Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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WALTER BELDA JUNIOR, MABEL CRISTINA DIAS, CÍCERO AUGUSTO ZOLLI, MANUEL FERNANDO G. SIQUEIRA
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Os autores relatam um caso de sífilis maligna precoce em paciente de 30 anos, homossexual e sua resposta à terapêutica com penicilina benzatina, ressaltando também o recrudescimento da sífilis nos últimos anos na população em geral, tanto nas suas formas clássicas como nas variantes pouco comuns.
Palavras-chave: SÍFILIS MALIGNA PRECOCE, SÍFILIS
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Nurimar Conceição Fernandes
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Os dados sobre risco de melanoma cutâneo nos nevos melanocíticos são ainda controversos. O estudo longitudinal prospectivo de 107 casos de melanoma cutâneo revelou que em 9/107 casos (8,4%) houve presunção de lesão precursora, porém em 1/107 caso (0,9%) houve comprovação histopatológica para nevo melanocítico. A informação vaga de presença de lesão precursora do melanoma cutâneo torna vulnerável sua vinculação com o tumor e implica em comprovação histopatológica.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, ESTUDOS PROSPECTIVOS, MELANOMA, NEVO PIGMENTADO, PATOLOGIA
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Resumo
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Nurimar Conceição Fernandes, Roberto Calmon
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Estudo longitudinal prospectivo de 42 casos de melanoma cutâneo revelou: 71,2% entre 50 e 79 anos; distribuição etária homogênea entre os gêneros masculino (45,1%) e feminino (54,7%); predominância de brancos (88%); localização no tronco (54,7%) (p=0,039); tipo clínico-histológico expansivo superficial (52,3% / 26,1%) (p=0,02); 16 casos (38,1%) IA e nove melanomas in situ (21,4%).
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, PATOLOGIA
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Resumo
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NILTON NASSER
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O autor mostra os coeficientes de morbidade de melanoma maligno na cidade de Blumenau de 1980 a 1990 com os fatores predisponentes e enfatiza a importância da detecção precoce e educação sanitária da população.
Palavras-chave: DETECÇÃO PRECOCE, MELANOMA MALIGNO, EDUCAÇÃO SANITÁRIA.
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Correspondência
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Joel Carlos Lastória, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
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FUNDAMENTOS: A Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Estado de São Paulo (SBD-RESP), apoiada pela Fundação Paulista Contra a Hanseníase, e em ação conjunta com os Serviços de Dermatologia do estado de São Paulo, credenciados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, lançou a campanha "SBD-RESP na Busca Ativa de Casos de Hanseníase".
OBJETIVOS: Auxiliar o Programa Nacional de Controle da Hanseníase no controle da doença.
MÉTODO: Todos os Serviços de Dermatologia do estado de São Paulo, credenciados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, foram convidados e os 17 que participaram receberam uma planilha de dados e modelos de materiais informativos sobre a doença. A campanha foi realizada entre os meses de maio e julho de 2010. Ao término do período, cada serviço encaminhou a planilha de dados para análise
estatística.
RESULTADOS: Foram examinadas 1718 pessoas e diagnosticados, no total, 90 casos de hanseníase, a maioria do gênero masculino e da cor branca, com percentuais semelhantes de multibacilares e de paucibacilares. Doze por cento apresentavam história familiar de hanseníase. O maior número de casos detectados foi na capital, seguido, no interior, pela região de Presidente Prudente. O índice de detecção em menores de 15 anos foi 4%.
CONCLUSÕES: Os resultados da campanha mostram a importância desta iniciativa da SBD-RESP. Sugere-se que ações semelhantes sejam repetidas e que se estendam a outras regionais da Sociedade Brasileira de
Dermatologia.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO CLÍNICO, EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE, PREVENÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Carolina Degeon Meotti, Mariana Silveira Ferreira, Louise Lovatto, André Vicente Esteves de Carvalho, Carlos Gustavo Carneiro de Castro et al.
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A identificação clínica de melanoma maligno amelanótico e hipomelanótico torna-se difícil devido à falta de pigmentação e às diversas apresentações desse tipo de tumor. A dermatoscopia é muito útil nestes casos, aumentando o grau de suspeição de malignidade. Relatamos 4 casos de melanoma maligno amelanótico e melanoma maligno hipomelanótico com achados dermatoscópicos característicos. A dermatoscopia com luz polarizada demonstra polimorfismo vascular, glóbulos e áreas vermelholeitosas, assim como crisálides e múltiplos pontos azul-acinzentados.
Palavras-chave: DERMOSCOPIA, DIAGNÓSTICO, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, MELANOMA, MELANOMA AMELANÓTICO
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Investigação
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Autor(es)
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Resumo
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Mara Huffenbaecher Giavina-Bianchi, Cyro Festa-Neto, Jose Antonio Sanches, Monica La Porte Teixeira, Bernadette Cunha Waldvogel et al.
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FUNDAMENTOS: A incidência e a mortalidade do melanoma têm aumentado em muitos países, inclusive no Brasil. Estudos de sobrevida ainda são escassos no nosso país, mas muito necessários para se conhecer e abordar melhor esse problema.
OBJETIVO: Analisar a sobrevida doença-específica dos pacientes com melanoma invasivo e correlacioná-la com variáveis clínicas e histopatológicas.
MÉTODOS: Estudo analítico de coorte retrospectiva em 565 casos de melanoma invasivo num hospital terciário com o objetivo de testar variáveis que poderiam estar associadas a pior prognóstico, como sexo, fototipo, espessura, tipo histológico e presença de lesão clínica pré-existente no local do tumor.
