Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Juliana Aparecida de Almeida Chaves Piva, Elizângela Márcia de Carvalho Abreu, Vanessa dos Santos Silva, Renata Amadei Nicolau
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O objetivo do estudo foi revisar a literatura a respeito da terapia com laser de baixa potência e sua relação com as fases iniciais de reparo. Foram analisados 22 artigos, observando-se a utilização de diferentes doses e comprimentos de ondas (632,8 a 904 nm). Nos estudos in vitro, foram utilizadas doses entre 2,2 e 16 J/cm². A dose de 5 J/cm² tem sido apontada como responsável por mudanças significativas in vitro; porém, a dose de 16 J/cm² promove efeito inibitório sobre o crescimento celular em culturas. Em estudos in vivo, envolvendo animais, foram utilizadas doses entre 0,04 a 21 J/cm². Para estudos em humanos, foram utilizadas doses entre 1,8 a 16 J/cm². Conclui-se que a terapia com laser de baixa potência exerce efeitos anti-inflamatórios importantes nos processos iniciais da cicatrização: redução de mediadores químicos, de citocinas, do edema, diminuição da migração de células inflamatórias e incremento de fatores de crescimento, contribuindo diretamente para o processo de reabilitação tecidual. Porém, a falta de padronização dificulta a escolha de parâmetros ideais.
Palavras-chave: FATORES DE CRESCIMENTO DE FIBROBLASTOS, INFLAMAÇÃO, LASERS, MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Clarissa Luiza Dalla Bernardina Carvalho, Luciena Cegatto Martins Ortigosa
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O fator de necrose tumoral alfa é uma citocina relacionada aos processos inflamatórios e imunes, agindo em diferentes partes do corpo. É secretado por inúmeros tipos celulares, incluindo macrófagos, linfócitos, monócitos, neutrófilos, células dendríticas, entre outros. O infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico que se liga especificamente ao fator de necrose tumoral alfa nas formas solúvel e transmembrânica, bloqueando sua ação. É usado na artrite reumatoide, pois as citocinas causadoras da inflamação dessa doença são reguladas por fator de necrose tumoral alfa e IL-1. Relata-se o caso de uma paciente de 46 anos com artrite reumatoide que desenvolveu vitiligo segmentar após dois meses de uso do infliximabe. O relato objetiva alertar a existência desse efeito adverso, que pode ser induzido com o uso da medicação.
Palavras-chave: Artrite reumatoide; Fator de necrose tumoral alfa; Vitiligo
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Resumo
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Bárbara Stadler, Aline Paula Biazus Somacal, Emilio Weingraber, Michelle Tokarski Fontana, Thelma Larocca Skare et al.
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Esclerose nodular é uma forma de apresentação cutânea rara relacionada tanto com a forma sistêmica como com a forma localizada da esclerodermia. Descrevemos aqui o caso de uma paciente esta forma nodular de esclerose, no sentido de alertar a comunidade médica para o reconhecimento dessa entidade.
Palavras-chave: Esclerodermia difusa; Esclerodermia limitada; Esclerodermia localizada; Quelóide
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Resumo
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Luiz Gustavo Martins da Silva, Letícia Soares Sasso, Carlos José Nelli, Fred Bernardes Filho, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu et al.
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A mudança da resposta imunológica, obtida pelos imunobiológicos, trouxe um novo paradigma no tratamento das doenças imuno-mediadas. Pela sua eficácia, trazem impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, efeitos colaterais graves, como desmielinização cerebral ou nos nervos periféricos, foram relatados. Após revisão da literatura usando o banco de dados do PubMed e da MEDLINE de 2000 a 2012, identificamos os casos correlacionando os unitermos biológicos e neurite óptica. Este artigo relata o primeiro caso brasileiro de neurite óptica associado ao uso de imunobiológico. Justifica-se esta publicação pela raridade e pela evolução terapêutica atípica.
Palavras-chave: Fator de necrose tumoral alfa; Neurite óptica; Psoríase
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Resumo
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Natasha Unterstell, Aline Lopes Bressan, Laura Araújo Serpa, Pérola Peres da Fonseca e Castro, Alexandre Carlos Gripp et al.
