Artigo Especial
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Titulo do Artigo
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Resumo
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Luiz Guilherme Martins Castro, Renato Marchiori Bakos, João Pedreira Duprat Neto, Flávia Vasques Bittencourt, Thais Helena Bello Di Giacomo, Sérgio Schrader Serpa, Maria Cristina de Lorenzo Messina, Walter Refkalefsky Loureiro, Ricardo Silvestre e Silva Macarenco, Hamilton Ometto Stolf, Gabriel Gontijo et al.
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Desde a publicação das últimas diretrizes brasileiras sobre melanoma em 2002, houve avanços na área, sendo necessário atualizar as normas de conduta. Foram definidas 10 perguntas clínicas sobre o tema, baseadas no sistema P.I.C.O., que foram respondidas com dados resultantes de pesquisa específica no banco de dados Medline. A pesquisa limitou-se, primariamente, a artigos publicados entre 01/01/2009 e 30/06/2014. Os artigos selecionados foram classificados de acordo com o grau de evidência científica em A, B, C ou D. Quando cabível, foram selecionadas referências presentes nestes trabalhos, sem limite de tempo. Baseados nos resultados da pesquisa, os autores definiram recomendações em resposta às perguntas formuladas, que também foram classificadas de acordo com a força da evidência. As diretrizes foram divididas, para fins de editoração e publicação, em duas partes. Nesta segunda parte, foram respondidas as seguintes perguntas clínicas: 1) Quais pacientes com melanoma cutâneo primário se beneficiam de biópsia de linfonodo sentinela? 2) Para quais pacientes o seguimento com mapeamento de nevos é indicado? 3) A exérese de nevos melanocíticos acrais para prevenção de melanoma traz benefício para os pacientes? 4) A exérese de nevos melanocíticos congênitos para prevenção de melanoma traz benefício para os pacientes? 5) Como seguir pacientes com melanoma cutâneo primário estádios 0 ou I?
Palavras-chave: Biópsia de linfonodo sentinela; Dermoscopia; guia de prática clínica; Histologia; Nevo pigmentado; Melanoma; Terapêutica
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Resumo
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Luiz Guilherme Martins Castro, Maria Cristina Messina, Walter Loureiro, Ricardo Silvestre Macarenco, João Pedreira Duprat Neto, Thais Helena Bello Di Giacomo, Flávia Vasques Bittencourt, Renato Marchiori Bakos, Sérgio Schrader Serpa, Hamilton Ometto Stolf, Gabriel Gontijo et al.
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As últimas diretrizes brasileiras sobre o melanoma cutâneo (MC) foram publicadas em 2002. Para atualizálas, foram definidas 10 perguntas clínicas sobre o tema, baseadas no sistema P.I.C.O., que foram respondidas com dados resultantes de pesquisa no banco de dados MEDLINE. As diretrizes foram divididas, para fins de editoração e publicação, em duas partes: nesta primeira, são abordados os seguintes temas: 1) O uso da dermatoscopia para diagnóstico do MC traz benefícios para pacientes com lesões suspeitas quando comparado ao exame clínico?; 2) A dermatoscopia favorece o diagnóstico de MC do aparelho ungueal?; 3) Há diferença de prognóstico quando se realiza biópsia incisional ou excisional das lesões suspeitas de MC?; 4) A revisão dos achados histológicos por patologista treinado em MC contribui para seu diagnóstico e tratamento? e 5) Qual é a margem com que o lentigo maligno melanoma e o melanoma in situ devem ser excisados?
Palavras-chave: Biópsia de linfonodo sentinela; dermatoscopia; Diagnóstico por imagem; Guia; Guia de prática clínica; Histologia; Melanoma; Técnicas e procedimentos diagnósticos; Terapêutica
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Pedro Andrade, David Serra, José Carlos Cardoso, Ricardo Vieira, Américo Figueiredo et al.
