Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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JOSÉ ANSELMO PIMENTA LOFÊGO FILHO, PAULA DADALTI GRANJA, DIOGO COTRIM DE SOUZA, PAULO ROBERTO COTRIM DE SOUZA, MARCOS AURÉLIO LEIROS DA SILVA, CRISTINA MAEDA TAKIYA et al.
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Em oncologia cutânea depara-se freqüentemente com situações em que a confecção
de um enxerto é uma boa alternativa para o fechamento do defeito cirúrgico. Conhecer aspectos referentes à integração e contração dos enxertos é fundamental para que os cirurgiões dermatológicos procedam de maneira a não contrariar princípios básicos do transplante de pele. Os autores fazem uma revisão da classificação e fisiologia dos enxertos de pele, acrescendo considerações cirúrgicas determinantes para o sucesso do procedimento.
Palavras-chave: NEOPLASIAS CUTÂNEAS, TRANSPLANTE DE PELE, TRANSPLANTE HOMÓLOGO
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Resumo
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JANE S. BELLET, NEIL S. PROSE
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Vitiligo é um achado dermatológico relativamente comum, observado desde a Antiguidade. A doença caracteriza-se por despigmentação da pele, com perda de melanócitos ao exame histológico. Diversos fenótipos clínicos resultam em diferentes graus de morbidade. A causa do vitiligo ainda é desconhecida e a etiologia mais provável parece ser auto-imune. O tratamento é difícil e várias alternativas mostram um potencial terapêutico significativo. Nesta revisão, abordaremos a classificação do vitiligo na infância, as hipóteses sobre a patogênese e o tratamento.
Palavras-chave: EPIDERME/TRANSPLANTE, TERAPIA PUVA, VITILIGO
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Resumo
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MARCIA DE MATOS SILVA, LUIS FERNANDO S. BOUZAS, ABSALOM L. FILGUEIRA
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A doença enxerto contra hospedeiro (DECH) é uma síndrome sistêmica que ocorre em pacientes que recebem linfócitos imunocompetentes. A fisiopatologia envolve uma reação imunológica entre linfócitos transplantados e tecidos do hospedeiro, e ocorre por ataque imune das células T do doador às células do hospedeiro, as quais diferem daquelas pelos antígenos de histocompatibilidade. É, assim, uma complicação primária do transplante de medula óssea (TMO) alogênico. O envolvimento cutâneo é freqüente na DECH e contribui para a morbidade e mortalidade do TMO. O dermatologista tem papel importante na avaliação dos pacientes auxiliando no reconhecimento precoce da DECH e suas complicações e no acompanhamento clínico desses pacientes. Nesta revisão os autores enfatizam as manifestações cutâneas da DECH, tendo como base sua experiência pessoal no acompanhamento de pacientes portadores de DECH transplantados de medula óssea no Centro Nacional de Transplante de Medula Óssea/Inca/MS, no Rio de Janeiro, nos últimos 14 anos.
Palavras-chave: DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO, TRANSPLANTE ALOGÊNICO., TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Alena Darwich Mendes, Maraya de Jesus Semblano Bittencourt, Emanuella Rosyane Duarte Moure, Camila Maria D'Macêdo, Igor Nagai Yamaki, Dyandra Moreira de Araújo et al.
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Paciente masculino, de 24 anos, submetido a transplante renal havia seis anos em decorrência de nefrite lúpica, vinha apresentando placas eritematodescamativas e assintomáticas nas áreas fotoexpostas e no abdome nos últimos dois anos. Medicamentos imunossupressores pós-transplante incluíam prednisona, sirolimo e micofenolato de sódio. O exame anatomopatológico de biópsia de pele do abdome foi compatível com epidermodisplasia verruciforme. A epidermodisplasia verruciforme é uma genodermatose autossômica recessiva rara que determina aumento da susceptibilidade à infecção por cepas específicas do vírus do papiloma humano. O termo epidermodisplasia verruciforme adquirida foi introduzido recentemente na literatura para descrever casos da doença em pacientes com deficiência da imunidade celular. Relatamos caso adicional associado a imunossupressão pós-transplante renal.
