Artigo de revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Nenhum resultado
|
A hanseníase é doença crônica infecciosa que se caracteriza por apresentar formas clínicas contrastantes, que são dependentes da interação do bacilo com a resposta imune do hospedeiro. O estudo dos processos imunológicos torna-se fundamental para o entendimento dos mecanismos envolvidos na apresentação e no desenvolvimento da doença. Neste artigo, é revisada a imunopatogênese
da hanseníase.
Palavras-chave: QUIMIOCINAS, HANSENÍASE/IMUNOLOGIA, HANSENÍASE/GENÉTICA, HANSENÍASE, HANSENÍASE/CLASSIFICAÇÃO, MYCOBACTERIUM LEPRAE, HANSENÍASE/COMPLICAÇÕES
|
Artigo Especial
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Nenhum resultado
|
A estruturação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica do Brasil, em 1975, tornou obrigatória a notificação de algumas doenças transmissíveis com o objetivo de reduzir a carga destes eventos no país. Entretanto, as alterações no perfil epidemiológico destas doenças, associadas a características da sociedade contemporânea, determinam a constante adequação das atividades de vigilância a este cenário. Neste manuscrito, são descritos epidemiologia, tendências e diagnóstico diferencial das seguintes doenças dermatológicas de notificação compulsória no Brasil: aids, dengue, hanseníase, leishmaniose tegumentar americana, sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita e sífilis. Também são apresentados os principais desafios atuais para o controle e prevenção para cada uma dessas doenças no Brasil.
Palavras-chave: BRASIL, DENGUE, HANSENÍASE, RUBÉOLA (SARAMPO ALEMÃO), SARAMPO, SÍFILIS, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA, SÍNDROME DE RUBÉOLA CONGÊNITA, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
|
Artigos originais
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
RUY NORONHA MIRANDA, EMÍLIO L. M. SOUNIS, THUSNELDA EMMEL, HÉLIO S. DECHANDT, RUI PAULO G. MIRANDA, IONE T. DECHANDT et al.
|
Partindo do conceito de que Mycobacterium leprae é tido como incultivável em meios artificiais e tem afinidades com o organismo humano, um de nós (R.N.M.) teve a idéia de utilizar, como meio de cultura para o mesmo "in vitro", uma substância do próprio corpo humano. Foi escolhido o plasma de pessoa sadia, lepromino-negativa. Colhendo-se o sangue e separando-se o plasma, os germes obtidos de doente virchowiano virgem de tratamento são nele inoculados, colocando-se o inóculo em estufa a 34°C e realizando-se exames bacterioscópicos cada 15 dias. Após 60 experiências obtiveram-se os seguintes resultados: 1. multiplicação de bacilos após 45 dias de incubação, em mais de 50% das experiências; 2. os bacilos apresentaram-se em bastonetes, globias e coraram-se positivamente pelos métodos de Ziehl e Gram; 3. para verificar se seriam eles o Mycobacterium leprae, procederam-se às provas da piridina e da DOPA, que foram confirmativas; 4. Três leprominas bacilares preparadas com culturas bem características, inoculadas intradermicamente em hansenianos, comportaram-se como a lepromina clássica; 5. Não houve crescimento idêntico do inóculo em outros meios de cultura; 6. foi constatado o crescimento, no plasma assim obtido, de M. tuberculosis e micobactérias atípicas; 7. considera-se o plasma humano um meio favorável para o cultivo de micobactérias, no qual houve evidências da reprodução de Mycobacterium leprae; 8. Solicita-se a confirmação destes resultados em outros centros de pesquisa.
Palavras-chave: MICROBACTÉRIAS, CULTIVO, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Resumo
|
JAYNE SERRUYA EL-MANN
|
NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, EXISTEM EM REGISTRO ATIVO 7 368 HANSENIANOS, DOS QUAIS 5 573 NOS CENTROS MUNICIPAIS DE SAÚDE E 1 795 EM OUTROS SERVIÇOS E CLINICAS PARTICULARES. POR FATORES DIVERSOS, ESTAMOS CERTOS QUE ESTES NÚMEROS NÃO REPRESENTAM A VERDADEIRA SITUAÇÃO DA DOENÇA. EM RELAÇÃO ÀS FORMAS CLINICAS, HÁ 46,33% PARA A FORMA VIRCHOWIANA; 33,30% PARA A TUBERCULÓIDE, 15,72% DA FORMA INDETERMINADA E 4,65% DA DIMORFA. FINALMENTE, A TAXA DE PREVALÊNCIA DE 1,3 POR 1000 HABITANTES COLOCA A ENDEMIA EM NÍVEL DE ALTA ENDEMICIDADE
Palavras-chave: HANSENÍASE, EPIDEMIOLOGIA
|
Caso Clínico
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Raila de Brito Macedo, Tárcio Santos, Paulyane Bezerra Sampaio Ramos, Daniela Mayumi Takano, Virgínia Sampaio Madeiro Leal et al.
|
Hanseníase é doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Este bacilo tem alta predileção por pele e nervos periféricos. O couro cabeludo possui propriedades anatômicas que tornam essa região pouco propícia ao desenvolvimento desta micobactéria. Relatamos caso de hanseníase com acometimento de couro cabeludo, raro em nossa literatura.
