Artigo de revisão
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, JOSÉ CALDEIRA FERREIRA BASTOS, JOSÉ DE SOUZA ANDRADE FILHO, PATRICIA SALOMÉ GOUVÊA
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As expressões margem de segurança e margem cirúrgica são usadas freqüentemente como sinônimas, embora tenham significados distintos. A margem de segurança é preestabelecida e faz parte do planejamento cirúrgico. A margem cirúrgica é verificada posteriormente pelo patologista ao exame da peça cirúrgica. Na literatura não existe consenso a respeito da extensão da margem de segurança, sendo ela baseada em uma série de variáveis nem sempre de fácil análise. Por outro lado a cirurgia microscopicamente controlada não utiliza o conceito de margem de segurança e se constitui na forma mais racional de tratamento do câncer cutâneo. Este artigo discorre sobre os fatores determinantes da margem de segurança e da margem cirúrgica, tanto do ponto de vista clínico como do laboratorial, traçando um paralelo com a cirurgia microscopicamente controlada e lançando algumas reflexões importantes sobre a relatividade do conceito de margem de segurança.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS/CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, PATOLOGIA CIRÚRGICA, REOPERAÇÃO
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Resumo
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RUBEM DAVID AZULAY, DAVID RUBEM AZULAY, LUNA AZULAY ABULAFIA
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A maioria dos dermatologistas considera os “sinais malignos na pele” sinônimo de síndrome paraneoplásica cutânea (SPC). Os autores, no entanto, propõem que eles sejam diferentes. No primeiro caso os autores preferem o termo “sinais dermatológicos potencialmente malignos” ( SDPM). A etiopatogenia e o desenvolvimento clínico são diferentes em ambos, SPC e SDPM. Os SDPM são divididos em dois subgrupos: hereditário (como na síndrome de Gardner e outras) e adquiridos (síndrome de arsenicismo e outras). A SPC também é dividida em dois subgrupos: altamente reveladora de malignidade interna (eritema gyratum repens e outros) e reveladores eventuais de malignidade interna (prurido e outros). A etiopatogenia da SPC é decorrente de vários mecanismos diferentes: hormonais, imunes, fisiopatológicos, hematológicos e, provavelmente, outros. A razão para o aparecimento da SPC antes do diagnóstico de câncer visceral consiste possivelmente em mudanças nas moléculas de DNA de futuras células potencialmente cancerígenas.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS., NEOPLASIAS
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Felipe Bochnia Cerci, Gerson Dellatorre
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O retalho paramediano frontal é uma boa opção para restauração de defeitos nasais complexos. Para defeitos de espessura total, este método pode ser utilizado isoladamente ou combinado a outros. Apresentamos um paciente submetido à cirurgia micrográfica de Mohs devido a carcinoma basocelular em porção distal do nariz, submetido à reconstrução com retalho paramediano frontal associado a retalho em dobradiça. Para ótimos resultados do retalho paramediano frontal, são imperativos planejamento cirúrgico adequado, orientação ao paciente e técnica cirúrgica meticulosa.
Palavras-chave: Carcinoma Basocelular; Cirurgia de Mohs; Nariz; Neoplasias Cutâneas; Retalhos Cirúrgicos
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Resumo
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Felipe Bochnia Cerci
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O retalho retroauricular estagiado é uma ótima opção para defeitos de espessura total da hélice e anti-hélice. Sua área doadora consiste na região posterior da orelha, sulco retroauricular e mastoide. As vantagens deste retalho incluem cicatriz escondida da área doadora, semelhança da pele doadora e rica vascularização. Apresenta-se um paciente com tumor de colisão na hélice esquerda submetido à cirurgia micrográfica de Mohs, com defeito resultante reparado com retalho retroauricular estagiado. Esta técnica é eficiente para restauração de defeitos de espessura total da hélice, com pequena morbidade operatória. Ótimos resultados funcionais e estéticos podem ser obtidos, restaurando formato e tamanho naturais da orelha.
