Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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VALÉRIA AOKI, EVANDRO A. RIVITTI, LUCI MARI ITO GERHARD, GUNTER HANS FILHO, LUIS A. DIAZ et al.
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O fogo selvagem, ou pênfigo foliáceo endêmico, é doença órgão-específica, em que auto-anticorpos IgG, especialmente da subclasse IgG4, se dirigem contra ectodomínios da desmogleína 1, culminando no processo de acantólise. Influências genéticas e ambientais modulam essa resposta auto-imune específica; nota-se maior susceptibilidade ao pênfigo foliáceo endêmico nos indivíduos que apresentam uma determinada seqüência de alelos (LLEQRRAA) nas posições 67-74 da terceira região hipervariável do HLA-DRB1, e naqueles expostos a insetos hematófagos, em especial o _Simulium nigrimanum_. Uma possível explicação para o desencadeamento do processo auto-imune seria o mimetismo antigênico, iniciado por estímulos ambientais, nos indivíduos geneticamente predispostos.
Palavras-chave: PÊNFIGO, AUTO-IMUNIDADE, IMUNOFLUORESCÊNCIA, MAPEAMENTO DE EPITOPOS
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Artigo Original
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Autor(es)
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Resumo
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ANDRÉA CABRAL DE MENEZES GURFINKEL, ANTONIO CARLOS PEREIRA JUNIOR
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Os autores compararam os resultados obtidos com testes cutâneos de imunidade celular - MITSUDA, oidiomicina, PPD, em 20 pacientes com linfomas, 20 com colagenoses, 20 com outras neoplasias malignas e 20 sadios. A resposta ao teste de MITSUDA acompanhou as demais reações empregadas. Houve uma diferença significativa entre os grupos quando comparados entre si quanto ao MITSUDA: os pacientes com linfomas e colagenoses apresentaram uma positividade de 10%, enquanto os portadores de doenças malignas apresentaram respostas positivas em 65% dos casos e no grupo-controle de 80%. Os autores discutem o significado destes resultados.
Palavras-chave: HANSENÍASE, PURPURA, SCHOENLEIN-HENOCH., IMUNIDADE CELULAR, ANTÍGENOS, RESPOSTA IMUNOLÓGICA
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Artigos originais
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Autor(es)
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Resumo
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VALÉRIA MARCONDES DE OLIVEIRA E COLS.
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Com o intuito de se estudar a resposta imunológica celular no fogo selvagem, foram avaliados 11 doentes sendo cinco pacientes sem tratamento prévio e seis pacientes em vigência de corticoterapia sistêmica, através de leucograma, quantificação de linfócitos totais, T, B e suas subpopulações e provas de imunidade cutânea tardia. A análise numérica dos linfócitos e suas subpopulações demonstrou que estas células encontravam-se normais ou acima da normalidade. A resposta aos testes de imunidade cutânea tardia indicou uma imunidade mediada per células capaz de reagira antígenos conhecidos e novos. Como o anticorpo no pênfigo vulgar e diverso do encontrado no pênfigo foliáceo, o achado de que a imunidade celular esta preservada no fogo selvagem contrasta com a depressão linfocitária relatada no pênfigo vulgar e reforça a hipótese de que estas duas afecções evoluam através de mecanismos imunopatogênicos diversos.
Palavras-chave: LINFÔCITOS AUXILIARES E SUPESSORES, PÊNFIGO FOLIÁCEO, IMUNIDADE CELULAR
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Resumo
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TÂNIA NELY ROCHA, ROSANE OROFINO COSTA, LISSA SUDO, JARBAS ANACLETO PORTO
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Verificou-se a incidência de fungos em unhas aparentemente sãs em dois grupos de pacientes. O primeiro grupo contava com 15 pacientes que apresentaram unha aparentemente sã e dermatofitose interdigital de uma ou mais pregas dos pododáctilos e/ou dermatofitose em um ou ambos calcanháres e o segundo grupo com 15 pacientes sem dermatofitose dos pés e com unhas aparentemente sãs. No primeiro grupo encontrou-se um paciente que apresentava, em unha aparentemente sã, T. mentagrophytes var. Zoofílica, e na prega acometida E. floccosum. Realizaram-se testes de imunidade celular nos pacientes dos dois grupos para observar a correlação do dermatófito como colonizador da unha aparentemente sã e a imunidade celular do indivíduo. Como nenhum paciente apresentara déficit da imunidade celular, tal correlação não foi possível.
Palavras-chave: FUNGOS EM UNHAS NORMAIS E IMUNIDADE CELULAR, DERMATOFITOSE E IMUNIDADE CELULAR, TINHA INTERDIGITAL E IMUNDADE CELULAR
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Sheila Itamara Ferreira do Couto Meireles, Sônia Maria Fonseca de Andrade, Cristiano Luiz Horta de Lima Júnior, Mario Cezar Pires
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A Epidermodisplasia Verruciforme é uma genodermatose que se caracteriza pela susceptibilidade à infecção por tipos específicos de HPV (HPVs 3 e 10 e os beta-HPVs) e é considerada o primeiro modelo no homem de carcinogênese induzida pelo HPV. Neste artigo apresenta-se um caso raro de Epidermodisplasia Verruciforme em um paciente com HIV desde o nascimento. Apesar dos doentes com HIV apresentarem mais infecções pelos vírus HPVs, existem poucos relatos na literatura de Epidermodisplasia Verruciforme no doente com HIV. Isso se explica, pois a Epidermodisplasia Verruciforme é consequência de uma deficiência celular específica à infecção por alguns tipos distintos de HPVs, ditos HPVs relacionados a Epidermodisplasia Verruciforme.
