Artigo de revisão
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Resumo
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ARIVAL CARDOSO DE BRITO, JUAREZ ANTONIO SIMÕES QUARESMA
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Lacaziose ou doença de Jorge Lobo é micose crônica, granulomatosa, causada por implantação traumática do fungo Lacazia loboi – patógeno não cultivável até o presente – nos tecidos cutâneo e subcutâneo, manifestando-se clinicamente por lesões nodulares queloidianas predominantes, envolvendo sobretudo pavilhões auriculares, face, membros superiores e inferiores, e não comprometendo as mucosas.
A maioria dos casos humanos está registrada em países da América do Sul. Entretanto, a enfermidade apresenta aspectos epidemiológicos destacados, como o aparecimento em tribo Caiabi, no Brasil Central e em mamíferos não humanos, golfinhos de duas espécies (Tursiops truncatus e Sotalia guianensis) capturados na costa da Flórida (EUA), na foz do rio Suriname, na costa de Santa Catarina (Brasil), no golfo de Gasconha (baía de Biscaia-Europa), com manifestações cutâneas e achados histopatológicos muito similares às encontradas no homem.
O artigo objetiva abordar características do fungo e sua taxonomia, e aspectos históricos, ecoepidemiológicos, clínicos, imuno-histoquímicos, histopatológicos, ultra-estruturais e terapêuticos.
Palavras-chave: DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA, MICOSES, QUELÓIDE
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Raissa de Lima Gadelha, Renata da Silveira Rodrigues Paiva, Esther Bastos Palitot, Joanne Elizabeth Ferraz da Costa
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A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica da pele que atinge 1% da população, é mais comum em mulheres jovens, obesas e tabagistas e atinge principalmente axilas e virilhas, com formação de pústulas, nódulos, abscessos, cicatrizes e fístulas. Recentemente tem sido relatada sua associação com outras doenças autoinflamatórias, como psoríase, artrite psoriásica, pioderma gangrenoso, artrite piogênica e retocolite ulcerativa. Essas formas associadas costumam ser resistentes ao tratamento padrão, tem os imunobiológicos como terapia promissora. Relata-se o caso de uma forma rara de associação, com apenas um caso até então descrito na literatura: artrite psoriásica, pioderma gangrenoso, acne e hidradenite supurativa.
Palavras-chave: Acne vulgar; Artrite psoriásica; Hidradenite supurativa; Pioderma gangrenoso.
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Resumo
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Karen de Almeida Pinto Fernandes, Lourenço de Azevedo Lima, Juliana Chaves Ruiz Guedes, Ricardo Barbosa Lima, Antônio Macedo D'Acri, Carlos José Martins et al.
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As dermatoses perfurantes são um grupo de doenças caracterizadas por eliminação transepidérmica de material dérmico. São divididas em clássicas ou primárias, incluindo, neste último grupo, a doença de Kyrle, a colagenose perfurante reativa, a elastose perfurante serpiginosa e a foliculite perfurante, classificadas de acordo com o material dérmico eliminado. Há também uma forma secundária que é denominada dermatose perfurante adquirida. Esse termo foi proposto em 1989 por Rapini para designar as dermatoses perfurantes que acometem pacientes adultos com doença sistêmica, independentemente do material dérmico eliminado. Nesse relato, será descrito um caso da doença com eliminação de fibras colágenas e elásticas em um paciente com insuficiência renal crônica.
Palavras-chave: Colágeno; Derme; Diálise renal; Epiderme; Insuficiência Renal Crônica; Tecido elástico
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Resumo
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Cândida Naira Lima e Lima Santana, Daniele do Nascimento Pereira, Alice Paixão Lisboa, Juliana Martins Leal, Daniel Lago Obadia, Roberto Souto da Silva et al.