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A reconstrução de defeitos cirúrgicos complexos do nariz é, por norma, tecnicamente difícil. Apresentamos um doente do sexo masculino, de 71 anos, referenciado após biopsia excisional de melanoma maligno de tipo animal (Breslow 1,5 mm, Clark IV) da asa direito do nariz. O alargamento excisional com margem de 1,5 cm originou um defeito complexo envolvendo a asa nasal direita, o triângulo mole direito, o lobo nasal e a columela, que foi reconstruído por retalho interpolado do sulco melolabial, com resultado cosmético final bastante satisfatório. Os retalhos interpolados são opções cirúrgicas eficazes para reconstrução de defeitos cutâneos para os quais a realização de retalhos locais não é possível e a colocação de enxertos inviabiliza um resultado cosmético aceitável.
Palavras-chave: NARIZ, RETALHOS CIRÚRGICOS
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Resumo
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Marina Leite da Silveira, Flávia Regina Ferreira, Marcia Lanzoni Alvarenga, Samuel Henrique Mandelbaum
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Nevo melanocitico congênito gigante constitui uma condição rara. O fenômeno halo pode ser observado em nevos melanocíticos congênitos ou adquiridos. Na literatura a associação nevo halo e nevo melanocítico congênito gigante é rara e a associação de ambos com vitiligo ainda mais rara. Mulher de 75 anos que à primeira consulta apresentava mácula hipercrômica castanho-azulada pilosa na região lombar, nádegas e coxas desde o nascimento e halo acrômico de aparecimento há 3 anos. Os histológicos foram compatíveis com nevo melanocítico congênito e nevo halo respectivamente. Após dois anos evoluiu com áreas de acromia à distância, com histológico de vitiligo. Os autores ressaltam a raridade desta tripla associação; a idade da paciente e a ausência de degeneração maligna até o presente momento.
Palavras-chave: NEVO COM HALO, NEVO PIGMENTADO, VITILIGO
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Resumo
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Fernanda de Oliveira Viana, Clivia Maria Moraes de Oliveira Carneiro, Mario Fernando Ribeiro de Miranda
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Tumor triquilemal proliferante é uma neoplasia incomum que surge do istmo folicular, cuja característica histológica é a presença de ceratinização triquilemal.Apresenta-se usualmente como nódulo solitário no couro cabeludo de mulheres idosas. Descreve-se um caso de tumor triquilemal proliferante que se apresenta como lesão tumoral nodular na região glútea de uma jovem de 16 anos de idade.
Palavras-chave: CISTOS, HISTOLOGIA, NÁDEGAS
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Resumo
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Mayara Schulze Cosechen, Adma Silva de Lima Wojcik, Flávio Meingast Piva, Betina Werner, Sérgio Zuneda Serafini et al.
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A adenomatose erosiva do mamilo é uma complexa proliferação benigna mamária que pode ser confundida com neoplasias malignas da mama. A apresentação típica cursa com descarga mamária, eritema, erosão e formação de crostas. O processo é geralmente assintomático e de instalação insidiosa. A adenomatose erosiva do mamilo pode ser confundida com condições benignas, como a dermatite de contato, psoríase e infecções, mas seu principal diagnóstico diferencial é a Doença de Paget. O tratamento é cirúrgico e o prognóstico, excelente.
Palavras-chave: ADENOMA, DOENÇAS MAMÁRIAS, HISTOLOGIA
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Resumo
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Tatiana Villas Boas Gabbi, Erick D. Omar, Paulo R. Criado, Neusa Y. S. Valente, José Eduardo C. Martins et al.
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O nevo de Meyerson ocorre quando uma rara erupção eczematosa focal e transitória surge ao redor de lesões melanocíticas. O mesmo fenômeno também foi observado em lesões não melanocíticas. O caso relatado é o de um doente masculino, 25 anos, que há dois meses notara surgimento de eritema e prurido, circundando dois nevos, localizados no abdome. As lesões eram atípicas à dermatoscopia e procedeu-se à excisão cirúrgica dos dois nevos. O exame histopatológico revelou nevos melanocíticos compostos displásicos, envolvidos por espongiose e vesículas intraepidérmicas. O presente relato sugere que o fenômeno de Meyerson não modifica as características dermatoscópicas dos nevos.