Palavras-chave: Dermatoses do couro cabeludo; Hanseníase; Mycobacterium leprae
|
Resumo
|
Marcelo Zanolli Medeiros, Gunter Hans Filho, Luiz Carlos Takita, Carolina Faria Santos Vicari, Aline Blanco Barbosa, Daíne Vargas Couto et al.
|
As lesões dermatológicas da hanseníase são descritas como máculas hipocrômicas ou eritematosas, placas róseo-eritematosas ou eritematoacastanhadas, pápulas, nódulos e infiltração cutânea difusa, a depender da forma clínica da doença. Podem ser acompanhadas de hipoestesia ou anestesia, alopecia e hipoidrose ou anidrose. Lesões vegetante-verrucosas são atualmente bastante infrequentes no quadro dermatológico da hanseníase. A literatura é escassa, existindo apenas 25 casos relatados de tal associação, especialmente no polo virchowiano da doença. Relatam-se dois casos de hanseníase virchowiana de longa evolução cursando com lesões vegetante-verrucosas.
Palavras-chave: Dermatopatias infecciosas; Hanseníase; Hanseníase multibacilar; Hanseníase virchowiana; Mycobacterium leprae
|
Resumo
|
Vivian Fichman Monteiro de Souza, Roberto Souto da Silva, Claudia Lucia Paiva e Valle, Daniel Lago Obadia, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher et al.
|
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, com período de incubação médio de dois a cinco anos, causada pelo Mycobacterium leprae, o qual possui tropismo para a pele, as mucosas e os nervos periféricos. Quando manifestada em crianças abaixo de quinze anos, reflete a intensidade e longo período de exposição à grande carga bacilar. Representa, então, um importante evento de alerta que aponta para uma dificuldade no controle da doença. Os autores relatam três casos de hanseníase, em menores de quinze anos, provenientes do Município de Itaguaí, Rio de Janeiro. Discutem-se as implicações epidemiológicas da detecção de novos casos nessa faixa etária e o papel fundamental do exame de contatos e da busca do caso fonte no controle da Hanseníase.
Palavras-chave: CRIANÇA, EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE
|
Resumo
|
Antônio Renê Diógenes de Sousa, Carolina Oliveira Costa, Hercilia Maria Carvalho Queiroz, Paulo Eduardo de Sá Gonçalves, Heitor de Sá Gonçalves et al.
|
A hanseníase relaciona-se à formação de grande variedade de lesões cutâneas, desde manchas, pápulas, placas e nódulos, até infiltração difusa, dependendo da resposta imune do indivíduo. A apresentação clínica foge, muitas vezes, do padrão habitual, fazendo com que especialistas confundam o diagnóstico. O artigo descreve um caso raro de hanseníase, simulando erupção liquenoide, abordando os diferentes aspectos das manifestações clínicas, do diagnóstico e do tratamento desta entidade nosológica.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Comunicação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Adma Silva de Lima, Vanessa Irusta dal Pizzol, Scheila Fritsch, Gabriela Poglia Fonseca, Fabiane Andrade Mulinari-Brenner, Carolina de Souza Muller, Vanessa Cristhine Dalombo Ottoboni et al.
|
Devido às evidências crescentes da interação entre o bacilo de Hansen e as células endoteliais e à escassez de estudos abordando a presença de alterações capilaroscópicas em doentes com hanseníase, foi realizado estudo para verificar a presença de alterações capilaroscópicas em doentes com hanseníase em suas diversas formas e sua correlação com parâmetros clínicos. Foram avaliados dez pacientes em ambulatório especializado de serviço universitário e 60% deles apresentaram alguma alteração capilaroscópica, incluindo micro-hemorragias, capilares ectasiados, em arbusto e enovelados. Tais alterações foram inespecíficas, o que sugere que não haja um padrão específico nesta doença.
Palavras-chave: Hanseníase; Hanseníase dimorfa; Hanseníase multibacilar; Hanseníase paucibacilar; Hanseníase tuberculoide; Hanseníase virchowiana; Mycobacterium leprae
|
Resumo
|
Leandro Fonseca Noriega, Nilton Di Chiacchio, Angélica Fonseca Noriega, Gilmayara Alves Abreu Maciel Pereira, Marina Lino Vieira et al.
|
Apesar de ser uma doença milenar, a hanseníase permanece como problema de saúde pública em diversos países, principalmente na Índia, no Brasil e na Indonésia. As diretrizes operacionais vigentes dão ênfase à avaliação das incapacidades desde o momento do diagnóstico e estipulam como princípios fundamentais para o controle da doença a detecção precoce e o tratamento adequado. São necessários esforços contínuos para instituir e aprimorar serviços de hanseníase de qualidade. Uma rede de atenção primária capacitada, que esteja integrada a um serviço especializado, e o desenvolvimento de ações educativas fazem parte do arsenal na luta contra a doença, considerada negligenciada e estigmatizante.
Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Saúde pública
|
Resumo
|
Antônio Pedro Mendes Schettini, Josie da Costa Eiras, Maria da Graça Souza Cunha, Liana Hortência Miranda Tubilla, José Carlos Gomes Sardinha et al.
|
A hanseníase permanece importante problema de saúde pública, e os técnicos de unidades básicas de saúde devem estar capacitados para reconhecer as diversas formas de apresentação clínica da doença. Relata-se caso de paciente com lesões pouco habituais, cujo diagnóstico foi importante por se tratar de doente multibacilar, principal elo da cadeia de transmissão da doença. O diagnóstico e tratamento oportuno desses casos contribuem para atingir as metas de eliminação da doença no país.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Resumo
|
LUIZ JORGE FAGUNDES, RÉGIA CELLI RIBEIRO PATRIOTA, SABINA LEA DAVIDSON GOTLIEB
|
Os autores estudaram 1.333 pacientes com doenças sexualmente transmissíveis (DST), no Ambulatório de DST do Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza (CSGPS), Faculdade de Saúde Pública da USP, no período de 1994 a 1998. Houve predomínio dos pacientes do sexo masculino (71%) em relação aos do sexo feminino (29%); da raça branca (73,3%) e da negra (25,2%) sobre a amarela (1,5%). A ocorrência das DST foi maior na faixa etária de 20 a 29 anos, com 62,4%. Na população estudada, 55,2% dos pacientes completaram o primeiro grau, 41,2% o segundo grau e o curso superior, e 1,6% eram analfabetos. Com relação ao comportamento sexual, 85,7% eram heterossexuais, 8,7% homossexuais e 5,6% bissexuais. As DST de maior incidência foram o condiloma acuminado com 31,8% dos casos, a uretrite não gonocócica, causada principalmente por Chlamydia trachomatis, com 26,8% do total das DST, e a sífilis com 16,7% dos casos. O exame anti-HIV foi reagente em 93 homens e 14 mulheres, com a razão de sexo de 6:1. Quanto ao uso de preservativos, 80,8% dos homens e 96,6% das mulheres não utilizavam esse tipo de proteção. Cerca de 95% dos pacientes avaliados, de ambos os sexos e de diferentes graus de instrução, não conheciam as características e a forma de transmissão das DST.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIAS., DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
|
Resumo
|
TANIA FERREIRA CESTARI, JAIR FERREIRA, REGINA LOUREIRO
|
Os autores apresentam a situação epidemiológica da hanseníase no Rio Grande do Sul, analisando os parâmetros: prevalência e incidência por forma clínica, sexo e idade. São comentados os dados referentes ao período de 1942 a 1988. Analisa-se a tendência da endemia na região, relacionando sua variação com fatores operacionais tais como critérios de diagnóstico e métodos de controle.
Palavras-chave: LEPRA, EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE
|
Correspondência
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Joel Carlos Lastória, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
|
FUNDAMENTOS: A Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional do Estado de São Paulo (SBD-RESP), apoiada pela Fundação Paulista Contra a Hanseníase, e em ação conjunta com os Serviços de Dermatologia do estado de São Paulo, credenciados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, lançou a campanha "SBD-RESP na Busca Ativa de Casos de Hanseníase".
OBJETIVOS: Auxiliar o Programa Nacional de Controle da Hanseníase no controle da doença.
MÉTODO: Todos os Serviços de Dermatologia do estado de São Paulo, credenciados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, foram convidados e os 17 que participaram receberam uma planilha de dados e modelos de materiais informativos sobre a doença. A campanha foi realizada entre os meses de maio e julho de 2010. Ao término do período, cada serviço encaminhou a planilha de dados para análise
estatística.
RESULTADOS: Foram examinadas 1718 pessoas e diagnosticados, no total, 90 casos de hanseníase, a maioria do gênero masculino e da cor branca, com percentuais semelhantes de multibacilares e de paucibacilares. Doze por cento apresentavam história familiar de hanseníase. O maior número de casos detectados foi na capital, seguido, no interior, pela região de Presidente Prudente. O índice de detecção em menores de 15 anos foi 4%.
CONCLUSÕES: Os resultados da campanha mostram a importância desta iniciativa da SBD-RESP. Sugere-se que ações semelhantes sejam repetidas e que se estendam a outras regionais da Sociedade Brasileira de
Dermatologia.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO CLÍNICO, EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE, PREVENÇÃO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
|
Educação médica continuada
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Joel Carlos Lastória, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
|
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. É endêmica em várias regiões do mundo e um problema de saúde pública no Brasil. Apresenta amplo espectro de manifestações clínicas, as quais são dependentes da interação entre o M. leprae e o hospedeiro e estão intimamente relacionadas ao grau de imunidade do hospedeiro ao bacilo. O seu diagnóstico é clínico. Entretanto, em algumas situações, faz-se necessária a investigação laboratorial para a confirmação do diagnóstico da hanseníase ou classificação da forma clínica. Este artigo visa à atualização do dermatologista em hanseníase, através de uma revisão sobre as técnicas laboratoriais complementares que podem ser empregadas para o diagnóstico da doença, incluindo intradermorreação de Mitsuda, baciloscopia, histopatologia, sorologia, imuno-histoquímica, PCR, exames de imagem, eletroneuromiografia e testes sanguíneos. Além disso, faz-se uma explanação sobre os esquemas terapêuticos padronizados na multidrogaterapia, o tratamento das reações e dos casos resistentes, a imunoprofilaxia com a vacina do bacilo Calmette-Guérin (BCG) e a quimioprofilaxia.
