Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paula Boggio, Paula Carolina Luna, María Eugenia Abad, Margarita Larralde
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A doença de Fabry é enfermidade de armazenamento lisossômico rara, ligada ao cromossomo-X, causada pela deficiência parcial ou completa da enzima alfagalactosidase A. O defeito resulta no acúmulo de globotriaosilceramida no endotélio vascular e tecidos viscerais, sendo a pele, o coração, os
rins e o sistema nervoso central os mais afetados. As autoras realizam revisão da literatura relacionada a essa afecção e ressaltam que o reconhecimento precoce dos angioqueratomas e da hipoidrose constitui sinal-chave no diagnóstico dessa doença grave. Destacam também a necessidade de esses doentes serem avaliados por equipe multidisciplinar.
Palavras-chave: ALFA-GALACTOSIDASE, ANGIOCERATOMA, DOENÇA DE FABRY
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Resumo
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GERSON OLIVEIRA PENNA, CELINA MARIA TURCHI MARTELLI, MARIANE STEFANI, VANIZE O. MACEDO, MARIA DE FÁTIMA MAROJA, AIÇAR CHAUL et al.
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*Fundamentos*: A hanseníase persiste como problema de saúde pública, e episódios de ENH são eventos agudos que ocorrem antes, durante e após PQT. Na última década, o uso da talidomida como agente imunomodulador foi expandido a outras doenças.
*Objetivos*: realizar revisão sistemática dos ensaios clínicos publicados sobre a eficácia e efeitos colaterais da talidomida no ENH. Descrever metodologia e resultados da triagem para recrutamento de ensaio clínico visando avaliar dose-resposta da talidomida seguida de desmame no ENH moderado e grave, realizado no Brasil.
*Métodos*: Analisaram-se ensaios publicados sobre talidomida no ENH. Foi delineado um ensaio clínico duplo-cego randomizado para avaliar dose de 100 versus 300mg/dia de talidomida durante fase aguda de ENH, seguida de desmame da talidomida, versus placebo. Para este ensaio clínico descreve-se metodologia e dados de recrutamento de pacientes, com ênfase na gravidade dos episódios de ENH.
*Resultados*: Os seis ensaios clínicos publicados nas décadas de 1960 e 1970 apontam para o benefício da talidomida no ENH, embora diferenças metodológicas dificultem a comparação. Na fase de recrutamento do ensaio brasileiro, dos 143 pacientes de ENH triados, 65% eram potencialmente elegíveis. A associação com neurite em 56,4% dos ENH moderados e graves exigiu co-intervenção com corticosteróide.
*Conclusão*: O padrão de recrutamento dos pacientes evidenciou alta freqüência de neurite nos episódios de ENH. O esquema de talidomida isolada no ENH foi avaliado como infreqüente na prática clínica brasileira. O desafio atual é acumular evidências sobre a eficácia e efeitos colaterais da talidomida em associação com corticosteróides.
Palavras-chave: ENSAIO CLÍNICO [TIPO DE PUBLICAÇÃO], ERITEMA NODOSO, HANSENÍASE, NEURITE, TALIDOMIDA
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Resumo
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MARIA INES FERNANDES PIMENTEL, HENRIQUE JOSÉ DO NASCIMENTO, ABSALOM LIMA FILGUEIRA
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Os autores revisaram o provável efeito imunodepressor da radiação ultravioleta numa enfermidade infecciosa, a hanseníase, cujo agente ( _Mycobacterium leprae_ ) é um bacilo intracelular que apresenta marcado tropismo pela pele e nervos periféricos. À luz dos conhecimentos atuais do funcionamento da imunidade mediada por células, revisou-se o efeito modulador que a radiação ultravioleta poderia exercer na resposta imunológica ao _M. leprae_, tendo por base o papel das citocinas, com ênfase na produção pela epiderme de interleucinas 1, 6, 10 (IL-1, IL-6, IL-10) e fator de necrose tumoral alfa (TNF), após irradiação ultravioleta.