Palavras-chave: Cirurgia de Mohs; Neoplasias cutâneas; Neoplasias da orelha; Retalhos cirúrgicos
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Resumo
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Ana Rita Cabral, Neide Alonso, Ana Brinca, Glaysson Tassara Tavares
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O lóbulo auricular é uma estrutura anatómica com uma importância estética significativa. O desafio inerente à sua reconstrução relaciona-se com a dificuldade em obter um resultado duradouro e cosmeticamente aceitável. Os autores apresentam duas opções: a técnica de Gavello e o retalho bilobado, após excisão de neoplasias malignas do lóbulo auricular. A técnica de Gavello, recorre a um retalho bilobado com base anterior, para constituir o novo lóbulo auricular. O retalho bilobado de D’Hooghe, com lobos pré e pós-auriculares, permite a reconstrução de defeitos de pequenas dimensões. As duas técnicas descritas, apesar de antigas, mantém-se actuais pela execução de grau de dificuldade média, em tempo cirúrgico único, sob anestesia local com a obtenção de resultados cosmeticamente aceitáveis.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, MELANOMA, NEOPLASIAS DA ORELHA
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Resumo
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Aristóteles Rosmaninho, Glória Velho, Mónica Caetano, Manuela Selores
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Mundialmente, o câncer de mama é o câncer com risco de vida mais frequentemente diag-
nosticado em mulheres, sendo a principal causa de morte por câncer entre estas. Inclui um grupo
heterogêneo de doenças com vários subgrupos histologicamente definidos, várias apresentações clínicas, respostas e resultados ao tratamento. Nós descrevemos dois casos de pacientes do sexo feminino com carcinoma ductal da mama. O dermatologista pode ter um papel importante no diagnóstico destas doenças.
Palavras-chave: CANCRO, CARCINOMA DUCTAL DE MAMA, NEOPLASIAS, NEOPLASIAS DA MAMA
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Resumo
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Ana Brinca, Pedro Andrade, Ricardo Vieira, Américo Figueiredo
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O carcinoma de células escamosas é a neoplasia maligna mais frequente dos lábios, e em cerca de 90% dos casos, localiza-se no lábio inferior, por causa da maior exposição cumulativa à radiação ultravioleta. Os autores apresentam duas técnicas cirúrgicas para a reconstrução de grandes defeitos do lábio inferior, resultantes da excisão cirúrgica tumoral, exemplificando-as e comparando-as através de dois casos clínicos.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS LABIAIS, RETALHOS CIRÚRGICOS
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Resumo
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Denise Lage, Cíntia de Almeida Volpini, Maria da Glória Sasseron, Patrícia Daldon, Lúcia Arruda et al.
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Mulher, 26 anos, com história de lesão eritêmato-escamosa no mamilo esquerdo, há dois anos. Era acompanhada pelo seu ginecologista como eczema crônico em uso de corticoide tópico, sem melhora. Encaminhada ao nosso serviço, realizou-se o diagnóstico de doença de Paget mamária associada ao carcinoma intraductal. Antes da quarta década de vida, a doença de Paget é rara, e, na grande maioria dos casos, está associada ao carcinoma mamário. Essa enfermidade constitui diagnóstico diferencial obrigatório do eczema do mamilo. O diagnóstico tardio, como no caso relatado, implica em pior prognóstico e aumento da morbidade, já que terapêutica mutilante é necessária.
Palavras-chave: DOENÇA DE PAGET MAMÁRIA, NEOPLASIA DA MAMA, PATOLOGIA
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, JULIETA NEIVA BATISTA, PATRICIA SALOMÉ GOUVÊA
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Relata-se caso incomum de carcinoma basocelular que simulava tumor intranasal de crescimento expansivo, na cavidade da narina esquerda. Operado com cirurgia micrográfica pelo método de Munique, foi possível demonstrar que o tumor se originava da pele aparentemente normal e suprajacente do nariz. Por ser tridimensional, esse método de cirurgia micrográfica permite estudo mais preciso da peça cirúrgica. Discutem-se também aspectos peculiares da cirurgia micrográfica pelo método de Munique, o que contribui para a ampliação do conceito das cirurgias microscopicamente controladas.
