão tumoral. O carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas compreendem tipos de câncer de pele não melanoma.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil de glicosaminoglicanos e expressão da heparanase (HPSE) em duas linhagens de células humanas estabelecidas em cultura, queratinócitos imortalizados de pele (HaCaT) e células de carcinoma epidermoide (A431) bem como investigar a expressão de heparanase em carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e pele da pálpebra de indivíduos não acometidos pela doença (controles).
MÉTODOS: Os glicosaminoglicanos sulfatados foram quantificados por eletroforese e método de Elisa indireto. A expressão de heparanase foi analisada por RT-PCR quantitativo (qRT-PCR).
RESULTADOS: A linhagem A431 apresentou aumento significativo do perfil de glicosaminoglicanos sulfatados, aumento da expressão de heparanase e diminuição do ácido hialurônico quando comparada à linhagem HaCaT. A expressão do mRNA da heparanase foi significativamente maior em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas, comparativamente a amostras de pele controle. Também foi observado aumento da expressão de heparanase em carcinoma de células escamosas quando comparado ao carcinoma basocelular.
CONCLUSÃO: O perfil de glicosaminoglicanos, bem como a expressão de heparanase, é diferente entre as linhagens A431 e HaCaT. O aumento de expressão da heparanase em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas sugere que tal enzima poderá ser útil no diagnóstico de tais tipos de câncer não melanoma e servir como uma molécula-alvo para futuras alternativas de tratamento.
Palavras-chave: Ácido hialurônico; Carcinoma de células escamosas; Carcinoma basocelular; Glicosaminoglicanas; Neoplasias cutâneas; Reação em cadeia da polimerase
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Resumo
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Nilton Nasser, Nilton Nasser Filho, Rafaela Ludvig Lehmkuhl
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FUNDAMENTOS: A incidência dos cânceres espinocelulares da pele vem aumentando em todo o mundo. Estudos epidemiológicos sobre esse tipo de câncer com coeficientes de morbidade são raros no Brasil.
OBJETIVOS: Analisar, classificar e detectar a morbidade dos cânceres espinocelulares da pele em Blumenau, SC, no período de 1980 a 2011, segundo as principais características clínicas e histológicas.
MÉTODOS: Os autores utilizaram 4.000 exames histopatológicos revisados quanto às variáveis sexo, idade, localização do tumor e tipo histológico. Os coeficientes de morbidade anuais foram calculados utilizando o número de casos de cânceres espinocelulares da pele e a população anual estimada pelo IBGE de 1980 a 2011.
RESULTADOS: Foram identificados 4.000 tumores: 2.249 casos em homens (56,2%) e 1.751 casos em mulheres (43,8%). As taxas de incidência padronizadas variaram entre 40 e 120 casos por 100.000 habitantes. As taxas por faixa etária e por décadas foram 1.484 casos por 100.000 habitantes nos homens e 975 casos nas mulheres acima de 70 anos. Quanto à localização primária do tumor, a maior frequência foi nos lábios e nas orelhas dos homens e na face e nos membros inferiores das mulheres. Quanto ao grau de comprometimento, os bem diferenciados somaram 1.610 casos (70%) e os moderadamente diferenciados, 443 (19,1%).
CONCLUSÕES: Os cânceres espinocelulares da pele e da semimucosa do lábio em Blumenau têm semelhança com os descritos na literatura internacional quanto à distribuição de acordo com a idade, a localização anatômica e os tipos histológicos. A incidência do carcinoma espinocelular aumentou nos últimos 31 anos em 300%, mostrando que necessitamos dar atenção especial para a população mais idosa.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Neoplasias
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Marilia Marufuji Ogawa, Luiz Fernando Costa Nascimento, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele não melanoma é a forma mais comum de câncer em humanos e constitui a afecção maligna que mais cresce entre os receptores de transplante renal.
OBJETIVO: Caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma atendida num centro de referência em transplantes.
MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo com receptores de transplante renal apresentando câncer de pele não melanoma atendidos num centro de referência em transplantes entre 01/08/2004 e 31/08/2009. As variáveis estudadas foram: gênero, idade, fototipo, exposição solar ocupacional e recreacional, proteção solar, histórico pessoal e familiar de câncer de pele não melanoma, tipo clínico e localização, tempo entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma, ocorrência de verruga viral, tempo do transplante, tipo de doador, causa da perda renal, transplantes anteriores, comorbidades, diálise pré-transplante, tipo e tempo de diálise.
RESULTADOS: Foram incluídos 64 indivíduos. Homens - 71,9%; fototipos baixos (até III de Fitzpatrick) - 89,0%; idade média - 57,0 anos - e idade média no momento do transplante - 47,3 anos; exposição solar ocupacional - 67,2% - e recreacional - 64,1%; fotoproteção - 78,2% (porém de forma regular em 34,4%); carcinoma espinocelular - 67,2%; relação carcinoma espinocelular/carcinoma basocelular - 2:1; histórico de câncer de pele não melanoma pessoal - 25,0% - e familiar - 10,9%; área fotoexposta - 98,4%; tempo médio de latência entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma - 78,3 meses; verruga viral (HPV) após o transplante - 53,1%; tempo médio de transplante - 115,5 meses; doador vivo - 64,1%; esquema tríplice (antirrejeição) - 73,2%; comorbidades - 92,2%; diálise pré-transplante - 98,4%; hemodiálise - 71,7%; tempo médio de diálise - 39,1 meses; transplantes anteriores - 3,1%; hipertensão como causa da perda renal - 46,9%.
CONCLUSÃO: Este estudo permitiu caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Neoplasia de células basais; Neoplasias de células escamosas; Neoplasias cutâneas; Transplantes
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Resumo
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Luiz Henrique Locks Corrêa, Cristiane Perini Popoaski, Geisiane Custódio, Carlos Otávio Gonçalves, Fabiana Schuelter Trevisol et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer da pele é a neoplasia mais frequente no Brasil, com incidência crescente nas últimas décadas. Na Região Sul de Santa Catarina os dados sobre a incidência de carcinoma espinocelular são escassos. OBJETIVO: Estabelecer dados epidemiológicos do carcinoma espinocelular em Tubarão (SC). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com revisão dos laudos anatomopatológicos positivos para o carcinoma espinocelular dos laboratórios de Tubarão (SC), amostragem por conveniência, e as variáveis coletadas foram: ano do diagnóstico, idade, sexo, cidade de origem, local da lesão, grau de diferenciação, diâmetro da lesão, comprometimento de margem e ocorrência de recidiva. RESULTADOS: Identificaram-se 1.437 laudos com diagnóstico de carcinoma espinocelular, com maior frequência na faixa etária entre 70 e 79 anos. Foi calculado o coeficiente de morbidade para carcinoma espinocelular de 69,5 em 1999 e 136,7/100.000 habitantes para 2009, acarretando aumento de 50%. A região de face foi a mais acometida e o subtipo histológico mais comum foi o bem diferenciado. CONCLUSÃO: Ocorreram 1.437 laudos de carcinoma espinocelular entre 1999 e 2009, com aumento significativo da morbidade. Houve associação entre sexo masculino e a localização em lábio e orelha, e entre sexo feminino e ocorrência de carcinoma espinocelular no nariz, membros superiores e inferiores. Houve prevalência de margens comprometidas após ressecção em 18% das lesões.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE, NEOPLASIAS
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Resumo
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Pedro Andrade, Maria Manuel Brites, Ricardo Vieira, Angelina Mariano, José Pedro Reis, Oscar Tellechea, Américo Figueiredo et al.