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Esteatocistoma múltiplo é um transtorno genético raro, caracterizado pela presença de malformações hamartomatosas na junção do ducto pilossebáceo. É constituído por lesões císticas encapsuladas na derme, com glândula sebácea adjacente. Quando se apresenta com lesões inflamatórias tipo hidrosadenite, constitui o chamado esteatocistoma múltiplo supurativo, uma condição raramente descrita. Este é o primeiro caso relatado na literatura brasileira. Paciente do sexo feminino, 23 anos, com lesões papulares e nódulo-císticas iniciadas nas axilas e virilhas, evoluiu posteriormente com disseminação para tronco, membros inferiores, fossas antecubitais, face e couro cabeludo. A presença de lesões pápulo-nodulares disseminadas associadas a lesões tipo hidrosadenite em áreas flexurais e a um diagnóstico histopatológico de esteatocistoma definiu o quadro de esteatocistoma múltiplo supurativo.
Palavras-chave: Esteatocistoma múltiplo; Hidradenite supurativa; Supuração
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Resumo
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Hemma Tilz, Jürgen Christian Becker, Franz Legat, Antonio Pedro Mendes Schettini, Martin Inzinger, Cesare Massone et al.
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A colagenose reativa perfurante adquirida pertence ao grupo das dermatoses perfurantes e frequentemente está associada com diferentes doenças sistêmicas, principalmente diabetes mellitus e/ou insuficiência renal crônica. Diferentes terapêuticas têm sido utilizadas, mas o tratamento ainda é um desafio, pois não existe tratamento padronizado. Nos últimos anos, alopurinol tem sido relatado como uma boa opção terapêutica para colagenose reativa perfurante adquirida. elatamos o caso de um paciente masculino, com 73 anos de idade, portador de colagenose reativa perfurante adquirida em associação com diabetes tipo 1 e falência renal crônica com hiperparatireoidismo secundário. O paciente foi eficazmente tratado com alopurinol na dose 100mg/dia, via oral.
Palavras-chave: ALOPURINOL, DIABETES MELLITUS, PRURIGO, INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA, FALÊNCIA RENAL CRÔNICA
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Resumo
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Joana Antunes, David Pacheco, Ana Rita Travassos, Luís Miguel Soares-Almeida, Paulo Filipe, Manuel Sacramento-Marques et al.
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Uma doente de 54 anos foi avaliada por placas eritematosas, dolorosas, disseminadas, recorrentes, com 3 meses de evolução. A biopsia cutânea foi compatível com dermatite intersticial granulomatosa. Os restantes exames laboratoriais revelaram hipotiroidismo e anticorpos anti-tiroideus positivos. Apesar da normalização da função tiroideia e de tratamento com corticóide tópico de alta potência, a dermatose melhorou apenas parcialmente. Dermatite intersticial inflamatória é um diagnóstico histopatológico, com expressão clínica variável. Tem sido associada a vários fármacos, doenças linfoproliferativas e autoimunes, nomeadamente artrite reumatóide, lupus eritematoso sistémico e vasculites, mas a associação com tireoidite autoimune é rara. Até ao momento, não foi definido nenhum tratamento específico, mas os corticóides tópicos são dos fármacos mais utilizados. A doença caracteriza-se por períodos de agravamento e remissão.
Palavras-chave: DERMATITE, DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA, TIREOIDITE, TIREOIDITE AUTO-IMUNE
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Resumo
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Eduardo Vinicius Mendes Roncada, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, Mayra Falcão Pereira, Claúdia Cardoso Macedo de Oliveira, Gisele Alborghetti Nai, Deusita Fernandes Gandia Soares et al.
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A Calcifilaxia, também conhecida como arteriolopatia urêmica calcificante, é uma complicação freqüentemente observada nos pacientes com hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal crônica, ocorrendo principalmente em mulheres. Caracteriza-se por necrose isquêmica cutânea, de instalação aguda e progressiva, secundária à calcificação de vasos sanguíneos de pequeno ou de médio calibre. Trata-se de uma afecção rara e grave, cuja patogênese é obscura, e o melhor tratamento é a prevenção, especialmente visando manter os níveis adequados de cálcio e de fósforo. Descrevese um caso desta moléstia em paciente portadora de hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal crônica, submetida a tratamento clínico, desbridamento cirúrgico e enxertos autólogos de pele
total, com resolução completa do quadro após 6 meses.