RESULTADOS: As piores taxas de sobrevida estiveram significativamente associadas com tumores espessos (p < 0,001), sexo masculino (p = 0,014), fototipo alto (p = 0,047), melanoma nodular (p = 0,024) e lesões “de novo” (p = 0,005). Quando ajustamos as variáveis para a espessura do melanoma, os pacientes do sexo masculino (p = 0,011) e os melanomas “de novo” (p = 0,025) mantiveram-se associados com uma menor sobrevida.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo retrospectivo e de um único hospital terciário.
CONCLUSÃO: Embora as causas sejam ainda desconhecidas, a sobrevida melanoma-específico mostrou-se estatisticamente pior para homens e para melanomas “de novo” mesmo após o ajuste da espessura do tumor.
Palavras-chave: Brasil; Epidemiologia; Melanoma; Sobrevida.
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Resumo
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Thweicyka Pinheiro Wakiyama, Maria Laura Marconi França, Larissa Pierri Carvalho, Mariangela Esther Alencar Marques, Hélio Amante Miot, Juliano Vilaverde Schmitt et al.
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FUNDAMENTOS: Carcinoma basocelular é a neoplasia maligna mais frequentemente diagnosticada na Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Pouco se conhece a respeito do perfil das lesões destes pacientes em comparação ao perfil das lesões diagnosticadas pelas vias convencionais de atendimento dermatológico público.
OBJETIVOS: Identificar se carcinomas basocelulares provenientes das campanhas de prevenção são menores que os demais operados no mesmo serviço.
MÉTODOS: Estudo transversal incluindo as campanhas de 2011 a 2014 e 84 laudos anatomopatológicos de pacientes ambulatoriais.
RESULTADOS: Identificaram-se nas campanhas 223 indivíduos com lesões suspeitas dentre 2.531 avaliações (9%), sendo operados 116 carcinomas basocelulares. Ao exame anatomopatológico, as lesões primárias provenientes da campanha nacional foram menores que aquelas encaminhadas pelas vias públicas convencionais (28[13-50] x 38[20-113]mm2; p<0,01). Por outro lado, após seguimento médio de 15,6±10,3 meses, 31% dos casos provenientes das campanhas apresentaram novas lesões de carcinoma basocelular.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo retrospectivo e imprecisões nas medidas das lesões.
CONCLUSÕES: A campanha de prevenção promove o tratamento mais precoce dos carcinomas basocelulares em relação aos pacientes provenientes das vias públicas convencionais de encaminhamento, podendo repercutir em menor morbidade e melhor prognóstico.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Diagnóstico precoce; Prevenção secundária
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Resumo
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Flavia Vieira Brandão, Ana Francisca Junqueira Ribeiro Pereira, Bernardo Gontijo, Flávia Vasques Bittencourt
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FUNDAMENTOS: A incidência do melanoma cutâneo aumentou nas últimas décadas. Embora represente 3% dos tumores cutâneos, é responsável por 75% dos óbitos. O diagnóstico precoce constitui a principal chance de cura. OBJETIVO: Descrever os aspectos epidemiológicos do melanoma em hospital universitário em 20 anos. MÉTODOS: Avaliaram-se 166 pacientes no período de janeiro de 1990 a janeiro de 2010, quanto às variáveis epidemiológicas, histológicas e óbitos relacionados ao melanoma e suas correlações. Adotou-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era brancos (74%), mulheres (61%), com média de idade ao diagnóstico de 55 anos. O tipo histológico predominante foi o lentigo maligno/lentigo maligno melanoma (35,7%) e a localização mais frequente foi a cabeça e o pescoço (30,7%). Entre os não-brancos, a região acral foi a mais acometida. Quanto à espessura tumoral, a maioria dos melanomas era in situ (41,1%). O crescimento da lesão foi a queixa mais frequente (58%) e o sangramento foi mais associado a melanomas espessos. Ocorreram sete óbitos (4,2%), com maior risco de morte em menores de 20 anos e naqueles com história de sangramento, após análise multivariada. CONCLUSÃO: Esta casuística difere da maioria dos estudos em relação à localização (cabeça e pescoço), ao tipo histológico (lentigo maligno/lentigo maligno melanoma) e ao maior risco de óbito em menores de 20 anos, o que pode ser devido à variação regional. Estudos mais amplos são necessários para validação destes resultados.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, LENTIGO, MELANOMA
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Resumo
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Lucio Bakos, Simeona Mastroeni, Renan Rangel Bonamigo, Franco Melchi, Paolo Pasquini et al.
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FUNDAMENTOS: importantes fatores de risco para melanoma cutâneo são reconhecidos, mas escores padronizados para avaliação individual ainda precisam ser elaborados.
OBJETIVOS: o objetivo deste estudo foi desenvolver um escore de risco de melanoma cutâneo para uma amostra brasileira. MÉTODOS: verificar as estimativas dos principais fatores de risco para melanoma, derivado de uma meta-análise (estudo de base italiano) e, externamente, validar em uma população do sul do Brasil por um estudo caso-controle. Um total de 117 indivíduos foram avaliados. RESULTADOS: a variável com maior poder preditivo para o risco de melanoma cutâneo na população estudada foi a cor do cabelo (AUC: 0,71, IC 95%: 0,62-0,79). Outros fatores importantes para o modelo foram: sardas, queimaduras solares, e cor de pele e cor dos olhos. Adicionando outras variáveis, como os nevos comuns, elastose, história familiar e lesões pré-malignas não houve melhora da capacidade preditiva. CONCLUSÃO: A capacidade discriminatória do modelo proposto mostrou-se superior ou comparável aos modelos de risco anteriores propostos para melanoma cutâneo.
