Artigos originais
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
VERA CAVALCANTI DE ARAÚJO, RUY GASTALDONI JAEGER, NEY SOARES DE ARAÚJO
|
Foram estudados 42 casos de líquen plano com especial enfoque aos achados histopatológicos com a finalidade de fornecer subsídios para seu diagnóstico, são consideradas características essenciais para o diagnóstico da lesão sediada na mucosa bucal a perda da nitidez da camada basal e o infiltrado mononuclear disposto em faixa junto ao epitélio, podendo aparecer nas formas simples, descamativo, atrófico, atrófico-descamativo e hipertrófico. Especial atenção é dada ao diagnóstico diferencial com outras lesões, em particular com as do lupus eritematoso e penfigóide benigno de mucosa.
Palavras-chave: BOCA, DOENÇAS, LÍQUEN PLANO
|
Caso Clínico
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Ana Maria Carreño, Sílvia Rocha Nakajima, Silmara N. Pennini, Renato Candido Junior, Antonio Pedro Mendes Schettini et al.
|
Melanoma Maligno é uma neoplasia de alta mortalidade, sendo raro o acometimento do aparelho ungueal. Apenas 2/3 dos pacientes procuram atendimento médico devido lesão melanocítica ungueal recente, tornando o diagnóstico tardio e com prognóstico pior que do melanoma cutâneo. Descreve-se um caso de paciente sexo feminino, apresentando lesões ulceradas com características clínico-laboratoriais compatíveis com leishmaniose tegumentar americana. No retorno após início do tratamento foi observada melanoníquia longitudinal no primeiro quirodáctilo direito. Realizada biópsia da matriz ungueal com histopatológico compatível com melanoma in situ. Melanoníquia longitudinal não é sinal específico de melanoma. A identificação das lesões suspeitas é importante tarefa dos dermatologistas. O diagnóstico incidental de melanoma ungueal in situ do caso relatado resultou em grande impacto na sobrevida da paciente.
Palavras-chave: DOENÇAS DA UNHA, MELANOMA, ONCOLOGIA
|
Resumo
|
Mayara Schulze Cosechen, Adma Silva de Lima Wojcik, Flávio Meingast Piva, Betina Werner, Sérgio Zuneda Serafini et al.
|
A adenomatose erosiva do mamilo é uma complexa proliferação benigna mamária que pode ser confundida com neoplasias malignas da mama. A apresentação típica cursa com descarga mamária, eritema, erosão e formação de crostas. O processo é geralmente assintomático e de instalação insidiosa. A adenomatose erosiva do mamilo pode ser confundida com condições benignas, como a dermatite de contato, psoríase e infecções, mas seu principal diagnóstico diferencial é a Doença de Paget. O tratamento é cirúrgico e o prognóstico, excelente.
Palavras-chave: ADENOMA, DOENÇAS MAMÁRIAS, HISTOLOGIA
|
Resumo
|
Cinthia Janine Meira Alves, Antônio Carlos Ceribelli Martelli, Leticia Fogagnolo, Priscila Wolf Nassif
|
A Síndrome de Ekbom, também conhecida como delírio de parasitose ou acarofobia, é um estado fóbico obsessivo no qual o paciente pensa, imagina ou acredita que está infestado por parasitas na pele. Em estado alucinatório, retira fragmentos de pele, identificando-os como parasitas. Pode tratar-se de um quadro psiquiátrico primário ou secundário a outros transtornos orgânicos. Geralmente, esses pacientes demoram a procurar ajuda médica, e o dermatologista, quase sempre, é o primeiro profissional procurado. Descrevemos o caso de três pacientes dos quais apresentaram delírio de parasitose, associados a transtornos orgânicos.
