Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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CARMÉLIA MATOS SANTIAGO REIS, KARIN SCHEIDEMANTEL, BEATRIZ MC DOWELL, ANTÔNIO LEITÃO
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Os autores relatam o isolamento de um dermatófito _*M. canis*_ em três amostras de escarro de uma mulher de 41 anos, esposa de paciente portador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), acompanhada no Centro de Referência para DST-AIDS (CSB-8) no Distrito Federal. O exame clínico da paciente, filho (3) parceiro mostrou presença de lesões circinadas difusas em abdômen e membros. Em todo o material suspeito examinado foi isolado _*M. canis*_. Foram avaliados oito gatos (animais de convivência familiar) também com exames micológicos positivos. Nas análises parasitológicas realizadas na paciente, aprceiro e gatos detectou-se a presença de _*Cryptosporidium sp.*_
Palavras-chave: DERMATÓFITOS, PNEUMOPATIAS FÛNGICAS, MICROSPORUM CANIS
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Artigos originais
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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MARIA APARECIDA GIANELLI
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A freqüência da Tinea pedis, na população de São Paulo, ainda não foi estabelecida. Os trabalhos já realizados, relacionados com este tema, indicam os casos de Tinea pedis, que procuram tratamento em clínicas Dermatológicas. Ou então, são conduzidos em segmentos específicos da população. O presente trabalho estudou população não selecionada, por amostragem. Foram examinadas 500 pessoas, em pesquisa conduzida através de protocolo. As seguintes conclusões foram tiradas: a) Tinea pedis foi laboratorialmente confirmada em 7% da população examinada (35/500); b) o fungo mais freqüente foi Trichophyton mentagrophytes, recuperado em 2,8% dos examinados(14/500); c) a variedade clínica mais freqüente foi a vesiculosa, em 2,6% dos examinados (13/500).
Palavras-chave: TIENA PEDIS, DERMATOFITOSES, MICOSES
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gustavo da Silva Rodrigues, Flávio de Mattos Oliveira, Eduardo Figueiredo Pereira, Rosana Ce Bella Cruz
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Tinea capitis, tinha do couro cabeludo, é dermatofitose causada por fungos dos gêneros Trichophyton e Microsporum. Apresenta várias formas clínicas e é quase exclusiva de crianças. Raramente acomete adulto. Relata-se um caso de tinea capitis por T. violaceum em mulher com 65 anos de idade e comentam-se os aspectos nosográficos dessa dermatofitose no Brasil.
Palavras-chave: ADULTO, DERMATOFITOSES, MICROSPORUM, TINHA DO COURO CABELUDO, TRICHOPHYTON
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Resumo
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THAIZ GAVA RIGONI GURTLER, LUCIA MARTINS DINIZ, LARISSA NICCHIO
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Tinha do couro cabeludo é infecção da pele e cabelos dessa área, causada pelos dermatófitos do gênero Microsporum e Trichophyton. Acomete preferencialmente crianças pré-escolares e escolares, devido ao maior contato com fontes de infecção. Os autores relatam uma microepidemia de tinha do couro cabeludo em 11 crianças de uma creche pública de Vitória (ES), entre dois e seis anos de idade, 61% do sexo masculino. Apresentavam lesões arredondadas, escamosas, tonsurantes, grandes e únicas, nas regiões frontal, occipital, parietal, e, em dois casos, o couro cabeludo estava difusamente acometido. Os micológicos diretos mostravam parasitismo tipo ectotrix, e 45,5% das culturas foram positivas para Microsporum canis, justificadas pela história de contato entre algumas crianças da creche e cães errantes pelo bairro.
Palavras-chave: MICOSES, MICROSPORUM, TINHA DO COURO CABELUDO
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Resumo
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LUCIA MARTINS DINIZ, JOÃO BASILIO DE SOUZA FILHO
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A piedra branca é infecção fúngica do pêlo, rara, causada pelo _Trichosporon beigelii_, caracterizada por nódulos amarelados nos pêlos genitais, bigode, barba, axilas e raramente, no couro cabeludo. O estudo registra 15 casos, diagnosticados em serviço de dermatologia de Vitória, durante cinco anos, todos de pacientes do sexo feminino, com nódulos nos pêlos do couro cabeludo. Os autores supõem que o clima quente e úmido da região e o hábito de as pacientes utilizarem cremes recondicionadores nos fios dos cabelos tenham favorecido a infecção. O umedecimento dos fios com água facilita a visualização dos nódulos.