Palavras-chave: FATORES DE RISCO, MELANOMA, NEVOS E MELANOMAS
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Resumo
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Luiz Henrique Locks Corrêa, Cristiane Perini Popoaski, Geisiane Custódio, Carlos Otávio Gonçalves, Fabiana Schuelter Trevisol et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer da pele é a neoplasia mais frequente no Brasil, com incidência crescente nas últimas décadas. Na Região Sul de Santa Catarina os dados sobre a incidência de carcinoma espinocelular são escassos. OBJETIVO: Estabelecer dados epidemiológicos do carcinoma espinocelular em Tubarão (SC). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com revisão dos laudos anatomopatológicos positivos para o carcinoma espinocelular dos laboratórios de Tubarão (SC), amostragem por conveniência, e as variáveis coletadas foram: ano do diagnóstico, idade, sexo, cidade de origem, local da lesão, grau de diferenciação, diâmetro da lesão, comprometimento de margem e ocorrência de recidiva. RESULTADOS: Identificaram-se 1.437 laudos com diagnóstico de carcinoma espinocelular, com maior frequência na faixa etária entre 70 e 79 anos. Foi calculado o coeficiente de morbidade para carcinoma espinocelular de 69,5 em 1999 e 136,7/100.000 habitantes para 2009, acarretando aumento de 50%. A região de face foi a mais acometida e o subtipo histológico mais comum foi o bem diferenciado. CONCLUSÃO: Ocorreram 1.437 laudos de carcinoma espinocelular entre 1999 e 2009, com aumento significativo da morbidade. Houve associação entre sexo masculino e a localização em lábio e orelha, e entre sexo feminino e ocorrência de carcinoma espinocelular no nariz, membros superiores e inferiores. Houve prevalência de margens comprometidas após ressecção em 18% das lesões.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE, NEOPLASIAS
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Resumo
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Nilton Naser
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FUNDAMENTOS: A incidência do melanoma e a mortalidade pela doença aumentaram nos últimos 30 anos na população caucasiana. No Brasil, dados em municípios não-capitais são escassos, necessitando de estudos epidemiológicos.
OBJETIVOS: Avaliar a incidência e classificar melanomas cutâneos em Blumenau de 1980 a 2009.
MÉTODO: Foram coletadas informações de 1.002 exames histopatológicos de indivíduos de Blumenau, considerando sexo, idade, localização primária, tipo histológico, nível de invasão (Clark) e espessura tumoral (Breslow). Os coeficientes de incidência anuais brutos e ajustados foram calculados utilizando-se o número de melanomas e a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
entre 1980 e 2009.
RESULTADOS: As taxas de incidência do melanoma atingiram 22,4 casos/100.000 habitantes/ano, 31,5 nas mulheres e 30,4 nos homens na taxa ajustada. As taxas de incidência padronizadas por década, faixa etária e sexo atingiram 141 casos em homens e 103 no sexo feminino por 100.000 habitantes/ano entre 65 a 69 anos. O melanoma disseminativo superficial aconteceu em 53% dos casos, seguido do melanoma nodular com 37%, e a principal localização foi no tronco (47%). Os diagnósticos precoces atingiram 62,5% com Breslow < 1 mm.
CONCLUSÕES: A incidência do melanoma maligno aumentou em cinco vezes entre 1980 e 2009 e o diagnóstico precoce aumentou 151% como resultado da prevenção primária.
Palavras-chave: DETECÇÃO PRECOCE DE CÂNCER, DIAGNÓSTICO PRECOCE, EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA, MORBIDADE
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Resumo
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Ana Gabriela Salvio, Ary Assumpção Júnior, José Getúlio Martins Segalla, Beatriz Lhanos Panfilo, Helen Renata Nicolini et al.
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FUNDAMENTO: A incidência do melanoma aumentou nos últimos anos mais rapidamente do que qualquer outro câncer. Embora represente apenas 4% dos cânceres de pele, é o responsável por 60% das mortes por esta neoplasia. Isto torna o melanoma um problema de saúde pública.
OBJETIVOS: O presente estudo propôs o desenvolvimento de um Programa Contínuo de Prevenção do Melanoma, por meio da realização da prevenção primária e do diagnóstico precoce desta neoplasia. MÉTODOS: Foi tomada como piloto uma cidade de aproximadamente 130.000 habitantes. Uma equipe de enfermagem esteve presente por cerca de 30 dias em cada um dos 13 postos de saúde da cidade de Jaú (SP), realizando orientações quanto ao autoexame da pele, fotoproteção e sinais precoces do melanoma. O paciente com lesão suspeita era encaminhado imediatamente ao hospital de referência para dermatoscopia e triagem médica, sendo exci-
sada quando suspeita.
RESULTADOS: Foram diagnosticados 4 casos de melanoma em fase inicial e 3 nevos displásicos. Dos entrevistados, 74%
trabalham expostos ao sol, variando de meio período ao completo, e mais de 60% nunca fizeram uso de filtro solar.
CONCLUSÃO: Este modelo de programa de prevenção é inédito, exclusivo e demonstrou ser eficaz na prevenção e diagnóstico precoce do melanoma em uma cidade de 130.000 habitantes do Estado de São Paulo. Com esclarecimento à população e orientação à equipe de saúde, realiza-se uma rápida triagem e identificam-se lesões suspeitas de melanoma para que, com o diagnóstico em suas fases iniciais, o paciente apresente melhor prognóstico.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO PRECOCE, MELANOMA, PREVENÇÃO DE DOENÇAS
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Resumo
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Raquel Bonfá, Renan Rangel Bonamigo, Rafael Bonfá, Kauê Marcolin Duro, Roque Domingos Furian, Alice de Medeiros Zelmanowicz et al.
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FUNDAMENTOS: A incidência do melanoma cutâneo e as taxas de mortalidade a ele associadas estão crescendo na maioria dos países do mundo.
OBJETIVO: Descrever as características histopatológicas do melanoma cutâneo, segundo critérios do Grupo Brasileiro de Melanoma, e avaliar a precocidade diagnóstica em hospital de referência do sul do Brasil para o atendimento de melanoma.