Palavras-chave: DELÍRIO, DERMATOLOGIA, PRURIDO, PSIQUIATRIA
|
Resumo
|
ROBERTO LOPES GERVINI, SERGIO ALEJANDRO MARTINEZ LECOMPTE, FERNANDA GOULART RUTHNER, GERSON VETTORATO, TATIANA BASSO BIASI, FERNANDO LEITE KRONBAUER et al.
|
No Brasil, a paracoccidioidomicose é doença endêmica que pode afetar diversos órgãos, sendo pouco comum o envolvimento da região ocular. Nessa forma, é freqüente o acometimento de conjuntivas e pálpebras, configurando-se em afecção importante a considerar no diagnóstico diferencial das lesões da região orbitária. Mesmo nas formas localizadas deve ser feita a avaliação sistêmica, uma vez que a ocorrência da paracoccidioidomicose na região ocular pode ser parte de doença multifocal.
Relatam-se dois casos de paracoccidioidomicose da região ocular e faz-se uma revisão dos 55 casos descritos na literatura até o momento.
Palavras-chave: CONJUNTIVA, DOENÇAS PALPEBRAIS, EPIDEMIOLOGIA, PARACOCCIDIOIDOMICOSE
|
Resumo
|
REINALDO LEAL, LUCIANA PESSOLI BUFFON, ALDO SARPIERI, ANDRÉ AMADO, LUCIANA VALENTINI DE MELO CESARINI, VITOR MANOEL SILVA DOS REIS et al.
|
A distrofia das 20 unhas caracteriza-se pelo envolvimento de todas as unhas das mãos e dos pés, que se apresentam rugosas e opacas. Pode ser idiopática, estar associada a algumas dermatoses ou ser secundária à exposição a agentes químicos. Relatam-se dois casos de distrofia das 20 unhas; o primeiro refere-se a um menino de 10 anos com antecedente de dermatite atópica; o segundo, uma paciente de seis anos sem outras dermatoses associadas.
Palavras-chave: DOENÇAS DA UNHA.
|
Resumo
|
CARLOS EDUARDO LARSSON, MARY OTSUKA, ANA CLAUDIA BALDA
|
O delírio de parasitose se constitui em dermatofobia, de prevalência estimada, nos EUA, como na ordem de três mil casos por ano. Descreve-se caso atendido no Serviço de Dermatologia da FMVZ - USP, envolvendo proprietária de dois cães da raça Husky Siberiano adultos, clinicamente hígidos, embora, segundo a proprietária, haviam supostamente transmitido a ela enfermidade parasitária. Apresentava lesões auto-induzidas de escoriações e discromia em regiões cervical e lombar. Portava consigo várias caixas de papelão contendo fragmentos epidérmicos avulsionados (“bichinhos ainda vivos”). Após o reencaminhamento da proprietária ao dermatologista, com laudo caracterizando a higidez dos cães, foi a ela indicado tratamento psiquiátrico com pimozida, que resultou melhora progressiva da dermatocompulsão.
Palavras-chave: DOENÇAS PARASITÁRIAS., CÚSPIDE, DELÍRIO
|
Resumo
|
SILVIA KARINA KAMINSKY JEDWAB, LUIZ GUILHERME MARTINS CASTRO
|
Um caso de síndrome das unhas amarelas (S.U.A.), com alterações características nas vinte unhas (coloração amarelada, ausência de lúnula e cuticula, opacidade e curvatura lateral aumentadas) é descrito. O paciente também apresentava linfedema de membros inferiores (MMII), quadro frequentemente associado à S.U.A.
Palavras-chave: DOENÇAS DA UNHA, LINFEDEMA, UNHAS
|
Resumo
|
ALEXANDRE MELLO FILHO, IVAL PERES ROSA, YOKO IRYA
|
Os autores descrevem, em paciente do sexo feminino, caso de pterygium inuersum unguis da forma idiopática adquirida. A anomalia digital se caracterizou pela aderência do tecido subungueal à superfície ventral e terminal das unhas do 2°, 3° e 4° quirodáctilos. O exame anatomopatológico evidenciou que o hiponíquio, com projeção frontal e para cima, está aderido por camada hiperceratósica à superfície inferior e distas da placa ungueal, sendo esta normal. As tentativas terapêuticas para a correção da anomalia foram ineficazes.