Palavras-chave: DERMOSCOPIA, NEVO, NEVO PIGMENTADO
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Resumo
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HIRAM LARANGEIRA DE ALMEIDA JR., DEISE GEVEHR, IZAIAS ORTIZ PINTO
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Relata-se o caso do paciente de 66 anos, que apresenta há 10 anos pápulas agrupadas normocrômicas de distribuição zosteriforme no dorso. O estudo histológico mostrou adipócitos maduros ectópicos na derme. O nevo lipomatoso superficial é congênito em um terço dos casos, podendo também aparecer na infância, devendo ser diagnóstico diferencial também em lesões de aparecimento tardio.
Palavras-chave: NEVO ADIPÓCITO
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Resumo
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LUIZ ARTUR C. CORRÊA, FRANCISCA REGINA OLIVEIRA CARNEIRO, VERA MARIA DE BARROS MEIRELES, MÁRIO FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA
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Relato de caso de nevo azul do tipo combinado em paciente de 47 anos de idade, do sexo feminino, que apresentava grande massa tumoral localizada na região occipital.A designação nevo azul combinado reporta-se a raros casos que apresentam superposição de aspectos microscópicos de nevo azul e nevo melanócito.
Palavras-chave: NEVO PIGMENTADO., NEOPLASIAS CUTÂNEAS, NEVO AZUL
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Resumo
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EDILSON PINHEIRO DO EGITO, ELY CHAVES, EDSON PETRUCCI, TÚLIO PETRUCCI
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Os autores descrevem um caso de nevo epidérmico verrucoso inflamatório linear com padrão histológico acantolitico. São discutidos os aspectos clínicos, histopatológicos e terapêuticos.
Palavras-chave: NEVO
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Resumo
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PEDRO LEONARDO V. BRIGGS PEÇANHA, MÁRCIA APARECIDA SAMSONE, SILVIO CÂMARA, ANA LUIZA COTTA DE A. ARARIPE, RUBEM DAVID AZULAY et al.
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A epidermólise bolhosa pré-tibial é uma variante de epidermólise bolhosa distrófica com penetração autossômica dominante. Caracteriza-se por bolhas e lesões cicatriciais limitadas à região pré-tibial bilateralmente. Descreve-se um caso da moléstia, sendo analisados seus principais aspectos clínicos e histopatológicos.
Palavras-chave: HISTOLOGIA., EPIDERMÓLISE BOLHOSA
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Resumo
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PEDRO LEONARDO V. BRIGGS PEÇANHA, ANTONIO CARLOS PEREIRA JR., ONOFRE DE CASTRO
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O diagnóstico clínico e histopatológico de linfomas e pseudolinfomas cutâneos pode apresentar várias dificuldades. Neste artigo, os autores relatam três casos e discutem a histopatologia e imuno-histoquímica dessas lesões.
Palavras-chave: IMUNOHISTOQUÍMICA, HISTOLOGIA, LINFOMA
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Resumo
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SÉRGIO HENRIQUE HIRATA, ELIANA MONTEIRO CARAN, SILMARA DA COSTA PEREIRA CESTARI, FERNANDO AUGUSTO DE ALMEIDA, ANTÔNIO SÉRGIO PETRILLI, NILCEO SCHWERY MICHALANY et al.
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Descrição de caso raro de nevo azul maligno detectado em paciente do sexo feminino de nove meses de idade, portadora de múltiplas lesões congênitas de nevo azul. Apresentava também metástases pulmonares e ganglionares de melanoma. Tratada com quimioterapia, vem apresentando doença estável há 18 meses.
Palavras-chave: NEVO.
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Resumo
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MARIA BETÂNIA TAVARES DE ANDRADE LIMA, ITAMAR BELO DOS SANTOS, EMMANUEL RODRIGUES DE FRANÇA, MARIA GORETTI MARQUES AMORIM, IARA SANT’ANNA et al.
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Apresentação de quatro casos de esquistossomose mansônica cutânea ectópica, observados em Pernambuco, onde a doença é frequente. Na discussão, os autores analisam a evolução do quadro histológico, considerando semelhanças e diferenças, bem como reações ao tratamento, comuns aos quatro pacientes.
Palavras-chave: ESQUISTOSSOMOSE, HISTOLOGIA
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Resumo
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RYSSIA ALVAREZ FLORIÃO, IVANILDO JOÃO MARTINS EWERTON, VERA ANGÉLICA OLIVEIRA MENEZES MACEDO, ANTONIO DE SOUZA MARQUES, GLYNE LEITE ROCHA et al.