Palavras-chave: Epidermodisplasia verruciforme; HIV; Imunidade celular; Infecções por HIV; Sondas de DNA de HPV
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Resumo
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Marcelo Corti, María Florencia Villafañe, Alicia Bistmans, Ana Campitelli, Marina Narbaitz et al.
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Os linfomas Não-Hodgkin primários de tecidos moles são muito raros e responsáveis por somente 0,1% dos casos. Geralmente, os linfomas Não-Hodgkin de tecidos moles se apresentam como massas subcutâneas sem evidência de comprometimento dos nódulos ou da pele. Descrevemos aqui quatro casos de linfomas Não-Hodgkin primário de tecidos moles em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana. O local mais comum de comprometimento foi a parede torácica em todos os pacientes; os exames histopatológico e imunofenotípico do esfregaço da biópsia revelaram dois casos de linfoma plasmablástico, um linfoma de Burkitt e um linfoma difuso de grandes células B. O linfoma Não-Hodgkin deve ser incluído no diagnóstico diferencial de massas de tecidos moles nos pacientes soropositivos para vírus da imunodeficiência humana.
Palavras-chave: HIV, LINFOMA DE CÉLULAS B, LINFOMA NÃO HODGKIN, NEOPLASIAS DE TECIDOS MOLES, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Resumo
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Leandra Oliveira Teixeira, Carlos Maximiliano Gaspar Carvalho Heil Silva, Hélcio Takeshi Akamatsu, Jaison Antônio Barreto, Cleverson Teixeira Soares et al.
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O presente artigo relata um caso de recidiva, com manifestação neural isolada, em paciente multibacilar previamente tratado com poliquimioterapia para multibacilar 24 doses. O paciente retorna ao serviço, seis anos depois do fim do tratamento, com dores em mãos e pernas. Na investigação, o acompanhamento da sorologia anti-glicolipídeo fenólico 1 demonstrou aumento importante dos níveis séricos, e foi aventada a hipótese de recidiva neural, já que o paciente não apresentava lesões cutâneas novas. Uma nova biópsia, em nervo ulnar direito, demonstrou baciloscopia de 2+, compatível com recidiva. Faz-se revisão da literatura sobre aspectos etiológicos, clínicos, propedêuticos e diagnósticos dessa situação tão pouco compreendida.
Palavras-chave: BIÓPSIA, HANSENÍASE DIMORFA, NERVO ULNAR, RECIDIVA, SOROLOGIA, TERAPIA COMBINADA
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Resumo
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RAFAELA DE LIMA CARUSO, RENATA MARTINS FERNANDES, MÁRCIO SOARES SERRA, RICARDO BARBOSA LIMA, CARLOS JOSÉ MARTINS et al.
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A infecção pelo HIV não altera a história natural da hanseníase. Observa-se maior incidência de estados reacionais nos pacientes co-infectados, além de casos mais graves de neurite. Paciente soropositiva com hanseníase dimorfa tuberculóide manifestou reação reversa exuberante. Lesões cutâneas atípicas e raras surgiram após a introdução da terapia anti-retroviral que promoveu o início da recuperação imunológica com aumento de linfócitos T CD4+ e queda da carga viral. A restauração da imunidade celular nos pacientes soropositivos pode precipitar reações reversas, descritas recentemente como uma das manifestações da síndrome inflamatória de reconstituição imunológica associada à hanseníase.
Palavras-chave: IMUNIDADE CELULAR, HIV, HANSENÍASE DIMORFA, TERAPIA ANTI-RETROVIRAL DE ALTA ATIVIDADE
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Resumo
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MARIA CRISTINA D' ASCENÇÃO MANSUR, ROSYANE RENA DE FREITAS, FELIPE TORRES RABÊLO, LEONORA MANSUR, FÁBIO TORRES RABÊLO, FRANK CÉSAR MONTEIRO SANTIAGO, THAÍS DE OLIVEIRA, FRANCELINE QUINTÃO AZEVEDO et al.
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Apresentam-se quatro pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana em tratamento com inibidores de proteases há oito meses e três semanas em média. Ressaltam-se o acúmulo de gordura na região dorsocervical e fáscies de lua cheia, semelhante à que ocorre na síndrome de Cushing.
Palavras-chave: HIV, INIBIDORES DE PROTEASES, LIPODISTROFIA
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Resumo
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WELLINGTON LUIZ MENDES, CLAUDIA ZAVALONI MELOTTI, ALANNA MARA BEZERRA, FERNANDO AUGUSTO SOARES, BEATRIZ DE CAMARGO et al.