Palavras-chave: DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DO CÁLCIO, HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO, INSUFICIENCIA RENAL CRÔNICA, ISQUEMIA, VASOS SANGUÍNEOS
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Resumo
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Danielle Mann, Carolina Presotto, Stella Maria Facó Queen, Elisa Fontenelle de Oliveira, Alexandre Carlos Gripp et al.
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Kwashiorkor é um tipo de desnutrição proteico-energética em que há deficiência dietética de proteína, embora a ingestão de calorias se mantenha adequada. As manifestações cutâneas incluem pele xerótica, com aspecto de esmalte descascado, típica coloração avermelhada a branco-acinzentada dos cabelos, o sinal da bandeira e edema mais evidente, nos membros inferiores e na face, dando aspecto de lua cheia. O presente artigo relata o caso de um paciente adulto, do sexo masculino, previamente submetido à duodenopancreatectomia para tratamento de pancreatite crônica associada ao pseudotumor em cabeça de pâncreas que evoluiu com alterações cutâneas de kwashiorkor após tuberculose pulmonar.
Palavras-chave: DESNUTRIÇÃO PROTEICO-CALÓRICA, PANCREATITE CRÔNICA, TUBERCULOSE PULMONAR
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Resumo
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ADRIANA ARAGÃO CRAVEIRO LEITE, RUBENS MARCELO SOUZA LEITE
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A candidíase mucocutânea crônica (CMC) é uma imunodeficiência primária caracterizada por infecções persistentes ou recorrentes de pele, mucosas e/ou unhas, causadas pela cândida (mais freqüentemente Candida albicans). Em geral está relacionada a distúrbios endócrinos e auto-imunes. A anergia cutânea à cândida e respostas celulares alteradas são os distúrbios imunológicos mais importantes associados à imunodeficiência. Os autores descrevem o caso clínico de uma paciente com CMC acompanhada por cinco anos desde o diagnóstico inicial. São revistas e discutidas as alterações clínicas e imunológicas possivelmente associadas com a imunodeficiência.
Palavras-chave: CANDIDÍASE, CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, MARCUS FELICIO DAFLON, TULLIA CUZZI MAYA
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Paciente, 38 anos, evoluindo há 10 anos com nódulos e fístulas no pênis, bolsa escrotal, períneo, regiões glúteas e inguineais, apresentava elefantíase da genitália externa. Os diagnósticos de linfogranuloma venéreo,donovanose e tuberculose foram excluídos através da histopatologia, bacteriologia e imunofluorescência indireta para _Chlamydia trachomatis_. O caso ilustra o potencial de gravidade e complicações da hidradenite supurativa, assim como os resultados da cirurgia reconstrutiva.
Palavras-chave: ELEFANTÍASE, HIDRADENITE SUPURATIVA
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Resumo
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ANE MARIA KUNRATH SIMÕES PIRES, PEDRO WEISS, MARLENE LAKS WEISSBLUTH, MAURO CUNHA RAMOS, SUZANA VOZARI HAMPE, LUCIO BAKOS et al.
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Os autores relatam o caso de uma paciente portadora de pioderma gangrenoso e hepatite crônica ativa, comentando a infreqüência desta associação e sua possível correlação etiopatogênica. A revisão de literatura revelou apenas cinco casos de concomitância destas duas moléstias.