Palavras-chave: CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, PATOLOGIA CIRÚRGICA, REOPERAÇÃO, ANEURISMA ROTO
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Resumo
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PATRÍCIA MOTTA DE MORAIS, ANTONIO PEDRO MENDES SCHETTINI, CARLOS ALBERTO CHIRANO RODRIGUES, GREICIANNE FERREIRA NAKAMURA
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O tumor de Bednar é uma rara neoplasia da pele, considerada variante pigmentada do dermatofibrossarcoma protuberans. O diagnóstico é confirmado pelo exame histopatológico e estudo imuno-histoquímico. O tumor de Bednar é agressivo localmente, recidivando com freqüência, mas raramente ocorrem metástases. O procedimento terapêutico mais adequado é a cirurgia micrográfica de Mohs. Relata-se o caso de uma paciente de 35 anos, portadora dessa rara neoplasia, cujo diagnóstico foi estabelecido por exame histopatológico e estudo imuno-histoquímico. Ressalta-se a importância de o dermatologista estar atento para suspeitar do diagnóstico e dispor dos meios necessários para confirmá-lo, adotando a melhor conduta.
Palavras-chave: DERMATOFIBROSSARCOMA/DIAGNÓSTICO, FIBROSSARCOMA/DIAGNÓSTICO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/CIRURGIA, DERMATOFIBROSSARCOMA/CIRURGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/DIAGNÓSTICO, IMUNO-HISTOQUÍMICA
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Resumo
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RUBEM DAVID AZULAY, BERNARD KAWA KAC, GERSON COTTA PEREIRA, ANA FLÁVIA LEMOS DA CUNHA
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Acroangiodermatite é enfermidade rara, caracterizada por lesões eritêmato-violáceas bem delimitadas que acometem pernas e pés com aspecto semelhante ao do sarcoma de Kaposi. É relatado o caso de paciente do sexo feminino, de 57 anos, com início súbito de lesões eritêmato-violáceas nas pernas sem outras alterações. O caso acrescenta aprendizado por sua dificuldade diagnóstica e reafirma a importância da imuno-histoquímica. Trata-se da publicação do primeiro caso brasileiro.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ARYON DE ALMEIDA BARBOSA JR, NEWTON SALES GUIMARAES, MOYSÉS SADIGURSKY, RODOLFO ISAURO DANTAS JUNIOR, IVAN TAVARES, MIGUEL BRANDÃO et al.
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Foram descritas as características clinicopatológicas de um caso de carcinoma pilomatricial e revistos os achados clínicos e patológicos desse raro tumor.
Palavras-chave: PILOMATRIXOMA., NEOPLASIAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ALOÍSIO FERREIRA DA SILVA FILHO, JOSÉ DE SOUZA ANDRADE FILHO, ILENE MARIA GUIMARÃES DE SIQUEIRA, PATRÍCIA SILVA SARAIVA, GERALDO MAGELA MAGALHÃES, JOSÉ CARLOS RIBEIRO RESENDE ALVES et al.
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Os autores apresentam dez casos de dermatofibrossarcoma protuberante tratados por cirurgia radical e acompanhados durante 101 meses, em média. Nesse período não houve recidivas nem metástases. Cinco dos casos já haviam sofrido tratamento cirúrgico prévio, e dois haviam sido submetidos à radioterapia. Os autores concluem que a cirurgia radical é extremamenteeficaz no tratamento do tumor. Recomendam, como critérios de radicalidade, ressecções com margens livres de pelo menos 3cm em lateralidade; em profundidade a ressecção deve incluir a estrutura anatômica profunda não atingida pelo tumor (fáscia, músculo ou tábua externa do osso).
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, VALÉRIA GOMES BARBOSA, IVAN CURTISS SILVIANO BRANDÃO
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O método micrográfico de Munique é uma das variações da cirurgia micrográfica que examina tridimensionalmente a peça cirúrgica, do seu fundo até a borda epidérmica, sendo sempre possível a observação do tumor em relação às bordas cirúrgicas. Ele difere essencialmente do método de Mohs, exame micrográfico periférico, que observa apenas a borda externa da peça cirúrgica. Dessa forma, com o método de Munique, as relações do tumor com as margens cirúrgicas podem ser mais bem estudadas. Utilizando vários cortes seqüenciais de corte, má interpretação de cortes oblíquos de folículos pilosos, desgaste excessivo da peça até que se consiga um bom corte para análise, podem ser evitados com o método de Munique. Este trabalho descreve um caso clínico e toda a metodologia da cirurgia micrográfica pelo método de Munique.