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A histiocitose de células de Langerhans pode apresentar-se de diversas formas clínicas. Neste trabalho, os autores relatam caso de menino de três anos de idade com queixa de otite média crônca e tumoração na região da mastóide direita. O exame anatomopatológico revelou histiocitose. O paciente apresentava dermatite importante no couro cabeludo e alterações distróficas com onicólise, pústulas e deformidades ungueais nos dedos das mãos e pés. As lesões responderam à terapia antineoplásica. O aparecimento de lesões distróficas ungueais na histiocitose de células de Langerhans é raro em crianças. Esse caso clínico sugere que o tratamento com terapia antineoplásica pode ser eficaz.
Palavras-chave: UNHAS/LESÕES, HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS/TERAPIA, HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS/DIAGNÓSTICO, LANGERHANS CELL HISTIOCYTOSIS, NAILS, CRIANÇA, HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS, UNHAS
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Resumo
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UWE WOLLINA, CLAUDIA WURBS, JAQUELINE SCHÖNLEBE
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A papulose linfomatóide (PL) constitui uma variante rara dos linfomas cutâneos de células T com a presença de amplo infiltrado intracutâneo de células T positivas para CD30. O exame histológico sugestivo de doença altamente maligna e agressiva opõe-se ao curso crônico-recidivante, muitas vezes auto-limitado, presente na maioria dos casos. São apresentados os relatos de dois pacientes. Uma mulher com 64 anos de idade e história de 10 anos de PL recebeu terapia Puva em creme, sendo a doença controlada. No segundo caso, uma mulher de 42 anos apresentava história de 18 anos de PL tratada com Puva e, posteriormente, com fotoquimioterapia extracorpórea (FEC). Durante a FEC, observou-se rápida disseminação metastática que não pôde ser controlada por poliquimioterapia. A paciente foi a óbito após um ano, em razão de metástase no sistema nervoso central.
Palavras-chave: FOTOFORESE, LINFOMA DE CÉLULAS T CUTÂNEO, PAPULOSE LINFOMATÓIDE, TERAPIA PUVA
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Resumo
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TULLIA CUZZI MAYA, MARIA JOSÉ SERAPIÃO, MARIA CLARA GUTIERREZ GALHARDO, BEATRIZ GRINSZTEJN, SOLANGE C. CAVALCANTE, MANOEL PAES DE OLIVEIRA NETO et al.
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Os autores relatam um caso de melanoma associado à infecção pelo HIV. O êxito letal ocorreu 12 meses após o diagnóstico da neoplasia. O estudo de necropsia revelou comprometimento de múltiplos órgãos, e o padrão de disseminação das células tumorais sugeriu sua ampla circulação pela corrente sanguínea e linfática.
Palavras-chave: HIV, MELANOMA, MELANOMA, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Resumo
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ARYON DE ALMEIDA BARBOSA JR, MARIA ISABEL RIBEIRO SANTOS, BALMUKUND NILJAY PATEL, ENEIDA ROCHA, EDGAR LESSA CROSOÉ, TANIA MARIA CORREIA SILVA et al.
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Caso clínico de carcinoma escamo-celular (epidermóide) da pele é descrito em paciente com hanseníase virchoviana. Os aspectos clínicos, histopatológicos da lesão e a patogênese da malignidade são discutidos brevemente.
Palavras-chave: CARCINOMA ESCAMO-CELULAR, HANSENÍASE, PATOLOGIA
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Adma Silva de Lima, Vanessa Irusta dal Pizzol, Scheila Fritsch, Gabriela Poglia Fonseca, Fabiane Andrade Mulinari-Brenner, Carolina de Souza Muller, Vanessa Cristhine Dalombo Ottoboni et al.
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Devido às evidências crescentes da interação entre o bacilo de Hansen e as células endoteliais e à escassez de estudos abordando a presença de alterações capilaroscópicas em doentes com hanseníase, foi realizado estudo para verificar a presença de alterações capilaroscópicas em doentes com hanseníase em suas diversas formas e sua correlação com parâmetros clínicos. Foram avaliados dez pacientes em ambulatório especializado de serviço universitário e 60% deles apresentaram alguma alteração capilaroscópica, incluindo micro-hemorragias, capilares ectasiados, em arbusto e enovelados. Tais alterações foram inespecíficas, o que sugere que não haja um padrão específico nesta doença.
Palavras-chave: Hanseníase; Hanseníase dimorfa; Hanseníase multibacilar; Hanseníase paucibacilar; Hanseníase tuberculoide; Hanseníase virchowiana; Mycobacterium leprae
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Resumo
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HERON FERNANDO SOUSA GONZAGA, LILIANA DE SOUZA GONZAGA SABATINI, LÚCIA HELENA DE SOUSA GONZAGA, WILZA CARLA SPIRI, APARECIDA MACHADO DE MORAES, MÁRIO FRANCISCO REAL GABRIELLI et al.
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Os autores apresentam os principais cuidados relacionados a procedimentos de anti-sepsia na cavidade bucal, abordando esterilização dos instrumentos e materiais usados, desinfecção anti-sepsia e proteção individual. Os principais anti-sépticos utilizados na cavidade bucal são a cloro-hexidina e os compostos da polivinilpirrolidona associados ao iodo.