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OS AUTORES RELATAM UM CASO DE NEVO PILOSO PIGMENTADO GIGANTE EM ADULTO DO SEXO MASCULINO. LOCAIS DIFERENTES DA LESÃO FORAM SUBMETIDOS A CORTES SERIADOS. DISCUTE-SE A PROBABILIDADE DE MALIGNIDADE, AVALIAÇÃO CLINICA E TERAPÊUTICA UTILIZADA.
Palavras-chave: NEVO PIGMENTADO PILOSO GIGANTE, MELANOMA, NEVO PIGMENTADO
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Nurimar Conceição Fernandes, Cíntia Maria O. Lima, Camilla Pimentel A. Franco
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São relatados 20 casos de hidradenite supurativa grave, com predomínio de não brancos e regiões axilares. A excisão cirúrgica ampla trouxe bons resultados, embora a recidiva ocorresse em intervalos variáveis no acompanhamento.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, HIDRADENITE SUPURATIVA, PATOLOGIA, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS OPERATÓRIOS, RADIOTERAPIA
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Resumo
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Fábio Roismann Timoner, Nelson Marcos Ferrari, Manoel Carlos Sampaio de Almeida Ribeiro, Frida Liane Plavnik, Carlos d’Aparecida Santos Machado Filho et al.
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Com o aumento da complexidade cirúrgica e comorbidades da população, o risco de intercorrências clínicas em cirurgia dermatológica aumentou nas últimas décadas. Para sua abordagem foi criado um fluxograma baseado na tríade decisória formada pelo estado físico do paciente, grau de sedação e porte do procedimento, indicando o tipo de suporte cardiovascular em
cada procedimento.Pacientes submetidos a cirurgias de “porte pequeno” e ASA = 2 devem receber suporte básico de vida; os submetidos a cirurgias de “porte pequeno” e ASA > 2, a cirurgias de “porte médio” ou a sedação profunda devem receber suporte avançado de vida em cardiologia.
Palavras-chave: COMPLICAÇÕES INTRA-OPERATÓRIAS, DERMATOLOGIA, EMERGÊNCIAS, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS MINIMAMENTE INVASIVOS, RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR, SUPORTE VITAL CARDÍACO AVANÇADO
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Marina Câmara de Oliveira, Carlos Baptista Barcaui, Elisa de Oliveira Barcaui, Juan Piñeiro-Maceira
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Melanoníquia é a alteração da coloração da lâmina ungueal decorrente do depósito de melanina. Entre suas causas estão a hiperplasia melanocítica, a ativação melanocítica e o melanoma ungueal. As inclusões foliculares subungueais são achados histológicos de etiologia desconhecida, provavelmente relacionadas a trauma. Apresentamos três casos de melanoníquia de etiologias distintas, foram também observadas as inclusões foliculares subungueais, associação pouco descrita e de patogênese indefinida.
Palavras-chave: Dermoscopia; Histologia; Ultrassonografia; Unhas.
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Resumo
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John Verrinder Veasey, Monique Coelho Dalapicola, Rute Facchini Lellis, Adriana Bittencourt Campaner, Thiago da Silveira Manzione, Maria Clarissa de Faria Soares Rodrigues et al.
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Poroqueratose é um distúrbio da queratinização epidérmica, caracterizada clinicamente por pápulas e placas de hiperceratose com bordas elevadas, e apresenta, histologicamente, lamelas cornoides. As variantes clínicas de poroqueratose descritas são: a clássica de Mibelli, a linear, a punctata, a superficial disseminada, a actínica superficial disseminada e a poroqueratose palmoplantar. Em 1995, uma sétima forma foi descrita como poroqueratose ptychotropica, de apresentação extremamente rara, com distribuição na área glútea e perineal, caracterizada no exame histológico por lamelas cornoides múltiplas. Desde então, raros são os relatos na literatura mundial desta variante clínica. O presente estudo descreve o caso de um paciente do sexo masculino, previamente hígido, com quadro clínico típico de placas hiperceratóticas nos glúteos há 22 anos. Consultou diversos dermatologistas, porém sem diagnóstico definitivo. Apresenta-se neste relato o quadro clínico típico e a correlação com exame dermatoscópico, além do exame histológico que confirmou o diagnóstico.