Palavras-chave: Diagnóstico diferencial; Educação continuada; Evolução clínica; Hanseníase; Investigação laboratorial; Mycobacterium leprae; Prevenção de doenças transmissíveis; Prognóstico; Resistência a Medicamentos; Terapêutica
|
Resumo
|
Joel Carlos Lastória, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
|
Causada pelo Mycobacterium leprae e conhecida desde os tempos bíblicos, a hanseníase ainda é endêmica em várias regiões do mundo e um problema de saúde pública no Brasil, onde a prevalência registrada em 2011 alcançou índice de 1,54 caso por 10.000 habitantes. O mecanismo de transmissão da hanseníase é o contato íntimo prolongado de indivíduo suscetível, geneticamente predisposto, com paciente multibacilar, sem tratamento, por meio da inalação de bacilos veiculados em secreção das vias aéreas superiores, sendo a mucosa nasal a principal via de transmissão. O conhecimento mais aprofundado das características estruturais e biológicas do M. leprae, o sequenciamento do seu genoma e os avanços na elucidação dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro frente ao bacilo, dependente da suscetibilidade genética, têm contribuído para a compreensão da patogênese da hanseníase, das variações nas suas características clínicas e sua evolução. Este artigo tem por objetivo atualizar o dermatologista sobre aspectos epidemiológicos, etiopatogênicos e clínicos da hanseníase.
Palavras-chave: Classificação; Diagnóstico clínico; Educação continuada; Epidemiologia; Fatores imunológicos; Fenômenos genéticos; Hanseníase; Mycobacterium leprae; Sinais e sintomas; Transmissão de doença infecciosa
|
Resumo
|
Manuela Boleira, Omar Lupi, Linda Lehman, Kingsley Bampoe Asiedu, Ana Elisa Kiszewski et al.
|
A úlcera de Buruli, uma doença infecciosa causada pela Mycobacterium ulcerans (M. ulcerans),é a terceira micobacteriose em ocorrência, após a hanseníase e a tuberculose. Essa micobacteriose atípica tem sido relatada em mais de 30 países, principalmente, nos que têm climas tropicais e subtropicais, mas a sua epidemiologia permanece obscura. Recentemente, os primeiros casos autóctones do Brasil foram relatados, fazendo com que dermatologistas brasileiros estejam atentos a esse diagnóstico. O quadro clínico varia: nódulos, áreas de edema, placas, mas a manifestação mais típica é uma grande úlcera, que ocorre, em geral, nas pernas ou nos braços. Apesar do amplo conhecimento quanto ao seu quadro clínico em países endêmicos, nas outras áreas, esse diagnóstico pode passar despercebido. Assim, médicos devem ser orientados quanto à úlcera de Buruli, pois o diagnóstico precoce, o tratamento específico e a introdução de cuidados na prevenção de incapacidades são essenciais para uma boa evolução.
Palavras-chave: INFECÇÕES ATÍPICAS POR MYCOBACTERIUM, MYCOBACTERIUM ULCERANS, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, ÚLCERA DE BURULI
|
Imagens em Dermatologia Tropical
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Pedro Jose Secchin de Andrade, Sulamita dos Santos Nascimento Dutra Messias, Paola Cristina Brandão Oliveira Ferreira, Anna Maria Sales, Alice de Miranda Machado, José Augusto da Costa Nery et al.
|
A hanseníase é uma doença negligenciada, de modo que é necessário reconhecer as apresentações clínicas não usuais para diagnóstico precoce, tratamento adequado e interrupção da cadeia de transmissão. Os autores relatam um tipo raro da hanseníase multibacilar, a forma histoide, com apresentação de imagens de numerosos nódulos e pápulas endurecidos e bem delimitados, difusos por todo o tegumento corporal.
Palavras-chave: Diagnóstico diferencial; Doenças negligenciadas; Hanseníase; Hanseníase Multibacilar; Mycobacterium leprae
|
Investigação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Maria Eduarda Gomes da Cruz Silva, Carlos Dornels Freire de Souza, Susanne Pinheiro Costa e Silva, Flávia Monteiro da Costa, Rodrigo Feliciano do Carmo et al.
|
FUNDAMENTOS: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, capaz de infectar grande número de pessoas. Este trabalho torna-se relevante para o município de Juazeiro (BA), área considerada hiperendêmica para hanseníase, uma vez que, desvendar o comportamento da doença na região, pode auxiliar o setor da vigilância epidemiológica na tomada de decisões para estabelecer estratégias, organizar e avaliar programas e serviços.