Palavras-chave: CIRURGIA DE MOHS., CARCINOMA BASOCELULAR, CIRURGIA
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Resumo
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CYRO FESTA NETO, SILVIA FALDA, EVANDRO ARARIGBOIA RIVITTI
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Estudo retrospectivo de 514 cornos cutâneos a partir de laudos anatomopatológicos. No estudo os cornos cutâneos, com grande frequência, têm como base histopatológica lesões pré-malignas (49,2%) e malignas (25,2%). Das lesões pré-malignas, a mais frequente é a ceratose actínica; e, das malignas, o carcinoma espinocelular. Esse fato por si demonstra a importância dessa patologia. A grande influência da ação actínica na gênese dessas lesões fica sugerida pela incidência maior, ainda que não exclusiva, nas áreas expostas. Fica demonstrada a importância da exérese e do estudo histopatológico dessas lesões para sua cura e diagnóstico definitivo.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ITAMAR BELO DOS SANTOS, MARIA BETÂNIA TAVARES DE ANDRADE LIMA, MECCIENE MENDES DA SILVA
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Apresentação de um caso de fibroxantoma atípico, na sua forma nodular, localizado no couro cabeludo de uma paciente de 32 anos. O quadro histológico mostrava uma lesão tumoral dérmica, bem delimitada, contrastando com o pleomorfismo celular existente. Recidivou após a remoção da lesão.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, BIRGER KONZ
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Qualquer que seja a técnica escolhida para a realização da cirurgia micrográfica, esta é mais eficaz do que o método convencional de cirurgia excisional para garantir melhor índice de cura do tumor. Apesar de terem os mesmos princípios básicos de poupar ao máximo o tecido sadio peritumoral, as três variações mais importantes da cirurgia micrográfica têm diferenças fundamentais entre si. O objetivo deste trabalho é descrever essas diferenças, comparando os métodos entre si. Dessa forma, acredita-se estar contribuindo para ampliar o conceito de cirurgia micrográfica, melhorando a interpretação e compreensão do controle histológico das margens cirúrgicas.
Palavras-chave: CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, BIRGER KONZ
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Com o surgimento do método a fresco, a cirurgia micrográfica sofreu evolução tão grande, que culminou no aparecimento de outros métodos de controle de margens cirúrgicas, tão bons e eficazes quanto o método de Mohs. No entanto, o termo "cirurgia micrográfica de Mohs" continua sendo usado como sinônimo de cirurgia micrográfica. Procura-se ampliar o conceito dessa modalidade de cirurgia, descrevendo os outros métodos mais utilizados de controle microscópico de margens cirúrgicas. Uma nova divisão da cirurgia micrográfica é segerida.
Palavras-chave: CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Alesso Cervantes Sartorelli, Francisco Eduardo M. Leite, Isabel Violeta de Carvalho Friedman, Horácio Friedman
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Tumor do infundíbulo folicular é lesão cutânea incomum, com várias formas de apresentação clínica. Destacam-se as formas solitária e eruptiva/múltipla. A primeira apresenta-se como lesão papulonodular descamativa em região de cabeça e pescoço. A segunda, alvo deste relato, é mais rara, ocorrendo em face, pescoço e porção superior do tronco como lesões maculares pardas, avermelhadas ou, mais frequentemente, hipopigmentadas, podendo levar ao diagnóstico diferencial com lesões vitiligóides. A apresentação microscópica das diferentes formas clínicas é similar. Neste artigo, relatamos um caso de tumor do infundíbulo folicular múltiplo/eruptivo apresentando-se como máculas vitiligóides faciais em homem de 35 anos.
Palavras-chave: HIPOPIGMENTAÇÃO, NEOPLASIAS DE ANEXOS E DE APÊNDICES CUTÂNEOS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, SÍLVIA MARIA SCHMIDT
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O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo de câncer mais comum em humanos, e sua incidência vem aumentando nos últimos anos. O conhecimento de sua histogênese, assim como de sua epidemiologia, tem-se tornado mais claro com as pesquisas no campo da genética, biologia molecular e dos inquéritos epidemiológicos, que identificaram fatores de risco e outras formas de prevenção. Houve progressos na compreensão de seu comportamento biológico, em face de sua variedade de formas clínicas e histopatológicas. Novos conhecimentos foram adicionados a particularidades, como os carcinomas basocelulares recidivados e metastáticos. O reconhecimento do tumor tornou-se mais apurado devido ao emprego de técnicas que aumentaram a acurária diagnóstica. Novas formas de terapia têm sido descritas, entre elas a terapia fotodinâmica e a utilização de imunomoduladores, ao lado de formas mais tradicionais, que se consolidaram pela experiência clínica. O prognóstico do CBC melhorou consideravelmente nas últimas décadas graças ao diagnóstico mais precoce, às medidas terapêuticas atuais, e à maior conscientização da população sobre o problema, fruto das campanhas educacionais. Este trabalho de revisão aborda pormenorizadamente cada um desses aspectos, focalizando suas instâncias práticas, no intuito de representar para o dermatologista uma fonte de referência para outros estudos.