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Os medicamentos antagonistas do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) estão sendo cada vez mais utilizados no tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes. Efeitos adversos desses medicamentos vem sendo relatados, incluindo o desenvolvimento paradoxal de sarcoidose, principalmente com o uso do etanercepte. Apresentamos o primeiro relato de caso brasileiro de sarcoidose sistêmica induzida por etanercepte e uma revisão da literatura.
Palavras-chave: Diagnóstico; Fator de necrose tumoral alfa; Granuloma; Sarcoidose
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Resumo
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Tiago Pina Zanelato, Giovana Marquesini, Paula Tavares Colpas, Renata Ferreira Magalhães, Aparecida Machado de Moraes et al.
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Os distúrbios atróficos da pele abrangem inúmeras doenças, algumas idiopáticas e outras, inflamatórias, em que há perda do volume de segmentos do corpo. A esclerodermia localizada é uma dermatose inflamatória, rara, que pode manifestar-se com alterações atróficas da pele e tecido subcutâneo. A lipoatrofia pode ser herdada geneticamente ou adquirida relacionada a paniculites, infeccção pelo HIV, ou envelhecimento. Muitos tratamentos são propostos. Os resultados são variáveis na fase inflamatória aguda e apresentam pouca resposta quando a esclerose e atrofia já estão instaladas. Descreve-se o tratamento de quatro casos de esclerodermia localizada e um de lipoatrofia idiopática, na face, tratados com enxerto de fragmentos de lóbulos de gordura autóloga extraídos sem a utilização da cânula aspirativa, com resultados duradouros.
Palavras-chave: Atrofia; Esclerodermia localizada; Gordura subcutânea
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Resumo
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Ludmilla Queirós Miranda, Aline Lopes Bressan, Fernanda Valente da Silva Rehfeldt, Bárbara Nader Vasconcelos, Alexandre Carlos Gripp et al.
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A psoríase é uma doença inflamatória crônica que pode afetar a pele e as articulações. Seu tratamento varia conforme a gravidade e inclui medicamentos tópicos e sistêmicos. Dentre os últimos estão os imunobiológicos, que têm como alvo a célula T. Relatamos um caso que demonstra a estreita
relação entre a psoríase, o linfoma e os imunobiológicos.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, LINFOMA, PSORÍASE
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Resumo
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Camila Martins Rodarte, Omar Ali Abdallah, Nadyesda Fagundes Barbosa, Ludmila de Oliveira Koch, Uirá Maira Resende et al.
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O aumento da expressão de receptores do fator de crescimento epidérmico (EGFR) está envolvido no estímulo ao crescimento tumoral. Seus inibidores demonstraram eficácia no tratamento de neoplasias de cabeça e pescoço, cólon e pulmão.A inibição do EGFR pode determinar reações cutâneas em mais de 50% dos pacientes. Em geral, são reversíveis, mas, quando graves, limitam o uso da droga. Lesões papulopustulosas em face e tronco são as mais comuns, além de xerose, alterações ungueais e dos pelos. A intensidade da toxicidade cutânea tem relação direta com a resposta antitumoral. Uma abordagem dermatológica adequada é essencial para dar continuidade à terapia contra o câncer de forma satisfatória.
Palavras-chave: ANTICORPOS MONOCLONAIS, ERUPÇÕES ACNEIFORMES, RECEPTOR DO FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO
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Resumo
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WEBER SOARES COELHO, LUCIA MARTINS DINIZ, JOÃO BASILIO DE SOUZA FILHO
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O líquen escleroso e atrófico é doença crônica da pele que se apresenta clinicamente de forma variada. Pode acometer mulheres e, menos freqüentemente, homens e crianças, sendo a área mais afetada a região anogenital. Há forte associação com doenças auto-imunes, e estudos imunogenéticos têm revelado associação com o HLA DQ7. Raramente acomete áreas extragenitais; entretanto, os autores relatam dois casos da doença, com localizações atípicas (extragenitais) e fazem uma abordagem terapêutica distinta. O uso tópico de corticoterapia de alta potência é relatado, porém, com riscos; enquanto agentes imunomoduladores tópicos são descritos com boa resposta clínica e com menor risco de atrofia.