Palavras-chave: MICOSES, PIEDRA, TRICHOSPORON
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Resumo
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ADELAR BOCCHESE NORA, BARBARA DE ANTONI ZOPPAS, MARIANE STEFANI, RODRIGO GIL RIBEIRO, MARCELO GARRAFIEL BOMBEL et al.
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Piedra branca é micose superficial causada por Trichosporon beigelii, rara no Rio Grande do Sul. Os autores apresentam um caso de paciente do sexo feminino, de 24 anos, com grânulos esbranquiçados de consistência cremosa nos fios do couro cabeludo. O diagnóstico foi confirmado pelo exame micológico direto e cultura. O fungo pode causar infecção sistêmica em imunocomprometidos, sendo considerado oportunista e como tal reconhecido cada vez com maior freqüência. A literatura foi revisada, sendo abordados aspectos etiológicos, clínicos e micológicos da piedra branca.
Palavras-chave: MICOSES, TRICHOSPORON.
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, FABRÍCIO LAMY, TIYOMI AKITI, MARIA DA GLÓRIA C. BARREIROS
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Relato de caso de tinea corporis por _Microsporum gypseum_ em paciente com Aids de 36 anos. Segundo a literatura, este dermatófito não é um agente comum neste grupo de pacientes. As lesões eram psoriasiformes, generalizadas e não responderam ao tratamento com cetoconazol e itraconazol.
Palavras-chave: DERMATOMICOSE, MICROSPORUM, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA, TINHA
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Resumo
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RAIMUNDA NONATA RIBEIRO SAMPAIO, ANA MARIA QUINTEIRO RIBEIRO, MARINA DANTAS DE ALENCAR MILFONT, EVERSON JOSÉ DOS SANTOS LEITE
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O _Microsporum nanum_ é dermatófito que raramente causa infecção humana. No entanto, é com freqüência isolado da pele de suínos com ou sem lesões. Este é um relato de infecção humana por _M. nanum_ em paciente procedente de área rural e criador de porcos, com hanseníase virchowiana, que apresentava hiperceratose plantar e onicólise das unhas dos pés e algumas da mão direita. A cultura para fungos revelou o crescimento de _Microsporum nanum_ a partir de material colhido da região plantar e unhas. Houve regressão das lesões da pele e melhora das lesões ungueais 15 meses após pulsoterapia com itraconazol; entretanto, o exame micológico do raspado das plantas dos pés persistia com presença de hifas de dermatófito. O _Microsporum nanum_ é referido acometendo várias regiões da pele glabra e também o couro cabeludo; aos autores entretanto parece ser a primeira citação de acometimento ungueal.
Palavras-chave: TINHA DO PÉ, MICROSPORUM, ONICOMICOSE
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Resumo
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JOSÉ EDUARDO COSTA MARTINS, EDUARDO FRAUHLFURT
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Apresentação de um doente de 45 dias com tinha na face por Microsporum canis. O quadro surgiu no quarto dia de vida e foi exacerbado pelo uso indevido de corticóide tópico. Os autores revisam a literatura onde são relatados três casos em recém-nascidos com tinha da face pelo Microsporum canis.
Palavras-chave: TINHAS RECÉM-NASCIDO, MICROSPORUM CANIS, DERMATOFITOSES RECÉM-NASCIDO
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Resumo
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CHRISTIANE TIGGES, ELIZABETI LESSA CHAVES, SONIA REGINA BROCKELT, ROSANGELA FERREIRA LAMEIRA, GISELE PESQUERO FERNANDES BORDIGNON, FLÁVIO DE QUEIRÓZ TELLES FILHO et al.
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Apresentação de um caso de dermatofitoseporMicrosporum nanum em rapaz de 19 anos, procedente de área rural, com lesões eritemato-circinadas em região inguino-crural e face interna da coxa esquerda.
O exame micológico direto confirmou presença de filamentos micelianos, sendo que as características macro e micromorfológicas da colônia, associadas à positividade do teste de perfuração do pêlo, foram compatíveis com Microsporum nanum.