Palavras-chave: PIODERMA GANGRENOSO, HEPATITE CRÔNICA ATIVA
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Nurimar Conceição Fernandes, Cíntia Maria O. Lima, Camilla Pimentel A. Franco
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São relatados 20 casos de hidradenite supurativa grave, com predomínio de não brancos e regiões axilares. A excisão cirúrgica ampla trouxe bons resultados, embora a recidiva ocorresse em intervalos variáveis no acompanhamento.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, HIDRADENITE SUPURATIVA, PATOLOGIA, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS OPERATÓRIOS, RADIOTERAPIA
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Resumo
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Giovana Bombonatto, Manoela Martin, Hélio Amante Miot
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A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica debilitante de etiologia parcialmente compreendida. Realizamos um estudo piloto tipo caso-controle pareado por sexo e idade com outros pacientes dermatológicos para analisar prováveis fatores de risco associados a esta doença. Incluímos 15 casos e 45 controles, sendo 67% mulheres. Análise bivariada e multivariada por regressão logística identificou associação significativa com tabagismo, índice de massa corporal mais elevado e história familiar. O uso de contraceptivos hormonais foi menos frequente nas portadoras de hidradenite.
Palavras-chave: FATORES DE RISCO, HIDRADENITE SUPURATIVA, OBESIDADE, TABAGISMO
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Resumo
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Edoardo Torres, Javier Gil Beristain, Zahide Lievanos, Roberto Arenas
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A cromoblastomicose é uma micose subcutânea, ocasionada por fungos dermatófitos, dos gêneros: Fonsecaea, Phialophora e Cladophialophora. As complicações habituais são: infecções
secundárias, linfedema e elefantíase. Em lesões crônicas, tem-se documentado malignização. Relatamos um caso de um homem de 72 anos de idade, com cromoblastomicose de 30 anos de evolução, em região glútea, com desenvolvimento de carcinoma epidermoide.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, CROMOBLASTOMICOSE, DOENÇA CRÔNICA
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Resumo
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Daniel Lago Obadia, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, Thiago Jeunon, Alexandre Carlos Gripp
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A hidradenite supurativa é doença inflamatória de difícil tratamento. Recentemente, a terapia anti-TNF alfa, com anticorpos monoclonais (“terapia biológica”), tem sido apontada como uma alternativa. No entanto, ensaios clínicos avaliando a eficácia destas drogas na hidradenite supurativa, ainda não foram publicados. Apresentamos um caso no qual o uso do infliximabe não resultou em melhora clínica expressiva.
Palavras-chave: ANTICORPOS MONOCLONAIS, FATOR DE NECROSE TUMORAL ALFA, HIDRADENITE
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Resumo
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BENJAMIN GOLCMAN, NILTON MILITELLI, HENRI FRIEDHOFER, MORIS ANGER, RONALDO GOLCMAN et al.
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Embora descrita há mais de um século, a hidradenite supurativa esenta vários aspectos ainda desconhecidos, principalmente
nto à sua etiopatogenia. Em relação ao tratamento das lesões em aguda ou em fase crónica, porém limitadas, existe pouca cordãncia. As controvérsias surgem na terapéufca das lesões nicas extensas. O presente artigo analisa as abordagens atuais nte a esta situação e propõe conduta cirúrgica menos agressiva, rém tão satisfatória quanto aquelas mais radicais.