Palavras-chave: ATROFIA, ESCLERODERMIA LOCALIZADA, LÍQUEN ESCLEROSO E ATRÓFICO
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Comunicação
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Autor(es)
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Resumo
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Daniel Lago Obadia, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, Thiago Jeunon, Alexandre Carlos Gripp
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A hidradenite supurativa é doença inflamatória de difícil tratamento. Recentemente, a terapia anti-TNF alfa, com anticorpos monoclonais (“terapia biológica”), tem sido apontada como uma alternativa. No entanto, ensaios clínicos avaliando a eficácia destas drogas na hidradenite supurativa, ainda não foram publicados. Apresentamos um caso no qual o uso do infliximabe não resultou em melhora clínica expressiva.
Palavras-chave: ANTICORPOS MONOCLONAIS, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, HIDRADENITE
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Resumo
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ADRIANO JAIME CONSORTE LOYOLA, LIA CÂNDIDA MIRANDA DE CASTRO, SULAMITA COSTA WIRTH CHAIBUB, ANTÔNIO CARLOS XIMENES
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A artrite psoriásica tem sido reconhecida como doença imunomediada, em que há participação de células T produtoras de citocinas (fator de necrose tumoral-alfa). O infliximab é anticorpo monoclonal que se liga e inativa o fator de necrose tumoral-alfa. Relata-se um caso de artrite psoriásica grave, refratária a várias terapêuticas sistêmicas, tratado com infliximab 5mg/kg, em infusão venosa de três horas, nas semanas 0, 2, 6 e 14, associado com baixa dose de metotrexato, que apresentou excelente resposta terapêutica.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL, ARTRITE PSORIÁSICA, PSORÍASE
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Resumo
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SORAYA NEVES MARQUES BARBOSA DOS SANTOS, MARCELO GROSSI ARAÚJO, ORCANDA ANDRADE PATRUS, CLAUDEMIR ROBERTO AGUILAR
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A trombocitopenia tem sido raramente descrita em associação à terapêutica com as sulfonas. Relata-se caso de paciente, portador de hanseníase tuberculóide em tratamento com dapsona que evoluiu com plaquetopenia significativa, obtendo recuperação dos valores próximos aos normais após substituição dessa droga pela clofazimina.
Palavras-chave: SULFONA, SULFONA, EFEITOS COLATERAIS, DAPSONA, PLAQUETAS, TROMBOCITOPENIA
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Resumo
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ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA, HENRIQUE LEONEL LENZI
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Vários tratamentos tem sido experimentados na esclerodermia circunscrita, com resultados diversos. Um tratamento mais simples composto de aplicação local de dois tipos de medicamento de uso tópico, um creme de corticosteróide e ima pomada vasodilatadora, e que propiciou rápida recuperação e cura clínica sem perio de efeitos secundários, é relatado. Histologicamente ocorreu regressão das alterações observadas antes do tratamento
Palavras-chave: ESCLEODERMIA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Arles Martins Brotas, José Marcos Tellas Cunha, Cristiane Chaves Nascentes Machado, Sueli Coelho da Silva Carneiro, Eduardo Henrique Jorge Lago et al.
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A introdução de novos métodos moleculares de investigação ampliou muito o conhecimento sobre o papel das citocinas em diversas doenças, entre elas a psoríase. O trabalho orquestrado desses polipeptídeos é fundamental na comunicação entre as células inflamatórias residentes (queratinócitos e células endoteliais) e infiltrantes (neutrófilos, linfócitos, células de Langerhans). Trata-se de uma rede complexa devido à redundância, ao sinergismo e, por vezes, ao antagonismo das citocinas, o que dificulta a compreensão da fisiopatogenia da doença a partir de um mecanismo linear. No momento atual, parece precoce tentar estabelecer um regente, mas o TNF-alfa se destaca em todos os passos do desenvolvimento da placa psoriásica, como veremos a seguir.