Foi tratado sistemicamente com ketoconazole 200mg/dia e topicamente com nitrato de isoconazol, havendo regressão das lesões após duas semanas de tratamento.
Palavras-chave: MICOSES, MICROSPORUM NANUM, MICROSPORUM NANUM
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Resumo
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LUIZ CARLOS SEVERO, MIRIAN JANZ GUTIERREZ
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Descreve-se um caso de tinha do couro cabeludo, por Microsporum canis, em mulher de 29 anos. Esta apresentação desusada de dermatofitose da cabeça, após a puberdade, é comentada.
Palavras-chave: MICROSPORUM CANIS, TINHAS, DERMATOFITOSES, DERMATOMICOSES
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Comunicação
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Autor(es)
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Resumo
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Vanessa Petry, Fernanda Tanhausen, Luciana Weiss, Thais Milan, Adelina Mezzari, Magda Blessmann Weber et al.
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A pitiríase versicolor é uma doença de distribuição universal. Existe a descrição de 12 espécies de malassezia. O objetivo deste estudo foi determinar quais as espécies de malassezia mais prevalentes nos pacientes com pitiríase versicolor. Foram realizadas as coletas através de raspado das lesões nos pacientes com suspeita clínica de pitiríase versicolor e posterior exame micológico e cultural para
identificação final da espécie. Foram coletadas amostras de 87 pacientes. Quanto às culturas, 30% foram de Malassezia sympodialis, 25,7% de Malassezia furfur, 22,7% de Malassezia globosa, 12,1% de Malassezia retrita, 7,6% de Malassezia obtusa e 1,5% de Malassezia sloofiae.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, DERMATOMICOSES, FUNGOS, MICOSES
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Resumo
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JORGE O. LOPES, SYDNEI H. ALVES, JENI P. BENEVENGA
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Setenta e um casos de dermatofitose humana por _Microsporum gypseum_ foram diagnosticados no interior do Rio Grande do Sul durante o período 1960-1990.
Discutem-se os aspectos clínicos da micose com especial referência às lesões inguinais.
Palavras-chave: MICROSPORUM GYPSEUM, LESÕES INGUINAIS, ESTUDO CLÍNICO
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Editorial
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Autor(es)
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Resumo
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LUIZ CARLOS SEVERO, LOIVA MARIA DE ANTONI CONCI, ALINE ALMEIDA AMARAL
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Descreve-se um surto (sete casos) de tinha da pele glabra ocasionado pelo Microsporum gyspeum, caracterizando a fonte da infecção. Discute-se a raridade desta micose comparada à freqüência com que este dermatófito geofílico é encontrado no solo.
Palavras-chave: TINEA, SURTO, DERMATOFITOSE, MICROSPORUM GYPSEUM
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Farmacologia clínica
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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MARIA SILVIA LABORNE ALVES DE SOUZA, JACKSON MACHADO PINTO
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Vinte pacientes cujos diagnósticos eram candidíase, pitiríase versicolor e dermatofitoses foram tratados com creme e solução alcóolica de oxiconazol a 1%.
A eficácia global foi muito boa em 90% dos casos após 15 dias e em 100% após 28 dias de tratamento. O tempo de tratamento variou de 15 a 28 dias, com uma única aplicação diária.
A tolerabilidade ao tratamento foi excelente, não tendo sido observados efeitos colaterais locais ou gerais em qualquer dos pacientes.
Palavras-chave: MICOSES SUPERFICIAIS, OXICONAZOL
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Aline Lopes Bressan, Roberto Souto da Silva, João Carlos Macedo Fonseca, Maria de Fátima G. Scotelaro Alves
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Relata-se o caso de um homem de 45 anos com dermatofitose superficial de longa data, tratado, inadvertidamente, com corticoide e antibiótico, com progressão subsequente para a forma profunda, conhecida como granuloma de Majocchi. O tratamento com terbinafina VO foi curativo.
Palavras-chave: CORTICOSTERÓIDES, GRANULOMA, MICOSES
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Resumo
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Claudia Schermann Poziomczyk, Bruna Köche, Fabio Luis Becker, Sérgio Ivan Torres Dornelles, Renan Rangel Bonamigo et al.
