Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Resumo
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Daniel Holanda Barroso, Claúdia Elise Ferraz Silva, Ana Carolina Depes Perdigao e Vasconcelos, Silvana Maria de Morais Cavalcanti, Maria Edileuza Felinto de Brito, Angela Cristina Rapela Medeiros et al.
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A leishmaniose visceral é causada no Brasil pela Leishmania chagasi. O desenvolvimento de lesões cutâneas em pacientes com leishmaniose visceral tem sido descrito em dois contextos clínicos. Pacientes com imunidade bastante comprometida podem desenvolver lesões de pele em consequência direta de disseminação de quadro visceral atual. Por outro lado, pacientes com história prévia de calazar e melhora progressiva de imunidade eventualmente desenvolvem lesões cutâneas decorrentes da síndrome inflamatória de reconstituição imune. Estes casos apresentam-se de forma semelhante à leishmaniose dérmica pós-calazar clássica. Apresentamos casos exemplificando estas duas apresentações clínicas.
Palavras-chave: Dermatologia; Dermatopatias; HIV; Leishmania infantum; Leishmaniose; Síndrome da reconstituição inflamatória imune
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Resumo
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Daíne Vargas Couto, Gunter Hans Filho, Marcelo Zanolli Medeiros, Carolina Faria Santos Vicari, Aline Blanco Barbosa, Luiz Carlos Takita et al.
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A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa crônica, não contagiosa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O tratamento oportuno e adequado é de grande importância para prevenir a evolução da doença para formas destrutivas e graves. O tratamento para a leishmaniose tegumentar americana preconizado pelo Ministério da Saúde é único para todo o país, independentemente da espécie de Leishmania. Sabese que a resposta ao tratamento pode variar de acordo com a cepa do parasito, o estado imunológico do paciente e a forma clínica. Relatamos o caso de uma paciente hígida procedente de Manaus (AM) que apresentou resistência ao tratamento com N-metilglutamina e anfotericina B lipossomal, só obtendo cura após uso de pentamidina.
Palavras-chave: Dermatopatias parasitárias; Leishmania guyanensis; Leishmaniose cutânea; Pentamidina
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Resumo
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Antonio Carlos Martins Guedes, Maria de Lourdes R. de Carvalho, Maria Norma Melo
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Relata-se caso de leishmaniose tegumentar americana com lesões proeminentes na face. Os critérios diagnósticos incluíram dados clínicos e epidemiológicos, intradermorreação de Montenegro, identificação de Leishmania pela reação em cadeia da polimerase e resposta clínica ao tratamento. A importância do relato se deve ao fato de se tratar de caso incomum de leishmaniose tegumentar americana.
Palavras-chave: LEISHMANIA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE
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Resumo
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IVONISE FOLLADOR, ACHILÉA CANDIDA LISBOA BITTENCOURT, ALDINA BARRAL, MARIA DA GLÓRIA ORGE, EDGAR CARVALHO et al.
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A leishmaniose tegumentar disseminada é forma pouco freqüente de leishmaniose tegumentar que difere das formas anérgica difusa e cutânea clássica. Caracteriza-se clinicamente pela presença de grande número de lesões papulosas e acneiformes, raramente com ulcerações e com freqüente comprometimento mucoso. O teste intradérmico é positivo, os títulos sorológicos, extremamente elevados, e o exame histopatológico constuma revelar granulomas e padrão folicular. A resposta linfoproliferativa constuma ser bastante variável, o que não justifica chamar de reação de hipersensibilidade ou "leishmanide" como era previamente conhecida no Velho Mundo. Os casos descritos nas Américas estão associados à _Leishmania amazonensise à Leishmania braziliensis_. Os autores relatam um caso dessa forma de leishmaniose, surgido no povoado rural de Canoa, Santo Amaro, Bahia, durante a vigência de um surto da doença, descrevendo as características clínico-laboratoriais do mesmo e comparando os dados com a literatura.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA DISSEMINADA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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JACKSON MAURICIO LOPES COSTA, LUCIANA S. MELO, IVAN FIGUEREDO, JOSÉ MANUEL M. REBÊLO, ANA CRISTINA R. SALDANHA, MÔNICA ELINOR ALVES GAMA, ALDINA BARRAL et al.
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A leishmaniose cutânea difusa (LCD) é considerada forma rara da leishmaniose tegumentar (LT), estimando-se que existam aproximadamente 350 casos descritos na literatura mundial. Até o momento,no Brasil,foram descritos 31 casos, correspondendo a 8,9% da casuística mundial, tendo o Estado do Maranhão contribuindo com dez (32,3%)descrições nacionais. Recentemente houve oportunidade de acompanhar dois casos novos de LCD, ambos no interior do estado, elevando a casuística para 12 casos. O parasita responsável pela doença foi a _Leishmania L. amazonensis_ , reiterando os dados disponíveis de que essa é a única espécie a produzir essa forma da doença nesse Estado. Como tratamento foi utilizada a associação de antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime*, via sistêmica), com sulfato de paramomicina (Gabbrox*, por via oral),durante 90 dias,que mostrou boa tolerância,com resposta terapêutica favorável,constituindo mais uma opção terapêutica para a forma LCD,que,até o presente momento,se demonstrava num desafio para a ciência.