Palavras-chave: CITOCINAS, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, PSORÍASE
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Farmacologia clínica
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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L. M. ALVES, M. A. AEGERTER, K. HATA
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Os Fatores de Proteção Solar (FPS) de vários produtos comerciais brasileiros, estrangeiros e um produto padrão FDA foram determinados _in vitro_ por duas técnicas de transmissão ótica simples. Os produtos solares foram aplicados sobre uma nova pele artificial biológica (Biofill). Os resultados estão de acordo com os valores FPS determinados _in vivo_. A técnica e o material do substrato podem conduzir a um novo protocolo padrão para a determinação _in vitro_ rápida e segura dos valores FPS dos moderadores solares.
Palavras-chave: MODERADORES SOLARES, FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Monisa Martins Nóbrega, Fernanda Cabral, Mariana César Corrêa, Carlos Baptista Barcaui, Aline Lopes Bressan, Alexandre Carlos Gripp et al.
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Líquen escleroso é uma dermatose inflamatória incomum com acometimento preferencial da região anogenital. O acometimento extragenital é infrequente, e caracteriza-se por pequenas máculas ou pápulas arredondadas, de cor branca nacarada. A coexistência de líquen escleroso e esclerodermia em placas, na maioria dos casos com localização extragenital, tem sido relatada na literatura. Relata-se um caso de líquen escleroso associado a esclerodermia em criança, destacando a importância da dermatoscopia na elucidação diagnóstica.
Palavras-chave: Dermoscopia; Esclerodermia localizada; Líquen escleroso e atrófico
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Helio Plapler, Mateus Matiuzzi da Costa, Silvio Romero Gonçalves e Silva, Maria da Conceição Aquino de Sá, Benedito Sávio Lima e Silva et al.
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FUNDAMENTOS: Fundamentos: A terapia a laser é um procedimento de baixo custo, não invasiva e com bom desempenho na cicatrização. As dúvidas existentes quanto a sua ação sobre microrganismos justifica a realização de pesquisas visando investigar os possíveis efeitos em feridas infectadas por bactérias. OBJETIVO: Avaliar o efeito do laser de baixa intensidade sobre a taxa de contaminação bacteriana em feridas infectadas na pele de ratos. MÉTODOS: Estudo experimental, utilizando 56 ratos machos Wistar. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em oito grupos de sete animais. Nos animais dos grupos lesionados foi realizada uma incisão na região dorsal.Os animais dos grupos infectados foram infectados por Staphylococcus aureus MRSA. Os animais dos grupos tratados foram tratados com laser de Diodo vermelho (AlGaInP) 658nm, 5J/cm2 em varredura, durante 3 dias consecutivos. Foi colhida uma amostra antes de inocular as bactérias e outra após o tratamento com laser. Para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Wilcoxon (dados pareados). Considerando como significante p < 0,05. RESULTADOS: Através da análise estatística das medianas, observou-se que os grupos submetidos ao laser apresentavam uma proliferação bacteriana menor. CONCLUSÃO: O laser (AlGaInP), com uma dose de 5J/cm2, tanto em feridas quanto em pele íntegra de ratos infectados por Staphilococcus aureus MRSA, se mostrou capaz de reduzir a proliferação bacteriana.
Palavras-chave: CRESCIMENTO BACTERIANO, INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA, RATOS, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Resumo
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Roberta Buense, Ida Alzira Gomes Duarte, Marcio Bouer
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FUNDAMENTOS: A esclerodermia é uma doença autoimune caracterizada pela esclerose progressiva do tecido conjuntivo e alterações da microcirculação. A forma cutânea é considerada uma doença autolimitada. No entanto, em alguns casos, ocorrem lesões atróficas, deformantes, que dificultam o desenvolvimento normal. Relatos da literatura apontam a fototerapia como uma modalidade terapêutica com resposta favorável nas formas cutâneas da esclerodermia.