Palavras-chave: Ceratose; Dermoscopia; Histologia; Nádegas; Poroceratose
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Resumo
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Marina Câmara de Oliveira, Flávia Trevisan, Clovis Antônio Lopes Pinto, Célia Antônia Xavier, Jaqueline Campoi Calvo Lopes Pinto et al.
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Ceratoses actínicas são lesões pré-malignas da pele causadas pela exposição solar excessiva. As lesões podem transformar-se principalmente em carcinoma espinocelular. A crioterapia com nitrogênio líquido é um dos principais tratamentos. Tivemos por objetivo avaliar a resposta à crioterapia de ceratoses actínicas por meio do estudo histopatológico. Em 14 pacientes com múltiplas ceratoses actínicas, foram selecionadas duas lesões. Em uma delas, foi feita uma biópsia; na outra, foi realizada a crioterapia e depois a biópsia. Posteriormente, ambas as biópsias foram comparadas histologicamente. Dos treze pacientes que concluíram o estudo, houve melhores resultados nas lesões submetidas à crioterapia quanto à atipia dos ceratinócitos, à espessura do epitélio e da camada córnea e ao infiltrado linfocitário. Apesar do pequeno número de pacientes, concluímos que, se realizada corretamente, a crioterapia tem alta eficácia no tratamento das ceratoses actínicas.
Palavras-chave: Ceratose actínica; Crioterapia; Histologia
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Resumo
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Rossana Ruth Garcia da Veiga, Renata Silva Barros, Josie Eiras Bisi dos Santos, José Maria de Castro Abreu Junior, Maraya de Jesus Semblano Bittencourt, Mario Fernando Ribeiro de Miranda et al.
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O acantoma de células claras ou acantoma de Degos é uma doença bem individualizada quanto aos seus aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos. Sua natureza patológica - se neoplásica ou reativa - ainda é debatida por pesquisadores. De evolução crônica, ocorre predominantemente
nos membros inferiores de adultos, em geral como lesão papulonodular única. Entretanto, foram observados casos com lesões múltiplas, por vezes de caráter eruptivo, e com notável variação de tamanho e forma das eflorescências cutâneas. Há relatos de cinco casos com localização exclusiva na aréola e no mamilo, quatro simulando eczema e um como nódulo polipoide; todos ocorridos em mulheres coreanas. O objetivo deste trabalho é apresentar os aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos de dois novos casos da doença, com idêntica topografia areolomamilar, observados em mulheres brasileiras.
Palavras-chave: ACANTOMA, ECZEMA, HISTOLOGIA, MAMA, MAMILOS
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Resumo
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Maria Miguel Camelo Amaral Canelas, José Carlos Pereira da Silva Cardoso, Pedro Filipe Andrade, José Pedro Gaspar dos Reis, Oscar Tellechea et al.
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O histiocitoma fibroso é tumor heterogéneo composto por fibroblastos, histiócitos e vasos sanguíneos. Efectuamos uma revisão histopatológica retrospectiva de 95 biopsias de histiocitomas fibrosos do nosso arquivo dos últimos 3,5 anos, com o objectivo de avaliar a localização, delimitação, alteração da epiderme, indução folículo-sebácea, celularidade, vascularização, padrão do colagénio e tipo de células constituintes. Na maioria das biopsias, confirmamos as características histopatológicas clássicas dos histiocitomas fibrosos. Achados interessantes observados no nosso estudo foram presença de células nódulos linfoides,
mastócitos e infiltrado de células inflamatórias.