Palavras-chave: BRASIL, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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JACKSON MAURICIO LOPES COSTA, EDNALDO LIMA DO LAGO, ALBINO VERÇOSA MAGALHÃES, PHILIP DAVIS MARSDEN
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Os autores relatam quatro casos de leishmaniose recidiva cútis em pacientes procedentes das áreas endêmicas de Três Braços e Corte de Pedra, Bahia - Brasil. Discutem-se aspectos etiopatogênicos, clínico-evolutivos e terapêuticos, pois se trata de uma forma considerada rara nas Américas, onde, até o presente momento, foram descritos apenas cinco casos. O parasito isolado em dois casos foi a _Leishmania Viannia braziliensis_, confirmando a capacidade dessa espécie em causar resposta considerada hiperérgica. Os padrões histopatológicos encontrados divergiram da literatura. Quanto à terapêutica, todos os pacientes utilizaram o antimoniato-N-metil glucamina na dose de 20 a 24mg/sbV/kg/dia, em séries de dez dias por tempo prolongado. Na última avaliação, em fevereiro de 1995, os pacientes encontravam-se clinicamente curados.
Palavras-chave: LEISHMANIA BRAZILIENSIS, LEISHMANIOSE
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Mariana Boff Barreto, Andrea Lisboa Carneiro, Fernando Araripe Gonçalves Torres, Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio
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A Leishmaniose Tegumentar Americana é notificada em Brasília (DF), mas tem forma de transmissão desconhecida. Em Sobradinho - região periurbana do Distrito Federal - foram capturados, com armadilha tipo Center of Disease Control, 89% de Lutzomyia whitmani, 7% de Lu. Bacula e 3% de Lu. davisi, sendo 77% no periintradomicílio. Pesquisa do DNA de Leishmania pela reação em cadeia da polimerase (PCR) foi negativa. Lu. whitmani é o principal vetor e a transmissão peri-intradomiciliar parece possível na região estudada.
Palavras-chave: Leishmania; Leishmaniose cutânea; Reação em cadeia da polimerase
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Resumo
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OLIMPIA CASTELO TRISTÃO, MARIA CECÍLIA B. BARBOSA LETAYF, ANA FLAVIA MAJESTE PIMENTEL, MARIA TERESA FEITAL CARVALHO, CARLOS ADOLPHO DE CARVALHO PEREIRA et al.
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Levantamento da incidência e do comportamento dos casos de leishmaniose tegumentar americana nos municípios da Zona da Mata MG, nos períodos de 1959 a 1976 e de 1989 a 1993.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIOSE
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Resumo
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ALMÉRIO DE CASTRO GOMES
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A discussão sobre o perfil epidemiológico da leishmaniose tegumentar no Brasil levou em conta as notificações de casos humanos, raio de dispersão dos agentes etiológicos e sinantropia de populações silvestres. Foi analisado o resultado de 105.988 casos nos últimos dez anos e a persistência de focos ativos em matas remanescentes. O crescimento anual da incidência na região Norte a tornou mais problemática no Brasil. Destacou-se também o crescente intercâmbio de populações que sobreviveram em matas residuais com as do ambiente domiciliar. Nesta situação _L. intermedia_ e _L. braziliensis_ mostraram variado grau de adaptação ao último ambiente. O processo sinantrópico em desenvolvimento para ambas espécies e seus reflexos nas mudanças de padrão epidemiológico da doença sugerem clara evolução da leishmaniose tegumentar. Portanto, permanecerá tendência para aumento das infecções humanas em ambiente extra-florestal no Brasil. O risco de contraí-la é igual para todos os indivíduos independentemente da idade e sexo.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, MARIA CRISTINA BIRKENHAUER, JUAN MANUEL PIÑEIRO MACEIRA, FÁTIMA CONCEIÇÃO SILVA, MAURÍCIO PEREZ et al.