Palavras-chave: PREVENÇÃO E CONTROLE, TERAPIA., NEOPLASIAS DE CÉLULAS BASAIS, ETIOLOGIA, CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO, EPIDEMIOLOGIA, PATOLOGIA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Aparecida Silva Pinhal, Maria Carolina Leal Almeida, Alessandra Scorse Costa, Thérèse Rachell Theodoro, Rodrigo Lorenzetti Serrano, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho et al.
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FUNDAMENTOS: Heparanase é uma enzima capaz de clivar cadeias de heparam sulfato. Os oligossacarídeos gerados por degradação da heparanase facilitam a progressão tumoral. O carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas compreendem tipos de câncer de pele não melanoma.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil de glicosaminoglicanos e expressão da heparanase (HPSE) em duas linhagens de células humanas estabelecidas em cultura, queratinócitos imortalizados de pele (HaCaT) e células de carcinoma epidermoide (A431) bem como investigar a expressão de heparanase em carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e pele da pálpebra de indivíduos não acometidos pela doença (controles).
MÉTODOS: Os glicosaminoglicanos sulfatados foram quantificados por eletroforese e método de Elisa indireto. A expressão de heparanase foi analisada por RT-PCR quantitativo (qRT-PCR).
RESULTADOS: A linhagem A431 apresentou aumento significativo do perfil de glicosaminoglicanos sulfatados, aumento da expressão de heparanase e diminuição do ácido hialurônico quando comparada à linhagem HaCaT. A expressão do mRNA da heparanase foi significativamente maior em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas, comparativamente a amostras de pele controle. Também foi observado aumento da expressão de heparanase em carcinoma de células escamosas quando comparado ao carcinoma basocelular.
CONCLUSÃO: O perfil de glicosaminoglicanos, bem como a expressão de heparanase, é diferente entre as linhagens A431 e HaCaT. O aumento de expressão da heparanase em carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas sugere que tal enzima poderá ser útil no diagnóstico de tais tipos de câncer não melanoma e servir como uma molécula-alvo para futuras alternativas de tratamento.
Palavras-chave: Ácido hialurônico; Carcinoma de células escamosas; Carcinoma basocelular; Glicosaminoglicanas; Neoplasias cutâneas; Reação em cadeia da polimerase
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Resumo
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Heliane Sanae Suzuki, Sérgio Zuñeda Serafini, Maurício Shigueru Sato
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele é a neoplasia maligna mais comum e pode ser tratada de várias maneiras. Uma delas é a cirurgia micrográfica de Mohs. Em decorrência do aumento da incidência das neoplasias cutâneas nas últimas décadas, há necessidade de aprimoramentos na técnica de Mohs para otimizar a sua eficácia.
OBJETIVO: Avaliar se o uso da dermatoscopia na demarcação de margens na cirurgia micrográfica de Mohs pode diminuir o tempo cirúrgico e, consequentemente, a morbidade cirúrgica e os custos.
MÉTODOS: Foram selecionados 44 pacientes com indicação de cirurgia micrográfica de Mohs, alocados em dois grupos (de estudo e de controle), com margens cirúrgicas guiadas pela dermatoscopia.
RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos pela análise com o teste do qui quadrado (p = 0,399).
CONCLUSÃO: Embora ambos os grupos tenham mostrado resultados equivalentes, o estudo traz uma proposta prática de aprimoramento da técnica. Há necessidade de outros estudos para que esses resultados sejam comprovados.
Palavras-chave: Cirurgia de Mohs; Dermoscopia; Neoplasias cutâneas
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Resumo
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Pedro Andrade, Maria Manuel Brites, Ricardo Vieira, Angelina Mariano, José Pedro Reis, Oscar Tellechea, Américo Figueiredo et al.