Palavras-chave: HISTIOCITOMA FIBROSO BENIGNO, HISTIÓCITOS, HISTOLOGIA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flávia Machado Gonçalves Soares, Izelda Maria Carvalho Costa
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O advento da AIDS trouxe novos desafios para a Dermatologia. A terapia antirretroviral mudou drasticamente a morbimortalidade associada à infecção pelo HIV/AIDS, mas contribuiu para o surgimento de outras novas situações que exigem abordagem adequada do dermatologista. A Síndrome Lipodistrófica Associada ao HIV/AIDS tem origem multifatorial, mas está fortemente associada ao uso dos antirretrovirais. Compreende alterações na distribuição da gordura corporal, acompanhada ou não de alterações metabólicas. A perda da gordura da face, chamada lipoatrofia facial, é dos sinais mais estigmatizantes da síndrome. Esta condição, muitas vezes reveladora da doença, trouxe de volta o estigma da AIDS. É necessário que os especialistas que atuam com pacientes com HIV/AIDS identifiquem estas alterações e busquem opções de tratamento, dentre as quais se destaca o implante com polimetilmetacrilato, que é disponibilizado para tratamento da lipoatrofia facial associada ao HIV/AIDS no Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave: HIV, POLIMETIL METACRILATO, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS AMBULATÓRIOS, SÍNDROME DE LIPODISTROFIA ASSOCIADA AO HIV, TERAPÊUTICA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Bruna da Costa Pevide, Rafaela Fabri Rodrigues, Luiz Fernando Costa Nascimento, Marcia Lanzoni de Alvarenga Lira et al.
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FUNDAMENTOS: O carcinoma basocelular é a forma mais comum de câncer em humanos.
OBJETIVOS: Identificar a epidemiologia do carcinoma basocelular em Taubaté-SP e verificar possível associação entre a topografia e os diferentes subtipos histológicos deste tumor.
MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo realizado no Hospital Universitário de Taubaté entre 01/01/08 e 31/12/09. Foram incluídos neste estudo indivíduos com diagnóstico confirmado de carcinoma basocelular, de ambos os gêneros, sem restrição quanto a idade. As variáveis estudadas foram ocorrência do carcinoma basocelular, topografia, subtipo histológico, cor da pele, idade e gênero. Foi utilizado o teste do qui-quadrado para identificar associação entre o subtipo histológico e a topografia, e o teste t de student para comparar a média de idade de acometimento entre os diferentes subtipos histológicos.
RESULTADOS: Foram incluídos 239 indivíduos.A média de idade da amostra foi de 68,0 anos. O gênero masculino foi o mais prevalente(57,7%), assim como a pele branca(87,1%).O subtipo histológico predominante foi o nodular(34,7%), seguido do subtipo superficial.A localização mais frequente foi a região de cabeça e pescoço(área fotoexposta), com predomínio da região nasal. Exceção para o subtipo superficial que mostrou forte associação com áreas cobertas como o tronco. A média de idade de incidência do carcinoma basocelular superficial também diferiu dos demais subtipos histológicos, 63.0 e 69.0 anos, respectivamente.
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem associação do subtipo histológico superficial com faixas etárias mais jovens e áreas cobertas, relacionando o mesmo com um padrão de exposição solar intermitente, mais semelhante ao padrão de fotocarcinogênese do melanoma.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Histologia; Topografia
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Resumo
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Gabriela Poglia Fonseca, Fabiane Mulinari Brenner, Carolina de Souza Muller, Adma Lima Wojcik
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FUNDAMENTOS: Não há um método adequado e fidedigno de avaliação e seguimento da severidade na rosácea.
OBJETIVO: Determinar a importância da capilaroscopia periungueal como método diagnóstico e prognóstico em pacientes portadores de rosácea.
MÉTODOS: Estudo transversal onde foram submetidos ao exame da capilaroscopia periungueal 8 pacientes com rosácea e 8 controles no período entre maio e julho de 2009. Foram coletados dados clínicos relacionados ao sexo, idade, fototipo, classificação da rosácea de acordo com a classificação de Plewig e Kligman e a classificação da National Rosacea Society. Adicionalmente, avaliamos o tempo de evolução da doença e tratamentos previamente utilizados.
RESULTADOS: A grande maioria das pacientes avaliadas (6 das 8 pacientes) apresentavam rosácea grau I (vascular) ou eritêmato-teleangiectásica. A idade média de duração da rosácea foi de 5,96 anos, sendo que 87,5% faziam tratamento com metronidazol tópico. Nenhum paciente tanto do grupo rosácea como controle demonstrou evidência de desvascularização ao exame capilaroscópico.