Palavras-chave: BOCA/MICROBIOLOGIA, ANTI-SEPSIA, ANTI-SÉPTICOS BUCAIS
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Resumo
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ANTONIO CARLOS PEREIRA JUNIOR, JAQUELINE ROSE TEIXEIRA CANESCHI, MÔNICA MANELA AZULAY, BEATRIZ MORITZ TROPE, BEATRIZ ROSMANINHO C. AVÈ, SUELI COELHO DA SILVA CARNEIRO, RUBEM DAVID AZULAY et al.
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Os autores apresentam resultados de estudo da resistência à infecção hansênica em 22 pacientes HIV positivos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mediado pela correlação clínico-patológica do Teste de Mitsuda e outros parâmetros.
A amostragem evidenciou 77% de reações negativas, 13% duvidosas e 9% positivas. A observação histológica da reação de Mitsuda mostrou granuloma tuberculóide em nove pacientes (40%) em diferentes fases de formação, permitindo aos autores concluir que a infecção pelo HIV diminui sensivelmente, de forma lenta e gradual, a capacidade dos indivíduos de formarem granuloma tuberculóide e de lisar Baar, jogando-os para uma faixa de menor reatividade defensiva constitucional, mais próxima do pólo virchowiano.
Atribuem a disfunção básica e alterações do linfócito T colaborador e seus subprodutos, principalmente a interleucina II e o interferon.
Palavras-chave: REAÇÃO DE MITSUDA, RESISTÊNCIA IMUNE, SIDA, AIDS, HANSENÍASE, IMUNIDADE CELULAR
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE, SÍLVIA MARIA SCHMIDT
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O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo de câncer mais comum em humanos, e sua incidência vem aumentando nos últimos anos. O conhecimento de sua histogênese, assim como de sua epidemiologia, tem-se tornado mais claro com as pesquisas no campo da genética, biologia molecular e dos inquéritos epidemiológicos, que identificaram fatores de risco e outras formas de prevenção. Houve progressos na compreensão de seu comportamento biológico, em face de sua variedade de formas clínicas e histopatológicas. Novos conhecimentos foram adicionados a particularidades, como os carcinomas basocelulares recidivados e metastáticos. O reconhecimento do tumor tornou-se mais apurado devido ao emprego de técnicas que aumentaram a acurária diagnóstica. Novas formas de terapia têm sido descritas, entre elas a terapia fotodinâmica e a utilização de imunomoduladores, ao lado de formas mais tradicionais, que se consolidaram pela experiência clínica. O prognóstico do CBC melhorou consideravelmente nas últimas décadas graças ao diagnóstico mais precoce, às medidas terapêuticas atuais, e à maior conscientização da população sobre o problema, fruto das campanhas educacionais. Este trabalho de revisão aborda pormenorizadamente cada um desses aspectos, focalizando suas instâncias práticas, no intuito de representar para o dermatologista uma fonte de referência para outros estudos.
Palavras-chave: PREVENÇÃO E CONTROLE, TERAPIA., NEOPLASIAS DE CÉLULAS BASAIS, ETIOLOGIA, CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO, EPIDEMIOLOGIA, PATOLOGIA
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Resumo
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ADRIANA MARIA PORRO, MÁRCIA CRISTINA NAOMI YOSHIOKA
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As lesões cutaneomucosas são bastante freqüentes no paciente infectado pelo HIV e é importante que o dermatologista esteja familiarizado com elas. Nesta revisão são abordados aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos dos quadros dermatológicos mais prevalentes nessa população, entre eles infecções (virais, fúngicas e bacterianas), tumores (sarcoma de Kaposi, carcinoma basocelular e espinocelular), farmacodermias, erupções eritêmato-escamosas e papulopruriginosas.
Palavras-chave: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA., DERMATOLOGIA, HIV, INFECÇÕES POR HIV
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Farmacologia clínica
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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DILTOR VLADIMIR A. OPROMOLLA
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Nos anos 60 as evidências clínicas da sulfono-resistência foram demonstadas experimentalmente pela técnica da inoculação do M. Leprae no cox implantar do camundongo. Apesar disso a sulfona continuou a ser administrada como monoterapia, inclusive em doses baixas, porque foi demonstrado por Shepard que a sua dose inibitória mínima seria da ordem de 1mg/dia. Tudo isso associado a tratamento irregular levou ao aumento progressivo da sulfono-resistência em muitos países, comprovado experimentalmente. Esse fato levou a OMS a propor esquemas multidrogas utilizando a rifampicina, sulfona e clofazimina ou a etionamida para casos multibacilares até a cura clínica e rifampicina e sulfona para casos paucibacilares durante seis meses. O autor discute as razões para o emprego desses regimes e suas limitações, considerando ainda como a melhor opção que se tem atualmente para o tratamento da hanseníase.