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FUNDAMENTOS: O cancro cutâneo não-melanoma, designação conjunta para os carcinomas basocelulares e espinhocelulares, é o tipo de neoplasia cutânea maligna mais frequente. OBJETIVOS: Caracterização epidemiológica da população diagnosticada com cancro cutâneo não-melanoma. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos doentes portadores de cancro cutâneo não-melanoma identificados por análise histológica de todas as biopsias cutâneas incisionais ou excisionais ao longo de 5 anos (2004-2008) num serviço de Dermatologia. RESULTADOS: foram identificados 3075 cancros cutâneos não-melanoma, representando 88% do total de neoplasias malignas diagnosticadas no mesmo período (n=3493). Destes, 68,3% eram carcinomas basocelulares. No seu conjunto, a população de cancro cutâneo nãomelanoma era predominantemente constituída por indivíduos idosos e do sexo feminino, tendo sido observado um aumento consistente da freqüência ao longo do período avaliado (5,25%/ano). A maioria dos cancros cutâneos não-melanoma (n=1443, 81,7%) foi identificada nas áreas de pele foto-exposta, representando 95,1% de todas as neoplasias malignas em áreas foto-expostas. O cancro cutâneo não-melanoma foi a neoplasia mais representativa na generalidade das áreas topográficas, à exceção do abdômen e da pélvis, representando, em particular, mais de 95% das neoplasias malignas da face, da região cervical e do couro cabeludo. O carcinoma basocelular foi o cancro cutâneo não-melanoma predominante em todas as localizações, à exceção dos membros inferiores e superiores, lábio inferior e da área genital, onde o carcinoma espinhocelular representou, respectivamente, 77,7%, 77,4%, 94,7% e 95,3% dos casos. CONCLUSÕES: O cancro cutâneo não-melanoma, como neoplasia maligna cutânea mais freqüente, deverá ser alvo de uma monitorização regular, com vista à determinação da sua dinâmica epidemiológica, da eficácia das medidas preventivas e adequação dos recursos de saúde.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Flavianne Sobral Cardoso Chagas, Bruno de Santana Silva
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FUNDAMENTOS: A cirurgia micrográfica de Mohs é capaz de alcançar altas taxas de cura no tratamento do câncer de pele e remover o mínimo possível de tecido saudável. OBJETIVOS: caracterizar os pacientes submetidos à cirurgia micrográgica de Mohs e estudar aspectos relacionados ao número de fases cirúrgicas. MÉTODOS: trata-se de estudo observacional, transversal e descritivo realizado em serviço de referência para cirurgia micrográfica no período de 2004 a 2010. Foram revisados os prontuários de 79 pacientes (83 cirurgias). RESULTADOS: Foram avaliados 43 mulheres e 36 homens. A média de idade foi 57,5 ± 14,6 anos. Os fototipos II e III foram os mais frequentes, respondendo por 41% e 36,1% respectivamente. O tumor mais freqüente foi o carcinoma basocelular (89,1%), sendo o subtipo sólido o mais frequente (44,6%), seguido pelo esclerodermiforme (32%). A localização mais freqüente foi a nasal (44,6%). A grande maioria dos tumores operados eram recidivados (72,7%). Metade dos tumores mediam 2 cm ou mais. Foram necessárias duas ou mais fases cirúrgicas em 68,7% dos tumores para sua remoção. O tempo de acompanhamento foi igual ou superior a 2 anos em 75%. Houve 01 recidiva pós-Mohs e 02 pacientes apresentaram metástases durante o estudo (ambos carcinomas espinocelulares). CONCLUSÕES: Os achados coincidem com os da literatura, sendo que tumores recidivados e maiores que 2cm necessitaram de mais fases cirúrgicas para sua completa remoção, apesar de não haver diferença estatística (p=0,12 e 0,44, respectivamente).
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, PATRICIA SALOMÉ GOUVÊA, JOSE FERREIRA CALDEIRA BASTOS
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*Fundamentos*: A cirurgia de Mohs é um dos métodos mais eficazes de tratamento dos carcinomas basocelulares. A expansão de seus conceitos possibilitou o surgimento de outros métodos de checagem de margens cirúrgicas igualmente eficazes. O método de Munique é um exemplo disso.