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FUNDAMENTOS: O cancro cutâneo não-melanoma, designação conjunta para os carcinomas basocelulares e espinhocelulares, é o tipo de neoplasia cutânea maligna mais frequente. OBJETIVOS: Caracterização epidemiológica da população diagnosticada com cancro cutâneo não-melanoma. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos doentes portadores de cancro cutâneo não-melanoma identificados por análise histológica de todas as biopsias cutâneas incisionais ou excisionais ao longo de 5 anos (2004-2008) num serviço de Dermatologia. RESULTADOS: foram identificados 3075 cancros cutâneos não-melanoma, representando 88% do total de neoplasias malignas diagnosticadas no mesmo período (n=3493). Destes, 68,3% eram carcinomas basocelulares. No seu conjunto, a população de cancro cutâneo nãomelanoma era predominantemente constituída por indivíduos idosos e do sexo feminino, tendo sido observado um aumento consistente da freqüência ao longo do período avaliado (5,25%/ano). A maioria dos cancros cutâneos não-melanoma (n=1443, 81,7%) foi identificada nas áreas de pele foto-exposta, representando 95,1% de todas as neoplasias malignas em áreas foto-expostas. O cancro cutâneo não-melanoma foi a neoplasia mais representativa na generalidade das áreas topográficas, à exceção do abdômen e da pélvis, representando, em particular, mais de 95% das neoplasias malignas da face, da região cervical e do couro cabeludo. O carcinoma basocelular foi o cancro cutâneo não-melanoma predominante em todas as localizações, à exceção dos membros inferiores e superiores, lábio inferior e da área genital, onde o carcinoma espinhocelular representou, respectivamente, 77,7%, 77,4%, 94,7% e 95,3% dos casos. CONCLUSÕES: O cancro cutâneo não-melanoma, como neoplasia maligna cutânea mais freqüente, deverá ser alvo de uma monitorização regular, com vista à determinação da sua dinâmica epidemiológica, da eficácia das medidas preventivas e adequação dos recursos de saúde.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Flavianne Sobral Cardoso Chagas, Bruno de Santana Silva
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FUNDAMENTOS: A cirurgia micrográfica de Mohs é capaz de alcançar altas taxas de cura no tratamento do câncer de pele e remover o mínimo possível de tecido saudável. OBJETIVOS: caracterizar os pacientes submetidos à cirurgia micrográgica de Mohs e estudar aspectos relacionados ao número de fases cirúrgicas. MÉTODOS: trata-se de estudo observacional, transversal e descritivo realizado em serviço de referência para cirurgia micrográfica no período de 2004 a 2010. Foram revisados os prontuários de 79 pacientes (83 cirurgias). RESULTADOS: Foram avaliados 43 mulheres e 36 homens. A média de idade foi 57,5 ± 14,6 anos. Os fototipos II e III foram os mais frequentes, respondendo por 41% e 36,1% respectivamente. O tumor mais freqüente foi o carcinoma basocelular (89,1%), sendo o subtipo sólido o mais frequente (44,6%), seguido pelo esclerodermiforme (32%). A localização mais freqüente foi a nasal (44,6%). A grande maioria dos tumores operados eram recidivados (72,7%). Metade dos tumores mediam 2 cm ou mais. Foram necessárias duas ou mais fases cirúrgicas em 68,7% dos tumores para sua remoção. O tempo de acompanhamento foi igual ou superior a 2 anos em 75%. Houve 01 recidiva pós-Mohs e 02 pacientes apresentaram metástases durante o estudo (ambos carcinomas espinocelulares). CONCLUSÕES: Os achados coincidem com os da literatura, sendo que tumores recidivados e maiores que 2cm necessitaram de mais fases cirúrgicas para sua completa remoção, apesar de não haver diferença estatística (p=0,12 e 0,44, respectivamente).
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Fabiana Braga França Wanick, Tullia Cuzzi Teichner, Rosane Silva, Mônica Maria Ferreira Magnanini, Lucia Maria Soares de Azevedo et al.
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FUNDAMENTOS: No Brasil, a incidência do câncer do pênis é de 8,3 casos/100.000 habitantes, contrastando com 0,7 na Europa e nos Estados Unidos. Em 95% dos casos, trata-se do carcinoma epidermoide. Em geral, é diagnosticado tardiamente.
OBJETIVOS: Descrever as características clínico-patológicas do carcinoma epidermoide do pênis, registradas no Hospital entre 1978 e 2004.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal. Incluíram-se os casos de carcinoma epidermoide do pênis, confirmados histologicamente. Avaliaram-se, pessoalmente, os pacientes que atenderam à convocação para o estudo, enquanto os demais tiveram seus dados pesquisados nos prontuários médicos.