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Foram estudados 65 casos de leishmaniose tegumentar distribuídos em 44 pacientes do sexo masculino e 21 do sexo feminino na faixa etária de 20 a 49 anos, procedentes em sua maioria do Rio de Janeiro e atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ no período de 1978-1989. A úlcera em membro inferior e em mucosa nasal foi a manifestação cutâneo-mucosa mais frequente: 83.61% foram reatores à intradermorreação de Montenegro (>5mm), 68.75% sororeagentes (>1.45) na IF-IG e 49.23% foram positivos para o achado de parasitos que se apresentaram como amastigotas em macrófagos na derme papilar. Cinquenta e três casos foram tratados com a N-metil glucamina em doses que variaram de 8 a 25mg SbV/kg/dia em infusão venosa por período de 10 a 60 dias. Os efeitos colaterais guardaram relação direta co a dose empregada e tempo de administração.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA AMERICANA, LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
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Resumo
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MARCELO FRANCISCO DOS SANTOS, SINEIDA MARIA BERBERT FERREIRA, JACQUELINE ANITA DE MENEZES
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Vinte e um pacientes com lesões cutãneas foram tratados com ketoconazol na dose de 5-10mglkg/dia por 60 dias em média. Na maioria dos casos tratava-se de infecção por Leishmania braziliensis braziliensis.Três casos não responderam ao tratamento e um teve recaída dois anos após. Entre os que tiveram suas lesões cicatrizadas nenhum o fez em menos de um mês e dez levaram dois meses ou mais para cicatrizar. O menor tempo foi de 32 dias e o maiorde 120 (média 64 dias). Em contraste, no grupo, aproximadamente pareado, tratado com antimoniato de N-metilglucamina, (10-15mg5bV/kg/dia), o tempo médio de cicatrização foi de 34 dias, com o menor de 12 dias e o maior de 91 dias. A tolerância ao ketoconazol foi razoável com três casos de elevação de enzimas, dois deles assintomáticos e um acompanhado de náuseas e vômitos. O ketoconazol não parece representar uma alternativa segura e eficaz às medicações injetáveis.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, TRATAMENTO, LEISHMANIA BRASILIENSIS, TRATAMENTO, KETOCONAZOL
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Resumo
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DOMINIQUE SAINTE MARIE
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Os autores apresentam a sua experiência no tratamento da leishmaniose cutânea com a pentamidina, em vários esquemas terapêuticos, assinalando os bons resultados e a regular tolerância ao medicamento. O esquema mais prático, idealizado por eles, parece ser o da administração em infusão venosa em dose única de três a quatro ampolas (360 a 480mg). Enfatizam eficácia, tolerabilidade, baixo custo e facilidade de administração em regiões distantes, onde o paciente ou a equipe médica tem dificuldade de retornar em curto período de tempo.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA, PENTAMIDINA
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Dermatologia tropical / infectoparasitária
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Marcelo Rosandiski Lyra, Alan Bittencourt da Silva, Cláudia Maria Valete-Rosalino, Maria Inês Fernandes Pimentel
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As lesões genitais constituem apresentação incomum da leishmaniose tegumentar americana. Condições como leishmaniose cutânea disseminada e infecção por HIV podem estar associadas ao acometimento genital. Nosso objetivo é apresentar cinco casos de leishmaniose tegumentar americana com lesões genitais e discutir aspectos clínicos e epidemiológicos observados em nossa casuística.
Palavras-chave: Infecções do sistema genital; Leishmania braziliensis; Leishmaniose cutânea; Leishmaniose mucocutânea.
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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EDSON BORGES DE LIMA, CLAUDIA PORTO, JORGETH DE OLIVEIRA CARNEIRO DA MOTTA, RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO
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A leishmaniose tegumentar americana é doença infecciosa da pele e mucosa, cujo agente etiológico é um protozoário do gênero Leishmania. Seu tratamento é desafio porque as drogas disponíveis apresentam elevada toxicidade, e nenhuma delas é bastante eficaz. A recidiva, a falha terapêutica em pacientes imunodeprimidos e a resistência ao tratamento são fatores que motivam a busca de uma droga ideal.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA/TERAPIA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA/DIAGNÓSTICO, ANTIMÔNIO, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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ANGELA CRISTINA RAPELA MEDEIROS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO
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Sintética revisão sobre leishmaniose tegumentar americana enfatizando aspectos históricos, características do tecido da leishmaniose, relação vetor-parasita-hospedeiro, epidemiologia, formas clínicas,diagnóstico, técnicas laboratoriais e tratamento.
Palavras-chave: REVISÃO, LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA, LEISHMANIA, LEISHMANIOSE
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Orlando Oliveira de Morais, Anglya Samara Silva Leite, Killarney Ataíde Soares, Jorgeth de Oliveira Carneiro da Motta, Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio et al.