Palavras-chave: TUMOR NECROSIS FACTOR, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA(TNF), CITOCINAS, HANSENÍASE, INTERLEUCINA-1, INTERLEUCINA-6, INTERLEUCINAS, RADIAÇÃO, RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Jaqueline Barbeito de Vasconcellos, Daniele do Nascimento Pereira, Thiago Jeunon de Sousa Vargas, Roger Abramino Levy, Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro, Ígor Brum Cursi et al.
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O uso de antagonistas do fator de necrose tumoral (anti-TNFs) tornou-se prática comum no tratamento de diversas doenças inflamatórias. Apesar de indicados para tratamento da psoríase, os anti-TNFs podem, paradoxalmente, desencadear um quadro psoriasiforme. Apresentamos o caso clínico de uma paciente com artrite reumatoide que, em uso de infliximabe, desenvolveu um quadro de psoríase. Na tentativa de troca de classe do anti-TNF, houve piora cumulativa das lesões, necessitando de suspensão do imunobiológico e introdução de outras drogas para controle clínico. O desafio terapêutico dessa forma paradoxal de psoríase é o foco da nossa discussão. O emprego de outro anti-TNF nesses pacientes é motivo de debates entre os especialistas..
Palavras-chave: Fator de necrose tumoral alfa; Interferons; Psoríase; Terapêutica
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Resumo
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Carolina Forte Amarante, Livia Mendes Sabia Acedo, Fátima Maria de Oliveira Rabay, Benedito do Espírito Santo Campos, Márcia Lanzoni de Alvarenga Lira, Samuel Henrique Mandelbaum et al.
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Síndrome lupus-like induzida por antagonistas do TNF-α é uma condição rara que acomete predominantemente mulheres (4:1) com idade média ao início de 46 a 51 anos. Ocorre após exposição aos antagonistas do TNF-α e desaparece após a suspensão desses agentes. O seu mecanismo patogenético não está totalmente definido. Propõe-se que a medicação induza apoptose, levando a um acúmulo de antígenos nucleossomais das células em apoptose e, assim, à produção de autoanticorpos em indivíduos susceptíveis. As manifestações cutâneas mais comuns são exantema maculopapular, rash malar, alopecia, fotossensibilidade e, mais raramente, vasculite. As extracutâneas são febre, perda de peso, artrite ou artralgia, miosite e alterações hematológicas. O fator antinuclear pode ser positivo em 80% dos casos, e o anticorpo anti-histona é considerado marcador da doença. O tratamento corresponde à suspensão da droga. Relatamos um caso raro de lúpus eritematoso cutâneo subagudo com vasculite leucocitoclástica induzido por adalimumabe em um paciente de 42 anos.
Palavras-chave: Exposição a agentes biológicos; Fator de necrose tumoral alfa; Vasculite leucocitoclástica cutânea
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Resumo
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Gabrielle Aline Zattar, Fernanda Cardoso, Sadamitsu Nakandakari, Cleverson Teixeira Soares
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Os agentes anti-TNF são efetivos no tratamento da psoríase. No entanto, aumentam a suscetibilidade a infecções. Descrevemos um caso atípico de histoplasmose em paciente imunossuprimido devido ao uso de anti-TNF. O paciente fazia uso da medicação por psoríase de difícil controle e apresentava lesão única em supercílio direito desde a época em que fora suspenso o medicamento. A hipótese diagnóstica foi de carcinoma basocelular, mas a histopatologia, compatível com histoplasmose.
Palavras-chave: Fator de necrose tumoral alfa; Histoplasmose; Imunossupressores; Imunossupressão
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Resumo
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Clarissa Luiza Dalla Bernardina Carvalho, Luciena Cegatto Martins Ortigosa
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O fator de necrose tumoral alfa é uma citocina relacionada aos processos inflamatórios e imunes, agindo em diferentes partes do corpo. É secretado por inúmeros tipos celulares, incluindo macrófagos, linfócitos, monócitos, neutrófilos, células dendríticas, entre outros. O infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico que se liga especificamente ao fator de necrose tumoral alfa nas formas solúvel e transmembrânica, bloqueando sua ação. É usado na artrite reumatoide, pois as citocinas causadoras da inflamação dessa doença são reguladas por fator de necrose tumoral alfa e IL-1. Relata-se o caso de uma paciente de 46 anos com artrite reumatoide que desenvolveu vitiligo segmentar após dois meses de uso do infliximabe. O relato objetiva alertar a existência desse efeito adverso, que pode ser induzido com o uso da medicação.