OBJETIVOS: Este trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento da esclerodermia cutânea com fototerapia.
MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de esclerodermia cutânea para o tratamento com fototerapia, os quais foram classificados de acordo com o tipo clínico e o estágio evolutivo das lesões. Utilizou-se o exame clínico e a ultrassonografia da pele como metodologia para demonstrar os resultados obtidos com o tratamento proposto.
RESULTADOS: Foi observado o início da melhora clínica das lesões com média de 10 sessões de fototerapia. A palpação clínica mostrou amolecimento em todas as lesões estudadas, com redução nos escores de avaliação estabelecidos. No exame de ultrassom, a maioria das lesões avaliadas mostrou diminuição da espessura da derme, e apenas cinco mantiveram sua medida. Não se observou diferença na resposta ao tratamento de acordo com o tipo de fototerapia instituída.
CONCLUSÕES: O tratamento proposto foi efetivo em todas as lesões, independentemente do tipo de fototerapia realizada. A melhora foi observada em todas as lesões tratadas e comprovada pela avaliação clínica e pelo exame de ultrassom da pele.
Palavras-chave: ESCLERODERMIA LOCALIZADA, FOTOTERAPIA, TERAPIA PUVA, ULTRASSOM FOCALIZADO TRANSRETAL DE ALTA INTENSIDADE, ULTRA-SONOGRAFIA
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Resumo
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Felicidade Santiago, Margarida Gonçalo, José Pedro Reis, Américo Figueiredo
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FUNDAMENTOS: O cetuximab e o erlotinib, inibidores do receptor do factor de crescimento epidérmico, provocam frequentemente reacções cutâneas adversas peculiares.
OBJETIVOS: Caracterizar do ponto de vista clínico-evolutivo as reacções cutâneas adversas e avaliar a sua abordagem terapêutica.
METODOLOGIA: Entre março/2005 e setembro/2009 foram seguidos 14 doentes com idade média de 59,6 anos, em tratamento com
cetuximab (7) ou erlotinib (7), por neoplasia pulmonar (10) ou colorrectal (4). Retrospectivamente foi avaliado o padrão clínico evolutivo de reacção cutânea, o intervalo entre a introdução do fármaco e o início dos sintomas e a resposta ao tratamento.
RESULTADOS: Doze doentes apresentaram erupção papulopustulosa predominantemente na face, decote e dorso, em média 13,5 dias após o início do fármaco. Efectuaram tratamento oral com minociclina ou doxiciclina e tópico com metronidazol, peróxido de benzoílo e/ou corticoide. Ocorreu melhoria das lesões em todos os doentes. Cinco doentes, em média oito semanas após o início da terapia, apresentaram granulomas piogénicos periungueais, em quatro casos associados a paroníquia, melhorados com tratamento tópico (antibióticos, corticoides e antissépticos). Observou-se xerose em alguns doentes e, de forma isolada, outros efeitos adversos, como telangiectasias e angiomas, alterações dos cabelos e cílios e nevos melanocíticos eruptivos. Na maioria dos doentes, a terapêutica com o inibidor do receptor do factor de crescimento epidérmico foi mantida.
CONCLUSÃO: Com o crescente uso destas terapêuticas-alvo, torna-se obrigatório reconhecer e tratar os seus efeitos cutâneos adversos, assegurando uma intervenção atempada de forma a permitir a manutenção desta terapêutica.
Palavras-chave: ERUPÇÃO POR DROGA, FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO, TOXICIDADE DE DROGAS, RECEPTOR DO FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO
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Resumo
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THELMA L. SKARE, LETÍCIA ESMANHOTTO, CLAUDINE CASNOCH, MARILIA BARRETO SILVA
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FUNDAMENTOS - A capilaroscopia periungueal tem sido largamente utilizada para diagnóstico de esclerodermia sistêmica. Mais recentemente descobriu-se que também pode predizer o envolvimento de órgãos internos.
OBJETIVO - Verificar se a capilaroscopia periungueal mostra correlação com a gravidade da esclerodermia sistêmica.