*Objetivos*: Avaliar a eficácia da cirurgia micrográfica pelo método de Munique em um estudo de coorte com 10 anos de duração.
*Métodos*: 93 pacientes com 96 tumores cutâneos foram tratados com cirurgia micrográfica pelo método de Munique, participando de um protocolo de acompanhamento, no período de maio de 1994 a julho de 2004.
*Resultados*: 61,4% dos tumores eram recidivados; 42,3% eram recidivados mais de uma vez; 53% eram do tipo esclerodermiforme. A média do maior diâmetro dos tumores foi de 1,58cm e do menor 1,10cm. Em 95% dos casos se obteve a extirpação total do tumor, com até três estágios. A localização mais comum foi a nasal (46,3%), seguida da periocular (18,9%) e da frontal (11,5%). Perdeu-se o contato apenas com dois pacientes. Dos 96 tumores operados, apenas 11 têm tempo de seguimento inferior a dois anos. 56 pacientes foram seguidos por pelo menos cinco anos, e 45 (47,3%), por mais de seis anos. Apenas um caso de recidiva foi verificado, tendo ocorrido no sexto ano de observação.
*Conclusão*: O método de Munique é um método eficiente de cirurgia micrográfica, tanto quanto o método de Mohs. Este trabalho fornece mais um indício de que o conceito de cirurgia micrográfica deve ser ampliado para cirurgia microscopicamente controlada, e não ficar ligado estritamente ao termo cirurgia de Mohs.
Palavras-chave: CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, REOPERAÇÃO
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, ISABEL CRISTINA LOPES, JUAN MANUEL PIÑEIRO MACEIRA, MAURÍCIO PEREZ
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FUNDAMENTOS - Melanoma é uma neoploasia maligna nos melanócitos, sélulas localizadas na camada basal da epiderme dos anexos cutâneos, meninges e retina.
OBJETIVO - Correlacionar os dados clínicos epidemiológico observados e os referidos na literatura.
MÉTODOS - Foi realizado estudo retrospectivo de 47 casos de melanoma cutâneo registrados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ, no período de 1978 a 1993, com análise das variáveis idade, sexo, cor, fatores de risco, topografia e tipo clínico.
RESULTADOS E CONCLUSÕES - Foi observada maior freqüência em mulheres leucodemas adultas, a partir da quinta década de vida. As localizações mais comuns são o tronco e os membros inferiores. Não houve predomínio de tipo clínico. A relação entre melanoma lentiginoso de extremidades e indivíduos melanodermos fornecera dados significativos (p = 0,002). Em 11% dos casos, esses tumores foram precedidos por lesões sugestivas de nevos melanócitos.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS., MELANOMA, NEOPLASIAS
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Resumo
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SELMA SCHUARTZ CERNEA
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FUNDAMENTO - A cirurgia micrográfica de Mohs é uma técnica utilizada para o tratamento de neoplasias cutâneas de comportamento biológico agressivo, tais como tumores recidivados, carcinomas basocelulares esclerodermiformes, carcinomas espinocelulares, entre outros.
OBJETIVO - Apresentar a experiência do primeiro serviço universitário brasileiro especializado nessa técnica operatória.
MÉTODO - Foram analisados retrospectivamente 154 pacientes submetidos a exérese de 206 lesões.
RESULTADOS - Houve 12 recidivas no período estudado, havendo portanto, índice de cura de 94,2%, no mesmo período.
CONCLUSÕES - Apesar do tempo de seguimento ainda ser limitado, os índices de cura obtidos foram altas e comparáveis aos registrados na literatura internacional, atestando a eficácia do método, em casos selecionados.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Elizabeth Marchionne, Caroline Perez, Andrea Hui, Amor Khachemoune
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O carcinoma espinocelular (CEC) é o tipo mais comum entre os cânceres de pênis. Embora incomum nos Estados Unidos, o CEC é o mais comum dos cânceres do pênis nos países subdesenvolvidos. O CEC invasivo pode surgir de lesões precursoras ou de novo e tem sido associado à não realização de circuncisão e à infecção por HPV. O diagnóstico precoce é imperativo, uma vez que a disseminação linfática está associada a mau prognóstico. O tratamento cirúrgico radical não é mais obrigatório e terapias conservadoras do câncer do pênis são frequentemente utilizadas, incluindo a cirurgia micrográfica de Mohs. As decisões terapêuticas devem ser tomadas levando-se em conta o tamanho e a localização do tumor bem como a opinião do paciente. É fundamental para o dermatologista estar familiarizado com a avaliação, classificação/estadiamento e os avanços no tratamento do CEC do pênis. Neste artigo, os autores apresentam revisão da literatura sobre CEC do pênis bem como um relato de caso de CEC invasivo tratado com cirurgia micrográfica de Mohs.