Palavras-chave: Artrite reumatoide; Fator de necrose tumoral alfa; Vitiligo
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Resumo
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Letícia Bueno Nunes da Silva, Thais Cardoso de Mello Tucunduva Badiz, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Adriana Maria Porro
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A doença de Fabry é uma doença de depósito lisossomal ligada ao X, causada pela deficiência hereditária da enzima α-galactosidase A. O seu diagnóstico habitualmente é tardio, quando já há complicações renais, cardiovasculares e cerebrais, que diminuem a expectativa de vida. Os angioceratomas são lesões assintomáticas, presentes como manifestação inicial e geralmente pouco valorizados. Sua detecção é importante para o diagnóstico e a instituição precoce do tratamento com reposição enzimática, o que previne as complicações tardias, reduzindo a morbidade e a mortalidade. Relatamos o caso de um adolescente masculino com acroparestesias e angioceratomas. Na investigação familiar, descobriu-se que o irmão e a mãe apresentavam sinais e sintomas sugestivos, e os três pacientes possuíam a mesma mutação no gene que codifica a enzima, confirmando o diagnóstico.
Palavras-chave: Alfa-galactosidase; Angioceratoma; Doença de Fabry
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Resumo
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João Roberto Antônio, Rosa Maria Cordeiro Soubhia, Vania Del Arco Paschoal, Carolina Forte Amarante, Ana Regina Franchi Travolo et al.
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Os agentes biológicos são amplamente utilizados em diversas doenças imuno-mediadas, com marcante eficácia no tratamento da Artrite Reumatóide (AR), Psoríase, Artrite Psoriática, Espondilite Anquilosante e Doença de Crohn. No entanto, deve-se atentar quanto aos efeitos adversos de tais terapêuticas, como o risco de reativar doenças infecciosas granulomatosas latentes, como a tuberculose, hanseníase, sífilis, leishmaniose, entre outras. O objetivo deste artigo é descrever um caso de hanseníase em paciente portador de AR em uso de terapia anti-TNF alfa, mostrando, assim, a necessidade de investigação sistematizada de lesões cutâneas sugestivas de hanseníase em pacientes com indicação de terapia anti-TNF alfa, especialmente, em regiões endêmicas como o Brasil.
Palavras-chave: Artrite reumatóide; Exposição a agentes biológicos; Fator de necrose tumoral alfa; Hanseníase
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Resumo
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Guida Santos, Lourdes Emerenciano Sousa, Alexandre Miguel Bruno Lopes João
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Os efeitos paradoxais dos anti-TNF-alpha têm sido cada vez mais descritos com a utilização mais ampla dessas drogas. Entre os TNF-alpha, registam-se poucos casos com a utilização de adalimumab no tratamento da sarcoidose cutânea, sendo que todos eles apresentam bons resultados. Têm sido descritos, mais recentemente, casos de sarcoidose induzidos por vários anti-TNF-alpha. O presente caso é, até à data, o primeiro a descrever a exacerbação de lesões cutâneas de sarcoidose tratadas com adalimumab.
Palavras-chave: Agentes biológicos; Fator de necrose tumoral alfa; Sarcoidose; Tratamento biológico
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Resumo
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Luiz Gustavo Martins da Silva, Letícia Soares Sasso, Carlos José Nelli, Fred Bernardes Filho, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu et al.