MÉTODOS: Estudo transversal com casos de melanoma cutâneo primário reconhecidos após biópsia excisional, processados no laboratório de Patologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre entre 1º/1/2000 e 15/1/2005. Outras variáveis analisadas: idade, sexo, topografia da lesão, subtipos histopatológicos, índice Breslow, fase de crescimento, índice de Clark, índice mitótico, infiltrado inflamatório linfocitário peritumoral e intratumoral, invasão angiolinfática e perineural, presença de úlcera e regressão, tipo de regressão, satelitose microscópica e margens cirúrgicas.
RESULTADOS: Incluídos 328 casos, sendo 57% mulheres e 43% homens, com média de idade de 55,63 anos. A localização foi preferencialmente nos membros inferiores (29,26%) e superiores (23,94%) nas mulheres. Nos homens, predominou no dorso (35%) e no tórax anterior/abdome (14,29%) (p<0,05). Os subtipos histológicos se apresentaram com as seguintes frequências: espalhamento superficial (62,8%), lentigo maligno (14,9%), nodular (14,6%), acral (7,3%) e desmoplásico (0,3%). Quanto ao Breslow: 26,2% dos casos eram in situ, 36,9% eram =1mm, enquanto apenas 15,9% apresentavam mais de 4mm de profundidade.
CONCLUSÃO: A distribuição dos subtipos histológicos e o nível de profundidade (Breslow) foram semelhantes aos encontrados em estudos anteriores em população de base não hospitalar. O perfil dos casos de melanoma cutâneo avaliados em hospital terciário parece estar se modificando nas últimas duas décadas, com tendência a diagnósticos mais precoces, atualmente.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO PRECOCE, EPIDEMIOLOGIA, FATORES DE RISCO, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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Andrelou Fralete Ayres Vallarelli, Simone Lee Harrison, Elemir Macedo de Souza
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FUNDAMENTOS - Estudos epidemiológicos têm demonstrado relação significativa entre nevos melanocíticos e melanoma cutâneo. OBJETIVO: Acompanhar o desenvolvimento de nevos melanocíticos nos alunos de uma escola composta, majoritariamente, por descendentes de holandeses e a influência do meio ambiente sobre esses indivíduos com características fenotípicas semelhantes às de seus antepassados. MÉTODOS: Em 1999, iniciou-se estudo coorte para contagem de nevos melanocíticos nos 282 alunos entre três e 17 anos, sendo 53,9% meninos. Após cinco anos, realizou-se novo exame em 148 alunos entre oito e 22 anos, dos quais 49,3% eram meninos. Analisou-se a relação da idade, sexo, fotótipo, cor dos olhos, cor dos cabelos e etnia dos alunos e dos pais com a presença de nevos melanocíticos no início e no final do estudo. RESULTADOS: Houve aumento significativo de nevos melanocíticos e nevos displásicos no reexame. Os meninos tiveram mais nevos melanocíticos (áreas cobertas e expostas) do que as meninas. A análise de probabilidade para razão de risco revelou que os meninos têm mais chance de desenvolver nevos melanocíticos do que as meninas, assim como os de etnia não miscigenada e miscigenada e com cabelos claros têm mais que os alunos de outras etnias e com cabelos escuros. Os que apresentam fotótipo I são mais propensos a desenvolver nevos melanocíticos nas áreas cobertas do que os que têm fotótipos II e III. CONCLUSÕES: Os dados demonstram que os indivíduos de etnia holandesa tiveram maior probabilidade de desenvolver nevos melanocíticos do que os outros grupos étnicos.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, FATORES DE RISCO, MELANOMA, NEVO PIGMENTADO, RADIAÇÃO SOLAR
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Resumo
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Karen Reetz Müller, Renan Rangel Bonamigo, Thayse Antoniolli Crestani, Gisele Chiaradia, Maria Carolina Widholzer Rey et al.
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FUNDAMENTOS: A regra do ABCD é utilizada para orientar médicos, profissionais da saúde e pacientes quanto ao reconhecimento das principais características de lesões cutâneas suspeitas de melanoma. Não há, no Brasil,estudos que validem a utilização da regra do ABCD pelos pacientes após orientações realizadas por dermatologistas. OBJETIVOS: Avaliar o aprendizado da regra do ABCD por pacientes atendidos em centro dermatológico de referência no sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo randomizado com 80 pacientes ambulatoriais de ambos os sexos, com 12 anos ou mais. Foram avaliados: grau de escolaridade, renda mensal e acesso aos meios de comunicação. O grupo de intervenção recebeu orientações sobre o emprego da regra do ABCD, ao passo que o grupo-controle não recebeu. Ambos os grupos foram avaliados quanto às suas respostas em três momentos (basal, fora do consultório e no consultório, 15 dias após) em painel de fotografias. O nível de significância utilizado foi o p < 0,05 e o poder de 0,80. RESULTADOS: O grupo que recebeu as informações respondeu de forma correta, com mais frequência, quanto ao diagnóstico dos melanomas, quando comparado ao grupo-controle (p < 0,01). Excetuando-se o acesso ao rádio, que influenciou positivamente os resultados (p < 0,05), as outras variáveis avaliadas não os afetaram.CONCLUSÕES: A regra do ABCD pode ser usada para capacitar pacientes acima de 17 anos a identificar alterações sugestivas de melanoma. Esse aprendizado independe de sexo, nível de escolaridade, renda mensal e acesso aos meios de comunicação, exceto rádio.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, MELANOMA, PACIENTES
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Resumo
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ARIANA LEBSA WEBER, DANIEL HOLTHAUSEN NUNES, Jorge José de Souza Filho, CARLOS JOSÉ DE CARVALHO PINTO
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FUNDAMENTOS - A importância do diagnóstico e intervenção precoces nos casos de melanoma cutâneo é vital para o prognóstico do paciente.