Palavras-chave: HIDRADENITE SUPURATIVA CRÔNICA, LINFADENITE, HIDRADENITE SUPURATIVA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Jackson Machado-Pinto, Michelle dos Santos Diniz, Nádia Couto Bavoso
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A psoríase é uma doença inflamatória crônica associada a diversas comorbidades. Há algumas décadas, era considerada uma doença exclusiva da pele, mas hoje é considerada uma doença multissistêmica. Acredita-se que 73% dos pacientes com psoríase apresentem, pelo menos, uma comorbidade. Estudos já demonstraram associação entre psoríase e doença inflamatória intestinal, uveíte, distúrbios psiquiátricos, síndrome metabólica e seus componentes e doenças cardiovasculares. O estado inflamatório sistêmico parece ser o denominador comum entre todas essas comorbidades. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão da literatura atual sobre algumas novas comorbidades que estão sendo associadas à psoríase, como a osteoporose, a apneia obstrutiva do sono e a doença pulmonar obstrutiva crônica. Apesar de ainda haver controvérsia, muitos estudos já sinalizam para um possível comprometimento ósseo nos pacientes com psoríase, em especial no grupo do sexo masculino, geralmente menos acometido pela osteoporose. A psoríase e a doença pulmonar obstrutiva crônica apresentam alguns fatores de risco em comum, como obesidade, tabagismo e sedentarismo, além de ambas as doenças estarem associadas à síndrome metabólica. Esses fatores poderiam ser possíveis fatores de confusão na associação dessas duas doenças. Novos estudos prospectivos com controle desses possíveis fatores de confusão devem ser elaborados na tentativa de se estabelecer o nexo causal. Os dados existentes na literatura sugerem haver uma associação entre apneia obstrutiva do sono e psoríase, porém os estudos realizados até o momento envolveram poucos pacientes ou fizeram um seguimento por curto período. É precoce, portanto, afirmar que, de fato, exista uma correlação entre essas duas enfermidades.
Palavras-chave: Psoríase; Osteoporose; Doenças ósseas metabólicas; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Síndromes da apneia do sono; Apneia do sono tipo bbstrutiva
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Farmacologia clínica
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Autor(es)
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Resumo
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ROGÉRIO ANTONIO S. NASCIMENTO
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Foram estudados 22 pacientes, portadores de urticária crônica, que receberam, durante quatro semanas, um comprimido de 10mg de astemizol ao dia. Os resultados globais mostraram, em 82% dos casos, respostas excelentes e boas. Na avaliação diária dos pacientes, já no primeiro dia de tratamento, evidenciou-se melhora dos sintomas. Os efeitos colaterais foram praticamente ausentes. Concluíram os autores, que o astemizol é um tratamento seguro, eficaz, tendo um rápido início de ação, para portadores de urticária crônica.
Palavras-chave: URTICÁRIA CRÓNICA, ANTI-HISTAMINCOS, ASTEMIZOL
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Investigação
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Autor(es)
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Resumo
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Raquel Zappa Silva Marques, Roberta Fachini Jardim Criado, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho, Juliana Milhomem Tamanini, Cristina van Blarcum de Graaff Mello, Carolina Speyer et al.
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FUNDAMENTOS: A urticária crônica é caracterizada por lesões transitórias, pruriginosas, de tamanhos variáveis, com palidez central e bordas bem definidas e com duração maior que seis semanas. O infiltrado celular da doença é caracterizado por neutrófilos, linfócitos e eosinófilos. Há um subgrupo de pacientes que apresentam urticária eosinofílica ou neutrofílica resistente ao tratamento com anti-histamínicos, mas que responde a uma combinação de anti-histamínico com outras drogas.
OBJETIVO: Avaliar o infiltrado presente em biópsias de urticária crônica e correlacioná-lo com a atividade clínica da doença e sua resposta ao tratamento.
MÉTODO: Quarenta e um pacientes com urticária crônica foram classificados segundo o grau de atividade da doença (UAS), o tempo de resposta ao tratamento e o tipo de infiltrado perivascular. Os infiltrados inflamatórios foram subdivididos em eosinofílicos (46,30%), neutrofílicos e mistos.
RESULTADO: Foi encontrada associação entre o infiltrado eosinofílico e o escore clínico de maior gravidade (p = 0,02).
CONCLUSÃO: Essa associação mostra que o infiltrado inflamatório eosinofílico indica maior atividade clínica, ou seja, quadros mais graves e exuberantes da doença.
Palavras-chave: Biomarcadores; Doença crônica; Urticária
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Resumo
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Cibele Massotti Magagnin, Cheila Denise Ottonelli Stopiglia, Fabiane Jamono Vieira, Daiane Heidrich, Madeline Machado, Gerson Vetoratto, Flávia Maria Lamb, Maria Lúcia Scroferneker et al.