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A mudança da resposta imunológica, obtida pelos imunobiológicos, trouxe um novo paradigma no tratamento das doenças imuno-mediadas. Pela sua eficácia, trazem impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, efeitos colaterais graves, como desmielinização cerebral ou nos nervos periféricos, foram relatados. Após revisão da literatura usando o banco de dados do PubMed e da MEDLINE de 2000 a 2012, identificamos os casos correlacionando os unitermos biológicos e neurite óptica. Este artigo relata o primeiro caso brasileiro de neurite óptica associado ao uso de imunobiológico. Justifica-se esta publicação pela raridade e pela evolução terapêutica atípica.
Palavras-chave: Fator de necrose tumoral alfa; Neurite óptica; Psoríase
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Resumo
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Natasha Unterstell, Aline Lopes Bressan, Laura Araújo Serpa, Pérola Peres da Fonseca e Castro, Alexandre Carlos Gripp et al.
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Os medicamentos antagonistas do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) estão sendo cada vez mais utilizados no tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes. Efeitos adversos desses medicamentos vem sendo relatados, incluindo o desenvolvimento paradoxal de sarcoidose, principalmente com o uso do etanercepte. Apresentamos o primeiro relato de caso brasileiro de sarcoidose sistêmica induzida por etanercepte e uma revisão da literatura.
Palavras-chave: Diagnóstico; Fator de necrose tumoral alfa; Granuloma; Sarcoidose
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Resumo
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Hiram Larangeira de Almeida Jr., Debora Sarzi Sartori, Janaína Kopp, Carolina Dahmer Velloso, Valeria Magalhães Jorge et al.
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O Hidroa Vaciniforme é uma fotodermatose muito rara vista geralmente na infância. Uma paciente de 18 anos foi examinada, a qual apresenta lesões vesiculosas e necróticas varioliformes nas áreas fotoexpostas, desde os 5 anos de idade, que evoluem para cicatrizes atróficas, piorando no verão. A microscopia óptica mostrou necrose epidérmica com infiltrado linfocítico. Houve pouca melhora com uso de filtros solares.
Palavras-chave: HIDROA VACINIFORME, NECROSE, TRANSTORNOS DE FOTOSSENSIBILIDADE
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Resumo
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Ludmilla Queirós Miranda, Aline Lopes Bressan, Fernanda Valente da Silva Rehfeldt, Bárbara Nader Vasconcelos, Alexandre Carlos Gripp et al.
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A psoríase é uma doença inflamatória crônica que pode afetar a pele e as articulações. Seu tratamento varia conforme a gravidade e inclui medicamentos tópicos e sistêmicos. Dentre os últimos estão os imunobiológicos, que têm como alvo a célula T. Relatamos um caso que demonstra a estreita
relação entre a psoríase, o linfoma e os imunobiológicos.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, LINFOMA, PSORÍASE
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Resumo
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Ângela Puccini Moreira, Flávia Feijó de Souza, Neide Kalil Gaspar, Ada Lobato Quattrino, Enoi Aparecida Guedes Vilar et al.
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A síndrome de Sweet pode estar associada a malignidades hematológicas, principalmente, à leucemia mieloide aguda, porém existem poucos relatos demonstrando a associação com a policitemia vera. Relata-se o caso de doente do sexo masculino, de 65 anos, portador de policitemia vera,que evoluiu com aparecimento de síndrome de Sweet na sua forma paraneoplásica.
Palavras-chave: FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIAS DE GRANULÓCITOS, MACRÓFAGOS, POLICITEMIA VERA, SÍNDROME DE SWEET
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Resumo
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Camila Martins Rodarte, Omar Ali Abdallah, Nadyesda Fagundes Barbosa, Ludmila de Oliveira Koch, Uirá Maira Resende et al.
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O aumento da expressão de receptores do fator de crescimento epidérmico (EGFR) está envolvido no estímulo ao crescimento tumoral. Seus inibidores demonstraram eficácia no tratamento de neoplasias de cabeça e pescoço, cólon e pulmão.A inibição do EGFR pode determinar reações cutâneas em mais de 50% dos pacientes. Em geral, são reversíveis, mas, quando graves, limitam o uso da droga. Lesões papulopustulosas em face e tronco são as mais comuns, além de xerose, alterações ungueais e dos pelos. A intensidade da toxicidade cutânea tem relação direta com a resposta antitumoral. Uma abordagem dermatológica adequada é essencial para dar continuidade à terapia contra o câncer de forma satisfatória.