OBJETIVO – Comparar os casos de melanoma cutâneo diagnosticados primariamente por diferentes especialidades médicas no município de Florianópolis, SC, Brasil.
MÉTODO – Analisados 396 laudos de 332 pacientes com diagnóstico histopatológico de melanoma, de dois centros de serviços de Anatomia Patológica, em Florianópolis, entre 1o de janeiro de 1999 e 31 de dezembro de 2004. O protocolo, com base no questionário do Grupo Brasileiro de Melanoma, incluiu sexo, idade, localização, especialidade requisitante e espessura do tumor (índice de Breslow).
RESULTADOS – Foram observados 186 melanomas in situ e 210 invasivos, predominantemente em mulheres (56%). O pico etário ocorreu entre a quinta e a sexta décadas. O índice de Breslow foi semelhante nos grupos masculino e feminino (p = 0,424), mas apontou diferença entre a dermatologia (1,852mm) e demais especialidades médicas (4,383mm), com p = 0,037. Número maior de ulcerações foi encontrado no grupo diagnosticado pelos cirurgiões gerais (p = 0,05). Os dermatologistas diagnosticaram 217 melanomas cutâneos (54%), e a maioria dos tipos clínicopatológicos, exceto o acral.
CONCLUSÃO – O papel do dermatologista é fundamental para o diagnóstico precoce do melanoma cutâneo, que permite modificar o curso natural da doença.
Palavras-chave: SKIN, MELANOMA/EPIDEMIOLOGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/PATOLOGIA, DERMATOLOGIA, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ARIANA LEBSA WEBER, DANIEL HOLTHAUSEN NUNES, JORGE JOSÉ DE SOUZA FILHO, CARLOS JOSÉ DE CARVALHO PINTO
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FUNDAMENTOS - O melanoma é a mais letal das neoplasias cutâneas, e sua incidência vem aumentando em todo o mundo. O conhecimento estatístico do comportamento biológico do melanoma cutâneo em Florianópolis é fundamental tanto para orientar o raciocínio clínico da prática ambulatorial diária como para auxiliar políticas de saúde pública.
OBJETIVOS - Estabelecer dados epidemiológicos sobre melanoma em Florianópolis, Brasil.
MÉTODOS - Foram analisados 496 laudos de 432 pacientes com diagnóstico histopatológico de melanoma, de dois centros de serviços de anatomia patológica entre primeiro de janeiro de 1999 e 31 de dezembro de 2004 em Florianópolis. O protocolo, baseado no questionário do Grupo Brasileiro de Melanoma, incluiu sexo, tipo histológico, presença de nevo no tumor, índice de Breslow, ulceração, mitose, presença de infiltrado inflamatório, margens e presença de metástase.
RESULTADOS - Observaram-se 186 melanomas in situ, 210 invasivos, e 100 metastáticos. O tipo histológico mais comum foi o melanoma extensivo superficial (60%). A média de Breslow dos melanomas lentigo maligno e extensivo superficial foi 1,829mm e dos melanomas nodular e acral de 5,035mm (p< 0,0001). Os principais locais de metástases foram a pele e o subcutâneo, linfonodos e o cérebro.
CONCLUSÕES - O perfil histopatológico do melanoma cutâneo observado neste estudo foi de melanoma tipo extensivo superficial, invasivo, com Breslow de 1,25mm, com infiltrado inflamatório e margens livres.
Palavras-chave: MELANOMA/PATOLOGIA, DIAGNÓSTICO, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
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*Fundamentos:* O câncer da pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, com 122.400 casos novos estimados para 2006, o que corresponde a 26% do total de neoplasias malignas. A exposição solar é o principal fator de risco conhecido.
*Objetivos:* Avaliar a freqüência das neoplasias cutâneas no país, sua distribuição geográfica e hábitos de proteção contra exposição solar.
*Métodos:* A SBD promoveu, de 1999 a 2005, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, com exame dermatológico e orientação sobre exposição, tendo registrado dados demográficos, hábitos de exposição solar e diagnósticos.
*Resultados:* Foram examinados 205.869 indivíduos, sendo diagnosticados 17.980 casos de diferentes tipos de câncer da pele (13.194 de carcinoma basocelular, 2.482 de espinocelular, 1.057 de melanoma e 1.247 outras neoplasias), correspondendo a 8,7% dos examinados. A razão de prevalência entre homens e mulheres foi de 1,7, e a proporção de câncer em negros foi de 1,6%; em amarelos, de 3,2%; em pardos, de 3,4%; e em brancos, e 12,7%. Os estados com maior prevalência foram Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Mais de 50% dos examinados se expunham ao sol sem proteção, o que reforça a importância de atividades educativas de prevenção.
*Conclusões:* O câncer da pele é freqüente no país, e a proteção contra seu principal fator de risco, a exposição solar, é ainda pouco valorizada.
Palavras-chave: CARCINOMA, BASAL CELL, CARCINOMA, SQUAMOUS CELL, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/EPIDEMIOLOGIA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/DIAGNÓSTICO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/PREVENÇÃO & CONTROLE, SKIN NEOPLASM, ASSUNÇÃO DE RISCOS, CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, MELANOMA, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Resumo
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ANA MARIA SORTINO RACHOU, MARIA PAULA CURADO, MARIA DO ROSÁRIO DIAS DE OLIVEIRA LATORRE
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*Fundamentos:* O Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia disponibiliza dados de melanoma de uma série temporal de 13 anos, com 96,6% de confirmação histopatológica.
*Objetivo:* Comparar incidência, mortalidade e tendências mundiais com os dados do primeiro estudo de base populacional de melanoma cutâneo do Brasil.