OBJETIVOS: Analisar os aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de Juazeiro, no período de 2002 a 2012.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo, de caráter transversal, baseado no processamento dos dados secundários do Sistema de Notificação e Agravos, cedidos pelo Serviço de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro.
RESULTADOS: Foram detectados 1.916 casos novos de hanseníase no período de 2002 a 2012. Desse total, 921 (48,07%) representavam o sexo masculino e 995 (51,93%), o sexo feminino. Houve uma redução no coeficiente de detecção da hanseníase por 100.000 habitantes. A maioria dos portadores era da raça parda, com baixo grau de escolaridade, residentes da zona urbana e situados na faixa etária economicamente ativa. Por meio de análise estatística, foi possível verificar que há mais chances de desenvolvimento de sequelas entre os homens e indivíduos multibacilares com idade superior a 45 anos.
CONCLUSÕES: O trabalho serve para direcionar as ações de controle dessa enfermidade, realçando a importância da busca ativa por casos novos para realizar diagnósticos precoces, diminuir o número de sequelas e possibilitar a quebra da cadeia de transmissão da doença.
Palavras-chave: Hanseníase; Epidemiologia; Mycobacterium leprae; Saúde pública
|
Resumo
|
Ana Carolina Souza Porto, Renata Borges Fortes Costa Figueira, Jaison Antônio Barreto, José, Roberto Pereira Lauris et al.
|
FUNDAMENTOS: A hanseníase é a principal causa infecciosa de incapacidades. É descrita como eliminada em São Paulo desde 2005, mas o diagnóstico ainda é tardio.
OBJETIVOS: Estudar os perfis social, clínico e laboratorial de pacientes diagnosticados com hanseníase, entre 01/2007 e 12/2011, em centro de referência de São Paulo.
MÉTODOS: Estudo descritivo e retrospectivo. Foram levantados dados de todos os casos novos de hanseníase diagnosticados entre 01/2007 e 12/2011 no Instituto Lauro de Souza Lima.
RESULTADOS: Diagnosticados 103 homens e 71 mulheres, a maioria portadora da forma multibacilar. A média de idade ao diagnóstico foi de 49 anos, 2,2% eram crianças, 70% tinham ensino fundamental incompleto e 50% foram encaminhados sem suspeita diagnóstica. A média de tempo desde sintomas até diagnóstico foi de 2 anos, 64% tinham incapacidade, sendo 26% grau 2 de incapacidade. Foram diagnosticados após convocação 23 casos e 80% destes não tinham incapacidades. A concordância entre a classificação de Ridley e Jopling e da OMS foi de 75% (kappa=0,44). A sorologia IgM anti-PGL1 (87 pacientes) apresentou valor médio de 0,25 e houve associação entre classificação multibacilares e positividade do teste (p<0,001).
CONCLUSÃO: O diagnóstico de hanseníase em São Paulo ainda é tardio. A doença acometeu principalmente população socialmente desfavorecida e economicamente ativa. A queda na detecção (41%), nos últimos 10 anos, pode ser devido à falta de suspeita e descentralização. Para a classificação de pacientes com hanseníase avançada, tanto os critérios da OMS quanto os de R & J foram úteis.
Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Mycobacterium leprae; Saúde Pública
|
Resumo
|
Luciane Cristina Gelatti, Renan Rangel Bonamigo, Ana Paula Becker, Letícia Maria Eidt, Letícia Ganassini, Pedro Alves d' Azevedo et al.
|
FUNDAMENTOS: Uma das sequelas físicas mais estigmatizantes nos pacientes curados de hanseníase é o desenvolvimento de úlceras crônicas nos membros inferiores. A microbiota presente nas úlceras é considerada como um dos fatores que podem postergar o processo de cicatrização, além de servir como foco para infecções secundárias graves.
OBJETIVO: Identificar a microbiota e o perfil de resistência a antimicrobianos de bactérias isoladas de úlceras cutâneas dos membros inferiores de pacientes curados de hanseníase.
MÉTODOS: Foi coletado material das úlceras cutâneas dos membros inferiores de 16 pacientes atendidos no Ambulatório de Dermatologia Sanitária do Rio Grande do Sul e no Hospital Colônia Itapuã. A coleta foi realizada no momento do curativo e o material foi encaminhado ao Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde para o cultivo microbiológico. O isolado de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) foi caracterizado por dois métodos de biologia molecular, incluindo a determinação do gene mecA e do tipo de SCCmec.
RESULTADOS: As culturas evidenciaram microrganismos em todas as úlceras: cocos Gram-positivos em 63%, bacilos Gram-negativos em 80% e microbiota mista em 36%. S. aureus e Pseudomonas aeruginosa foram os maiores representantes. Na análise do perfil de resistência a antimicrobianos dos isolados, destacou-se a presença de um MRSA. O estudo molecular revelou a presença do gene mecA, inserido em SCCmec do tipo clonal IV.
CONCLUSÕES: O cultivo laboratorial de úlceras em pacientes hansênicos é elemento necessário para a instituição da antibioticoterapia correta e para o controle de patógenos emergentes, como o MRSA tipo IV.