Palavras-chave: ANTICORPOS MONOCLONAIS, ERUPÇÕES ACNEIFORMES, RECEPTOR DO FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO
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Resumo
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RICARDO BECKER FEIJÓ, LUCIO BAKOS, LUIZ FERNANDO BOPP MÜLLER, SUZANA VOZARI HAMPE
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Os autores relatam um caso de necrose de pele peniana e escrotal secundária à administração acidental de propoxifeno na artéria femoral em paciente dependente a essa droga. O trabalho apresenta aspectos relacionados ao abuso deste fármaco, como efeitos colaterais, complicações locais e risco de dependência ao propoxifeno.
Palavras-chave: NECROSE DE PELE, DEPENDÊNCIA A DROGAS, PROPOXIFENO
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Daniel Lago Obadia, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, Thiago Jeunon, Alexandre Carlos Gripp
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A hidradenite supurativa é doença inflamatória de difícil tratamento. Recentemente, a terapia anti-TNF alfa, com anticorpos monoclonais (“terapia biológica”), tem sido apontada como uma alternativa. No entanto, ensaios clínicos avaliando a eficácia destas drogas na hidradenite supurativa, ainda não foram publicados. Apresentamos um caso no qual o uso do infliximabe não resultou em melhora clínica expressiva.
Palavras-chave: ANTICORPOS MONOCLONAIS, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, HIDRADENITE
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Resumo
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ADRIANO JAIME CONSORTE LOYOLA, LIA CÂNDIDA MIRANDA DE CASTRO, SULAMITA COSTA WIRTH CHAIBUB, ANTÔNIO CARLOS XIMENES
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A artrite psoriásica tem sido reconhecida como doença imunomediada, em que há participação de células T produtoras de citocinas (fator de necrose tumoral-alfa). O infliximab é anticorpo monoclonal que se liga e inativa o fator de necrose tumoral-alfa. Relata-se um caso de artrite psoriásica grave, refratária a várias terapêuticas sistêmicas, tratado com infliximab 5mg/kg, em infusão venosa de três horas, nas semanas 0, 2, 6 e 14, associado com baixa dose de metotrexato, que apresentou excelente resposta terapêutica.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL, ARTRITE PSORIÁSICA, PSORÍASE
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Arles Martins Brotas, José Marcos Tellas Cunha, Cristiane Chaves Nascentes Machado, Sueli Coelho da Silva Carneiro, Eduardo Henrique Jorge Lago et al.
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A introdução de novos métodos moleculares de investigação ampliou muito o conhecimento sobre o papel das citocinas em diversas doenças, entre elas a psoríase. O trabalho orquestrado desses polipeptídeos é fundamental na comunicação entre as células inflamatórias residentes (queratinócitos e células endoteliais) e infiltrantes (neutrófilos, linfócitos, células de Langerhans). Trata-se de uma rede complexa devido à redundância, ao sinergismo e, por vezes, ao antagonismo das citocinas, o que dificulta a compreensão da fisiopatogenia da doença a partir de um mecanismo linear. No momento atual, parece precoce tentar estabelecer um regente, mas o TNF-alfa se destaca em todos os passos do desenvolvimento da placa psoriásica, como veremos a seguir.
Palavras-chave: CITOCINAS, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, PSORÍASE
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Farmacologia clínica
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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L. M. ALVES, M. A. AEGERTER, K. HATA
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Os Fatores de Proteção Solar (FPS) de vários produtos comerciais brasileiros, estrangeiros e um produto padrão FDA foram determinados _in vitro_ por duas técnicas de transmissão ótica simples. Os produtos solares foram aplicados sobre uma nova pele artificial biológica (Biofill). Os resultados estão de acordo com os valores FPS determinados _in vivo_. A técnica e o material do substrato podem conduzir a um novo protocolo padrão para a determinação _in vitro_ rápida e segura dos valores FPS dos moderadores solares.