RESULTADOS: Registraram-se 34 pacientes com carcinoma epidermoide do pênis: 8 in situ e 26 invasivos, com idade média de 54,7 12,5 anos, respectivamente. A± 22,4 e 64,7 ±, A glande foi acometida em 91,1% dos casos e o prepúcio, em 41,1%. Os carcinomas epidermoides in situ exibiam pápulas ou eritema e erosão, geralmente menores do que 2 cm. Os invasivos mostravam úlceras e/ou vegetações, geralmente únicas, e maiores do que 2 cm. Dos CE invasivos, 80,8% eram bem diferenciados; metade encontrava-se no estágio I TNM e o restante, do II ao IV; 16 pacientes tiveram o pênis amputado e 3 faleceram.
CONCLUSÕES: O câncer do pênis é raro, acomete adultos de todas as faixas etárias e o tratamento pode ser agressivo. O aspecto clínico inespecífico das lesões iniciais, o insuficiente treinamento médico em lesões dermatológicas e a carência de rotinas de investigação diagnóstica, tratamento e acompanhamento destes casos contribuem para o mau prognóstico desta neoplasia.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, DOENÇAS DO PÊNIS, NEOPLASIAS PENIANAS, PÊNIS
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Resumo
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Reynaldo José Sant'Anna Pereira de Souza, Adriana P. Mattedi, Marcelo P. Corrêa, Marcelo L. Rezende, Ana Cláudia Andrade Ferreira et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer de maior incidência no Brasil é o de pele não-melanoma, que afeta aproximadamente 0,06% da
população. Não existem políticas públicas para sua prevenção e o impacto econômico do seu diagnóstico não tem sido avaliado.
OBJETIVOS: Estimar os custos do diagnóstico e tratamento do câncer de pele não-melanoma no Estado de São Paulo entre 2000 a 2007 e compará-los com os do melanoma cutâneo no mesmo período.
MÉTODOS: Foi utilizado como modelo de procedimento o projeto diretriz Clinical Practice Guidelines in Oncology, (National Comprehensive Cancer Network), adequado aos procedimentos da Fundação SOBECCan - Hospital do Câncer de Ribeirão Preto - SP. Os custos estimados baseiam-se nos valores do tratamento médico pagos pelos setores público e privado em 2007.
RESULTADOS: Os valores médios de custo individual do tratamento anual do câncer de pele não-melanoma são muito mais baixos do que os estimados para o tratamento do melanoma cutâneo. Entretanto, observados os gastos totais no tratamento do câncer de pele não-melanoma, percebe-se que os 42.184 casos deste câncer em São Paulo, no período estudado, fazem com que o custo total do seu tratamento seja 14% superior ao dos 2.740 casos de melanoma cutâneo registrados no mesmo período para o SUS. Porém, para o sistema privado, o gasto total é, aproximadamente, 34% menor para o tratamento do câncer de pele não-melanoma.
CONCLUSÃO: O elevado número de casos de câncer de pele não-melanoma no Brasil - com 114 mil novos casos previstos para 2010, sendo 95% diagnosticados em estágios precoces - representa um impacto financeiro ao sistema público e aos sistemas privados de saúde de cerca de R$ 37 milhões e R$ 26 milhões ao ano, respectivamente.
Palavras-chave: AVALIAÇÃO DE CUSTO-EFETIVIDADE, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CUSTOS DE CUIDADOS DE SAÚDE
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Resumo
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Daniel Holthausen Nunes, Liliane Back, Ramon Vieira e Silva, Vitor de Sousa Medeiros
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FUNDAMENTOS: Observa-se tendência mundial de aumento na incidência do carcinoma de células escamosas da pele, porém na região sul do estado de Santa Catarina (SC) não há dados sobre a incidência desse tipo de câncer.
OBJETIVOS: Estabelecer dados epidemiológicos do carcinoma de células escamosas da pele em Tubarão (Santa Catarina).
MÉTODOS: Laudos anatomopatológicos positivos para o carcinoma de células escamosas da pele dos laboratórios de Tubarão foram revisados quanto às variáveis: ano, idade, gênero, localização, subtipo histológico, maior diâmetro da lesão e comprometimento das margens. A incidência anual foi calculada utilizando o número de neoplasias encontradas e a população anual estimada para os anos de 2000, 2003 e 2006.