Palavras-chave: UNHAS, DOENÇAS, PLERYGIUM INVERSUS UNGUIS
|
Comunicação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
LILIANA GALRÃO, JEAN REALE, ISABELLA LIMA, MITTERMAYER SANTIAGO
|
A dapsona é uma droga utilizada no tratamento da hanseníase que vem sendo empregada em casos de lúpus eritematoso bolhoso e alguns tipos de vasculites cutâneas. Recentemente, foi observada sua eficácia no tratamento de lesões cutâneas da dermatomiosite. São apresentados dois casos de dermatomiosite, forma amiopática, refratários às medicações habituais, em que o uso de dapsona foi responsável pelo controle das lesões cutâneas.
Palavras-chave: DAPSONA, DERMATOMIOSITE, DOENÇAS AUTO-IMUNES
|
Resumo
|
LUIZ JORGE FAGUNDES, RÉGIA CELLI RIBEIRO PATRIOTA, SABINA LEA DAVIDSON GOTLIEB
|
Os autores estudaram 1.333 pacientes com doenças sexualmente transmissíveis (DST), no Ambulatório de DST do Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza (CSGPS), Faculdade de Saúde Pública da USP, no período de 1994 a 1998. Houve predomínio dos pacientes do sexo masculino (71%) em relação aos do sexo feminino (29%); da raça branca (73,3%) e da negra (25,2%) sobre a amarela (1,5%). A ocorrência das DST foi maior na faixa etária de 20 a 29 anos, com 62,4%. Na população estudada, 55,2% dos pacientes completaram o primeiro grau, 41,2% o segundo grau e o curso superior, e 1,6% eram analfabetos. Com relação ao comportamento sexual, 85,7% eram heterossexuais, 8,7% homossexuais e 5,6% bissexuais. As DST de maior incidência foram o condiloma acuminado com 31,8% dos casos, a uretrite não gonocócica, causada principalmente por Chlamydia trachomatis, com 26,8% do total das DST, e a sífilis com 16,7% dos casos. O exame anti-HIV foi reagente em 93 homens e 14 mulheres, com a razão de sexo de 6:1. Quanto ao uso de preservativos, 80,8% dos homens e 96,6% das mulheres não utilizavam esse tipo de proteção. Cerca de 95% dos pacientes avaliados, de ambos os sexos e de diferentes graus de instrução, não conheciam as características e a forma de transmissão das DST.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIAS., DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
|
Resumo
|
MARIA DO LIVRAMENTO LEITÃO VILAR
|
Os autores fizeram um levantamento epidemiológico das DST no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Prof. Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará, no período de 1982 1986, com o objetivo de verificar o comportamento dessas doenças na população assistida por esse hospital. Observou-se que a sífilis foi a doença mais freqüente, acometendo todas as faixas etárias e predominando entre os 20-29 anos e no sexo masculino, enquanto que a escabiose mostrou-se mais freqüente entre as mulheres, ascendendo a curva das doenças eventualmente transmitidas por contato sexual.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA
|
Resumo
|
JOSE LUIZ PIZZOL
|
Neste trabalho o autor estuda a ocorrência das doenças sexualmente transmissíveis (DST) numa classe específica de pacientes: os policiais militares. Entre os 1745 pacientes atendidos em 1985 no Ambulatório de Dermatologia do Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória - ES, 178 foram diagnosticados como DST, significando 10,2% das consultas. Às uretrites não-gonocócicas coube a supremacia, com 34,83 % dos casos. Fazem-se comparações com outros levantamentos e comenta-se incidência de acordo com a idade, posto militar, estado civil, raça e nível de escolaridade.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DOENÇAS SEXUALMENTE ADQUIRIDAS, DOENÇAS VENÉREAS
|
Resumo
|
CELSO TAVARES SODRÉ, DAVID RUBEM AZULAY, LUNA AZULAY ABULAFIA, JOSÉ AUGUSTO DA COSTA NERY, RUBEM DAVID AZULAY et al.
|
Os autores apresentam um trabalho de investigação retrospectiva sobre a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis nos últimos nove anos numa clínica dermatológica privada, tecendo considerações sobre aspectos clínicos e epidemiológicos dos resultados encontrados, os quais assumem características peculiares em função da especialidade clínica e da população nela atendida.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
|
Resumo
|
CLEIDE EIKO ISHIDA, BEATRIZ MORITZ TROPE, ALEXANDRE KAHTALIAN
|
Os autores relatam o caso de um paciente portador de psoríase, mostrando alguns aspectos psicossomáticos envolvidos. Discutem sua classificação no grupo das doenças psicocutâneas, dentro de uma abordagem multidisciplinar em um Hospital Geral.