Palavras-chave: MODERADORES SOLARES, FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Silvia Ferreira Rodrigues Müller, Mario Fernando Ribeiro de Miranda
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Paracoccidioidomicose expressando-se como placa sarcoídica pode ser confundida com hanseníase, especialmente em zonas endêmicas comuns às duas condições. Apresentamos um paciente brasileiro, com placa ulcerada na orelha direita e em áreas vizinhas que simulava, clinica e histopatologicamente, hanseníase tuberculoide em reação tipo 1. O encontro de granuloma perineural, sem parasitas detectáveis às colorações de rotina e Fite-Faraco, reforçou a hipótese de hanseníase. Apenas com uma nova biópsia, desta vez da área ulcerada, a paracoccidioidomicose pôde ser confirmada.
Palavras-chave: Adulto; Granuloma; Neurite; Paracoccidioidomicose
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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John Verrinder Veasey, Adriana Bittencourt Campaner, Rute Facchini Lelli
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FUNDAMENTOS: A verruga anogenital é a principal infecção sexualmente transmissível de atendimento em clínicas especializadas. Pode se apresentar por quadros frustros a exuberantes, conforme a interação do vírus com a imunidade do hospedeiro. A imunidade celular é a principal forma de defesa do epitélio contra o vírus, com participação ativa das células de Langerhans e citocinas pró-inflamatórias como o TNF-α.
OBJETIVO: Avaliar a resposta imune epitelial de verrugas anogenitais de homens, de acordo com o número de lesões apresentadas.
MÉTODOS: Estudo transversal prospectivo feito no ambulatório de dermatologia de hospital terciário. Foram incluídos pacientes do sexo masculino acima de 18 anos sem comorbidades, com condilomas anogenitais sem tratamentos prévios. Para avaliação da imunidade epitelial local as lesões foram quantificadas e, após removidas, submetidas a exame de imuno-histoquímica de CD1a para morfometria e morfologia das células de Langerhans, além de reação de TNF-α, para avaliação da impregnação dessa citocina no tecido.
RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 48 pacientes. Não houve diferença estatisticamente significante ao se comparar o número de lesões à morfometria das células de Langerhans, nem à morfologia dessas células e à presença de TNF-α nas lesões. Entretanto, notou-se que pacientes com maior número de células de Langerhans nas lesões tinham suas células com morfologia estrelada e dendrítica, enquanto os com menos células apresentavam morfologia arredondada e sem dendritos (p < 0,001).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Número reduzido de pacientes analisados.
CONCLUSÕES: Não houve diferença na imunidade epitelial entre os pacientes com poucas e muitas lesões de condilomas anogenitais, aferida pela morfologia e morfometria das células de Langerhans e positividade de TNF-α. Estima-se que essa avaliação por meio de outros marcadores de imunidade possa mostrar algum resultado.
Palavras-chave: Células de Langerhans; Condiloma acuminado; Fator de necrose tumoral alfa; Imunidade; Verrugas.
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Resumo
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Felicidade Santiago, Margarida Gonçalo, José Pedro Reis, Américo Figueiredo
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FUNDAMENTOS: O cetuximab e o erlotinib, inibidores do receptor do factor de crescimento epidérmico, provocam frequentemente reacções cutâneas adversas peculiares.
OBJETIVOS: Caracterizar do ponto de vista clínico-evolutivo as reacções cutâneas adversas e avaliar a sua abordagem terapêutica.
METODOLOGIA: Entre março/2005 e setembro/2009 foram seguidos 14 doentes com idade média de 59,6 anos, em tratamento com
cetuximab (7) ou erlotinib (7), por neoplasia pulmonar (10) ou colorrectal (4). Retrospectivamente foi avaliado o padrão clínico evolutivo de reacção cutânea, o intervalo entre a introdução do fármaco e o início dos sintomas e a resposta ao tratamento.