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A grande maioria dos casos de leishmaniose tegumentar é representada por lesões nos membros. Paciente feminina, branca, diabética, apresentou úlcera com bordas infiltradas, localizada no quarto quirodáctilo esquerdo, após exposição ocupacional em área de mata nativa. Foi confirmado o diagnóstico de leishmaniose tegumentar por Leishmania do subgênero Viannia. Não respondeu ao tratamento com antimonial, mas obteve cura clínica após associação com a pentoxifilina. O caso destaca-se pela raridade da localização periungueal da lesão leishmaniótica e pela dificuldade terapêutica.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, LEISHMANIA BRAZILIENSIS, LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Agostinho Gonçalves Viana, Wilson Mayrink, Luciana Maria Silva, Patrícia Luciana Batista Domingos, Paulo Rogério Ferreti Bonan, Alfredo Maurício Batista de Paula, Ana Cristina de Carvalho Botelho et al.
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FUNDAMENTOS: A histopatologia e as respostas imunológicas do processo de cura da leishmaniose são ainda pouco estudadas. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar os aspectos histopatológicos e imunológicos das lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar, antes e após diferentes métodos terapêuticos. MÉTODOS: Foram estudados 23 indivíduos agrupados de acordo com os tratamentos: Glucantime, Glucantime + Leishvacin e Glucantime + Leishvacin associado com Bacilo Calmette-Guerin. Para a análise das alterações histopatológicas presentes na derme e epiderme, cortes histológicos foram corados com hematoxilina e eosina. Para avaliar a expressão de interferon (IFN)-¿, interleucina (IL) 12, IL-10 e IL-4 foi utilizada a técnica de imuno-histoquímica antes e após o tratamento. RESULTADOS: Antes do tratamento houve um intenso infiltrado de células mononucleares, após o tratamento, mesmo com um diagnóstico de cura clínica, apresentou-se ainda um moderado processo inflamatório. Na análise imuno-histoquímica, notamos uma diferença entre as citocinas, com expressão aumentada de citocinas IFN-¿ e IL-12 em comparação com IL-10 e IL-4 tanto antes quanto depois do tratamento, e comparativamente, a diferença nesta expressão mostrou-se mais intensa antes do tratamento. No entanto, a expressão das citocinas analisadas por grupo de tratamento não mostraram diferenças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Concluímos que uma cura clínica nem sempre coincide com a cura histopatológica, e que antes do tratamento há uma predominância de citocinas Th1. Para os tratamentos, não houve diferença na progressão da cura para todos os três tipos de tratamento, indicando a equivalência clínica dos tratamentos.
Palavras-chave: CITOCINAS, HISTOLOGIA, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Patrícia Luciana Batista Domingos, Carlos Alberto de Carvalho Fraga, Paulo Rogério Ferreti Bonan
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FUNDAMENTOS: As leishmanioses são zoonoses consideradas um problema de saúde pública, representando um grupo de doenças complexas, com uma diversidade de amplo espectro clínico e epidemiológico. A leishmaniose é uma doença causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania spp. A evolução da patologia e a resolução da leishmaniose são dependentes principalmente da espécie de Leishmania envolvida; embora o perfil das citocinas tenha um importante papel no desenvolvimento da resposta imune. OBJETIVOS: Proporcionar mais conhecimentos sobre os eventos inflamatórios na leishmaniose tegumentar através da avaliação da imunoexpressão de OX40, CD20, IFN-¿ e IL-4. MÉTODOS: Foram coletadas amostras de tecido de 41 pacientes, com idade variando entre 6 a 90 anos, com úlceras indolentes na pele confirmados através de exames de diagnóstico como leishmaniose tegumentar. As lesões foram submetidas a imunomarcação das proteínas OX40, CD20, IFN-¿ e IL-4. RESULTADOS: Observamos uma maior expressão de IFN-¿ em comparação com IL-4, com diferenças estatisticamente significativa (p = 0,009). Além disso, OX40 tinha maior expressão quando comparada com IL-4 (p < 0,001). CONCLUSÃO: O presente estudo indica que a resposta imune nas lesões de LTA está associada a um processo de cura, que pode ser explicado pela maior expressão de IFN-¿ quando comparadas com os níveis de IL-4.