*Métodos:* Foram analisados 290 casos novos diagnosticados em residentes do município (incidência) e 54 óbitos reportados ao Registro de Câncer de Goiânia (mortalidade), entre 1988 e 2000. Os coeficientes padronizados por idade e sexo foram calculados pela população mundial. Para análise das tendências, um modelo de regressão linear simples foi utilizado.
*Resultados:* Cento e quarenta e quatro casos de melanoma em mulheres e 146 em homens. Os coeficientes padronizados médios de incidência foram crescentes tanto para homens (r2=0,33; p=0,040) como para mulheres (r2=0,41; p=0,019), com tendência crescente nos homens acima de 60 anos e mulheres até 59 anos. Os coeficientes padronizados médios de mortalidade foram crescentes nos homens (r2=0,32; p=0,042) e estáveis nas mulheres, com tendência crescente para homens acima de 60 anos.
*Conclusão:* Tanto em Goiânia como no mundo, a incidência de melanoma cutâneo é crescente para ambos os sexos. A mortalidade tende à estabilidade nas mulheres e é crescente para homens.
Palavras-chave: MELANOMA/EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA/MORTALIDADE, BRASIL, MELANOMA, PELE
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Resumo
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MÔNICA CARDOSO FAÇANHA, ALICEMARIA CIARLINI PINHEIRO, JOSÉ RUBENS COSTA LIMA, MARIA LUCY LANDIM TAVARES FERREIRA, GISELE FAÇANHA DIÓGENES TEIXEIRA, MARIA ZÉLIA ROUQUAYROL et al.
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FUNDAMENTO – Visando à eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil, o Ministério da Saúde tem como meta alcançar taxa de prevalência de menos de 1 caso/10.000 habitantes, estimulando o diagnóstico e tratamento dos casos e reduzindo a disseminação da doença. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi designado para acompanhar o cumprimento dessa meta.
OBJETIVO – Verificar a proporção dos casos de hanseníase diagnosticados nas unidades de saúde do município de Fortaleza que foi notificada ao SINAN.
MÉTODOS – Foi feita a identificação dos casos diagnosticados e registrados nas unidades de saúde e notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMSF) entre 2002 e 2004 por meio da comparação nominal entre os registros locais e os registros do SINAN.
RESULTADOS – Foram identificados e resgatados para o SINAN 411 casos que haviam sido diagnosticados e não notificados (17,5% do total informado) de 15 (64%) das unidades que informaram pelo menos um caso no período. Cerca 342 casos constavam nos livros e estavam notificados no banco de dados do SINAN das unidades de atendimento, mas não compunham o banco de dados do SINAN da SMSF.
CONCLUSÕES – Constatou-se subnotificação de 14,9% dos casos detectados, fato que precisa ser prevenidoa para que os indicadores reflitam a real freqüência dos casos no município.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIC SURVEILLANCE, SISTEMA DE SAÚDE, HANSENÍASE, NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
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Resumo
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MARCUS ANTONIO MAIA DE OLIVAS FERREIRA, MARIANNE BASSO
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*Fundamento:* No Brasil não se sabe quem descobre os casos de melanoma cutâneo. A compreensão dos “modelos de descoberta” poderia servir de base para os programas de educação pública e do profissional de saúde.
*Objetivo:* Determinar o papel dos pacientes em encontrar suas próprias lesões.
*Métodos:* Foram entrevistados 109 pacientes com diagnóstico anterior de melanoma cutâneo, acompanhados na Unidade de Melanoma da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Outras variáveis foram anotadas para avaliar suas possíveis influências no resultado da descoberta: sexo, idade, estado civil, escolaridade, antecedente familiar de melanoma, localização da lesão primária e conhecimento sobre câncer da pele.
*Resultados:* Dos 109 pacientes, 59 (54%) notaram a própria lesão. Deles, 62% eram mulheres, 51% menores de 60 anos, 90% sem antecedentes familiares de melanoma, 78% negavam conhecimento sobre câncer de pele, 59% eram casados, 52% cursaram apenas a escola primária. Os demais 50 pacientes tiveram sua lesão descoberta em 24% dos casos por profissionais de saúde, 10% pela esposa, 1% pelo marido e 11% por outras pessoas.
*Conclusão:* 54% dos pacientes notaram sua própria lesão, que em cerca de 25% foi descoberta por leigos. Esses resultados são semelhantes aos da literatura dos países desenvolvidos. A clientela avaliada foi do tipo assistencial, e com esse resultado é possível acreditar que, no Brasil, alguma influência das campanhas públicas de saúde já pode ser notada.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA
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Resumo
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NILTON NASSER
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*Fundamentos*: A morbidade dos carcinomas basocelulares da pele vem aumentando no mundo. No Brasil não existem dados sobre coeficientes de morbidade desses cânceres.
*Objetivos*: Detectar a morbidade, analisar e classificar os cânceres basocelulares da pele em Blumenau, de 1980 a 1999, segundo as principais características clínicas e histológicas.
*Métodos*: Utilizaram-se exames histopatológicos oriundos dos laboratórios de Blumenau, revisados quanto às variáveis sexo, idade, localização primária e tipo histológico. Os coeficientes de morbidade anuais foram calculados utilizando o número de casos de neoplasias encontradas e a população anual estimada entre 1980 e 1999.
*Resultados*: Identificaram-se 5.254 carcinomas basocelulares, com maior freqüência nas mulheres e na faixa etária acima de 50 anos. A localização primária em áreas expostas foi predominante. Os coeficientes de morbidade encontrados variaram entre 51,5 casos por 100.000 habitantes em 1980 e 225 casos por 100.000 habitantes em 1999.