Palavras-chave: Bactérias; Hanseníase; Mycobacterium leprae; Staphylococcus aureus; Staphylococcus aureus resistente à meticilina; Úlcera
|
Resumo
|
Manoel Wilkley Gomes de Sousa, Darline Carvalho Silva, Lucianna Rodrigues Carneiro, Maria Luisa Brito Ferreira Almino, Ana Lúcia França da Costa et al.
|
FUNDAMENTOS: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, sendo considerada um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. OBJETIVOS: Objetivou-se estudar o perfil clinicoepidemiológico dos pacientes com hanseníase no período de 2003 a 2008, no estado do Piauí, verificar suas taxas de detecção e de prevalência na população geral e em menores de 15 anos e avaliar as formas clínicas predominantes. MÉTODOS: Os dados foram obtidos a partir da base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Saúde do estado do Piauí, sendo as informações procedentes dos prontuários médicos, organizadas em um questionário específico. RESULTADOS: Do total de 12.238 casos de hanseníase notificados no período em questão, 85% eram casos novos (taxa de detecção geral anual média de 54 casos/100.000 habitantes e em menores de 15 anos de 15,3/100.000 habitantes); 52,18 % eram homens, 64,66 % dos pacientes encontravam-se na faixa etária de 20 a 59 anos e 53,53 % apresentavam a forma paucibacilar. No entanto, 88,82% das formas paucibacilares apresentavam mais de cinco lesões e 10,55 % das formas multibacilares não tinham qualquer lesão. Mais de 20% dos pacientes tinham algum grau de incapacidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que estes indicadores apontam para uma elevada circulação do bacilo na comunidade e a grande dificuldade que a rede básica apresenta de se organizar de forma a diagnosticar correta e precocemente os casos desta complexa doença.
Palavras-chave: HANSENÍASE, NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS, SISTEMAS DE SAÚDE, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
|
Resumo
|
Andrezza Furquim da Cruz, Renata Bazan Furini, Ana Maria Ferreira Roselino
|
FUNDAMENTOS: PCR tem sido frequentemente utilizada no diagnóstico molecular da hanseníase. OBJETIVOS: comparar os resultados da PCR com 4 pares de primers específicos para Mycobacterium leprae, bem como os resultados da PCR à classificação operacional, segundo a OMS, de multibacilar (MB) e paucibacilar (PB) da hanseníase. MÉTODO: Vinte e oito amostras de DNA, extraído de biópsias congeladas de pele e de imprint de biópsias em papel de filtro de 23 pacientes (14 MB e 9 PB), foram utilizadas na PCR com primers que amplificam 131pb, 151pb e 168pb de regiões de microssatélites, e um fragmento de 336pb do gene Ml MntH (ML2098) do bacilo. RESULTADOS: O bacilo pôde ser detectado em 22 (78,6%) das 28 amostras. Nove (45%) das 20 amostras de biópsia e 6 (75%) das 8 amostras de imprints foram positivas para TTC. Sete (35,5%) amostras de biópsias e 5 (62,5%) imprints foram positivos para AGT, e 11 (55%) biópsias e 4 (50%) imprints foram positivos para AT. Oito (38%) amostras de biópsias e 5 (62,5%) imprints foram positivos para o gene Ml MntH. Dentre o grupo MB, os microssatélites detectaram o bacilo em 78,5% das amostras, e o gene Ml MntH, em 57,1% das amostras, independentemente do material clínico. No grupo PB, 55,5% das amostras foram positivas para os microssatélites, enquanto que 22,2% o foram para o gene Ml MntH. CONCLUSÕES: Estes resultados mostram que, tanto as regiões específicas de microssatélites quanto o gene Ml MntH, podem representar ferramentas úteis na detecção do Ml MntH por PCR em amostras de biópsias e imprint de biópsias.
Palavras-chave: HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAEMURIUM, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE, REPETIÇÕES DE MICROSSATÉLITES
|
Resumo
|
Elizane Viana Eduardo Pereira, Lidya Tolstenko Nogueira, Herion Alves da Silva Machado, Lana Andrade Napoleão Lima, Clóvis Henrique Mauriz Ramos et al.
|
FUNDAMENTOS: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que pode levar a incapacidade física e funcional. É um importante problema de saúde pública em algumas regiões, sendo necessário o conhecimento das variações epidemiológicas para subsidiar estratégias de controle da doença.
OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico do município de Teresina de 2001-2008.
MÉTODO: Foram avaliados dados de hanseníase de Teresina entre 2001-2008, presentes no banco de dados oficial do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, da Fundação Municipal de Saúde.
RESULTADOS: Os dados revelam um coeficiente de detecção de casos novos com média de 96,21 casos por 100.000 hab. Entre os menores que 15 anos, houve um pico de 40 casos em 100.000 hab. em 2003. O grau de incapacidade II avaliado no momento do diagnóstico variou de 5%-7% e no momento da alta de 2,77%- 0,14%. A prevalência é alta, variando entre 8-11 casos em 10.000 hab. Em relação à forma clínica no final da série há uma predominância das formas I com 30% dos casos e D com 28% dos casos. Quanto à classificação operacional a média é de 62% de casos paucibacilares e 37,86% multibacilares. Entre os casos registrados há uma discreta predominância no sexo feminino no final da série.