Concluem pela importância de um acompanhamento psicoterápico paralelo ao tratamento medicamentoso, como forma de melhor compreensão da doença, tanto para o paciente como para o médico.
Palavras-chave: DOENÇAS PSÍCOCUTÂNEAS, PSICOSSOMÁTICA, PSORÍASE, NARCISISMO
|
Resumo
|
DOMINGOS SILVA, PAULO B. RABELLO, MANOEL ALMEIDA, CLÁUDIO NEVES, FABIANO MORAES, LOURIVAL BARBALHO et al.
|
Os A. A estudam o problema das doenças sexualmente fidas no Estado do Pará Fazem inicialmente uma abordagem geral do tema e mostram a gravidade da situação.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS`, DOENÇAS VENÉREAS, SO PREVENÇÃO E CONTROLE
|
Educação médica continuada
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
BERNARDO GONTIJO, LUCIANA BAPTISTA PEREIRA, CLÁUDIA MÁRCIA DE RESENDE SILVA
|
Com o conhecimento cada vez maior da angiogênese, as anomalias vasculares foram divididas em tumores e malformações vasculares. As malformações vasculares, objeto deste trabalho, são categorizadas ou pela natureza dos canais vasculares (capilares, arteriais, venosos ou linfáticos), ou pelo tipo de fluxo (alto ou baixo), ou ainda pela distribuição (localizadas ou difusas). Além disso, há as malformações complexas combinadas, nas quais se encaixa a maioria das síndromes vasculares. Os autores apresentam uma revisão do asssunto, discorrendo sobre características clínicas, diagnóstico e tratamento dessas anomalias.
Palavras-chave: DOENÇAS VASCULARES/CONGÊNITO, DOENÇAS VASCULARES/TERAPIA, DOENÇAS VASCULARES/COMPLICAÇÕES, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO, DOENÇAS VASCULARES
|
Imagens em Dermatologia Tropical
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Paulo Ricardo Criado, Gilles Landman, Vitor Manoel Silva dos Reis, Walter Belda Junior
|
A fêmea da pulga Tunga penetrans é responsável pela dermatose ectoparasitária denominada Tungíase. Relatamos o caso clínico de um adolescente branco de 12 anos de idade, o qual procurou atendimento em consultório dermatológico devido à lesão dolorosa na planta e cujo exame dermatoscópico sem contato com a pele permitiu visualizar o movimento do parasita dentro da pele. O diagnóstico da tungíase é clínico, porém pode ser auxiliado pelo exame dermatoscópico in vivo e ex vivo da lesão.
Palavras-chave: DERMOSCOPIA, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, ECTOPARASITOSES, SIFONÁPTEROS
|
Resumo
|
Andrelou Fralete Ayres Vallarelli, Silvânia Pinheiro Rosa, Elemir Macedo de Souza
|
A rinosporidiose é uma doença infecciosa zooantropofílica mucocutânea causada pelo Rhinosporidium seeberi. Caracteriza-se por massa polipoide, séssil ou pedunculada, eritematosa, moriforme e friável, principalmente, nas mucosas nasais e oculares. A ocorrência na pele é ocasional, por
disseminação a partir da mucosa adjacente, inoculação direta ou generalização via hematogênica. Os autores apresentam o caso clínico de um menino de oito anos de idade, com lesão isolada localizada no epicanto medial do olho direito.