CONCLUSÃO: A capilaroscopia periungueal apresenta um padrão inespecífico e não parece auxiliar no diagnóstico ou prognóstico da rosácea.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, ANGIOSCOPIA MICROSCÓPICA, ROSÁCEA, TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO E PROCEDIMENTOS
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Resumo
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MARIA CRISTINA DE LORENZO MESSINA, NEUSA YURIKO SAKAI VALENTE, LUIZ GUILHERME MARTINS CASTRO
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*Fundamentos:* O carcinoma basocelular é tumor constituído por diferentes tipos histológicos, que demonstram diversificado potencial de agressividade. Sabe-se que a correlação entre os tipos histológicos de carcinoma basocelular encontrados no material de biópsia pré-operatória e no material da peça cirúrgica excisional não é total. Na literatura essa correlação varia de 42,7 a 80%.
*Objetivo:* Avaliar a correlação entre os tipos histológicos de carcinoma basocelular nas biópsias incisionais e respectivas peças cirúrgicas excisionais.
*Métodos:* Análise retrospectiva de 70 casos de carcinoma basocelular primário submetidos a biópsia pré-operatória e cirurgia excisional. A avaliação histológica foi feita de modo padronizado, determinando tanto o tipo histológico predominante quanto os tipos histológicos acessórios encontrados no material das biópsias préoperatórias e nas peças cirúrgicas excisionais.
*Resultados:* Houve 78,3% de correlação entre tipo histológico predominante da biópsia e peça cirúrgica e 87% de correlação entre tipo histológico predominante e/ou tipo histológico acessório da biópsia e tipo histológico predominante da peça cirúrgica.
*Conclusão:* A biópsia pré-operatória é útil para predizer o tipo histológico predominante de carcinoma basocelular da peça cirúrgica excisional na maioria dos casos. No entanto, é importante ressaltar que, quando descrito apenas o tipo histológico predominante encontrado na biópsia, ocorre 21,7% de falha no diagnóstico.
Palavras-chave: BIÓPSIA, CARCINOMA BASOCELULAR, CIRURGIA, HISTOLOGIA
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Resumo
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FABIANE ANDRADE MULINARI BRENNER, FERNANDA MANFRON BATISTA ROSAS, JOSÉ FILLUS NETO, LUIZ FERNANDO BLEGGI TORRES
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*Fundamentos:* A caracterização histológica do folículo piloso normal em humanos é escassa na literatura, considerando que o reconhecimento da arquitetura folicular normal e suas variações nas diversas áreas do couro cabeludo é fundamental para o estudo das doenças do couro cabeludo.
*Objetivos:* Analisar fragmentos do couro cabeludo normal em indivíduos de raça branca quanto à área, os diâmetros máximo e mínimo dos folículos anágenos terminais.
*Métodos:* Vinte necrópsias de indivíduos de raça branca, com idade variando de 20 a 78 anos, foram acompanhadas da coleta de biópsias por punch de 4mm de diâmetro em quatro áreas do couro cabeludo. Os casos foram divididos conforme o sexo em dois grupos, com 10 casos cada. A área e os diâmetros máximo e mínimo dos folículos anágenos terminais foram determinados por análise computadorizada das imagens de cortes transversais da microscopia óptica. Os resultados obtidos foram comparados entre os sexos e os locais de coleta.
*Resultados:* Os resultados numéricos das áreas e diâmetro máximo e mínimo são expostos e comparados.
*Conclusão:* Não houve diferença estatisticamente significativa entre o diâmetro máximo e a área folicular nas diversas regiões do couro cabeludo; entretanto, foram evidenciadas dimensões de folículos anágenos terminais maiores no sexo masculino do que no feminino.
Palavras-chave: ALOPECIA, CABELO, FOLÍCULO PILOSO, HISTOLOGIA
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Resumo
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EUGENIO RAUL DE ALMEIDA PIMENTEL, JULIANA PEDROSO DE OLIVEIRA, LEILA DAVID BLOCH, ANE BEATRIZ MAUTARI NIWA
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*Fundamentos*: A cirurgia dermatológica é prática comum no dia-a-dia do dermatologista, havendo portanto necessidade de estudos que demonstrem a segurança do procedimento.
*Objetivo*: Criação de protocolo que avaliasse o risco de complicações durante e imediatamente após a cirurgia dermatológica, sobretudo em pacientes com co-morbidades clínicas.