*Conclusões*: Os cânceres basocelulares da pele encontrados em Blumenau estão dentro do padrão encontrado na literatura de acordo com a idade, localização anatômica e tipos histológicos. Os coeficientes de morbidade desse tumor são os únicos encontrados na literatura brasileira pesquisada.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR/EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE, NEOPLASIAS
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Resumo
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NURIMAR C. FERNANDES, ROBERTO CALMON, JUAN P. MACEIRA, TULLIA CUZZI, CESAR S. CLAUDIO DA SILVA et al.
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*Fundamentos:* A incidência e a mortalidade por melanoma cutâneo vêm aumentando em todo o mundo. Os registros brasileiros de bases populacionais não refletem precisamente a real dimensão do problema.
*Objetivos:* Estudo prospectivo de 65 casos de melanoma cutâneo observados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho no período de 1993 a 2003.
*Métodos:* Foram analisadas as variáveis idade, sexo, cor, localização, tipos clínico-histológicos e estadiamento.
*Resultados:* 64,7% na faixa etária de 40 a 69 anos, distribuição etária homogênea entre o sexo masculino (49,2%) e o sexo feminino (50,8%), predominância de brancos (83%), localização no tronco (35,3%), tipo clínico-histológico expansivo superficial (63%/30,7%) e relação de significância entre tipo acral localizado no pé em não brancos. Segundo o _American Joint Committee on Cancer_, em 2002, 22 casos (33,8%) no estádio IA, 14 (21,5%) melanomas _in situ_ e um caso indeterminado.
*Conclusões:* O melanoma cutâneo primário na amostra estudada mostrou padrões semelhantes aos classicamente reconhecidos e maior freqüência do estádio IA e melanoma _in situ_.Palavras-chave: Estudos prospectivos; Melanoma/diagnóstico; Melanoma/epidemiologia; Neoplasias cutâneas/patologia.
Palavras-chave: MELANOMA/EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA/DIAGNÓSTICO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS/PATOLOGIA, ESTUDOS PROSPECTIVOS
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Resumo
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NILTON NASSER
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*Fundamentos:* A morbidade dos carcinomas espinocelulares da pele vem aumentando no mundo. No Brasil não existem dados sobre coeficientes de morbidade desses cânceres.
*Objetivos:* Detectar a morbidade, analisar e classificar os cânceres espinocelulares da pele e semimucosa do lábio em Blumenau, de 1980 a 1999, segundo as principais características clínicas e histológicas.
*Métodos:* Foram utilizados exames histopatológicos oriundos dos laboratórios de Blumenau, revisados quanto às variáveis sexo, idade, localização primária e tipo histológico. Os coeficientes de morbidade anuais foram calculados utilizando o número de casos de neoplasias encontradas e a população anual estimada entre 1980 e 1999.
*Resultados:* Identificaram-se 2.195 tumores, com maior freqüência em homens e na faixa etária acima de 60 anos. A localização primária em áreas expostas foi predominante. Os coeficientes de morbidade encontrados variaram entre 31,1 casos por 100.000 habitantes em 1980 e 86,3 casos por 100.000 habitantes em 1989.
*Conclusão:* Os cânceres espinocelulares da pele e semimucosa do lábio encontrados em Blumenau, de acordo com a idade, localização anatômica e tipos histológicos, têm semelhança com os da literatura, e os coeficientes de morbidade são os únicos encontrados na literatura brasileira pesquisada.
Palavras-chave: NEOPLASIAS., CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE
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Resumo
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MARCUS ANTONIO MAIA DE OLIVAS FERREIRA, CARLA SIMONE RUSSO ZUKANOVICH FUNCHAL, NELSON MARCOS FERRARI JUNIOR, MANOEL CARLOS S. DE A. RIBEIRO
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*Fundamentos:* As características do melanoma acrolentiginoso (MAL) diagnosticado no Brasil são pouco estudadas.
*Objetivos:* Avaliar as características do MAL diagnosticado na Unidade de Melanoma da Santa Casa de São Paulo - UMSC, comparando essa manifestação com outros subtipos e verificar se as possíveis diferenças entre eles teriam importância na determinação do diagnóstico, tratamento e prognóstico.
*Método:* A Casuística da UMSC foi subdividida em dois grupos, um de melanoma acrolentiginoso (MAL) e outro de melanoma não acrolentiginoso (NAL), que foram comparados quanto a sexo, cor, idade, espessura e nível de invasão da lesão primária, estadiamento, tempo decorrido entre a percepção do tumor e o atendimento pelo médico.
*Resultados:* A casuística correspondente ao MAL mostrou freqüência significativa de pacientes não brancos, com faixa etária mais elevada, com a lesão primária em média, mais espessa e ulcerada. Não ocorreram diferenças significativas quanto ao sexo e estadiamento, bem como com relação ao tempo decorrido entre perceber a neoplasia e procurar o médico.
*Conclusões:* O MAL diagnosticado na UMSC ocorre, principalmente, em pacientes que normalmente não são alertados para câncer da pele (não brancos) e pertencem a uma faixa etária mais elevada (portanto, do ponto de vista teórico, poderiam estar menos atentos ao início da doença). A maioria apresentou lesão espessa e ulcerada, conseqüentemente de maior risco para metástases. Essa forma de câncer é desconhecida do público em geral e mesmo por boa parcela da classe médica.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, MELANOMA
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Resumo
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MARCUS ANTONIO MAIA DE OLIVAS FERREIRA, NELSON MARCOS FERRARI JUNIOR, CARLA SIMONE RUSSO ZUKANOVICH FUNCHAL, MANOEL CARLOS S. DE A. RIBEIRO, ANDRÉ BANDIERA DE OLIVEIRA SANTOS et al.
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FUNDAMENTOS - A epidemiologia do melanoma cutâneo no Brasil é pouco estudada.
OBJETIVO - Sendo o Brasil um país de dimensões continentais e com complexa etnia, quais seriam seus padrões epidemiológicos?