Palavras-chave: CITOCINAS, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Agostinho Gonçalves Viana, Patrícia Luciana Batista Domingos, Carlos Alberto de Carvalho Fraga, Paulo Rogério Ferreti Bonan
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FUNDAMENTOS: A leishmaniose é causada pelo protozoário do gênero Leishmania spp., sendo transmitida via picada do inseto flebotomíneo. Estima-se que 12 milhões de indivíduos estejam infectados com a doença, sendo a incidência anual de 2 milhões, número este que tende a aumentar. OBJETIVOS: Avaliar a expressão de miofibroblastos através da imunomarcação de actina de músculo liso alfa, e analisar sua relação com a expressão de citocinas IFN-¿ e TGF-ß1 nas lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar americana. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, em que foram avaliados 28 pacientes diagnosticados com leishmaniose tegumentar americana durante o período de 2002 a 2006. Na técnica de imuno-histoquímica avaliou-se a presença de miofibroblastos, através do marcador actina de músculo liso alfa, além da imunomarcação do IFN-¿ e TGF-ß1 para identificar o perfil dessas citocinas nos casos positivos e negativos para miofibroblastos. RESULTADOS: Observou-se que dos 28 casos, 17 (60,71%) foram positivos para actina de músculo liso alfa, enquanto 11 (39,29%) foram negativos. IFN-¿ teve uma maior expressão do que TGF-ß1 (p=0,007). A porcentagem média de expressão de IFN-¿ e TGF-ß1 no grupo negativo para actina de músculo liso alfa foi diferente, apresentando uma maior expressão de IFN-¿ (p=0.047). Entretanto, o grupo positivo para actina de músculo liso alfa não apresentou uma diferença estatisticamente significativa (p>0,05). CONCLUSÃO: Verificou-se uma expressão de actina de músculo liso alfa nos casos de leishmaniose tegumentar americana, indicando a presença de miofibroblastos. Nos casos negativos para actina de músculo liso alfa, observou-se uma maior expressão de IFN-¿ comparando com TGF-ß1, revelando que a fase inflamatória está envolvida no processo de cicatrização da lesão.
Palavras-chave: CITOCINAS, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, MIOFIBROBLASTOS
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Resumo
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Nenhum resultado
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FUNDAMENTOS: O Amazonas corresponde a aproximadamente 40% dos casos de leishmaniose do país. Nós reportamos um estudo prospectivo com 180 pacientes de uma unidade de saúde que diagnostica 10% dos casos de leishmaniose da amazônia brasileira, com combinação de métodos diagnóstico em área de alta prevalência de Leishmania guyanensis.
OBJETIVOS: avaliar métodos diagnóstico da Leishmaniose em área endêmica para Leishmania Amazonensis.
MÉTODOS: Todos os pacientes tiveram exame direto positivo com presença de amastigotas. Foi feita também biópsia cutânea, com realização de exame histológico, reação em cadeia da polimerase e cultura.
RESULTADO: A reação em cadeia da polimerase detectou aproximadamente 90% de infecção quando foram usados duas técnicas de amplificação (mini-exon and HSP-70). A reação em cadeia da polimerase com HSP-70 foi mais sensível que a cultura associada à histopatologia.
CONCLUSÃO: A melhor combinação foi a reação em cadeia da polimerase com histopatologia, com sensibilidade de 94%. A discrimanação das espécies causadoras de infecção humana nessa região mostrou Leishmania guyanensis em 94% dos casos e
Leishmania brasiliensis em 6%.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, LEISHMANIA GUYANENSIS, LEISHMANIOSE
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Resumo
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Nathalia Dias Negrão Murback, Günter Hans Filho, Roberta Ayres Ferreira do Nascimento, Katia Regina de Oliveira Nakazato, Maria Elizabeth Moraes Cavalheiros Dorval et al.
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FUNDAMENTOS: Leishmaniose Tegumentar Americana é zoonose de manifestações clínicas variadas, em expansão no Brasil, sendo o estado de Mato Grosso do Sul importante área endêmica.
OBJETIVOS - Avaliar clínica, epidemiológica e laboratorialmente pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana , atendidos no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil (HU/UFMS).
MÉTODOS - Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal com abordagem descritiva e analítica. Foram avaliados, retrospectivamente, dados de pacientes suspeitos de Leishmaniose Tegumentar Americana , atendidos no HU/UFMS de 1998 a 2008, e encaminhados ao Laboratório de Parasitologia/UFMS para complementação diagnóstica. Para a inclusão neste estudo foram considerados critérios clínicos e laboratoriais.
RESULTADOS - Quarenta e sete pacientes foram incluídos no estudo. Houve predominância de homens de 45 a 59 anos, com a forma cutânea, lesão única, ulcerada, em áreas expostas do corpo e com duração menor que seis meses. O comprometimento de mucosas foi crescente com o aumento da idade e maior em pacientes que procuraram atendimento tardiamente. Intradermorreação de Montenegro foi o exame de maior sensibilidade e o encontro do parasito mostrou-se mais difícil em lesões antigas.
CONCLUSÃO - Suspeição diagnóstica precoce é de extrema importância para diagnóstico preciso. Associação de exame parasitológico e imunológico torna mais seguro o diagnóstico laboratorial.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA, MONTENEGRO, ÚLCERA
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Resumo
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Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio, Íris Campos Lucas, Arnoldo Velloso da Costa Filho
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FUNDAMENTOS: O tratamento de primeira escolha da leishmaniose tegumentar americana é a N-metil-glucamina que tem alta toxicidade, exige administração parenteral e nem sempre cura. A azitromicina mostrou ação in vitro e resultado contraditório na doença humana.
OBJETIVO: Verificar se a associação N-metil-glucamina+azitromicina é mais eficaz do que N-metil-glucamina no tratamento da leishmaniose experimental.