*Métodos*: Foram realizadas 860 exéreses em fuso no período de janeiro de 2001 a novembro de 2003, sendo todas protocoladas segundo algumas variáveis - como idade e sexo do paciente, tipo de lesão excisada, doenças associadas e uso de medicações, tamanho do fuso, tempo de cirurgia, tipo e quantidade de anestésico utilizado e aferição da pressão arterial -, correlacionando-as ao risco de complicações.
*Resultados*: Dos 860 pacientes operados, 64,6% não apresentaram nenhuma complicação; 34,6% apresentaram elevação da pressão arterial sem repercussão clínica; 0,5% apresentaram sangramento importante que pôde ser controlado; dois pacientes apresentaram hipotensão arterial.
*Conclusão*: A cirurgia dermatológica é muito segura, podendo ser realizada em consultórios ou ambulatorialmente, consistindo, na maioria dos casos, em procedimento pequeno e rápido, sendo o risco de complicações muito baixo.
Palavras-chave: PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS AMBULATORIAIS, COMPLICAÇÕES INTRA-OPERATÓRIAS, PRESSÃO ARTERIAL
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Resumo
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JOSÉ PACIEL, DANIELA PACIEL, RAUL VIGNALE, JORGE ABULAFIA
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*Fundamentos:* Vários tumores malignos apresentam alterações em sua estrutura e número de cromossomos. Em células cancerosas individuais são observadas anormalidades clonais. As anormalidades do cariótipo relativas ao número de cromossomos apresentaram correlação com o conteúdo nuclear de DNA.
*Objetivo:* Analisar o conteúdo de DNA em nevos e melanoma, considerando que os nevos têm sido indicados como precursores de lesões malignas iniciais.
*Métodos:* A quantificação do DNA nuclear foi realizada utilizando método citofluorofotométrico em: 55 nevos de 51 pacientes; 6 melanomas de 6 pacientes e 21 amostras de pele clinicamente normais de 21 voluntários. Para avaliar os resultados, três padrões histográficos foram considerados (diplóide, poliplóide e aneuplóide) e foi calculado o Índice de DNA.
*Resultados:* O padrão diplóide foi observado em todos os casos de pele normal e este é frequente em nevo de junção (10/13) e nevo celular composto (6/13). A frequência significativamente maior do padrão aneuplóide é observada em nevos displásicos (16/29) e em melanoma (5/6). O índice de DNA apresenta diferenças significativas quando comparando: nevos de junção (1,68 DP 0,62), nevo celular composto (2,08 DP 0,90), nevos displásicos (2,68 DP 2,01) e melanoma (2,34 DP 1,14).
*Conclusão:* Nevos considerados clínica e histologicamente benignos apresentam anormalidades no conteúdo nuclear de DNA . A etiologia destas alterações mitóticas não é conhecida, mas a frequência destas anormalidades em lesões malignas sugere que a quantificação do DNA é um método complementar, útil na monitorização dos nevos.
Palavras-chave: SÍNDROME DO NEVO DISPLÁSICO., DNA, MELANOMA, NEVO
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Luise Ribeiro Daltro, Lygia Bertalha Yaegashi, Rodrigo Abdalah Freitas, Bruno de Carvalho Fantini, Cacilda da Silva Souza et al.
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O nevo azul consiste em uma lesão melanocítica benigna, cujas variantes mais frequentes são nevo azul (comum) dendrítico e nevo azul celular. O nevo azul celular atípico exibe histopatologia intermediária entre a variante típica e uma variante rara de nevo azul maligno/melanoma, surgindo em um nevo azul celular. Criança de oito anos apresentava lesão pigmentada no glúteo desde nascimento, mas com crescimento progressivo há dois anos. Após excisão, a histopatologia evidenciou nevo azul celular atípico. A presença de mitoses, ulceração, infiltração, atipia citológica ou necrose pode ocorrer no nevo azul celular atípico e dificultar a diferenciação com nevo azul maligno/melanoma. O crescimento do nevo azul é incomum e considerado característica de alto risco para malignidade, um indicador para ressecção completa e seguimento periódico desses pacientes.
Palavras-chave: Melanoma; Nevo azul; Nevo pigmentado
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