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Tinea pseudoimbricata é relacionada ao T. tonsurans e ao T. rubrum e a escabiose crostosa é uma dermatose altamente contagiosa, ocasionada pela proliferação excessiva do S. scabiei var. hominis. Descrevemos uma paciente com 21 anos, soronegativa para HIV, apresentando ambas doenças dermatológicas. O encontro simultâneo destas dermatoses em pacientes imunocompetentes é muito raro.
Palavras-chave: ESCABIOSE, MICROSPORUM, TINHA
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Lobomicose
Lobomycosis
An Bras Dermatol. 85(2): 2010
Resumo
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Carolina Talhari, Renata Rabelo, Lisiane Nogueira, Mônica Santos, Anette Chrusciak-Talhari, Sinésio Talhari et al.
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Caso de lobomicose em paciente procedente da região amazônica brasileira. Essa micose subcutânea, causada pela levedura Lacazia loboi, acomete, frequentemente, homens adultos e foi também diagnosticada em golfinhos. O tratamento depende da apresentação clínica: letrocoagulação, exérese cirúrgica e crioterapia são opções terapêuticas para as lesões localizadas, como a do paciente relatado, enquanto itraconazol e clofazimina, isolados ou em associação, podem ser empregados para lesões disseminadas. Até o presente, não há tratamento adequado para os casos com lesões disseminadas.
Palavras-chave: FUNGOS, INFECÇÕES BACTERIANAS E MICOSES, MICOSES
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ígor Brum Cursi, Letícia Bastos da Cunha Rodrigues de Freitas, Maria de Lourdes Palermo Fernandes Neves, Ione Carlos da Silva, Rosane Orofino-Costa et al.
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FUNDAMENTOS: O Scytalidium spp. é fungo filamentoso, saprobio do solo e plantas, considerado, atualmente, patógeno primário das unhas. A prevalência das infecções ungueais causadas por este fungo vem aumentando nas últimas décadas, embora ainda sejam poucos os trabalhos publicados sobre sua epidemiologia.
OBJETIVO: Estudo clínico-epidemiológico dos pacientes portadores de onicomicose por Scytalidium spp. em um hospital universitário do Rio de Janeiro.
MÉTODOS: Foram avaliados os dados clínico epidemiológicos de 30 pacientes com onicomicose por Scytalidium spp. por meio do estudo observacional de 1.295 pacientes que se submeteram a exame micológico ungueal no período de 16 meses.
RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (66,6%), a média de idade foi de 56,7 anos e 63,3% eram não-brancos. O nível de escolaridade em 53,3% dos pacientes era o ensino fundamental e a renda familiar predominante foi de 3 a 5 salários mínimos em 36,6% dos entrevistados. Em 90% dos casos, as unhas dos pododáctilos foram acometidas, sendo a alteração clínica mais comum a onicólise (18 pacientes) e em 66,6% dos casos observou-se melanoníquia. O tempo de evolução da doença foi maior do que cinco anos em 43,3% dos casos. Dezenove pacientes (63,3%) já haviam realizado tratamento medicamentoso para o quadro atual.
CONCLUSÕES: Os dados mostram que a infecção ungueal pelo Scytalidium spp. é crônica, mais comum no sexo feminino (2:1) e atinge indivíduos adultos. Clinicamente, é semelhante às dermatofitoses. A prevalência na amostra estudada foi de 4,86% e correspondeu a 26,92% dos exames positivos.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, FUNGOS, MICOSES, ONICOMICOSE
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Resumo
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Diniz Pereira Leite Júnior, Ana Caroline Akeme Yamamoto, Evelin Rodrigues Martins, Acy Fátima Rodrigues Teixeira, Rosane Christine Hahn et al.
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FUNDAMENTOS: Alguns fungos são habitantes do organismo humano e podem vir a causar alguma doença, quando
há condições propícias para seu desenvolvimento. Infecções por leveduras são comuns e frequentes em pele e mucosas; contudo, espécies emergentes têm alterado o perfil epidemiológico. A habilidade de colonizar diversos sítios anatômicos tem sido associada à patogenicidade do gênero Candida, quando as condições ambientais são particularmente favoráveis. No caso de climas quentes e úmidos, os atritos sofridos pela pele ou as defesas imunitárias debilitadas podem fazer com que as leveduras deixem de ser comensais para se tornarem organismos patógenos.