RESULTADOS: Foi encontrada uma incidência de carcinoma de células escamosas da pele por 100.000 habitantes de 50,86 para o ano de 2000, de 71,16 para 2003 e de 94,39 para 2006. Não houve predomínio de gênero, a face foi o local de acometimento mais frequente em ambos os gêneros e o subtipo histológico mais comum foi o bem diferenciado.
CONCLUSÃO: A incidência do carcinoma de células escamosas da pele encontrada superou a estimativa da literatura consultada. Houve aumento na sua incidência; as variáveis idade, localização e tipo histológico foram concordantes com a literatura, porém a distribuição quanto ao gênero se mostrou diferente.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/EPIDEMIOLOGIA, INCIDÊNCIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Luiz Fernando C. Nascimento
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FUNDAMENTOS - O câncer figura como a terceira principal causa de morte no Brasil. A pele é a localização mais freqüente, e estima-se que cerca de 50% das pessoas brancas com mais de 60 anos desenvolverão algum tipo de neoplasia cutânea.
OBJETIVO - Descrever o perfil dos indivíduos com câncer da pele atendidos no Hospital Universitário de Taubaté no período de 2001 a 2005.
MÉTODOS - Estudo transversal de base hospitalar envolvendo indivíduos atendidos no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Taubaté no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2005. As variáveis do estudo foram sexo, idade, cor da pele, localização e tipo clínico do tumor: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, combinado e melanoma. As técnicas estatísticas utilizadas foram a do qui-quadrado, t de Student e Anova.
RESULTADOS - Foram incluídos no estudo 639 indivíduos, e a prevalência encontrada foi de 50 casos/100.000 habitantes. A faixa etária mais acometida foi a partir dos 60 anos, a proporção de indivíduos acometidos foi maior para o sexo feminino em relação ao masculino (57,2%/42,8%) e a proporção de brancos/não brancos foi de 4:1.
CONCLUSÃO - Este trabalho vem preencher uma lacuna, dada a inexistência de estudos na região e também à escassez de estudos no Estado de São Paulo, e os achados foram coincidentes com os da literatura.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
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Resumo
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
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*Fundamentos:* O câncer da pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, com 122.400 casos novos estimados para 2006, o que corresponde a 26% do total de neoplasias malignas. A exposição solar é o principal fator de risco conhecido.
*Objetivos:* Avaliar a freqüência das neoplasias cutâneas no país, sua distribuição geográfica e hábitos de proteção contra exposição solar.
*Métodos:* A SBD promoveu, de 1999 a 2005, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, com exame dermatológico e orientação sobre exposição, tendo registrado dados demográficos, hábitos de exposição solar e diagnósticos.
*Resultados:* Foram examinados 205.869 indivíduos, sendo diagnosticados 17.980 casos de diferentes tipos de câncer da pele (13.194 de carcinoma basocelular, 2.482 de espinocelular, 1.057 de melanoma e 1.247 outras neoplasias), correspondendo a 8,7% dos examinados. A razão de prevalência entre homens e mulheres foi de 1,7, e a proporção de câncer em negros foi de 1,6%; em amarelos, de 3,2%; em pardos, de 3,4%; e em brancos, e 12,7%. Os estados com maior prevalência foram Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Mais de 50% dos examinados se expunham ao sol sem proteção, o que reforça a importância de atividades educativas de prevenção.
*Conclusões:* O câncer da pele é freqüente no país, e a proteção contra seu principal fator de risco, a exposição solar, é ainda pouco valorizada.
Palavras-chave: CARCINOMA, BASAL CELL, CARCINOMA, SQUAMOUS CELL, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/EPIDEMIOLOGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/DIAGNÓSTICO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/PREVENÇÃO & CONTROLE, SKIN NEOPLASM, ASSUNÇÃO DE RISCOS, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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NILTON NASSER
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*Fundamentos:* A morbidade dos carcinomas espinocelulares da pele vem aumentando no mundo. No Brasil não existem dados sobre coeficientes de morbidade desses cânceres.