RESULTADOS: Doze doentes apresentaram erupção papulopustulosa predominantemente na face, decote e dorso, em média 13,5 dias após o início do fármaco. Efectuaram tratamento oral com minociclina ou doxiciclina e tópico com metronidazol, peróxido de benzoílo e/ou corticoide. Ocorreu melhoria das lesões em todos os doentes. Cinco doentes, em média oito semanas após o início da terapia, apresentaram granulomas piogénicos periungueais, em quatro casos associados a paroníquia, melhorados com tratamento tópico (antibióticos, corticoides e antissépticos). Observou-se xerose em alguns doentes e, de forma isolada, outros efeitos adversos, como telangiectasias e angiomas, alterações dos cabelos e cílios e nevos melanocíticos eruptivos. Na maioria dos doentes, a terapêutica com o inibidor do receptor do factor de crescimento epidérmico foi mantida.
CONCLUSÃO: Com o crescente uso destas terapêuticas-alvo, torna-se obrigatório reconhecer e tratar os seus efeitos cutâneos adversos, assegurando uma intervenção atempada de forma a permitir a manutenção desta terapêutica.
Palavras-chave: ERUPÇÃO POR DROGA, FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO, TOXICIDADE DE DROGAS, RECEPTOR DO FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Lara Beatriz Prata Ribeiro, Juliana Carlos Gonçalves Rego, Bruna Duque Estrada, Paula Raso Bastos, Juan Manuel Piñeiro Maceira, Celso Tavares Sodré et al.
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Os imunobiológicos representam um importante avanço no tratamento de doenças imunológicas inflamatórias. Entretanto, seu uso crescente tem revelado efeitos adversos pouco relatados ou desconhecidos, sobretudo associados aos bloqueadores do fator de necrose tumoral (anti-TNF). Erupções cutâneas psoriasiformes e raros casos de alopecia podem ocorrer em alguns pacientes durante o uso dessas medicações. Dois casos de alopecia após terapia com anti-TNF são relatados. Ambos os pacientes também desenvolveram lesões psoriasiformes no corpo. Este é o segundo relato de uma nova entidade descrita como alopecia relacionada ao uso terapêutico do anti-TNF, que mescla características clínicas e histopatológicas da alopecia areata com as da alopecia psoríaca. O reconhecimento desses efeitos pelos especialistas é fundamental para o manejo adequado e a orientação desses pacientes.
Palavras-chave: Alopecia; Alopecia em áreas; Dermoscopia; Fator de necrose tumoral alfa; Psoríase
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Neide Kalil Gaspar
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O fator de crescimento transformante beta-1 (TGFβ1) promove fibrose, diferenciando fibroblastos quiescentes e células epiteliais de miofibroblastos e aumentando a expressão de matriz extracelular. Recentes investigações têm demonstrado que o PPAR (peroxisome proliferator-activated receptor*) é um regulador negativo dos eventos fibróticos induzidos pelo fator de crescimento transformante beta-1. A dehidroepiandrosterona (DHEA) é um hormônio imunomodulador essencial para as funções do PPAR e se encontra reduzida em alguns processos caracterizados por fibrose. Embora a alopecia cicatricial caracteristicamente se desenvolva no período biológico feminino em que ocorre menor produção da dehidroepiandrosterona, ainda não existem dados na literatura médica indexada relacionando sua redução ao processo fibrogênico desta condição. Este artigo tem como finalidade rever as atividades fibrogênicas do fator de crescimento transformante beta-1, seu controle pelo PPAR e sua relação com a dehidroepiandrosterona.
Palavras-chave: Alopecia; Deridroepiandrosterona; Fator de crescimento transformador beta; PPAR gama
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Resumo
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André Vicente Esteves de Carvalho, Ricardo Romiti, Cacilda da Silva Souza, Renato Soriani Paschoal, Laura de Mattos Milman, Luana Pizarro Meneghello et al.