Palavras-chave: MULTIDROGA TERAPIA, HANSENÍASE
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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John Verrinder Veasey, Adriana Bittencourt Campaner, Rute Facchini Lelli
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FUNDAMENTOS: A verruga anogenital é a principal infecção sexualmente transmissível de atendimento em clínicas especializadas. Pode se apresentar por quadros frustros a exuberantes, conforme a interação do vírus com a imunidade do hospedeiro. A imunidade celular é a principal forma de defesa do epitélio contra o vírus, com participação ativa das células de Langerhans e citocinas pró-inflamatórias como o TNF-α.
OBJETIVO: Avaliar a resposta imune epitelial de verrugas anogenitais de homens, de acordo com o número de lesões apresentadas.
MÉTODOS: Estudo transversal prospectivo feito no ambulatório de dermatologia de hospital terciário. Foram incluídos pacientes do sexo masculino acima de 18 anos sem comorbidades, com condilomas anogenitais sem tratamentos prévios. Para avaliação da imunidade epitelial local as lesões foram quantificadas e, após removidas, submetidas a exame de imuno-histoquímica de CD1a para morfometria e morfologia das células de Langerhans, além de reação de TNF-α, para avaliação da impregnação dessa citocina no tecido.
RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 48 pacientes. Não houve diferença estatisticamente significante ao se comparar o número de lesões à morfometria das células de Langerhans, nem à morfologia dessas células e à presença de TNF-α nas lesões. Entretanto, notou-se que pacientes com maior número de células de Langerhans nas lesões tinham suas células com morfologia estrelada e dendrítica, enquanto os com menos células apresentavam morfologia arredondada e sem dendritos (p < 0,001).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Número reduzido de pacientes analisados.
CONCLUSÕES: Não houve diferença na imunidade epitelial entre os pacientes com poucas e muitas lesões de condilomas anogenitais, aferida pela morfologia e morfometria das células de Langerhans e positividade de TNF-α. Estima-se que essa avaliação por meio de outros marcadores de imunidade possa mostrar algum resultado.
Palavras-chave: Células de Langerhans; Condiloma acuminado; Fator de necrose tumoral alfa; Imunidade; Verrugas.
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Resumo
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Marina Dias Costa, Fábio de Souza Terra, Rosane Dias Costa, Sandra Lyon, Ana Maria Duarte Dias Costa, Carlos Maurício de Figueiredo Antunes et al.
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FUNDAMENTOS: As incapacidades e deformidades decorrentes dos surtos reacionais de hanseníase podem acarretar inúmeros problemas aos pacientes, interferindo na qualidade de vida.
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida de pacientes portadores de hanseníase em estado reacional identificados em centro de referência de Belo Horizonte, MG.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo e analítico, envolvendo 120 pacientes em tratamento de surto reacional de hanseníase, no período de dezembro de 2007 a março de 2008, realizado no ambulatório de dermatologia do Hospital Eduardo de Menezes da Fhemig. Foram utilizados dois instrumentos referentes às variáveis sociodemográficas, econômicas e clínicas e o instrumento genérico WHOQOL-bref da OMS. Os dados foram tabulados no SPSS e analisados por meio do escore médio com aplicação de testes estatísticos (p < 0,05).
RESULTADOS: Constatou-se que a mediana da idade dos pacientes estudados foi de 48 anos, sendo a maioria deles do sexo masculino, casada, de cidades circunvizinhas a BH, com primeiro grau incompleto, aposentada ou gozando de licença saúde e com renda familiar de um a dois salários mínimos vigentes. A maioria deles relatou que a doença interferiu muito nas atividades profissionais e de lazer. Na avaliação da QV, o índice mais baixo foi observado no domínio físico e os mais altos foram observados nos domínios psicológico e das relações sociais. A consistência interna do WHOQOL-bref foi aceitável para as facetas e domínios.
CONCLUSÕES: A hanseníase causa sofrimento que ultrapassa a dor e o mal-estar estritamente vinculados ao prejuízo físico, com grande impacto social e psicológico.
Palavras-chave: HANSENÍASE, HANSENÍASE DIMORFA, HANSENÍASE VIRCHOWIANA, PERFIL DE IMPACTO DA DOENÇA, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Roberta Buense, Ida Alzira Gomes Duarte, Marcio Bouer
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FUNDAMENTOS: A esclerodermia é uma doença autoimune caracterizada pela esclerose progressiva do tecido conjuntivo e alterações da microcirculação. A forma cutânea é considerada uma doença autolimitada. No entanto, em alguns casos, ocorrem lesões atróficas, deformantes, que dificultam o desenvolvimento normal. Relatos da literatura apontam a fototerapia como uma modalidade terapêutica com resposta favorável nas formas cutâneas da esclerodermia.
OBJETIVOS: Este trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento da esclerodermia cutânea com fototerapia.
MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de esclerodermia cutânea para o tratamento com fototerapia, os quais foram classificados de acordo com o tipo clínico e o estágio evolutivo das lesões. Utilizou-se o exame clínico e a ultrassonografia da pele como metodologia para demonstrar os resultados obtidos com o tratamento proposto.