Palavras-chave: Epidermodisplasia verruciforme; Imunossupressão; Transplante de rim
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Resumo
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Fernanda Mendes Araújo, Rogério Nabor Kondo, Lorivaldo Minelli
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Pioderma gangrenoso é dermatose rara de etiologia não completamente compreendida e apresentação clínica variável. A doença apresenta muitos desafios à equipe médica, desde a freqüente dificuldade diagnóstica até a inexistência de evidências científicas com bom nível para condução de casos extensos e refratários. Apresentamos o caso de um paciente masculino, 50 anos, com úlcera extensa e profunda em perna esquerda, que exemplifica bem a dificuldade terapêutica e que, felizmente, evoluiu com excelente resultado após associação de oxigenoterapia hiperbárica e enxertia de pele ao tratamento imunossupressor inicialmente proposto.
Palavras-chave: Oxigenação hiperbárica; Pioderma gangrenoso; Transplante de Pele
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Resumo
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Mariana Gontijo Ramos, Daniel Gontijo Ramos, Gabriel Gontijo, Camila Gontijo Ramos, Tania Nely Rocha, Rafael Henrique Rocha et al.
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Existem várias alternativas para o tratamento do vitiligo, incluindo procedimentos cirúrgicos, que são indicados para pacientes refratários aos outros tipos de tratamento. O transplante de suspensão celular de melanócitos/queratinócitos consiste na separação de células da epiderme obtidas de área doadora, e aplicação destas células na área receptora despigmentada, após dermoabrasão. Dois pacientes com vitiligo estável foram submetidos ao transplante de suspensão de melanócitos/queratinócitos, apresentando repigmentação acima de 70% nas áreas tratadas após quatro meses, ambos com excelente grau de satisfação. O método requer alguma habilidade laboratorial, mas representa um procedimento simples e seguro.
Palavras-chave: Melanócitos; Transplante; Vitiligo
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Resumo
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Júlio César Garcia de Alencar, Sarah Hanna de Carvalho Andrade, Salustiano Gomes de Pinho Pessoa, Iana Silva Dias
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A Síndrome de Parry-Romberg, também conhecida como atrofia hemifacial progressiva, é uma doença rara caracterizada por lenta e progressiva atrofia de hemiface. O tratamento ofertado para a síndrome, geralmente, visa melhorar o aspecto estético. Os enxertos gordurosos, as injeções de silicone ou as próteses de acrílico são alternativas sugeridas para correção da atrofia facial. Atualmente, a técnica recomendada para correção da atrofia facial é cirurgia dermatológica cosmética com lipoenxertia autóloga. O objetivo deste estudo é relatar um caso de SPR e demonstrar que a cirurgia dermatológica pode aliviar danos sérios à anatomia do paciente, a partir da discussão dos aspectos terapêuticos da síndrome, com ênfase na lipoenxertia autóloga.
Palavras-chave: HEMIATROFIA FACIAL, LIPODISTROFIA, TRANSPLANTES, TRANSPLANTE HOMÓLOGO
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Resumo
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Daniela Rezende Neves, José Rogério Régis Júnior, Patrícia Jannuzzi Vieira e Oliveira, Renata Indelicato Zac, Kleber de Sousa Silveira et al.
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O piebaldismo é uma genodermatose rara onde as lesões acrômicas não respondem aos tratamentos tópico e fototerápico. Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância do transplante de melanócitos, usando a técnica de minigrafting no tratamento do piebaldismo.
Palavras-chave: MELANÓCITOS, PIEBALDISMO, TRANSPLANTE
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Resumo
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Alceu Luiz Camargo Villela Berbert, Sônia Antunes de Oliveira Mantese, Ademir Rocha, Juliana Rezende, Thania Ferreira Rodrigues Cunha et al.
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O pioderma gangrenoso é doença cutânea inflamatória rara, idiopática. Afeta principalmente adultos; apenas cerca de 4% dos casos são diagnosticados em crianças e adolescentes. Existem quatro formas clínicas de pioderma gangrenoso: ulcerativa, pustular, bolhosa e vegetante (pioderma granulomatoso superficial). O pioderma granulomatoso superficial é considerado a forma mais benigna e incomum
da doença. Em pacientes submetidos a manipulação cirúrgica, uma eventual manifestação do pioderma gangrenoso ocorre nos locais de intervenção. Relata-se o caso de criança de cinco anos de idade, vítima de queimadura, que apresentou pioderma granulomatoso superficial sobre áreas doadoras de enxertos.
Palavras-chave: DERMATOPATIAS, PIODERMA GANGRENOSO, TRANSPLANTE AUTÓLOGO
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Resumo
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DANIELA BADZIAK, CAROLINA LENHARDT, MICHELE FERREIRA DE BARROS TOCCOLINI BRANCO, FERNANDO LUIZ MANDELLI, SERGIO ZUÑEDA SERAFINI, JESUS RODRIGUEZ SANTAMARIA et al.