MÉTODOS - Foram estudados a capilaroscopia periungueal de 14 pacientes com esclerodermia sistêmica quanto ao número médio de capilares dilatados e às áreas de desvascularização; a medida do envolvimento cutâneo pelo índice de Rodnan modificado; e o grau de gravidade da doença segundo escala proposta por Medsger e cols.
RESULTADOS - Os resultados mostraram boa correlação do índice de desvascularização com o grau de gravidade da doença (p = 0.04). Não se encontrou correlação entre o aparecimento de dilatação capilar e o grau de gravidade da doença (p = 0.572). O grau de espessamento cutâneo não mostrou correspondência com o grau de dilatação capilar (p = 0.76), embora mostrasse tendência de associação com desvascularização (p = 0.07).
CONCLUSÃO - Os autores concluem que a presença de desvascularização à capilaroscopia periungueal pode ser usada como elemento indicador de maior gravidade da esclerodermia sistêmica.
Palavras-chave: ÍNDICE DE GRAVIDADE DE DOENÇA, ESCLERODERMA SISTÊMICO, ESCLERODERMIA LIMITADA, PSORÍASE
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Resumo
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Nenhum resultado
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Crescimento congênito com mau alinhamento da unha do primeiro pododáctilo (CGMAUPP) é uma das doenças ungueais congênitas mais comuns e cujas causas não são completamente conhecidas. A matriz ventral, que é rica em células de Merkel (CM) intraepiteliais, é responsável pelo crescimento e direcionamento da placa ungueal. Para esclarecer se as CMs da matriz ventral poderiam estar envolvidas, biópsias ungueais de três de cada 12 pacientes com CGMAUPP foram tratadas com anticorpo Cam 5.2 contra queratina tipo simples. A densidade de CM na matriz ventral no CGMAUPP foi calculada como sendo 21,2 ± 9,3mm-2, o que não foi significativamente diferente da densidade de CM em pacientes com paroníquia que não apresentavam CGMAUPP. Resumindo, a síndrome congênita CGMAUPP não pode ser explicada por uma alteração da CM paraecrinológica ativa na matriz ungueal ventral.
Palavras-chave: CÉLULAS DE MERKEL EPIDÉRMICAS, DOENÇA UNGUEAL, CRESCIMENTO COM MAU ALINHAMENTO DA UNHA DO PRIMEIRO PODODÁCTILO
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Carolina Mayana de Avila Batista, Monica Oliveira Piantino Lemos, Luis Eduardo de Almeida Prado Franceschi, Carolina Borges Basilio, Carmelia Matos Santiago Reis et al.
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A Atrofodermia Idiopática de Pasini e Pierini constitui doença exclusivamente cutânea, rara, mais frequente no sexo feminino, com pico de incidência na segunda e terceira décadas de vida. A etiopatogenia permanece desconhecida. Acomete, mais comumente, dorso, abdome e regiões proximais dos membros. As lesões podem ser arredondadas, ovaladas ou circulares, únicas ou múltiplas. A evolução é variável e o curso é, inicialmente, progressivo. Na derme papilar, podem ser observadas alterações do colágeno, como atrofia, adelgaçamento, condensação e esclerose. Este trabalho descreve um caso de Atrofodermia de Pasini e Pierini com achados histopatológicos.
Palavras-chave: Anetodermia; Esclerodermia localizada; Líquen escleroso e atrófico
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Resumo
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Carolina Tomiyoshi, Adma Silva de Lima Wojcik, Elisa Milani Oba Vencato, Guilherme Ribas Taques, José Fillus Neto, Fabiane Andrade Mulinari Brenner et al.
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A esclerodermia localizada (EL) ou morfeia é uma doença crônica do tecido conjuntivo, de provável etiologia autoimune, que tem como base alterações na síntese e deposição do colágeno, representadas clinicamente por lesões cutâneas escleróticas. Algumas placas podem apresentar coloração amarelada ou xantocrômica, causando confusão diagnóstica. Este artigo relata o caso de uma adolescente, com concomitância de lesões eritematosas e xantocrômicas, ambas manifestações clínicas da doença.