Palavras-chave: DOENÇAS PARASITÁRIAS, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, RHINOSPORIDIUM, RINOSPORIDIOSE
|
Donovanose
Granuloma inguinale (Donovanosis) *
An Bras Dermatol. 86(3): 2011
Resumo
|
Sarita Maria de Fátima Martins de Carvalho Bezerra, Marcio Martins Lobo Jardim, Valdir Bandeira da Silva
|
Os autores apresentam imagens de duas formas clínicas mais frequentes da Donovanose, em ambos sexos. A donovanose é considerada uma doença sexualmente transmissível, endêmica nas regiões tropicais e semitropicais do globo. Apresentam também imagens de duas lâminas: uma da pesquisa direta (corpúsculos de Donovan, dentro de grandes células mononucleadas coradas de vermelho pelo Giemsa) e outra de achados histológicos típicos (formato de alfinete dentro do histiócito).
Palavras-chave: DOENÇAS BACTERIANAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DOENÇAS DOS GENITAIS FEMININOS, DOENÇAS DOS GENITAIS MASCULINOS, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
|
Investigação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Juan Manuel Ruiz Matta, Silvia Méndez Flores, Judith Domínguez Cherit
|
FUNDAMENTOS: A reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos é um evento adverso grave a medicamentos, com uma mortalidade relatada de 10%. Resultados observados a longo prazo envolvem falência de órgãos e doenças autoimunes em algumas populações.
OBJETIVO: Avaliar o prognóstico clínico de pacientes com reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos.
MÉTODOS: Foi realizada uma revisão retrospectiva em um hospital de referência na Cidade do México, em um período de 22 anos (1992-2013), buscando-se registros com diagnóstico de DRESS de acordo com os critérios RegiSCAR. Foram analisados características clínicas, falências de órgãos, fármacos responsáveis, tratamento e sequelas em curto e longo prazos.
RESULTADOS: Foram encontrados 11 pacientes com diagnóstico de reação a drogas, apresentando eosinofilia e síndrome com sintomas sistêmicos, sendo 7 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, com idade média de 22 anos; 9 tinham erupção cutânea maculopapular e 2, eritrodérmica. Os órgãos afetados foram fígado (8/11) e rim (6/11), além de terem sido encontrados também distúrbios hematológicos (8/11). Os fármacos mais comuns foram antiepilépticos (63%). Foram administrados corticosteroides sistêmicos a 8 pacientes, sendo pielonefrite (1/8) e pneumonia (2/8) os eventos adversos dessa terapia. As sequelas a longo prazo foram: 1 paciente com insuficiência renal, 1 paciente com anemia crônica e 2 pacientes desenvolveram doenças autoimunes (um com doença tireoidiana autoimune e outro com doença tireoidiana autoimune e anemia hemolítica autoimune).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A natureza retrospectiva do estudo e o número limitado de pacientes com reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos.
CONCLUSÕES: A síndrome da reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos tem sido associada ao desenvolvimento de insuficiência orgânica crônica. Foram encontrados dois pacientes jovens que desenvolveram doenças autoimunes em curto prazo. Os pacientes com reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos devem ter uma monitorização a longo prazo de sinais ou sintomas sugestivos de doença autoimune.
Palavras-chave: Doenças autoimunes; Erupções medicamentosas; Eosinofilia
|
Resumo
|
Danijela Milčić, Slavenka Janković, Sonja Vesić, Mirjana Milinković, Jelena Marinković, Andja Ćirković, Janko Janković et al.
|
FUNDAMENTOS: Evidências epidemiológicas emergentes sugerem associações independentes entre psoríase e síndrome metabólica.
OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência da síndrome metabólica e seus componentes em pacientes com psoríase e avaliar quais fatores podem predizer a síndrome metabólica nesses pacientes.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base hospitalar com 244 pacientes psoriáticos e 163 indivíduos de controle com outras doenças dermatológicas que não psoríase, na Clínica de Dermatovenerologia do Centro Clínico da Sérvia, Belgrado, entre outubro de 2011 e outubro de 2012. A síndrome metabólica foi definida usando-se o National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III revisado. A gravidade da psoríase foi medida pela Psoriasis Area and Severity Index and Body Surface Area.