*Objetivos:* Detectar a morbidade, analisar e classificar os cânceres espinocelulares da pele e semimucosa do lábio em Blumenau, de 1980 a 1999, segundo as principais características clínicas e histológicas.
*Métodos:* Foram utilizados exames histopatológicos oriundos dos laboratórios de Blumenau, revisados quanto às variáveis sexo, idade, localização primária e tipo histológico. Os coeficientes de morbidade anuais foram calculados utilizando o número de casos de neoplasias encontradas e a população anual estimada entre 1980 e 1999.
*Resultados:* Identificaram-se 2.195 tumores, com maior freqüência em homens e na faixa etária acima de 60 anos. A localização primária em áreas expostas foi predominante. Os coeficientes de morbidade encontrados variaram entre 31,1 casos por 100.000 habitantes em 1980 e 86,3 casos por 100.000 habitantes em 1989.
*Conclusão:* Os cânceres espinocelulares da pele e semimucosa do lábio encontrados em Blumenau, de acordo com a idade, localização anatômica e tipos histológicos, têm semelhança com os da literatura, e os coeficientes de morbidade são os únicos encontrados na literatura brasileira pesquisada.
Palavras-chave: NEOPLASIAS., CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE
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Resumo
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ADELAR BOCCHESE NORA, DANIEL PANAROTTO, LOUISE LOVATTO, MÁRCIO MANOZZO BONIATTI
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*Fundamentos:* O câncer da pele é a forma mais comum de câncer atualmente, apesar de ser um dos mais preveníveis. Não foram encontrados dados na literatura nacional quanto à freqüência de orientação para prevenção desse tipo de câncer de acordo com as diversas especialidades médicas.
*Objetivos:* O objetivo do trabalho foi verificar a freqüência de aconselhamento para prevenção de câncer da pele entre as diversas especialidades médicas em uma amostra da população de Caxias do Sul.
*Métodos:* Trata-se de um estudo transversal. Foram entrevistadas e examinadas 499 pessoas que procuraram atendimento na área de dermatologia em ações comunitárias realizadas em Caxias do Sul de janeiro a julho de 2002.
*Resultados:* Apenas 31,9% (n=159; IC 27,8 - 36,2) das pessoas entrevistadas já haviam recebido aconselhamento pela classe médica para prevenção de câncer da pele. Os pacientes de alto risco com o maior potencial para intervenção, ou seja, pacientes com idade inferior a 20 anos, receberam orientação em freqüência menor do que os pacientes com 20 anos ou mais (26,5% versus 42,5%, respectivamente; p = 0,03). A especialidade de dermatologia foi responsável por mais da metade dos aconselhamentos para prevenção de câncer da pele na população estudada.
*Conclusão:* A freqüência de aconselhamento para prevenção de câncer da pele pelos profissionais da saúde é baixa, mesmo para os pacientes de alto risco. A orientação também varia de acordo com a especialidade consultada, tendo apenas a especialidade de dermatologia apresentado alta freqüência de aconselhamento.
Palavras-chave: ACONSELHAMENTO, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, ESPECIALIDADES MÉDICAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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LUIZ GUILHERME MARTINS CASTRO, CARMEN LUCIA TOYAMA, ANA PAULA GOMES MESKI, MARIA AMÉLIA FREIRE, THALES F. DE BRITO et al.
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FUNDAMENTO - O câncer mais freqüente no mundo é o de pele e há indicios de que a tendência seja de aumento de ocorrência. Os trabalhos sobre câncer cutâneo normalmente avaliam pacientes de instituiçõs de ensino e pesquisa, não sendo comum encontrar dados sobre aqueles que se tratam em clínicas particulares.
OBJETIVO - Apresentar características clínicas e histopatológicas de 369 casos de câncer de pele diagnosticados m clínica particular na cidade de São Paulo e compará-las com dados da literatura nacional e estrangeira.
MATERIAL E MÉTODO - Realizou-se estudo retrospectivo de todos os resultados de exames anatomopatológicos catalogados na clínica entre 01 janeiro de 1991 e 31 de março dr 1995. Foram considerados todos os laudos com diagnóstico de tumor cutâneo primário. Excluíram-se os casos de ceratoses actínicas. Por meio das fichas clínicas, foi possível obter dados clinicoepidemiolóigicos sobre os pacientes.