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A dermatose perfurante adquirida é entidade clinicopatológica caracterizada por eliminação transepitelial de material dérmico degenerado, ocorrendo em muitas condições, entre elas diabetes mellitus, insuficiência renal crônica e colangite esclerosante. Relata-se o caso de paciente de 17 anos, com dermatose perfurante adquirida associada à insuficiência hepática crônica, conseqüente à complicação hepática de transplante de fígado para tratamento de sua doença de base, a glicogenose tipo I.
Palavras-chave: COLESTASIA, DOENÇA DO ARMAZENAMENTO DE GLICOGÊNIO TIPO I, QUERATINA, FOLICULITE, INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA, PRURIDO, TRANSPLANTE DE FÍGADO
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Resumo
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ROBERTO RHEINGANTZ DA CUNHA FILHO, JOEL SCHWARTZ, MARIANE REHN, GERSON VETTORATO, MARIA APARECIDA DE RESENDE et al.
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Feo-hifomicose causada por _Veronaea bothryosa_ é muito rara. Os autores relatam dois casos, que acreditam ser o primeiro e o segundo no continente americano, mas quarto e quinto da literatura mundial, até o momento. Trata-se de dois pacientes, um transplantado renal e outro imunossuprimido não transplantado. Ambos apresentavam lesões no dorso do pé após trauma. O primeiro respondeu moderadamente ao tratamento com itraconazol, e o segundo respondeu muito bem à excisão cirúrgica.
Palavras-chave: TRANSPLANTE DE RIM., CIRURGIA, DERMATOMICOSES, FUNGOS MITOSPÓRICOS, IMUNOSSUPRESSÃO, INFECÇÕES OPORTUNISTAS, ITRACONAZOL, MASCULINO, MICOSES
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Resumo
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MARIA CRISTINA D' ASCENÇÃO MANSUR, LEONORA MANSUR, JOAO DE SOUZA MANSUR, MARIA TERESA FEITAL CARVALHO, ITABYBA MARTINS MIRANDA CHAVES, ALOÍSIO GAMONAL et al.
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Os autores apresentam três casos de transplante de cabelo em que foram feitas incisões receptoras mistas: orifício com vaporização com laser de CO2 nos quais se adicionou uma incisão lateral a frio. Essa incisão lateral facilita a introdução dos microenxertos por permitir a saída do ar e melhora sua fixação por conferir elasticidade ao orifício. Os pacientes foram previamente betabloqueados para evitar o efeito beta da adrenalina.
Palavras-chave: CABELO/TRANSPLANTE, DIÓXIDO DE CARBONO, LASERS
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Resumo
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JORGE DAVID ROCHA ZANOL, ANDRÉ VICENTE ESTEVES DE CARVALHO, SERGIO ALEJANDRO MARTINEZ LECOMPTE, ELISA GOBBATO TREZ
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O Sarcoma de Kaposi (SK) é neoplasia maligna multicêntrica, cutânea e extracutânea, que tem sido descrita em pacientes transplantados renais que recebem terapia imunossupressora clássica. Este estudo descreve um caso de sarcoma de Kaposi em paciente transplantada renal recebendo FK-506, que surgiu 10 meses após o transplante.
Palavras-chave: TRANSPLANTE DE RIM., TACROLIMUS, SARCOMA DE KAPOSI
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Resumo
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ANDRÉ BEZERRA DE MENEZES REIFF, ANTENOR BONATTO JUNIOR, JASON CÉSAR ABRANTES DE FIGUEIREDO, SANTIAGO SOSA, MARISA DOLHNIKOFF, JOSÉ MARCOS MÉLEGA et al.
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A aplasia cutânea congênita é condição rara na qual áreas de pele estão ausentes ao nascimento e que se apresenta mais freqüentemente como pequenas lesões no couro cabeludo. Este relato mostra um padrão de apresentação não usual dessa doença, com envolvimento extenso do tronco e comprometimento secundário do sistema respiratório. Neste artigo, é relatado um caso envolvendo um recém-nascido do sexo masculino que apresentou malformação consistindo de ausência completa da pele em região anterior e lateral do abdômen. Não apresentava defeitos musculares ou aponeuróticos no abdômen anterior, com boa contenção dos elementos intraabdominais e ausência de herniações ou eventrações. O volume torácico estava reduzido, e a radiografia de tórax demonstrava pulmões hipoplásicos. Embora apresentando dispnéia moderada, o paciente resistiu ao longo dos dois primeiros dias de vida com respiração espontânea. A subseqüente piora progressiva da função respiratória requereu entubação orotraqueal e suporte ventilatório com ventilação mecânica. O tratamento da lesão cutânea consistiu em enxertia de pele em malha obtida de ambas as coxas, realizada no décimo segundo dia de vida após estabilização parcial da condição respiratória. No quarto dia pós-operatório, o enxerto apresentava-se com boa integração. No décimo sétimo dia, o paciente morreu em decorrência de problemas respiratórios.