RESULTADOS: Os odds ratios (ORs) ajustados e os intervalos de confiança (IC) de 95% para pacientes com psoríase versus pacientes sem psoríase foram de 2,66 (IC 95%, 1,58-4,42) para síndrome metabólica; de 3,81 (IC 95%, 2,30-6,31) para hipertensão; de 2,29 (IC 95%, 1,39-3,78) para obesidade central; de 1,92 (IC 95%, 1,08-3,41) para hiperglicemia; de 1,87 (IC 95%, 1,18-2,96) para baixo nível de colesterol de lipoproteína de alta densidade; e de 1,42 (IC 95%, 0,87-1,04) para hipertrigliceridemia. Não foi possível encontrar qualquer associação estatisticamente significativa entre a síndrome metabólica e a gravidade clínica da psoríase. O início mais tardio e a duração mais prolongada da psoríase foram fatores preditores para a síndrome metabólica em nossos pacientes.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: O desenho transversal do estudo não nos permite tirar inferências causais direcionais sobre a associação entre psoríase e síndrome metabólica. Fatores como dieta, consumo de álcool ou saúde mental, que não foram avaliados neste estudo, podem ser confundidores nesta relação.
CONCLUSÃO: A maior prevalência de síndrome metabólica e seus componentes em pacientes com psoríase do que em controles, independentemente da gravidade da doença, enfatiza a necessidade de tratamento precoce e acompanhamento de todos os pacientes com psoríase em relação a doenças metabólicas.
Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; Síndrome metabólica; Psoríase
|
Resumo
|
Maira Mitsue Mukai, Isabela Fleischfresser Poffo, Betina Werner, Fabiane Mulinari Brenner, José Hermênio Cavalcante Lima Filho et al.
|
Os metais, especialmente o níquel, são os sensibilizantes de contato mais comuns em crianças. Dados recentes revelam aumento na incidência da alergia deste em países industrializados. A sensibilização pode ocorrer em qualquer idade, mesmo em recém-nascidos. Bijuterias, especialmente brincos nas orelhas, são ligadas ao aumento da sensibilização ao níquel. A sensibilização ao cobalto geralmente ocorre pelo uso de bijuterias. A fonte mais comum de sensibilização ao cromo é o couro. Devido à ausência de terapia específica, o principal tratamento consiste em identificar e evitar os alérgenos responsáveis. Este artigo pretende apresentar uma visão atualizada sobre os aspectos epidemiológicos e clínicos da alergia de contato aos metais, focando estratégias de prevenção e fatores de risco, além de alertar sobre as possíveis e novas fontes de contato.
Palavras-chave: ACITRETINA, DOENÇAS DA UNHA, PSORÍASE
|
Resumo
|
Carla Barros da Rocha Ribas, Maria da Graça Souza Cunha, Antônio Pedro Mendes Schettini, Jonas Ribas, Josie Eiras Bisi dos Santos et al.
|
FUNDAMENTOS: Doenças Sexualmente Transmissíveis em crianças permanecem um problema de saúde pública pouco estudado, sendo ainda necessários esclarecimentos sobre seu manejo e a relação destas com o abuso sexual infantil.
OBJETIVOS: Descrever o perfil clínico-epidemiológico das Doenças Sexualmente Transmissíveis em crianças atendidas em centro de referência na cidade de Manaus.
MÉTODOS: Realizou-se estudo descritivo exploratório para verificar características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais das Doenças Sexualmente Transmissíveis em crianças atendidas durante o período de janeiro/2003 a dezembro/2007.
RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 182 crianças que apresentavam DST. A maioria era do sexo feminino (65,4%) e de cor parda; a média de idade foi de 8,5 anos; 89% eram procedentes da cidade de Manaus; os pais foram os principais acompanhantes na consulta; verruga genital foi o principal diagnóstico em ambos os sexos; e, 90,1% apresentavam apenas uma DST.