MÉTODOS: 25 camundongos inoculados com a cepa C57BL/6 de L. (L.) amazonensis foram divididos em dois grupos. Um foi tratado com 400mgSbV/kg/dia de N-metil-glucamina associado a 200mg/kg/dia de azitromicina durante 20 dias, e o outro com N-metil-glucamina, na mesma dose, durante o mesmo tempo. Foi feita avaliação clínica e parasitológica com análise estatística.
RESULTADO: Na avaliação clínica, pesquisa de amastigotas e das culturas, não houve diferença estatística. Verificou-se, entretanto, diferença significante no resultado das culturas realizadas através de diluição limitante, que desfavoreceu a associação NMG+ azitromicina.
CONCLUSÃO: A associação N-metil-glucamina e azitromicina não demonstrou mais eficácia do que o N-metil-glucamina em uso isolado.
Palavras-chave: AZITROMICINA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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ROBERTO QUERIDO NAME, KARINNE TAVARES BORGES, LUCAS SOUZA CARMO NOGUEIRA, JOÃO HERMAN DUARTE SAMPAIO, PEDRO LUIZ TAUIL, RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO et al.
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*Fundamentos*: A leishmaniose tegumentar americana é doença em expansão no Brasil. A região Centro-Oeste é hoje a terceira em incidência e a primeira em crescimento da doença.
*Objetivos*: Avaliar pacientes com leishmaniose tegumentar americana atendidos no Hospital Universitário de Brasília, quanto a aspectos clinicoepidemiológicos e resposta ao tratamento com antimonial pentavalente.
*Métodos*: Estudo do tipo série de casos de 402 pacientes, segundo sexo, idade, ocupação, procedência, formas clínicas, métodos de diagnóstico, tratamento com antimonial pentavalente e efeitos colaterais, no período de 1/1/1994 a 28/2/2003. O acompanhamento foi de um ano pós-tratamento.
*Resultados*: Predomínio de homens, lavradores, de 20 a 39 anos, com a forma cutânea. A eficácia do antimonial foi maior em pacientes com forma cutânea tratados até seis meses depois do início dos sintomas, e em pacientes do sexo feminino (diferenças estatisticamente significativas na análise multivariada). O mesmo ocorreu para pacientes com forma mucocutânea, mas sem diferença estatística significante. Alterações eletrocardiográficas foram mais freqüentes no grupo tratado com 20mg SbV/kg/dia por 30 dias em relação ao tratado por 20 dias. Eosinofilia ocorreu em 17,5% dos casos.
*Conclusões*: Tratamento precoce, sexo feminino e a forma cutânea apresentaram índices mais elevados de cura. Alterações do eletrocardiograma aumentaram com o tempo de tratamento com antimoniais. A eosinofilia como efeito colateral ao uso do antimonial merece maior investigação.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA/EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA/DIAGNÓSTICO, LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA/TERAPIA
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Resumo
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AIRTON PEREIRA DE LIMA, LORIVALDO MINELLI, UESLEI TEODORO, ÉDER COMUNELLO
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*Fundamentos:* A leishmaniose tegumentar (LT) tem sua epidemiologia pouco conhecida no Estado do Paraná.
*Objetivos:* Verificar a distribuição geográfica dos casos de LT em quatro municípios do Paraná, usando imagens por sensoriamento remoto orbital (ISRO), correlacionando-a com a presença de vegetação remanescente e cursos d''''água.
*Métodos:* A distribuição de 4.416 casos no Paraná, de 1993 a 1998, foi feita com informações da ficha de notificação da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Por ISRO verificou-se a distribuição de 231 casos de LT e a correlação destes com as matas residuais e o grau de antropia nos municípios de Cianorte, Japurá, Jussara e São Tomé.
*Resultados:* Houve concentração de casos no Norte e Oeste do Paraná. As ISRO mostram que há relação muito íntima da LT com as áreas de mata nativa modificada, pequenas matas ciliares ou resquícios destas, nos municípios de Cianorte, Japurá, Jussara e São Tomé.
*Conclusão:* Em Cianorte, Japurá, Jussara e São Tomé a LT tem íntima relação com áreas de mata nativa modificada, pequenas matas ciliares ou resquícios de ambas. Possivelmente, as áreas onde há mais casos de LT no Paraná guardam semelhanças com as desses municípios.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA., ECOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA
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Resumo
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RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO, GILBERTO BROWN DE ANDRADE, ANTONIO CÉSAR PEREIRA, EURICO APARECIDO DA SILVA, CÉSAR AUGUSTO CUBA CUBA et al.
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*Fundamentos:* O PCR tem alta sensibilidade no diagnóstico da LTA, mas é caro e distante da prática. A cultura e o esfregaço são práticos, mas pouco sensíveis.