Palavras-chave: TRANSPLANTE DE PELE., ATRESIA PULMONAR, DISPLASIA ECTODÉRMICA, INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flavia Martelli-Marzagão, Alberto Shodi Yamashiro, Marilia Marufuji Ogawa, Gildo Francisco dos Santos Jr, Jane Tomimori, Adriana Maria Porro et al.
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Os pacientes receptores de transplante renal apresentam elevada prevalência de lesões cutâneas por HPV. Foram estudados 20 receptores de transplante renal com diagnóstico de verruga vulgar. A detecção do HPV foi realizada pela polimerização em cadeia (PCR) com os primers MY09/MY11 e RK91. A tipagem do HPV foi feita por meio da restrição enzimática e do sequenciamento automatizado. Identificamos a presença do HPV em 10 pacientes (50%) e os tipos identificados foram: HPV-2, 27, 29, 34 e 57
Palavras-chave: INFECÇÕES POR PAPILOMAVÍRUS, TRANSPLANTE DE RIM, VERRUGAS
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Resumo
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ANGELA CRISTINA AKEL MAMERI, DÉLIO DELMAESTRO, JOÃO CHEQUER BOUHABIB
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Foi realizado um estudo das manifesta¬ções cutâneas em pacientes transplantados renais que teve como objetivo avaliar a incidência e o comportamento dessas dermatoses e sua resposta ao tratamento específico. Os 14 pacientes estudados foram submetidos a um protocolo que incluía, quando necessário, exame histopatológico e micológico. Observaram-se manifestações alérgicas (7,1 %), pré-tumorais (7,1%), vasculares (14,3 %), tumorais (14,3%), bacterianas (21,4%), virais (28,6%), fúngicas (87,7%) entre outras (incluindo as iatrogênicas) em 50% deles. As patologias observadas não diferem daquelas descritas na literatura mundial. As manifestações clínicas e sua evolução com o tratamento específico ainda estão em fase de estudos, e nossos resultados, embora parciais, indicam que as lesões cutâneas são mais atípicas e rebeldes à terapêutica quando os pacientes apresentam déficit funcional renal, independentemente da dosagem das drogas imunodepressoras.
Palavras-chave: TRANSPLANTE REANL, IMUNOSSUPRESSÃO, MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS, MICOSES, PELE
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Bruna Tuma, Sergio Yamada, Rodrigo Almeida de Medeiros, Mauricio Mendonca do Nascimento, Sergio Henrique Hirata et al.
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Pouco se conhece sobre o uso da dermatoscopia nas enxertias de pele. Descrevemos o caso de um paciente com enxertia de pele e pigmentação ao redor, em região acral. Os achados dermatoscópicos foram semelhantes aos das lesões acrais benignas (treliça) e das pigmentações reacionais (estrias finas). Exame histopatológico mostrou derrame pigmentar e aumento do número de melanócitos. Acredita-se no estímulo inflamatório para a ocorrência deste fenômeno.
Palavras-chave: Dermoscopia; Falanges dos dedos da mão; Transplante de pele
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Rosane Orofino Costa
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São apresentadas imagens ilustrativas de um caso de feoifomicose subcutânea causada pela Exophiala jeanselmei num paciente transplantado renal. Breves comentários sobre a doença encontram-se no texto. Ressalta-se a necessidade de essa micose entrar no diagnóstico diferencial de outras dermatoses, inclusive as não infecciosas.