RESULTADOS: Foi observado o início da melhora clínica das lesões com média de 10 sessões de fototerapia. A palpação clínica mostrou amolecimento em todas as lesões estudadas, com redução nos escores de avaliação estabelecidos. No exame de ultrassom, a maioria das lesões avaliadas mostrou diminuição da espessura da derme, e apenas cinco mantiveram sua medida. Não se observou diferença na resposta ao tratamento de acordo com o tipo de fototerapia instituída.
CONCLUSÕES: O tratamento proposto foi efetivo em todas as lesões, independentemente do tipo de fototerapia realizada. A melhora foi observada em todas as lesões tratadas e comprovada pela avaliação clínica e pelo exame de ultrassom da pele.
Palavras-chave: ESCLERODERMIA LOCALIZADA, FOTOTERAPIA, TERAPIA PUVA, ULTRASSOM FOCALIZADO TRANSRETAL DE ALTA INTENSIDADE, ULTRA-SONOGRAFIA
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Resumo
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Cíntia Helena Santuzzi, Hygor Franca Buss, Diego França Pedrosa, Martha Oliveira Vieira Moniz Freire, Breno Valentim Nogueira, Washington Luiz Silva Gonçalves et al.
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FUNDAMENTOS: A laserterapia de baixa potência e os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (ICOX2) vem sendo muito utilizados para modular a resposta inflamatória, entretanto, os seus efeitos na reepitelização de feridas não são bem compreendidos.
OBJETIVO: Avaliar os efeitos isolados e combinados da laserterapia de baixa potência e da ICOX2 na reepitelização de ferida incisional na pele de camundongos.
MÉTODO: Foi induzida uma ferida de 1 cm no dorso de cada camundongo, que foram divididos em quatro grupos (N=20): Controle, Laserterapia, Tratados com celecoxib e Terapia conjugada. Os animais dos grupos celecoxib e Terapia conjugada foram tratados com celecoxib por 10 dias antes da incisão cutânea. As feridas experimentais foram irradiadas com laserterapia de baixa potência He-Ne (632nm, dose: 4J/cm2) em varredura, por 12 segundos durante três dias consecutivos nos grupos Laserterapia e Terapia conjugada. Os animais foram sacrificados no 3º dia de pós-operatório. Amostras das feridas foram coletadas e coradas (Tricromio de Masson) para análise histomorfométrica.
RESULTADOS: Tanto o grupo Laserterapia, quanto o grupo celecoxib, mostrou aumento da reepitelização cutânea em relação ao grupo Controle, entretanto, o grupo Terapia conjugada não apresentou diferenças. Quanto à queratinização o grupo Laserterapia e Terapia conjugada apresentaram redução dos queratinócitos, comparados com o grupo Controle.
CONCLUSÕES: Os resultados mostram que o uso da laserterapia de baixa potência e da ICOX2 isoladamente aumentam as células epiteliais, mas somente a laserterapia de baixa potência reduziu os queratinócitos cutâneos. O tratamento conjugado restabelece a reepitelização inata e dimunui a queratinização, embora ocorra uma acelerada contração da ferida com melhora na organização da ferida na pele de camundongos.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO, CÉLULAS EPITELIAIS, INIBIDORES DE CICLOOXIGENASE 2, QUERATINÓCITOS, TERAPIA A LASER
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Resumo
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Itamar Santos, Roberto José Vieira de Mello, Itamar Belo dos Santos, Reginaldo Alves dos Santos
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FUNDAMENTOS - O carcinoma basocelular localiza-se principalmente em áreas expostas ao sol, apresentando formas clínicas e histológicas diferentes, algumas com grande e outras com pequena agressividade local. Células de Langerhans participam ativamente do sistema imune da pele.
OBJETIVO - Avaliar quantitativamente as células de Langerhans sobrepostas aos carcinomas basocelulares de maior
e menor potencial de agressividade local, assim como nas respectivas epidermes sãs adjacentes. MÉTODOS - Dois grupos com 14 preparações histológicas cada. No primeiro, carcinoma basocelular de menor potencial de agressividade local e, no segundo, carcinoma basocelular de maior potencial. Empregou-se a imunoistoquímica com proteína S100 para identificação das células de Langerhans. Utilizando microscópio óptico em aumento de 400 vezes e a grade morfométrica de Weibel, foram contadas as células de Langerhans presentes em sete campos, obtendo-se a média em cada lâmina. Foi utilizado teste estatístico de Wilcoxon para análise estatística. RESULTADOS - No grupo de menor potencial de agressividade local, na epiderme sã adjacente houve aumento significativo no número de células de Langerhans comparado ao da epiderme sobreposta ao carcinoma basocelular (p d 0,05). No grupo de maior potencial de agressividade local, não houve diferença com significado estatístico (p > 0,05). CONCLUSÃO - O maior número de células de Langerhans na epiderme sã vizinha à lesão tumoral de menor potencial de agressividade local poderia representar uma maior resistência imunológica da epiderme, limitando a agressividade da neoplasia.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CÉLULAS DE LANGERHANS, IMUNIDADE, IMUNOISTOQUÍMICA, ONCOLOGIA
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Resumo
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SABRINA DE STEFANI, FERNANDA RAZERA, GISLAINE SILVEIRA OLM, ALESSANDRA PAPADOPOL, RENAN RANGEL BONAMIGO et al.