*Objetivo:* O objetivo deste trabalho foi comparar os dois últimos métodos, buscando maior sensibilidade e menor custo.
*Métodos:* Foram comparados três meios de cultura no isolamento de leishmânia: Difco agar sangue + Schneider + soro bovino fetal (20%); Difco agar sangue + Schneider + urina humana (2%); Schneider + urina humana (2%). Foram comparadas, também, duas técnicas de pesquisa de amastigotas: esfregaço realizado com biópsia, ou raspado através de palito (matchstick).
*Resultados:* Os índices de positividade e contaminação (29 a 33% e 8 a 11%, respectivamente, p>0.05) foram semelhantes na comparação dos cultivos. Os esfregaços com biópsia, ou palito também não tiveram diferenças significativas (14 e 19%, respectivamente, p> 0,05). A Leishmania (Viannia) braziliensis predominou.
*Conclusão:* No Brasil, a urina pode substituir o soro fetal bovino. Há vantagem na relação custo/benefício. A urina não tem custo enquanto 500ml de soro bovino fetal custa 185 dólares.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA., DIAGNÓSTICO, LEISHMANIA BRAZILIENSIS
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Resumo
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MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE CARVALHO, COR JÉSUS FERNANDES FONTES, MÁRCIA HUEB, ANTÔNIO CARLOS MARTINS GUEDES, LUÍS CARLOS CROCCO AFONSO, MARIA NORMA MELO et al.
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FUNDAMENTOS- A expressão clínica da leishmaniose tegumentar americana (LTA) é variável e depende de alguns fatores, como a espécie de Leishmania envolvida, e da relação do parasito com seu hospedeiro.
OBJETIVOS –Avaliar clínica e laboratorialmente os pacientes com LTA atendidos no Ambulatório de Referência para Leishmanioses do Hospital Universitário Júlio Müller (ARL-HUJM), da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil, e identificar no nível de complexo as espécies de Leishmania causadoras da doença.
MÉTODOS – Foram estudados pacientes de LTA atendidos por demanda espontânea, entre maio/97 e fevereiro/98, no ARL-HUJM. Para a inclusão no presente estudo foram considerados critérios clínicos, laboratoriais e terapêuticos
RESULTADOS – Sessenta e sete pacientes foram incluídos no estudo. Predominaram adultos jovens, trabalhadores rurais, com lesão cutânea ulcerada e única, acometendo preferencialmente as extremidades. A resolução das lesões ocorreu de forma precoce após a terapêutica com antimonial pentavalente, exceto nas formas mucosas. Dos parasitos isolados 96,4% pertenciam ao complexo Leishmania braziliensis.
CONCLUSÃO – Embora este estudo não permita concluir pela magnitude do problema da LTA no Estado de Mato Grosso, ele sugere que a LTA constitui um problema de saúde pública, havendo necessidade da caracterização do ciclo epidemiológico, incluindo a identificação da espécie, a fim de serem adotadas medidas de controle.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, LEISHMANIA, PCR, EPIDEMIOLOGIA
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Resumo
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LUCAS SOUZA CARMO NOGUEIRA, RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO
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*Fundamentos:* A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é doença de importante prevalência no Brasil, apresentando nas últimas décadas mudanças em relação a seu padrão epidemiológico e distribuição pelo país.
*Objetivos:* Caracterizar epidemiologicamente os pacientes portadores de LTA atendidos no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e definir respostas ao tratamento.
*Material e Método:* Série de casos a partir de protocolos preenchidos pelos dermatologistas do HUB entre 01/01/1994 e 30/04/1998.
*Resultados:* Predomínio de homens (66,2%), na faixa etária em que são mais requisitados para o trabalho (38,8%), lavradores (26,1%), com a forma cutânea da doença (58,8%), e com boa resposta ao tratamento com a N-metil-glucamina, em especial para formas exclusivamente cutâneas (79,1%). As formas mucosas responderam ao tratamento em menos casos (67,6%). Não houve influência estatisticamente comprovada sobre o prognóstico dos pacientes de fatores como número e local das lesões cutâneas, além do uso de tratamentos anteriores.
*Conclusões:* Este estudo sugere que a transmissão profissional ainda representa importante forma de transmissão da LTA, embora isso esteja se alterando lentamente. Acredita-se que a elevação do percentual das formas cutâneas em relação a estudo anterior realizado nesse mesmo hospital se deva ao fato de os autores avaliarem um ambulatório de referência, com demanda progressivamente maior para essa moléstia, e à autoctonia da doença no Distrito Federal.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA., EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIOSE
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Resumo
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GLÁUCIA VIANNA LUCCIOLA, VALÉRIA MARIA DE AZEREDO PASSOS, ORCANDA ANDRADE PATRUS
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FUNDAMENTOS - A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é zoonose comum no Brasil. Nas últimas três décadas observam-se mudanças em seu comportamento epidemiológico com a ocorrência da LTA em áreas de colonização antiga, praticamente sem matas.