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FUNDAMENTOS: As dermatofitoses apresentam alta prevalência na população em geral e, principalmente, em pacientes com insuficiência renal crônica, necessitando tratamento com antifúngicos tópicos e/ou sistêmicos, cuja eficácia precisa ser avaliada. Estudos in vitro para avaliar a ação de antifúngicos são raros, especialmente, em fungos filamentosos.
OBJETIVO: Avaliar o perfil de suscetibilidade de diferentes espécies de dermatófitos, isolados de pacientes com insuficiência renal crônica, em relação a nove antifúngicos disponíveis comercialmente para o tratamento de dermatofitoses.
MÉTODO: Analisaram-se 26 isolados de dermatófitos de pacientes com insuficiência renal crônica em relação a nove antifúngicos (cetoconazol, ciclopirox olamina, fluconazol, griseofulvina, itraconazol, miconazol, piroctona olamina, terbinafina e tioconazol) pelo método de microdiluição em caldo proposto pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), com modificações para dermatófitos.
RESULTADOS: Entre os antifúngicos testados, a terbinafina e o tioconazol obtiveram os melhores resultados de sensibilidade e o fluconazol apresentou baixa atividade, especialmente para as amostras da espécie M. gypseum. O ciclopirox olamina, apesar de menos eficaz que a terbinafina, também mostrou resultados satisfatórios.
CONCLUSÕES: De modo geral, o perfil de sensibilidade dos antimicóticos testados seguiu o padrão de resultados mostrados por estudos anteriores, ratificando a necessidade de conhecimento da espécie causadora de dermatofitose, devido à variação do perfil de suscetibilidade entre as espécies. Além disso, nossos resultados demonstram a importância da realização de ensaios de sensibilidade in vitro, pois alguns isolados da mesma espécie apresentaram diferente perfil de sensibilidade.
Palavras-chave: ANTIMICÓTICOS, ARTHRODERMATACEAE, INSUFICIENCIA RENAL CRÔNICA, MICOSES
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Resumo
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Elisângela de Quevedo Welter, Renata Hubner Frainer, Adriana Maldotti, Magda Blessmann Weber
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FUNDAMENTOS: prurido é o sintoma mais freqüente nos pacientes nefropatas em hemodiálise. Parâmetros laboratoriais anormais têm sido encontrados, com dados conflitantes.
OBJETIVO: relacionar a prevalência de prurido com alterações no metabolismo mineral de pacientes em hemodiálise.
MÉTODOS: estudo caso-controle. Avaliados 105 pacientes, sendo os pacientes com prurido os casos, preencheram o questionário do protocolo de pesquisa e a escala análoga visual, os dados laboratoriais foram coletados dos prontuários eletrônicos.
RESULTADOS: a média de idade foi de 51,9 anos, 59% dos pacientes eram homens e 43% dos pacientes tinham prurido. Xerodermia ocorreu em 45% dos pacientes. Níveis elevados de Ca foram demonstrados em 55% dos pacientes e 47% tinham prurido. Quanto ao fósforo 60% tinham valores elevados e 43% tinham prurido. A relação Ca/P foi normal em todos. O paratormônio mostrou-se elevado em 95% dos pacientes, todos referindo prurido.
CONCLUSÃO: houve associação estatisticamente significativa entre o grupo de pacientes com prurido e xerodermia. Os níveis séricos de Cálcio, Fósforo, relação Ca/P, PTHi e o tamanho do dialisador não apresentaram associação estatisticamente significativa com o prurido. Logo, encontramos relação importante entre xerodermia e prurido, sem relação com os parâmetros laboratoriais avaliados.