CONCLUSÃO: A hanseníase é hiperendêmica em Teresina e pode levar à inatividade pessoas em idade produtiva.
Palavras-chave: CONTROLE, DOENÇAS EDÊMICAS, HANSENÍASE, LEVANTAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS, SAÚDE PÚBLICA
|
Resumo
|
Sandra Maria Barbosa Durães, Luiza Soares Guedes, Mônica Duarte da Cunha, Monica Maria Ferreira Magnanini, Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira et al.
|
FUNDAMENTOS - Os pacientes multibacilares (MB) são a principal fonte de infecção na hanseníase e esse risco é maior nos contatos domiciliares dos pacientes MB do que nos contatos dos paucibacilares (PB) e na população em geral. Entretanto, os contatos domiciliares são os mais próximos do caso-índice (CI), em termos genéticos. OBJETIVO: Analisar dados epidemiológicos das variáveis: sexo, idade, anos de estudo, grau de parentesco com o CI e tipo de contato residencial (intradomiciliar ou peridomiciliar) com o CI em 107 famílias de hanseníase. MÉTODOS: Foram realizadas visitas domiciliares para exame clínico dos familiares. Os prontuários dos CIs e de seus coprevalentes (contatos familiares que também tiveram hanseníase) foram revistos. RESULTADOS: A análise controlada das variáveis tipo de contato e grau de parentesco revelou que o contato domiciliar e o parentesco de primeiro grau estão independentemente associados a uma probabilidade maior de adoecer. CONCLUSÃO: Os contatos domiciliares, em geral, são os mais próximos do caso, em termos genéticos, e aferir a magnitude desses riscos separadamente tem sido um desafio nos estudos de vigilância de contatos em hanseníase. Os resultados deste estudo confirmam os dados da literatura, demonstrando a influência genética no desfecho da hanseníase per se.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, GENÉTICA, HANSENÍASE, HANSENÍASE / EPIDEMILÓGICA
|
Resumo
|
GERALDO GOMES DOS SANTOS, GILBERTO MARCUCCI, JAYRO GUIMARÃES JÚNIOR, LEONTINA DA CONCEIÇÃO MARGARIDO, LUIZ HERALDO CAMARA LOPES et al.
|
FUNDAMENTOS - A hanseníase é endêmica na América do Sul, sendo responsável por 3% do total dos casos mundiais e, particularmente, no Brasil, por 85% dos casos sul-americanos. Seu agente pode ser encontrado na mucosa oral sem qualquer alteração evidente, e apenas testes laboratoriais muito sensíveis podem detectar sua presença.
OBJETIVOS - Determinar se o genoma do Mycobacterium leprae pode ser encontrado pelo teste da PCR em biópsias com punch da mucosa oral de pacientes com hanseníase.
MATERIAL E MÉTODOS - Realizou-se biópsia da mucosa oral normal de sete pacientes com hanseníase multibacilar. Cinco estavam em tratamento durante o estudo, e apenas um, ainda sem tratamento, teve o diagnóstico confirmado pela hematoxilina-eosina e coloração de Fite-Faraco para M. leprae. As peças foram incluídas em parafina e submetidas à PCR para pesquisa de M. leprae.
RESULTADOS - Seis dos sete casos foram positivos para M. leprae, e um para Mycobacterium sp., demonstrando-se alta sensibilidade e especificidade do método.
CONCLUSÃO - A PCR é método rápido, fácil e confiável para a investigação de rotina da infecção por micobactéria, mesmo quando a doença ainda é assintomática. O diagnóstico pode ser obtido a partir de simples biópsia ambulatorial.
Palavras-chave: CANDIDA, DIAGNÓSTICO BUCAL, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE
|
Resumo
|
MÔNICA CARDOSO FAÇANHA, ALICEMARIA CIARLINI PINHEIRO, JOSÉ RUBENS COSTA LIMA, MARIA LUCY LANDIM TAVARES FERREIRA, GISELE FAÇANHA DIÓGENES TEIXEIRA, MARIA ZÉLIA ROUQUAYROL et al.
|
FUNDAMENTO – Visando à eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil, o Ministério da Saúde tem como meta alcançar taxa de prevalência de menos de 1 caso/10.000 habitantes, estimulando o diagnóstico e tratamento dos casos e reduzindo a disseminação da doença. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi designado para acompanhar o cumprimento dessa meta.
OBJETIVO – Verificar a proporção dos casos de hanseníase diagnosticados nas unidades de saúde do município de Fortaleza que foi notificada ao SINAN.
MÉTODOS – Foi feita a identificação dos casos diagnosticados e registrados nas unidades de saúde e notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMSF) entre 2002 e 2004 por meio da comparação nominal entre os registros locais e os registros do SINAN.
RESULTADOS – Foram identificados e resgatados para o SINAN 411 casos que haviam sido diagnosticados e não notificados (17,5% do total informado) de 15 (64%) das unidades que informaram pelo menos um caso no período. Cerca 342 casos constavam nos livros e estavam notificados no banco de dados do SINAN das unidades de atendimento, mas não compunham o banco de dados do SINAN da SMSF.