OBJETIVOS - lnvestigar o padrão epidemiológico de transmissão da LTA a partir de casos atendidos em hospitais de referência em Belo Horizonte.
MÉTODO- Inquérito transversal de prontuários de pacientes portadores de LTA atendidos nos serviços de dermatologia do HC/UFMG e SCMBH, de 1987 a 1991.
RESULTADOS - Houve predomínio de prontuários de pacientes do sexo masculino (76%), com idade entre 15 e 49 anos (64,7%), de raça não-branca (58.1%), com ocupações não relacionadas com ambientes silvestres (65,9%), sendo 58,7% procedentes da mesoregião de Belo Horizonte, com lesões cutâneas(62,8%), do tipo ulcerada franca (59,4%), em áreas descobertas do tegumento (79,2%). 0 exame laboratorial mais relatado foi a intradermor-reação de Montenegro (73,6%). A boa evolução das lesões ocorreu em 72,5% dos casos.
CONCLUSÃO - Os achados deste estudo sugerem que a transmissão extradomiciliar e por motivo ocupacioral ainda é muito importante na LTA. Entretanto,já se observa mudança desse padrão epidemiológico, com a introdução da doença no ambiente domiciliar.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Daliah Alves Coelho Trevisan, Maria Valdrinez Campana Lonardoni, Izabel Galhardo Demarchi
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A leishmaniose tegumentar pode ser causada por diferentes espécies do protozoário Leishmania. Em animais domésticos, como cães e gatos, o diagnóstico consiste na clínica, epidemiologia e testes sorológicos, que variam entre os países de todo o mundo. Devido a essa diversidade nos métodos de escolha, propomos essa revisão sistemática de literatura com o objetivo de identificar os métodos de diagnóstico laboratoriais utilizados para a detecção da leishmaniose cutânea em cães e gatos domésticos nas Américas. Artigos publicados nos últimos cinco anos foram pesquisados nas bases de dados PubMed, ISI Web of Science, LILACS e Scielo e foram selecionados 10 manuscritos sobre leishmaniose cutânea canina e felina nas Américas. No Brasil, os testes mais utilizados são a imunofluorescência indireta e enzimaimunoensaio (ELISA). Além desses métodos, países como EUA e México utilizam frações antigênicas para detecção de anticorpos pela técnica de Western Blot. As técnicas de ELISA e Western Blot mostraram maior sensibilidade e eficácia na detecção da leishmaniose. A análise de sensibilidade e especificidade dos métodos foi pouco empregada pelas pesquisas. Métodos de pesquisa direta do parasito no material da lesão e a reação em cadeia da polimerase, apesar de confirmatórios, apresentaram baixa positividade na detecção da doença. Sugerimos que mais de uma técnica deva ser empregada para a detecção da leishmaniose canina e felina, e concluímos que as técnicas sorológicas de enzimaimunoensaio e Western Blot possuem maior eficácia no diagnóstico da doença.
Palavras-chave: Leishmaniose cutânea; Leishmania; Sensibilidade e especificidade; Américas
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Resumo
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Olga Laura Sena Almeida, Jussamara Brito Santos
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INTRODUÇÃO: O arsenal terapêutico contra a leishmaniose tegumentar é muito restrito. Os antimoniais pentavalentes permanecem como as drogas de escolha para seu tratamento há mais de 50 anos. Apesar da suaeficácia, necessita de injeções diárias, apresenta muitos efeitos colaterais e tempo de cura prolongado.
OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre os avanços no tratamento da leishmaniose tegumentar
do novo mundo nos últimos dez anos.
METODOLOGIA: Realizou-se em junho de 2009 uma busca eletrônica nas bases de dados Pubmed, LILACS e na biblioteca eletrônica Scielo. As palavras de busca em inglês foram: “cutaneous”, “leishmaniasis” e “treatment”.
Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, placebo controlados. Utilizou-se a escala de Jadad para avaliar a qualidade dos estudos selecionados.
RESULTADOS: Segundo os critérios de inclusão e exclusão, apenas 8 artigos foram selecionados. As drogas avaliadas
nos estudos selecionados foram Glucantime®, miltefosine, imunoterapia, imiquimod, rhGM-CSF, pentoxifilina e paramomicina.
CONCLUSÃO: Apesar de a leishmaniose tegumentar ser um importante problema de saúde pública, os dados publicados
sobre o uso de novas drogas para o tratamento da leishmaniose tegumentar em nosso meio ainda são bastante
limitados.
Palavras-chave: Leishmaniose cutânea, Leishmaniose mucocutânea, Terapêutica
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