Palavras-chave: DIÁLISE RENAL, FALÊNCIA RENAL CRÔNICA, INSUFICIENCIA RENAL CRÔNICA, PRURIDO
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Resumo
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Marcos Antonio Rodrigues Martinez, Carla Lobato Gregório, Vanessa Pedrassi dos Santos, Ronaldo Roberto Bérgamo, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho et al.
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FUNDAMENTOS: A insuficiência renal crônica atinge quase todos os sistemas do organismo, inclusive pele e anexos. As alterações ungueais mais observadas nos pacientes com insuficiência renal crônica são: unhas meio a meio, ausência de lúnula e hemorragia em estilhas. OBJETIVOS: Avaliar o espectro e a frequência de alterações ungueais nos pacientes com IRC, submetidos à hemodiálise (HD), e compará-los com uma amostra pareada da população geral. MÉTODOS: Realizado um estudo caso- controle, pareado por gênero e idade, onde 2 grupos foram estudados com relação às alterações ungueais presentes. RESULTADOS: 86% dos pacientes em HD e 75% do grupo controle tiveram, pelo menos, uma alteração ungueal.Ausência de lúnula (62,9%) e unha meio a meio (14,4%) as alterações foram estatisticamente relevantes no grupo HD, em relação ao grupo controle (p < 0,05%). Estrias longitudinais foram mais comuns nos controles em relação ao grupo HD (24,1%). CONCLUSÕES: Ausência de lúnula e unha meio a meio as alterações ungueais foram mais encontradas nos pacientes em HD, corroborando com achados relatados, em estudos anteriores. Estrias longitudinais foram mais observadas no grupo controle e estudos posteriores poderão elucidar se alterações estruturais, tal qual a ausência de lúnula, poderiam relacionar-se a este achado.
Palavras-chave: DIÁLISE RENAL, DOENÇAS DA UNHA, INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
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Resumo
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Mario F. R. Miranda, Vivian S. da Costa, Maraya de Jesus S. Bittencourt, Arival C. de Brito
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FUNDAMENTOS: A eliminação transepidérmica de parasitas (ETEP) tem sido pouco estudada na doença de Jorge Lobo. OBJETIVOS: Identificar aspectos morfológicos da ETEP na doença de Jorge Lobo. MÉTODOS: Recortes de biópsias de doença de Jorge Lobo emblocados em parafina foram corados pela hematoxilina-eosina e examinados. Considerou-se como ETEP, exclusivamente, a presença de parasitas em estruturas epidérmicas. RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 40 biópsias de 37 pacientes (31 homens e seis mulheres, média de idade 51,03 anos, variação 29-80 anos) realizadas em um período de 37 anos (1967-2003), das quais foram obtidos 511 cortes (média de 12,77 cortes por caso, variação 2-39 cortes por caso). Observou-se ETEP em 110/511 (21,52%) e não se observou em 401/511 cortes (78,48%) (p < 0,0001). Em relação aos pacientes (37), em 15 se verificaram aspectos consistentes com ETEP (40,5%), ao passo que, em 22 deles (59,5%), isso não foi observado (p > 0,05). Os parasitas dispunham-se em infundíbulos hiperplásicos, formando catênulas, ou como unidades isoladas,
associados ou não a células inflamatórias. CONCLUSÕES: Aspectos consistentes com ETEP, embora observados em número estatisticamente não significante de pacientes da amostra (p > 0,05), sugerem que, na doença de Jorge Lobo, o fenômeno, invariavelmente, ocorra através do epitélio infundibular. Estudos futuros serão necessários para avaliar sua eventual importância na epidemiologia da micose.
Palavras-chave: DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA, MICOSES, MICOSES/PATOLOGIA, PELE
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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João Renato Vianna Gontijo, Franciele Antonieta Bianchi Leidenz, Maria Silvia Laborne Alves de Sousa
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A doença de Crohn metastática é entidade rara, definida por lesões de pele granulomatosas em áreas não adjacentes ao trato gastrointestinal, histologicamente semelhantes às lesões inflamatórias intestinais. Até 44% dos pacientes com doença de Crohn possuem manifestações cutâneas, sendo a forma aqui descrita a apresentação mais rara. Apresentamos um caso de uma adolescente com pápulas e placas na pele do tronco, simultaneamente à doença de Crohn intestinal.