CONCLUSÕES – Constatou-se subnotificação de 14,9% dos casos detectados, fato que precisa ser prevenidoa para que os indicadores reflitam a real freqüência dos casos no município.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIC SURVEILLANCE, SISTEMA DE SAÚDE, HANSENÍASE, NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
|
Resumo
|
SYLVIA LEMOS HINRICHSEN, MILLENA RAPHAELLA SILVA PINHEIRO, MOACIR BATISTA JUCÁ, HÉVILA ROLIM, GUILHERME JOSÉ DA NÓBREGA DANDA, DIANA MARIA R. DANDA et al.
|
*Fundamentos:* Ainda é de grande importância a hanseníase como problema de Saúde Pública no Brasil, devido a sua alta endemicidade.
*Objetivo:* Determinar as principais características dessa enfermidade na cidade de Recife no ano de 2002.
*Métodos:* Realizou-se estudo observacional retrospectivo, mediante o preenchimento de um questionário específico, analisando-se 100 prontuários de pacientes assistidos em centro de referência do Recife em 2002. Elaborou-se um banco de dados, e a análise foi feita utilizando-se o software EPI-Info-6. Obtiveram-se as freqüências simples das variáveis, e realizou-se análise bivariada, estudando-se as diferenças entre as proporções por meio do qui-quadrado. O ponto de corte foi p<0,05.
*Resultados:* Observou-se aumento da freqüência dos casos de hanseníase com a idade (7% dos casos ocorreram em crianças e adolescentes, e 11% em maiores de 65 anos) (p<0,001). A distribuição por sexo mostrou diferença significativa (masculino 57%, feminino 43%) (p<0,001). A forma tuberculóide possui a maior prevalência, com 42% dos casos (p<0,001) e maior incidência no sexo feminino, enquanto no sexo masculino prevaleceu a dimorfa (x2=18,83; p<0,001). As formas paucibacilares (tuberculóide e indeterminada) apresentaram lesão única ou variação de duas a cinco lesões em 55,4% e 37,5% dos casos, respectivamente (x2=37,04; p<0,001).
*Conclusões:* Foi possível constatar que a cidade ainda é uma região endêmica devido à grande incidência da forma tuberculóide no meio, indicador epidemiológico sugestivo de tendência crescente da endemia na região. Só o diagnóstico e o tratamento precoce dos casos poderão quebrar a cadeia de transmissão da doença.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Resumo
|
MARIA EUGENIA NOVISKI GALLO, JOSÉ AUGUSTO DA COSTA NERY, EDSON CLÁUDIO A. ALBUQUERQUE, MARISA SIGNORELLI, VALCEMIR F. SILVA FILHO et al.
|
*Fundamentos:* A técnica de inoculação no coxim plantar de camundongos (técnica de Shepard) possibilita a verificação da resistência aos quimioterápicos e a viabilidade do Mycobacterium leprae.
*Objetivos:* Avaliar por meio da técnica de Shepard a viabilidade do M. leprae em material de biópsia cutânea proveniente de pacientes hansenianos multibacilares.
*Pacientes e Métodos:* Biópsias cutâneas e esfregaços de linfas cutâneas em 21 pacientes hansenianos multibacilares após 24 doses do esquema poliquimioterápico (PQT/OMS).
*Resultados:* A comparação dos resultados dos índices baciloscópico e morfológico entre as duas amostras demonstrou valores significativamente maiores nos índices baciloscópicos das biópsias cutâneas.
*Conclusões:* A concentração do M.leprae 12 meses após a inoculação mostrou valores inferiores ao referido como padrão de multiplicação, sugerindo que a população bacilar nas biópsias cutâneas de pacientes hansenianos multibacilares após 24 doses da PQT/OMS pode ser considerada não viável.
Palavras-chave: QUIMIOTERAPIA., HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE
|
Revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
José, Augusto da Costa Nery, Fred Bernardes Filho, Juliana Quintanilha, Alice Miranda Machado, Soraya de Souza Chantre Oliveira, Anna Maria Sales et al.
|
A reação do tipo 1 ou reação reversa expressa-se clinicamente por uma exacerbação inflamatória das lesões de pele e de troncos nervosos, levando a alterações sensitivas e motoras. Ocorre nas formas não-polares da hanseníase, embora possa ocorrer numa pequena percentagem de pacientes LL tratados. As incapacidades físicas, deformidades e morbidade, ainda presentes na hanseníase, são causadas principalmente por esses episódios agudos. O reconhecimento dos estados reacionais é imperativo para uma abordagem precoce e manejo adequado, evitando a instalação de incapacidades que tanto estigmatizam a doença. Esta revisão tem como objetivo descrever aspectos clínicos, imunopatogênese, epidemiologia, características histopatológicas e terapêutica do estado reacional do tipo 1.
Palavras-chave: Eritema nodoso; Hanseníase; Hanseníase multibacilar; Hanseníase paucibacilar; Mycobacterium leprae
|