CONCLUSÃO: As frequências e características clínicas das DST nas crianças do estudo não diferiram do encontrado na literatura. Embora, com base em sinais e sintomas referentes tão somente às DST nas crianças, não se tenham parâmetros fidedignos de confirmação de abuso, deve-se sempre estar alerta para esta possibilidade, visto que estas doenças podem ser sinalizadoras de ofensas sexuais, por vezes, dissimuladas e repetidas.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA, CRIANÇA
|
Resumo
|
MARILENE CHAVES SILVESTRE, JOAQUIM CAETANO DE ALMEIDA NETTO
|
*Fundamento*: o pênfigo foliáceo endêmico é doença auto-imune, cutânea, bolhosa, com incidência maior na região Centro-Oeste do Brasil e menor em alguns países sul-americanos. Embora tenha sido demonstrado seu caráter auto-imune pela presença de auto-anticorpos e a importância da predisposição genética, não estão ainda claramente estabelecidos os fatores ambientais intervenientes.
*Objetivos*: conhecer as características sociodemográficas da doença, bem como sua distribuição no Estado de Goiás.
*Casuística e métodos*: foram analisados 210 prontuários com diagnóstico estabelecido no período de1996 a 2001. As informações demográficas foram correlacionadas com as da população do estado, e a incidência da doença, determinada em cada uma de suas microrregiões.
*Resultados*: maior incidência da doença na terceira década e na zona rural, leve ocorrência familiar e sem predileção por sexo. O maior contingente (74,3%) de pacientes foi do Estado de Goiás, e a maior incidência, nas microrregiões de Anicuns, Chapada dos Veadeiros, Rio Vermelho, Vale do Rio dos Bois, Iporá e Aragarças.
*Conclusões*: houve predomínio da doença na terceira década e naqueles com domicílio ou atividade na zona rural. Foram detectadas, pelo cálculo do coeficiente de incidência, áreas de concentração da doença em algumas microrregiões, principalmente na zona central do Estado de Goiás. Novas pesquisas são necessárias para esclarecer as causas dessa concentração ecológica.
Palavras-chave: PENFIGO/EPIDEMIOLOGIA, DOENÇAS AUTO-IMUNES, DOENÇAS ENDÊMICAS
|
Resumo
|
DENISE STEINER, TATIANA ALINE STEINER, MARIA CAROLINA COZZI PIRES DE OLIVEIRA DIAS
|
FUNDAMENTOS - O vitiligo e a doença causada pelo citomegalovírus estão associadas a doenças auto-imunes, coriorretinite e anormalidades imunológicas. Além disso, o genoma do citomegalovírus foi detectado pela técnica de PCR na pele comprometida pelo vitiligo, sugerindo uma possível relação entre eles.
OBJETIVOS - Avaliar a sorologia para CMV em pacientes com vitiligo comparando-a com o grupo controle. Discutir, a partir dos dados encontrados, o papel do CMV no desencadeamento do vitiligo.
MÉTODO - Foram avaliados 20 indivíduos com vitiligo vulgar e 21 sem vitiligo ou outra doença auto-imune. Foi realizada sorologia para CMV em ambos os grupos, com posterior análise estatística dos resultados encontrados pelo método qui-quadrado.
RESULTADOS - A sorologia foi positiva em 90% dos casos, ao passo que, nos indivíduos sem vitiligo foi de 76,2%. Apesar de no grupo dos casos a porcentagem ter sido maior, o teste qui-quadrado não mostrou significância estatística.
CONCLUSÃO - Concluiu-se que, no estudo, a relação entre vitiligo e sorologia positiva para CMV não é significativa quando comparada com a população sem a doença.
Palavras-chave: DOENÇAS AUTO-IMUNES, VITILIGO
|
Resumo
|
CARLOS EDUARDO LARSSON, RONALDO LUCAS, PEDRO MANUEL LEAL GERMANO
|
FUNDAMENTOS - As dermatofitoses de carnívoros domésticos constituem-se em antropozoonozes contumazes e facilmente transmissíveis aos contactantes humanos.
OBJETIVO - Estudar a ocorrência de dermatofitoses em cães e gatos, num período de dez anos (1984-1993), relativamente a uma possível predisposição sanozal.
MATERIAL E MÉTODOS - 384 casos de dermatofitose foram estudados através de exame físico complementado por exame micológico, submetendo-se os resultados, distribuídos ao longo das estações do ano (1984-1993), à prova de x² para amostras independentes (x²a=0,05 - 3 graus de liberdade) e ao teste de duas proporções, com aproximação normal (nível de rejeição - 0,05 e valor crítico de Z-1.96).