Palavras-chave: DOENÇAS DA PELE E DO TECIDO CONJUNTIVO, ESCLERODERMIA LOCALIZADA, VITAMINA E
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Joanna Pimenta de Araujo Franco, Márcio Soares Serra, Ricardo Barbosa Lima, Antônio Macedo D'Acri, Carlos José, Martins et al.
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A esclerodermia em golpe de sabre é uma variante da esclerodermia localizada, que ocorre preferencialmente em crianças. A doença cursa com uma fase proliferativa e inflamatória e, posteriormente, com atrofia e deformidade residuais, que são tratadas com técnicas cirúrgicas, como o preenchimento, transplante e enxerto de gordura autóloga e a ressecção da lesão. Entre os preenchedores, o mais utilizado é o ácido hialurônico. No entanto, existem limitações que motivam a busca por outras alternativas, como o polimetilmetacrilato, um preenchedor permanente, biocompatível, atóxico, não mutagênico e imunologicamente inerte. Com o objetivo de ilustrar sua aplicação, será relatado um caso de esclerodermia em golpe de sabre em um paciente de 17 anos, tratado com polimetilmetacrilato com ótimo resultado estético.
Palavras-chave: Atrofia; Cicatriz; Esclerodermia localizada; Polimetil metacrilato; Técnicas cosméticas
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Neide Kalil Gaspar
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O fator de crescimento transformante beta-1 (TGFβ1) promove fibrose, diferenciando fibroblastos quiescentes e células epiteliais de miofibroblastos e aumentando a expressão de matriz extracelular. Recentes investigações têm demonstrado que o PPAR (peroxisome proliferator-activated receptor*) é um regulador negativo dos eventos fibróticos induzidos pelo fator de crescimento transformante beta-1. A dehidroepiandrosterona (DHEA) é um hormônio imunomodulador essencial para as funções do PPAR e se encontra reduzida em alguns processos caracterizados por fibrose. Embora a alopecia cicatricial caracteristicamente se desenvolva no período biológico feminino em que ocorre menor produção da dehidroepiandrosterona, ainda não existem dados na literatura médica indexada relacionando sua redução ao processo fibrogênico desta condição. Este artigo tem como finalidade rever as atividades fibrogênicas do fator de crescimento transformante beta-1, seu controle pelo PPAR e sua relação com a dehidroepiandrosterona.
Palavras-chave: Alopecia; Deridroepiandrosterona; Fator de crescimento transformador beta; PPAR gama
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Resumo
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Mariana Figueiroa Careta, Ricardo Romiti
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A esclerodermia é uma doença do tecido conectivo que se manifesta por meio da esclerose cutânea e apresenta variável acometimento sistêmico. Duas categorias de esclerodermia são conhecidas: esclerose sistêmica, caracterizada por esclerose cutânea e acometimento visceral; e a esclerodermia localizada ou morfeia que, classicamente, apresenta evolução benigna e autolimitada, confinada à pele e/ou a tecidos subjacentes. A esclerodermia localizada é uma doença rara e de etiologia desconhecida. Estudos recentes demonstram que a forma localizada pode, eventualmente, apresentar acometimento de órgãos internos e tem morbidade variável. O tratamento deve ser iniciado de forma precoce a fim de minimizar complicações. Relatamos, a seguir, os aspectos mais importantes e particularidades na abordagem de pacientes com diagnóstico de esclerodermia localizada.
Palavras-chave: Doenças autoimunes; Doenças do colágeno; Doenças do sistema imune; Epidemiologia; Esclerodermia localizada; Sinais e sintomas
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Resumo
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Vanessa Petry, Giancarlo Resende Bessa, Claudia Schermann Poziomczyck, Caio Fernando de Oliveira, Magda Blessmann Weber, Renan Rangel Bonamigo, Pedro Alves d´Azevedo et al.