Palavras-chave: EXOPHIALA, MICOSES, TRANSPLANTE DE RIM
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Investigação
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Autor(es)
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Resumo
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Flávia Machado Alves Basilio Fabiane Mulinari Brenner, Betina Werner, Graziela Junges Crescente Rastelli
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FUNDAMENTOS: A alopecia permanente pós-transplante de medula óssea é rara, porém cada vez mais casos têm sido descritos, tipicamente envolvendo altas doses de quimioterápicos usados em regimes de condicionamento para o transplante. O bussulfano, classicamente descrito em casos de alopecia irreversível, permanece associado em casos recentes. A patogênese envolvida na queda dos fios ainda não está clara e há poucos estudos disponíveis. Além dos agentes quimioterápicos, outro fator que pode estar implicado como causa é a doença do enxerto contra o hospedeiro crônica. No entanto, não há ainda critérios histopatológicos definidos para esse diagnóstico.
OBJETIVOS: Avaliar clínica e histologicamente casos de alopecia permanente pós-transplante de medula óssea, para identificar características da alopecia permanente induzida pela quimioterapia mieloablativa e da alopecia como manifestação da doença do enxerto contra o hospedeiro crônica.
MÉTODOS: Foram utilizados dados coletados dos prontuários de sete pacientes, como a descrição das características clínicas, e revisadas as lâminas e os blocos das biópsias.
RESULTADOS: Dois padrões histológicos distintos foram encontrados: um semelhante ao da alopecia androgenética, não cicatricial, e outro semelhante ao do líquen plano pilar, cicatricial.
CONCLUSÕES: O primeiro padrão corrobora dados da literatura de casos de alopecia permanente induzida por agentes quimioterápicos, e o segundo, ainda não descrito, é compatível com manifestação da doença do enxerto contra o hospedeiro crônica no couro cabeludo. Os resultados contribuem para a elucidação dos fatores envolvidos nesses casos e para a escolha dos métodos terapêuticos.
Palavras-chave: Alopecia; Quimioterapia; Quimioterapia de indução; Transplante de medula óssea
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Marilia Marufuji Ogawa, Luiz Fernando Costa Nascimento, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele não melanoma é a forma mais comum de câncer em humanos e constitui a afecção maligna que mais cresce entre os receptores de transplante renal.
OBJETIVO: Caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma atendida num centro de referência em transplantes.
MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo com receptores de transplante renal apresentando câncer de pele não melanoma atendidos num centro de referência em transplantes entre 01/08/2004 e 31/08/2009. As variáveis estudadas foram: gênero, idade, fototipo, exposição solar ocupacional e recreacional, proteção solar, histórico pessoal e familiar de câncer de pele não melanoma, tipo clínico e localização, tempo entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma, ocorrência de verruga viral, tempo do transplante, tipo de doador, causa da perda renal, transplantes anteriores, comorbidades, diálise pré-transplante, tipo e tempo de diálise.
RESULTADOS: Foram incluídos 64 indivíduos. Homens - 71,9%; fototipos baixos (até III de Fitzpatrick) - 89,0%; idade média - 57,0 anos - e idade média no momento do transplante - 47,3 anos; exposição solar ocupacional - 67,2% - e recreacional - 64,1%; fotoproteção - 78,2% (porém de forma regular em 34,4%); carcinoma espinocelular - 67,2%; relação carcinoma espinocelular/carcinoma basocelular - 2:1; histórico de câncer de pele não melanoma pessoal - 25,0% - e familiar - 10,9%; área fotoexposta - 98,4%; tempo médio de latência entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma - 78,3 meses; verruga viral (HPV) após o transplante - 53,1%; tempo médio de transplante - 115,5 meses; doador vivo - 64,1%; esquema tríplice (antirrejeição) - 73,2%; comorbidades - 92,2%; diálise pré-transplante - 98,4%; hemodiálise - 71,7%; tempo médio de diálise - 39,1 meses; transplantes anteriores - 3,1%; hipertensão como causa da perda renal - 46,9%.
CONCLUSÃO: Este estudo permitiu caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Neoplasia de células basais; Neoplasias de células escamosas; Neoplasias cutâneas; Transplantes
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Resumo
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Alexandre Moretti de Lima, Sheila Pereira da Rocha, Eugênio Galdino de Mendonça Reis Filho, Danglades Resende Macedo Eid, Carmelia Matos Santiago Reis et al.