Palavras-chave: Doença de Crohn; Doença granulomatosa crônica; Granuloma; Manifestações cutâneas
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Resumo
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Fernanda Guedes Lavorato, Natália Solon Nery, Lislaine Bomm, Danielle Mann, Alexandre Carlos Gripp, Maria de Fátima Guimarães Scotelaro Alves et al.
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Líquen escleroso é uma doença mucocutânea inflamatória, crônica, de etiologia desconhecida, que afeta mais comumente a genitália feminina. O envolvimento cutâneo com bolhas não hemorrágicas é muito raro. Descrevemos um caso de líquen escleroso bolhoso.
Palavras-chave: DOENÇA CRÔNICA, LÍQUEN ESCLEROSO E ATRÓFICO, VESÍCULA
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Resumo
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Bárbara Nader Vasconcelos, João Carlos Macedo Fonseca, Daniel Lago Obadia
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A hidradenite é uma inflamação crônica e supurativa das glândulas apócrinas. Ocorre mais frequentemente, nas mulheres, iniciando durante ou após a puberdade. Os locais mais acometidos são as axilas, porém, outras regiões ricas em glândulas apócrinas, podem ser comprometidas. A localização intermamária, de forma exclusiva, é rara e não encontramos relatos de outros casos semelhantes. Sua etiologia ainda não foi completamente elucidada.
Palavras-chave: HIDRADENITE SUPURATIVA, MAMA, SULFAMETOXAZOL
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Resumo
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Marcelo Campos Appel da Silva, Diego da Rosa Miltersteiner, Jayme Eduardo Burmeister, Claudio Galeano Zettler, Luciana Weis et al.
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Dermatose perfurante adquirida é uma condição rara, em geral associada a algumas doenças sistêmicas, ocorrendo especialmente em pacientes diabéticos com insuficiência renal crônica submetidos a diálise. O sintoma principal é o prurido e a apresentação clínica característica é a presença de lesões papulares marrom-avermelhadas no tronco, cabeça e pescoço. Biópsia da lesão revela invaginação epidérmica com preenchimento por plug ceratótico. A etiologia é pouco compreendida e várias tentativas terapêuticas têm sido desapontadoras.
Palavras-chave: DIABETES MELLITUS, DERMATOPATIAS, FALÊNCIA RENAL CRÔNICA, INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Luciane Francisca Fernandes Botelho, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Mauro Yoshiaki Enokihara
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O eritema necrolítico acral é uma dermatose rara, relacionada à infecção pelo vírus da hepatite C. Relata-se o caso de uma paciente de 31 anos portadora de hepatite C com nível sérico de zinco diminuído. Ao exame dermatológico, apresentava placas liquenificadas, descamativas, bem delimitadas, com eritema na borda e localizadas nos membros inferiores. Após transfusão sanguínea e reposição oral de zinco, a paciente evoluiu com melhora das lesões.
Palavras-chave: Deficiência de zinco; Eritema migratório necrolítico; Hepatite C crônica
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Temas de atualização
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LÍCIA RODRIGUES ALVES CORRÊA, LUCINDA DA SILVA FERNANDES, SÔNIA C. O. FIGUEIRA, JUAN MACIEIRA, ANTONIO CARLOS PEREIRA JUNIOR et al.
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Os autores apresentam um trabalho de revisão bibliográfica sobre bulose crônica benigna da infância, tendo sido avaliados os critérios usados para seu diagnóstico, incluindo sua diferenciação com outras dermatoses bolhosas subepidérmicas.
Palavras-chave: BULOSE CRÔNICA, DERMATOSE BOLHOSA
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