RESULTADOS - Foram encontrados 369 casos de câncer de pele, com nítido predomínio do carcinoma basocelular (71%). Seguiram-se o carcinoma espinocelular (22,5%)e melanoma maligno (5,4%). Houve dois casos de micose fungóide, um de dermatofibrossarcoma protuberante e um de doença de Bowen.
CONCLUSÃO - Os dados apresentados neste estudo assemelham-se aos encontrados tanto na literatura nacional como na literatura internacional, sugerindo que as características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas do câncerde pele em pacientes atendidos em clínica particular não sejam muito diferentes das relatadas em geral. Aparentemente, esses pacientes têm suas lesões diagnosticadas e tratadas mais precocemente.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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SELMA SCHUARTZ CERNEA
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FUNDAMENTO - A cirurgia micrográfica de Mohs é uma técnica utilizada para o tratamento de neoplasias cutâneas de comportamento biológico agressivo, tais como tumores recidivados, carcinomas basocelulares esclerodermiformes, carcinomas espinocelulares, entre outros.
OBJETIVO - Apresentar a experiência do primeiro serviço universitário brasileiro especializado nessa técnica operatória.
MÉTODO - Foram analisados retrospectivamente 154 pacientes submetidos a exérese de 206 lesões.
RESULTADOS - Houve 12 recidivas no período estudado, havendo portanto, índice de cura de 94,2%, no mesmo período.
CONCLUSÕES - Apesar do tempo de seguimento ainda ser limitado, os índices de cura obtidos foram altas e comparáveis aos registrados na literatura internacional, atestando a eficácia do método, em casos selecionados.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Priscilla Spina, Alessandra Drummond, Fernanda Campany, Anna Beatriz Celano Novellino, Joaquim Mesquita Filho et al.
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Os carcinomas basocelular e espinocelular são as principais neoplasias de localização labial e perioral. Relatamos diferentes técnicas de reconstrução cirúrgica bem sucedidas, incluindo retalhos ou incisão e sutura simples. Nesta última técnica, demonstramos resultado satisfatório, apesar da incisão com remoção de mais de um terço do lábio, contrariando a literatura. Nosso objetivo é enfatizar que o bom senso e a experiência do cirurgião devem sobressair na escolha do método reconstrutivo. Além disso, ainda que a prioridade seja a excisão completa da lesão, não podemos ignorar a recuperação estético-funcional.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Retalhos cirúrgicos
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Selma Schuartz Cernea, Gabriel Gontijo, Eugenio Raul de Almeida Pimentel, Roberto Gomes Tarlé, Glaysson Tassara, Juliana Areas de Souza Lima Beltrame Ferreira, Victor Miguel Coutinho Fernandes, Wanderley Marques Bernardo et al.
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A cirurgia micrográfica de Mohs é uma técnica utilizada para a remoção de neoplasias cutâneas, caracterizada pelo mapeamento cirúrgico, na qual o cirurgião executa a remoção da lesão, seguida da avaliação histológica completa das margens tumorais. A correlação entre a presença de tumor no exame histológico e a correta localização no mapa cirúrgico resulta em ressecção completa da lesão, com máxima preservação de tecido normal. Este artigo tem como objetivo oferecer aos profissionais de saúde, generalistas e especialistas, orientações sobre indicações da cirurgia micrográfica de Mohs para o tratamento das neoplasias cutâneas, com base nas melhores evidências disponíveis na literatura sobre o assunto. A revisão bibliográfica de artigos científicos dessa diretriz foi realizada na base de dados MEDLINE/PubMed. A estratégia de busca utilizada foi baseada em perguntas estruturadas na forma P.I.C.O. (das iniciais "Paciente", "Intervenção", "Controle" e "Outcome"). As indicações desta técnica estão relacionadas a recorrência, tipo histológico, dimensões, delimitação das margens e localização dos tumores. As diretrizes visam a orientar as indicações da cirurgia de Mohs nos diferentes tumores de pele.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Cirurgia de Mohs; Dermatofibrossarcoma
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