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FUNDAMENTOS: o crescente aumento do número dos transplantados renais tem favorecido o aparecimento mais frequente das dermatoses e permitido o estudo em sucessivos trabalhos. OBJETIVOS: avaliar a frequência das dermatoses em pacientes transplantados renais. MÉTODOS: captação de pacientes transplantados renais durante o período de 1° de março de 2009 a 30 de junho de 2010 com suspeita de dermatoses. RESULTADOS: foram avaliados 53 pacientes (28 homens e 25 mulheres), entre 22 e 69 anos (com uma média de 45 anos), a maioria procedente de Ceilândia, Samambaia e São Sebastião/DF, entre 5 e 10 anos de transplante renal (37,7%), 83% em uso de prednisona. As dermatoses mais prevalentes foram as de etiologia fúngica (45,3%) e viral (39,6%). Das neoplasias malignas não-melanoma, apesar da baixa incidência, predominou o carcinoma basocelular (seis casos). Com relação às dermatoses de origem fúngica, ocorreram 12 casos de onicomicoses, cinco casos de pitiríase versicolor e quatro casos de foliculite pitirospórica. Para realização do diagnóstico, na maioria dos casos (64,2%), foi utilizado os exames laboratoriais (micológicos e histopatológicos). CONCLUSÃO: as manifestações cutâneas em pacientes transplantados renais são geralmente secundárias à imunossupressão. As dermatoses infecciosas, principalmente as de etiologia fúngica, são frequentes em pacientes transplantados renais, e sua ocorrência aumenta progressivamente, conforme o tempo transcorrido, a partir do transplante, sendo importante o acompanhamento.
Palavras-chave: IMUNOSSUPRESSÃO, ONICOMICOSE, PREDNISONA, TRANSPLANTE DE RIM
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Resumo
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Karine Dantas Diógenes Saldanha, Carlos D`Apparecida Santos Machado Filho, Francisco Macedo Paschoal
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FUNDAMENTOS - Vitiligo é um transtorno de pigmentação freqüente na população mundial. Seu tratamento ainda oferece resultados limitados em alguns pacientes. Nos casos de vitiligo estável clinicamente, o transplante de melanócitos tornase uma opção terapêutica, sendo a técnica de enxertos autólogos por punch empregada com boa resposta na repigmentação. OBJETIVOS: Estudar a ação do corticoesteróide tópico mometasona sobre halos de repigmentação após enxertos autólogos por punch em pacientes com vitiligo estável clinicamente. MÉTODOS: Entre 2009 e 2010, 11 pacientes com vitiligo estável (7 do tipo generalizado, 2 focal e 2 segmentar) foram submetidos a enxertos autólogos por punch nas máculas acrômicas. Conforme o tipo clínico do vitiligo, os pacientes eram orientados a aplicar pomada de mometasona por 6 meses em lesões enxertadas selecionadas individualmente. No primeiro mês, a aplicação era 2 vezes ao dia e nos demais, apenas uma vez ao dia. Eram reavaliados nos meses 1, 3 e 6 após enxertos cujos halos eram fotografados e registrados pelo software fotofinder. No fim do 6° mês, todas as áreas dos halos de repigmentação com e sem mometasona foram mensuradas e analisadas comparativamente. RESULTADOS: A mediana da área dos halos de repigmentação após os 6 meses com mometasona foi superior (25,96 mm²) comparada àquela sem mometasona (13,86 mm²), com diferença estatisticamente significante (p=0,026). CONCLUSÃO: Em nossa casuística, o uso da mometasona tópica determinou incremento dos halos de repigmentação após enxertia. A amplificação da amostra se faz necessária em estudos posteriores a fim de ratificar esta ação positiva da mometasona no tratamento do vitiligo estável.
Palavras-chave: GLUCOCORTICÓIDES, TRANSPLANTE, VITILIGO
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Resumo
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JOSÉ ANSELMO LOFÊGO FILHO, BERNARDO MIGUEL DE OLIVEIRA PASCARELLI, PAULO ROBERTO COTRIM DE SOUZA, LUCIANA FRANÇA OLIVEIRA, MARCOS AURÉLIO LEIROS DA SILVA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, RADOVAN BOROJEVIC et al.
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FUNDAMENTOS: As neoplasias malignas da pele de grandes dimensões apresentam dificuldades de reconstrução após a excisão.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a exeqüibilidade de uma nova proposta de cobertura para feridas cirúrgicas criadas após a ressecção de grandes tumores cutâneos, a combinação da derme acelular humana com epitélio autólogo cultivado.
MÉTODOS: A aplicação dos substitutos de pele foi feita em quatro pacientes com área de implante variando de 33 a 120 cm2. Além da observação dos resultados clínicos, realizou-se estudo morfológico para avaliação da integração dos implantes.