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A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta um grande número de crianças e adultos. A doença resulta da interação entre predisposição genética, fatores ambientais, defeitos da barreira cutânea e fatores imunológicos. Um dos grandes fatores agravantes associados à dermatite atópica é a presença de microorganismos na superfície cutânea desses pacientes. Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, por exemplo, podem exacerbar a inflamação crônica da pele. Como resultado, antimicrobianos são prescritos para controlar a fase aguda da doença. O constante crescimento da resistência bacteriana aos antimicrobianos tem tornado a escolha do mais adequado medicamento uma difícil decisão para os dermatologistas. Na presença de dermatite disseminada com infecção secundaria, antibióticos sistêmicos necessitam ser prescritos; no entanto, o tratamento deve ser individualizado, de forma a encontrar o antimicrobiano mais eficaz e com menores efeitos colaterais. Além disso, esse medicamento deve ser utilizado pelo menor tempo possível, a fim de minimizar a resistência bacteriana.
Palavras-chave: CRESCIMENTO BACTERIANO, DERMATITE ATÓPICA, INFECÇÕES BACTERIANAS, TRANSFORMAÇÃO BACTERIANA
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Resumo
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Guilherme Póvoa, Lucia Martins Diniz
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O artigo descreve o Sistema do Hormônio de Crescimento (GH), enfatizando suas possíveis ações nas células da epiderme, nas estruturas da derme e na cicatrização de feridas cutâneas. Para tanto, fez-se uma revisão dos conhecimentos sobre o hormônio do crescimento, seu receptor, a proteína carreadora deste hormônio e demais proteínas envolvidas no mecanismo que o GH utiliza para a sua manifestação nos tecidos cutâneos.
Palavras-chave: ADENOMA HIPOFISÁRIO SECRETOR DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, DERME, EPIDERME, FATOR DE CRESCIMENTO INSULIN-LIKE I, PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO A FATOR DE CRESCIMENTO INSULIN-LIKE
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Resumo
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Emerson Vasconcelos de Andrade Lima, Mariana de Andrade Lima, Ângela Duarte, Cláudia Marques, Gil Benard, Virgínia Lorena, Yara Gomes et al.
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O uso dos inibidores do fator de necrose tumoral no tratamento de pacientes com psoríase vem sendo relacionado a uma maior incidência de tuberculose, particularmente, nas suas formas extrapulmonar e disseminada. Apesar de sua indiscutível eficácia, essas drogas elevam o risco da reativação de infecção tuberculosa latente (ITBL), tornando obrigatório o diagnóstico da referida condição antes
da sua administração. A investigação da infecção tuberculosa latente pelo teste cutâneo da tuberculina é falha, dada sua baixa especificidade, além de apresentar resultados duvidosos em pacientes com psoríase. Ensaios baseados na detecção da produção de interferon-gama in vitro por células monoclonais periféricas, estimuladas por antígenos específicos (Esat-6 e CFP-10), parecem oferecer maior acurácia quando comparados ao teste de Mantoux na identificação de infecção tuberculosa latente. Essa ferra-
menta diagnóstica tem oferecido maior especificidade, já que não apresenta correlação com medidas indiretas de exposição ao M. tuberculosis, como a vacinação por BCG, e com infecções por outras micobactérias.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, TUBERCULOSE, PSORÍASE
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Síndrome em Questão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LUCIANA BAPTISTA PEREIRA, RODRIGO SANTIAGO GÓMEZ, CLÁUDIA MÁRCIA DE RESENDE SILVA, WANDILZA FÁTIMA DOS SANTOS
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Trata-se de criança de oito anos, portadora de atrofia na hemiface direita, desde os seis anos. A ressonância magnética do encéfalo evidenciou espessamento cortical e formação de cistos. A hemiatrofia facial progressiva, ou síndrome de Parry-Romberg, mais freqüente nas duas primeiras décadas de vida, caracteriza-se por atrofia unilateral da face, acometendo área inervada por um ou mais ramos do trigêmeo. A relação dessa síndrome com a esclerodermia localizada é discutida.
Palavras-chave: ESCLERODERMIA LOCALIZADA, HEMIATROFIA FACIAL, SISTEMA NERVOSO CENTRAL
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