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Durante a última década, diferentes estudos convergiram para evidências da elevada prevalência de comorbidades nos indivíduos portadores de psoríase. Embora a relação causal não tenha sido completamente esclarecida, relações genéticas, vias inflamatórias e/ou fatores ambientais comuns parecem ser subjacentes ao desenvolvimento da psoríase e das comorbidades metabólicas. O conceito de psoríase como doença sistêmica direcionou a atenção da comunidade científica no intuito de investigar até que ponto as intervenções terapêuticas influenciariam o desencadeamento e a evolução das comorbidades prevalentes nos pacientes com psoríase. Esse estudo apresenta evidências científicas da influência dos tratamentos imunobiológicos para psoríase disponíveis no Brasil (infliximabe, adalimumabe, etanercepte e ustequinumabe) sobre as principais comorbidades relacionadas à psoríase. Destaca-se a importância da carga inflamatória sobre o desfecho clínico, não somente sobre a atividade da doença, mas também sobre as comorbidades. Neste sentido, os tratamentos sistêmicos, sejam eles imunobiológicos ou clássicos, podem ter papel fundamental ao efetivamente controlar a carga inflamatória nos pacientes psoriásicos.
Palavras-chave: Comorbidade; Fator de necrose tumoral alfa; Psoríase; Síndrome X metabólica
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Resumo
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Emerson de Andrade Lima, Mariana de Andrade Lima
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O conhecimento sobre a fisiopatogenia da psoríase possibilitou o desenvolvimento de ferramentas terapêuticas que visam ao bloqueio do seu gatilho imunológico. Paralelamente, citocinas como o TNF têm sido reconhecidas como integrantes da etiopatogenia da psoríase e comorbidades a ela relacionadas. Estudos genéticos e epidemiológicos contribuíram efetivamente para as conclusões a que se tem chegado atualmente sobre esta complexa patologia.
Palavras-chave: ANTÍGENOS CD4, CÉLULAS TH1, FATOR GÊNICO 3 ESTIMULADO POR INTERFERON, SUBUNIDADE ALFA, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, INTERLEUCINA-4, PSORÍASE
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Resumo
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Guilherme Póvoa, Lucia Martins Diniz
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O artigo descreve o Sistema do Hormônio de Crescimento (GH), enfatizando suas possíveis ações nas células da epiderme, nas estruturas da derme e na cicatrização de feridas cutâneas. Para tanto, fez-se uma revisão dos conhecimentos sobre o hormônio do crescimento, seu receptor, a proteína carreadora deste hormônio e demais proteínas envolvidas no mecanismo que o GH utiliza para a sua manifestação nos tecidos cutâneos.
Palavras-chave: ADENOMA HIPOFISÁRIO SECRETOR DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO, DERME, EPIDERME, FATOR DE CRESCIMENTO INSULIN-LIKE I, PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO A FATOR DE CRESCIMENTO INSULIN-LIKE
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Resumo
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Emerson Vasconcelos de Andrade Lima, Mariana de Andrade Lima, Ângela Duarte, Cláudia Marques, Gil Benard, Virgínia Lorena, Yara Gomes et al.
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O uso dos inibidores do fator de necrose tumoral no tratamento de pacientes com psoríase vem sendo relacionado a uma maior incidência de tuberculose, particularmente, nas suas formas extrapulmonar e disseminada. Apesar de sua indiscutível eficácia, essas drogas elevam o risco da reativação de infecção tuberculosa latente (ITBL), tornando obrigatório o diagnóstico da referida condição antes
da sua administração. A investigação da infecção tuberculosa latente pelo teste cutâneo da tuberculina é falha, dada sua baixa especificidade, além de apresentar resultados duvidosos em pacientes com psoríase. Ensaios baseados na detecção da produção de interferon-gama in vitro por células monoclonais periféricas, estimuladas por antígenos específicos (Esat-6 e CFP-10), parecem oferecer maior acurácia quando comparados ao teste de Mantoux na identificação de infecção tuberculosa latente. Essa ferra-
menta diagnóstica tem oferecido maior especificidade, já que não apresenta correlação com medidas indiretas de exposição ao M. tuberculosis, como a vacinação por BCG, e com infecções por outras micobactérias.
Palavras-chave: FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, TUBERCULOSE, PSORÍASE
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