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FUNDAMENTOS - A ocorrência da dermatite de contato alérgica em pacientes soropositivos para o HIV foi pouco estudada até o momento (apenas relatos de caso). Os testes de contato são considerados o exame complementar padrão para a investigação diagnóstica desse tipo de reação alérgica e não foram avaliados cientificamente nesse grupo de pacientes.
OBJETIVO - Avaliar a aplicabilidade dos testes de contato em pacientes soropositivos para o HIV.
MÉTODO - Estudo transversal, descritivo, com controles. Um grupo com 16 pacientes soropositivos para o HIV foi comparado a um grupo com 32 pacientes com sorologia desconhecida para o HIV com relação à positividade aos testes. Foi realizada análise estatística bivariada com nível de significância p < 0,05.
RESULTADOS - Entre o grupo de pacientes soropositivos para o HIV, sete (43,75%) tiveram testes positivos, e, entre o grupo de pacientes que rotineiramente realizaram testes de contato (e com sorologia desconhecida ao HIV), 18 (56,25%) tiveram testes positivos.
CONCLUSÕES - Os achados deste trabalho sugerem que, apesar da imunodeficiência, a memória imunológica específica e a capacidade de responder positivamente aos testes podem permanecer. Dessa forma, esse recurso diagnóstico importante para as alergias dermatológicas não perderia validade ao ser aplicado no conjunto de pacientes que convivem com o HIV.
Palavras-chave: DERMATITE DE CONTATO, HIV, DIAGNÓSTICO
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Resumo
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IDA ALZIRA GOMES DUARTE, ROBERTA BUENSE BEDRIKOW, SIMONE KODAMA AOKI
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*Fundamentos:* A fotoquimioterapia com PUVA é indicada para tratamento da micose fungóide, empregada como monoterapia em estágios precoces ou combinada a outras drogas nos estágios mais avançados da doença.
*Objetivos:* Avaliação da resposta terapêutica à fotoquimioterapia PUVA em pacientes com micose fungóide.
*Métodos:* Entre janeiro de 1996 e novembro de 2003 avaliaram-se 17 pacientes com micose fungóide no setor de Fototerapia da Clínica Dermatológica da Santa Casa de São Paulo. A terapia com PUVA foi realizada como monoterapia nos estádios iniciais ou como coadjuvante nos estádios avançados da doença. Avaliou-se o resultado do tratamento quanto ao aspecto clínico das lesões e parâmetros histológicos após tratamento.
*Resultados:* Quatorze de 16 pacientes responderam à fotoquimioterapia. Relacionando o estadiamento da doença à resposta terapêutica obteve-se o seguinte: cinco pacientes (um em estágio IA e quatro em IB) com controle total (cura das lesões); quatro (todos IB) com melhora intensa (controle de 70-99%); dois (IIB e IVA) com melhora moderada (de 50 a 69%); três (IA, IB, IIA) com melhora discreta (menos 50%); dois (IB, IIB) inalterados (sem resposta). Um paciente teve de descontinuar o tratamento por apresentar intenso ardor.
*Conclusão:* Houve resposta à terapia PUVA em 87% dos pacientes, com controle total ou melhora intensa da doença em 56% dos casos. Sua efetividade permitiu regressão das lesões cutâneas, principalmente nos casos precoces. A fotoquimioterapia com PUVA mostrou ser tratamento seguro e efetivo, devendo ser considerado em pacientes com micose fungóide.
Palavras-chave: LINFOMA DE CÉLULAS T CUTÂNEO, MICOSE FUNGÓIDE, TERAPIA PUVA
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Resumo
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RUY NORONHA MIRANDA, LUIZ CARLOS PEREIRA, SERGIO FONSECA TARLÉ, ROGÉRIO A. NASCIMENTO, SANDRA L. DE MELLO, LISMARY A. F. MESQUITA, IVONE T. DECHANDT et al.
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*Fundamentos*: A hanseníase, causada pelo _Mycobacterium leprae_, manifesta-se por forma clínica denominada paucibacilar, benigna, Mitsuda-positiva, imunocompetente, e por outra forma, denominada multibacilar, grave, Mitsuda-negativa, imunodeficiente. Doentes multibacilares, eliminadores de bacilos, são considerados os mantenedores da endemia hansênica.
*Objetivos*: Os autores testaram cultura de micobactérias, obtida em laboratório, em pacientes Mitsuda-negativos, em busca de possível viragem imunológica.
*Métodos*: Com a cultura de micobactérias, foi preparado antígeno mitsudina-símile, que foi testado em 28 hansenianos Mitsuda-negativos, os quais, após avaliação desse teste, foram submetidos a novo teste de Mitsuda. Outros 28 Mitsuda-negativos receberam a inoculação de placebo e, posteriormente, foram avaliados por meio de novo teste de Mitsuda.
*Resultados*: Nos pacientes inoculados com a mitsudina experimental houve respostas favoráveis: em 25 deles reações macroscópicas positivas, em quatro das quais, com granuloma tuberculóide. Avaliados por meio de novo teste de Mitsuda, quatro deles responderam com típicas reações Mitsuda-positivas, com granuloma tuberculóide. Nos pacientes testados com placebo, as respostas foram negativas; a um novo teste de Mitsuda, houve uma resposta positiva.