Palavras-chave: Carcinoma espinocelular; Cirurgia de Mohs; Neoplasias penianas; Pênis
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Resumo
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Breno Augusto Campos de Castro, André Costa Cruz Piancastelli, Renata Leal Bregunci Meyer, Patricia Mourthe Piancastelli, Carlos Alberto Ribeiro, Rubem Mateus Campos Miranda et al.
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O mixofibrossarcoma é reconhecido como neoplasia maligna de origem fibroblástica com prevalência aumentada em idosos. Apresenta-se clinicamente como nódulos ou tumores que podem estender-se à derme ou ao músculo esquelético, localizados preferencialmente nos membros inferiores. Histologicamente, caracteriza-se pela proliferação de células fusiformes em estroma mixoide. Destaca-se pelo seu alto potencial de recidiva local e pelas metástases, nos casos de tumores de grau histológico intermediário ou alto. Relata-se o caso de um paciente de 84 anos com um tumor de difícil diagnóstico e alta agressividade.
Palavras-chave: Idoso; Mixossarcoma; Neoplasias cutâneas; Recidiva local de neoplasia
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Francisco Miguel Camacho-Martínez
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FUNDAMENTOS: Os cirurgiões dermatológicos habitualmente realizam retalhos pediculados cutâneos à distância, de padrão axial ou ao acaso, para reparar os defeitos faciais. Estes tipos de retalhos cutâneos requerem muito tempo para realizar-se e têm elevadas despesas econômicas, sociais e pessoais. Com a introdução da transferência em uma única etapa de retalhos livres ao local receptor, com anastomose microvascular, estes inconvenientes poderiam ser evitados.
OBJETIVO: Demonstrar que se obtêm melhores resultados com retalhos livres fasciocutâneos ou miocutâneos e qual deles é mais adequado em Dermatologia cirúrgica.
MATERIAL E MÉTODOS: Selecionamos dois pacientes, de sexos diferentes e idades similares, que haviam sido tratados com cirurgia de Mohs, para eliminar os tumores malignos recidivantes que se localizavam na parte superior das bochechas contatando com a zona zigomática. A mulher foi tratada com um retalho livre fasciocutâneo radial e o homem com um retalho livre do músculo reto do abdômen.
RESULTADOS: Ambos os pacientes tiveram excelentes períodos pós-operatórios imediatos. As complicações observadas no homem foram relacionadas a uma alteração pulmonar prévia. O retalho fasciocutâneo radial livre foi mais fácil de realizar do que o do reto do abdômen; não obstante, o retalho livre radial é muito fino e, embora lhe seja incluído tendão do palmar, não proporciona suficiente volume razão pela qual requer a introdução posterior de implantes. Em contrapartida, o retalho livre do reto do abdômen transfere um largo retalho que tem suficiente tecido grasso para poder engordar no futuro. Quanto aos resultados estéticos da zona doadora, o retalho do reto do abdômen produz melhores cicatrizes, já que os defeitos secundários da superfície palmar do antebraço não podem ser fechados diretamente e requerem habitualmente a aplicação de um enxerto; situação que alguns pacientes não aceitam.
CONCLUSÕES: Como sempre em Dermatologia cirúrgica, cada paciente e cada tumor, uma vez extirpado, tem sua própria técnica reconstrutiva. O retalho livre radial é adequado para pacientes magros que não se incomodam de cobrir seu antebraço com a camisa. O retalho do reto do abdômen é mais adequado para pacientes obesos com defeitos profundos e voluminosos, embora seja necessário deslocar o umbigo de sua posição original.
Palavras-chave: CIRURGIA DE MOHS, DESENVOLVIMENTO MUSCULAR, RETALHOS CIRÚRGICOS
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