RESULTADOS: Ceratinócitos autólogos cultivados foram enxertados em dois pacientes e não demonstraram integração. A derme acelular foi aplicada em quatro pacientes, sendo que em um deles foram feitas duas aplicações. Dos cinco implantes de derme acelular realizados, dois não apresentaram integração, em dois a integração foi de 70%, e de 50% no último.
CONCLUSÃO: A cobertura imediata e definitiva de defeitos cirúrgicos através da aplicação de derme acelular humana combinada com epitélio autólogo cultivado é exeqüível. Em oncologia cutânea apenas em situações especiais o uso de substitutos de pele pode ser conveniente no sentido de evitar reconstruções mais complexas.
Palavras-chave: TRANSPLANTE DE PELE, NECTURUS, TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS, PELE ARTIFICIAL, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, SATISFAÇÃO DO PACIENTE
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Resumo
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ERIKA HOYAMA, SILVANA ARTIOLI SCHELLINI, CLAUDIA H. PELLIZON, MARIANGELA ESTHER ALENCAR MARQUES, CARLOS ROBERTO PADOVANI, ROMUALDO ROSSA et al.
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*Fundamentos*: O tecido dérmico acelular porcino é alternativa para o tratamento de feridas cutâneas.
*Objetivo*: Avaliar a resposta clínica e inflamatória do implante de tecido dérmico acelular porcino, com e sem cobertura impermeável.
*Métodos*: Estudo pareado, longitudinal, criando-se duas feridas cutâneas no dorso de 16 ratos (quatro animais/grupo), em que foi implantado tecido dérmico acelular coberto ou não por impermeável. Os animais foram avaliados e sacrificados sete, 15, 30 e 60 dias após a cirurgia, sendo removidos os tecidos acelulares e adjacentes para avaliação histológica e morfométrica.
*Resultados*: A cobertura impermeável permaneceu sobre o tecido acelular porcino até cerca de 15 dias. O grupo sem impermeável apresentou maior desidratação, com crosta fibrinoleucocitária, edema e reação inflamatória na derme. Sessenta dias após a cirurgia, animais do grupo sem impermeável ainda apresentavam ulcerações, afinamento do epitélio e ausência de queratina, enquanto nos do grupo com impermeável a pele já se encontrava normal.
*Conclusão*: O tecido dérmico acelular porcino com cobertura impermeável apresentou resultados clínicos e histológicos melhores do que os do tecido dérmico acelular porcino sem impermeável para tratamento de feridas cutâneas extensas.
Palavras-chave: MATÉRIAS BIOCOMPATÍVEIS, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, TRANSPLANTE DE TECIDOS
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Resumo
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IVAL PERES ROSA, MARIA DE LOURDES PASQUARELLI GARCIA, ANNA LUIZA MARINHO PEREIRA, SILVANA LESSI COGHI
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FUNDAMENTOS - As ulcerações crônicas de membros inferiores, podem ser de origem vascular, ou ter outras etiologias. Estas lesões se constituem em um problema terapêutico, mantendo os pacientes em tratamento por tempo prolongado, às vezes por muitos anos.
OBJETIVOS - Tratamento cirúrgico ambulatorial de úlceras de membros inferiores, utilizando lâminas de barbear para limpeza do leito o posterior colocação de enxertos de pele que são mantidos com bota de Unna.
MÉTODO - Inicialmente sob anestesia local, é feita a limpeza do leito das úlceras com lâmina de barbear flexível. A seguir são colocadas fitas finas de enxertos de pele sobre o leito da úlcera, em disposição paralela, e finalmente é aplicada bota de Unna sobre a lesão.
RESULTADOS - Foi obtida completa reepitelização em período de trinta a noventa dias, em média sessenta dias.
CONCLUSÃO - Os excelentes resultados obtidos através da facilidade de limpeza do leito, acompanhado da velocidade de cicatrização, tomam esta técnica uma boa alternativa no tratamento das úlceras crônicas de membros inferiores.
Palavras-chave: CIRURGIA AMBULATORIAL, TRANSPLANTE DE PELE, ÚLCERA DA PERNA
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Resumo
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TERESA SÔNIA MAZZOCATO, CLAUDIA MARIA LEITE MAFFEI
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FUNDAMENTOS - Em decorrência do uso de drogas imunossupressoras, as manifestações clínicas de micoses superficiais podem ser atípicas, sendo alta a ocorrência de micoses superficiais em transplantados renais.
OBJETIVO - Determinar a presença de fungos em transplantados renais, e comparando-se pele com aspectos clínicos de micose superficial e pele aparentemente sã.