*Conclusões*: Em hansenianos Mitsuda-negativos, testados com mitsudina experimental, foram constatadas 14,29% de respostas favoráveis, com reações de Mitsuda-símiles provocadas por essa mitsudina; testados os pacientes, novamente, com o antígeno de Mitsuda, foram constatadas 14,81% de respostas favoráveis, com reações positivas.
Palavras-chave: MITSUDA ANTIGEN, ANTÍGENO DE MITSUDA, HANSENÍASE, IMUNIDADE CELULAR
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Resumo
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ITAMAR BELO DOS SANTOS, ANTONIO CARLOS PEREIRA JUNIOR
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FUNDAMENTOS - Foram observados dois pacientes de doenças imunes da pele, cuja extensão foi delimitada pela lesão cutânea de hanseníase, sugerindo comportamentos imunológicos diferentes entre a área afetada e a pele sadia do mesmo paciente.
OBJETIVOS - Verificar experimentalmente, pelo teste epicutâneo com DNCB e intradérmico com candidina, se na lesão cutânea da hanseníase TT e BT existem modificações da imunidade celular em relação à pele aparentemente normal do mesmo paciente.
MÉTODOS - Foram selecionados 39 voluntários portadores de hanseníase TT e BT. Em 26, foi aplicado DNCB epicutâneo e, em 13, candidina intradérmica. Os resultados desses testes foram avaliados por: resposta clínica, estudo histopatológico e exame imuno-histoquímico dos componentes celulares das reações.
RESULTADOS - A resposta clínica à aplicação epicutânea de DNCB na lesão de hanseníase TT e BT foi maior do que na pele sadia do mesmo paciente. Não houve diferença com a aplicação intradérmica de candidina nesses locais. As CL apresentaram diminuição de número nos locais de aplicação de DNCB, permanecendo esse número inalterado nos locais testados com candidina.
CONCLUSÕES - A lesão cutânea de hanseníase (TT e BT) responde de modo mais intenso ao imunógeno aplicado por via epicutânea do que a pele sadia do mesmo paciente. Sugere-se que a hanseníase (TT e BT) interfira na reatividade da pele ao nível da lesão cutânea e que as células de Langerhans não participem dessa reatividade.
Palavras-chave: DINITROCLOROBENZENO, HANSENÍASE, IMUNIDADE CELULAR
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Resumo
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MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE CARVALHO, MARCELO GROSSI ARAÚJO, ANTÔNIO CARLOS MARTINS GUEDES, ORCANDA ANDRADE PATRUS
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Fundamentos - Poucos são os trabalhos na literatura médica brasileira que avaliam a evolução clínica dos pacientes hansenianos do tipo bordeline tuberculóide (BT).
Objetivos - Descrever a evolução de 71 pacientes de hanseníase BT tratados com esquema terapêutico poliquimioterápico (PQT/OMS).
Pacientes e Métodos - Trata-se de estudo realizado no Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Setenta e um pacientes com hanseníase BT foram incluídos no estudo no período de agosto de 1989 a agosto de 1993.
Resultados - Em relação ao quadro clínico, os pacientes foram divididos em clínica "discreta" (até cinco lesões) e clínica "exuberante" (acima de cinco lesões),e, quanto ao quadro histopatológico, agrupados como possuidores de "melhor" e "pior" imunidade. A evolução desses dois grupos de pacientes durante a PQT não mostrou diferença estatisticamente significativa. O teste de Mitsuda mostrou-se determinante na evolução favorável dos pacientes BT.
Conclusão - O teste de Mitsuda mostrou claramente ser o maior determinante na evolução favorável dos pacientes BT durante a PQT.
Palavras-chave: LEPROSTÁTICO, TERAPÊUTICA., HANSENÍASE DIMORFA
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Resumo
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MARIA DE LOURDES RIBEIRO DE CARVALHO, MARCELO GROSSI ARAÚJO, ANTÔNIO CARLOS MARTINS GUEDES, ORCANDA ANDRADE PATRUS
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Fundamentos - A reação tipo 1 é pouco estudada na literatura.
Objetivos - Descrever a época de aparecimento da reação tipo 1 e os nervos acometidos, nos pacientes portadores de hanseníase borderline tuberculóide (BT), durante a poliquimioterapia (PQT).
Pacientes e Métodos -Estudo longitudinal realizado no Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Setenta e um pacientes com hanseníase BT foram incluídos no estudo de agosto de 1989 a agosto de 1993.
Resultados - 89,3% dos pacientes hansenianos BT com reação tipo 1 apresentaram esse surto até a sexta dose de tratamento. 0 nervo ulnar foi o mais acometido nas reações tipo 1 (37,0%).
Conclusão - A reação tipo 1 nos pacientes hansenianos BT ocorre mais freqüentemente até a sexta dose de PQT. O nervo ulnar foi o mais acometido.
Palavras-chave: LEPROSTÁTICOS, HANSENÍASE DIMORFA, TERAPÊUTICA
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