RESULTADOS - Dos 384 casos de dematofitoses, sendo 373 microporíases e 11 tricoficias, 94 (43 cães e 51 gatos), 88 (41 e 47), 100 (51 e 49) e 102(50 e 52) foram diagnosticados, respectivamente, na primavera, verão, outono e inverno. A esse resultados aplicou-se a prova x² para amostras independentes, não se observando diferenças entre ocorrência de 346 casos de infecção por _Microsporum canis_ e 27 casos _M. gypseum_, dez por _Trichophyton mentagrophytes var mentagrophytes_ e um por _T. verrucosum_, em cães e gato, durante quatro estações, utilizando-se o teste de 2 proporções, verificou-se que o _M. canis_ foi o agente mais comum (p<0,05), sem contudo haver diferença significativa (p>0,05) quanto à sazonalidade.
CONCLUSÕES - Inexistem diferenças sazonais na ocorrência de dermatofitoses e entre as espécies canina e felina. O _M. canis_ foi o agente etiológico mais comum, predominantemente em gatos. Isolou-se pela primeira vez no Brasil, o _T. verrucosum_ em felinos.
Palavras-chave: DOENÇAS DO CÃO, DOENÇAS DO GATO, DERMATOMICOSE, CÃES, CÚSPIDE, ESTAÇÕES DO ANO, GATOS
|
Qual é seu diagnóstico?
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
HÉLIO AMANTE MIOT, JULIANA HAMMOUD GUMIEIRO, JOÃO PAULO VASCONCELOS POLI, ROSANGELA MA. PIRES DE CAMARGO
|
Descreve-se caso clínico de paciente do sexo masculino, jovem, imunocompetente, portador de melanoníquia fúngica no terceiro pododáctilo causado por Scytalidium dimidiatum. Discutem-se a semiotécnica diagnóstica, seus diferenciais e a terapêutica adequada. Os autores destacam que a etiologia fúngica deva ser considerada no diagnóstico das melanoníquias.
Palavras-chave: DOENÇAS DA UNHA, MICOSES, ONICOMICOSE
|
Relato de Caso
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Karina Corrêa Ebrahim, Júlia Barazetti Alves, Lísias de Araújo Tomé, Carlos Floriano de Moraes, Arianne Ditzel Gaspar, Karin Fernanda Franck, Mohamad Ali Hussein, Lucas Raiser da Cruz, Leonardo Duque Ebrahim, Luis Felipe de Oliveira Sidney et al.
|
A sarna humana afeta todas as classes sociais e diferentes raças em todo o mundo. É altamente contagiosa, porém não se conhecem números exatos sobre sua prevalência. Paciente masculino, de 19 anos, foi admitido no pronto atendimento com quadro de febre de 38 ºC e múltiplas lesões em todo o corpo, poupando apenas face, plantas dos pés e palmas das mãos. As lesões não eram pruriginosas, o que dificultou a suspeita diagnóstica inicial. Foi realizada a biópsia de pele e finalizado o diagnóstico de sarna crostosa (norueguesa). Concluiu-se que a sarna humana é uma doença de caráter epidemiológico significativo, visto que se apresenta com diferentes manifestações clínicas, além de ser extremamente contagiosa.
Palavras-chave: Escabiose; Doenças parasitárias; Infestações por ácaros
|
Temas de atualização
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
ANDRE PETRARCA DE MESQUITA
|
O AUTOR, APõS BREVES CONSIDERA ÇOES SEMÂNTICAS SOBRE AS PALAVRAS SEXO E VENÉREO, PROPÕE A EXTINÇÃO DA EXPRESSÃO “DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMITIDAS”, COLOCANDO ESTAS DOENÇAS ENTRE AS DEMAIS DOENÇAS CONTAGIOSAS, SEM NENHUMA DISCRIMINAÇÃO PRECONCEITUOSA SOBRE O COMPORTAMENTO DE SEUS PORTADORES.
Palavras-chave: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMITIDAS, DOENÇAS VENÉREAS
|