MÉTODOS - A ocorrência de fungos patogênicos foi pesquisada em 41 pacientes submetidos a transplante renal, a parir de escamas coletadas do quarto interdígito podal bilateralmente e de região interescapular, com ou sem lesões dermatológicas, além de outras áreas em que houvesse lesão suspeita.
RESULTADO - Dentre esses 41 pacientes, 29 (70,%) apresentaram uma ou mais manifestações clínicas de micoses superficiais, principalmente no período após um ano de transplante renal, sem relato com doador vivo ou cadáver, perfazendo 57 diagnósticos, predominando tinea pedis e onicomioose. O fungo mais isolado foi Trichophyton rubrion. Chama a atenção o isolamento de Candida spem amostras de unhas. Em relação aos pés, dentre 29 pacientes sem lesão, sete: (24,1%) apresentaram exame micológico e/ou cultura positiva. No dorso, o mesmo foi observado em seis (17,1%) pacientes sem lesões.
CONCLUSÕES - o encontro de fungos em pele aparentemente sã corrobora a hipótese de "portador são", devendo o clínico e/ou dermatologia estarem atentos para a profilaxia das micoses superficiais em pacientes imunossuprimidos.
Palavras-chave: IMUNOSSUPRESSÃO, MICOSE, PELE, TRANSPLANTE DE RIM
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Rogerio Nabor Kondo, Rubens Pontello Júnior, Ricardo Pontello, Jefferson Crespigio
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A feo-hifomicose subcutânea é uma doença causada por fungos demáceos que acomete, principalmente, indivíduos imunossuprimidos. Os autores relatam um caso de feo-hifomicose subcutânea em dorso de mão esquerda de paciente transplantada renal que estava fazendo uso diário de prednisona, azatioprina e tacrolimus há 3 anos.
Palavras-chave: Dermatomicoses; Imunossupressão; Micoses; Transplante de rim
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Antonielle Borges Faria Neumann, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, Francielle Chiavelli Chiaratti, Thiago Jeunon
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Citomegalovírus é um vírus oportunista, que frequentemente acomete pacientes imunossuprimidos. O acometimento cutâneo por esse vírus é raro, ocorre em hospedeiro significativamente imunocomprometido e tem um prognóstico ruim. A presença de uma úlcera cutânea causada por citomegalovírus pode representar o primeiro sinal de infecção sistêmica nesses pacientes. Relatamos o caso de um paciente receptor de transplante renal que apresentou úlceras genital e oral causadas por citomegalovírus como primeiro sinal de infecção sistêmica.
Palavras-chave: Citomegalovirus; Hospedeiro imunocomprometido; Infecção; Transplante de rim; Úlcera cutânea
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Resumo
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Walmar Roncalli Pereira de Oliveira, Maria Fernanda Longo Borsato, Maria Luiza Ducati Dabronzo, Cyro Festa Neto, Larissa Aragão Rocha, Ricardo Spina Nunes et al.
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A feohifomicose é uma infecção causada por um fungo filamentoso pigmentado, que contém melanina na sua parede celular. Nós relatamos dois casos causados pelo gênero Exophiala sp., ressaltando a variabilidade clínica da doença, bem como a dificuldade diagnóstica e terapêutica dessa infecção oportunista em doentes imunossuprimidos por transplantes renais.
Palavras-chave: Exophiala; Feoifomicose; Imunossupressores; Transplante de rim
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Resumo
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Breno Augusto Campos de Castro, André Costa Cruz Piancastelli, Renata Leal Bregunci Meyer, Patricia Mourthe Piancastelli, Carlos Alberto Ribeiro, Rubem Mateus Campos Miranda et al.
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O mixofibrossarcoma é reconhecido como neoplasia maligna de origem fibroblástica com prevalência aumentada em idosos. Apresenta-se clinicamente como nódulos ou tumores que podem estender-se à derme ou ao músculo esquelético, localizados preferencialmente nos membros inferiores. Histologicamente, caracteriza-se pela proliferação de células fusiformes em estroma mixoide. Destaca-se pelo seu alto potencial de recidiva local e pelas metástases, nos casos de tumores de grau histológico intermediário ou alto. Relata-se o caso de um paciente de 84 anos com um tumor de difícil diagnóstico e alta agressividade.
Palavras-chave: Idoso; Mixossarcoma; Neoplasias cutâneas; Recidiva local de neoplasia
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