MÉTODO - Para tentar responder a essa questão, foram comparadas casuísticas do tipo assistencial e de clínica privada, e, em seguida, discutidas em relação à literatura brasileira e internacional.
RESULTADOS - A casuística assistencial no geral mostrou freqüência significativa de pacientes não brancos, faixa etária mais elevada e percentagem alta de melanoma acrolentiginoso, enquanto a clínica privada mostrou predominância de pacientes brancos, faixa etária não elevada e pequena percentagem de melanoma acrolentiginoso.
CONCLUSÕES - Os resultados da casuística assistencial contrapropuseram-se, significativamente, aos da clínica privada e da literatura mundial, porém foram concordantes com a maioria dos autores brasileiros. Assim sendo, é possível dizer que a elevada freqüência do melanoma acrolentiginoso, encontrada na casuística assistencial (maioria da população brasileira), poderia caracterizar a epidemiologia do melanoma cutâneo no país e provavelmente seria decorrente da diferença racial e étnica do Brasil em relação aos países de população predominantemente branca. Essas diferenças, entretanto, não aconteceram quando foram comparadas as casuísticas na faixa etária abaixo de 50 anos. A diversificação dos resultados determina (de acordo com a faixa etária), possivelmente, uma variação epidemiológica do melanoma cutâneo, considerando grupos sociais diferentes em uma mesma localização geográfica.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA
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Resumo
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AIRTON DOS SANTOS GON, LORIVALDO MINELLI, ALDA LOSI GUEMBAROVSKI
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FUNDAMENTOS - A incidência e mortalidade por melanoma vêm aumentando em todo o mundo. São poucos os estudos epidemiológicos nacionais sobre o assunto.
OBJETIVOS - Detectar a freqüência, analisar e classificar os melanomas cutâneos primários diagnosticados em Londrina no período de 1990 a 1999, segundo as principais características clínicas e histológicas, comparando os dados obtidos com os da literatura nacional e internacional.
MÉTODOS - Exames com diagnóstico de melanoma cutâneo primário, procedentes de três laboratórios de anatomia patológica de Londrina, revisados quanto às variáveis sexo, idade, localização do tumor, tipo histológico, nível de invasão (Clark) e espessura tumoral (Breslow). A análise estatística dos resultados utilizou os testes qui-quadrado e t de Student.
RESULTADOS - Identificados 303 tumores, com predomínio feminino (54,46%). Aidade variou de 18 a 96 anos, com média de 56,48. Houve diferença significante (p = 0,017) da localização em relação ao sexo, com maior número de tumores no tronco nos homens em relação às mulheres, nas quais predominou a localização no membros inferiores. Do total da amostra, 202 representavam melanomas invasivos integralmente ressecados. Os tipos mais freqüentes foram o melanoma nodular (41,09%) e o melanoma disseminativo superficial (37,13%). A maior proporção dos tumores estudados estava classificados nos níveis de invasão III e IV (70,30%). A espessura tumoral variou de 0,12 a 22,50mm, com média de 3,17mm e mediana de 2,06mm. Setenta e cinco por cento dos tumores avaliados mostraram espessuras acima de 0,75mm.
CONCLUSÕES - O melanoma cutâneo primário em Londrina apresenta padrões de distribuição por sexo, idade e localizações semelhantes aos classicamente reconhecidos em todo o mundo. No entanto, apresenta diferenças em relação à proporção de diagnósticos por tipo histológico, com maior número de melanomas nodulares e níveis de invasão e espessura tumoral mais avançados em relação aos estudos internacionais.
Palavras-chave: CÂNCER, EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Cintia Rito, Juan Pineiro-Maceira
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O melanoma cutâneo é um problema de saúde pública a nível mundial. Sua incidência tem aumentado, de forma marcante, nos últimos anos, e o diagnóstico e excisão precoces são essenciais para o bom prognóstico dos pacientes. Neste contexto, a dermatoscopia ganhou grande importância, nas últimas duas décadas, melhorando, de forma significativa, a acurácia do diagnóstico do melanoma, em estágios iniciais. Porém, existem algumas lesões benignas que apresentam dermatoscopia duvidosa, levando à realização de cirurgias desnecessárias. Mais recentemente, a microscopia confocal reflectante vem sendo introduzida como método diagnóstico auxiliar promissor, por ser um exame não-invasivo,
realizado in vivo, de forma simples, indolor e de rápida execução. É a única técnica capaz de identificar estruturas celulares e examinar a epiderme e a derme papilar, com resolução semelhante à da histopatologia, com uma sensibilidade de 97,3%, e especificidade de 72,3% para o diagnóstico do melanoma cutâneo. É uma importante ferramenta diagnóstica, visto que não substitui o exame histopatológico realizado no pós-operatório, mas permite a abordagem racional das lesões com dermatoscopia duvidosa, evitando procedimentos cirúrgicos desnecessários.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, MELANOMA, MICROSCOPIA CONFOCAL
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Temas de atualização
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Autor(es)
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Resumo
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MÁRCIO SANTOS RUTOWITSCH
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O AUTOR, APÓS MINUCIOSO HISTÓRICO, FAZ A REVISÃO DO ASSUNTO, TERMINANDO POR APRESENTAR UM CASO DE SÍFILIS MALIGNA PRECOCE, A PARTIR DE UM PROTOSSIFILOMA. CONFIRMA A SUA RARIDADE, AFIRMANDO QUE, EM RECENTE TRABALHO REALIZADO NO SERVIÇO, ENCONTROU SOMENTE TRÊS CASOS SEMELHANTES, ENTRE 3.253 PRONTUÁRIOS DE PACIENTES PORTADORES DE SÍFILIS.
Palavras-chave: SÍFILIS MALIGNA PRECOCE
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