OBJETIVO: Diagnosticar candidíases em profissionais militares e avaliar a frequência dessas infecções nesses indivíduos.
MÉTODOS: Os materiais clínicos analisados foram semeados em duplicata nos meios Sabouraud Dextrose-ágar (Difco) e Mycosel (Difco). Identificaram-se os agentes etiológicos por meio da observação de tubo germinativo, microcultivo e caracteres fisiológicos, assimilação de fontes de carbono (auxanograma) e fermentação de fontes de carbono (zimograma).
RESULTADOS: De um total de 197 pacientes estudados, 91 (46,2%) apresentaram quadros clínicos de candidíases. A região genitocrural foi considerada a mais acometida (47,7%), seguida pelas regiões interdactilares (mãos e pés, 27,8%). C. albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata e espécies emergentes, como C. krusei e C. guilliermondii, foram identificadas.
CONCLUSÃO: No ambiente de trabalho, o uso de calçados e de uniformes por longos períodos de tempo, associado ao estresse e à sudorese, foi considerado fator predisponente para o desenvolvimento das infecções fúngicas.
Palavras-chave: CANDIDÍASE, MICOSES, MILITARES
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Resumo
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Hilda Conceição Diogo, Márcia Melhem, Aldo Sarpieri, Mario Cezar Pires
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FUNDAMENTOS: As micoses superficiais e subcutâneas têm alta prevalência e, muitas vezes, caráter crônico, necessitando tratamentos tópicos e/ou sistêmicos com antifúngicos. As drogas de escolha são azóis e alilaminas (terbinafina). É necessário avaliar a eficácia das drogas para tratamento em humanos e em animais. Estudos para avaliar in vitro a ação dos antimicóticos são raros, especialmente, contra fungos filamentosos. OBJETIVO - Avaliar a eficácia in vitro da terbinafina pelo método de disco-difusão contra fungos filamentosos e leveduras agentes de micoses. MÉTODOS - Avaliou-se a ação da terbinafina (0,125µg-100µg) contra dez espécies fúngicas pelos métodos discodifusão e microdiluição/referência, para determinar a concentração inibitória mínima (MIC). RESULTADOS - Observou-se alta sensibilidade à terbinafina em: T. rubrum, M. gypseum, T. mentagrophytes, T. tonsurans, M. canis, C. carrionii e E. floccosum (halo = 40mm com disco de 0,125µg). S. hyalinum e C. parapsilosis foram considerados sensíveis, mas com halos menores. Fusarium spp. apresentou menor sensibilidade (halo=12mm com disco de 2µg; MIC 8µg/mL). CONCLUSÕES - Os resultados reiteram estudos anteriores quanto à alta eficácia da terbinafina em relação a dermatófitos. A técnica de disco-difusão foi de fácil aplicação e adequada na rotina de laboratórios clínicos.
Palavras-chave: ANTIMICÓTICOS, ARTHRODERMATACEAE, FUNGOS, MICOSES
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Resumo
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Mario F. R. Miranda, Vivian S. da Costa, Maraya de Jesus S. Bittencourt, Arival C. de Brito
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FUNDAMENTOS: A eliminação transepidérmica de parasitas (ETEP) tem sido pouco estudada na doença de Jorge Lobo. OBJETIVOS: Identificar aspectos morfológicos da ETEP na doença de Jorge Lobo. MÉTODOS: Recortes de biópsias de doença de Jorge Lobo emblocados em parafina foram corados pela hematoxilina-eosina e examinados. Considerou-se como ETEP, exclusivamente, a presença de parasitas em estruturas epidérmicas. RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 40 biópsias de 37 pacientes (31 homens e seis mulheres, média de idade 51,03 anos, variação 29-80 anos) realizadas em um período de 37 anos (1967-2003), das quais foram obtidos 511 cortes (média de 12,77 cortes por caso, variação 2-39 cortes por caso). Observou-se ETEP em 110/511 (21,52%) e não se observou em 401/511 cortes (78,48%) (p < 0,0001). Em relação aos pacientes (37), em 15 se verificaram aspectos consistentes com ETEP (40,5%), ao passo que, em 22 deles (59,5%), isso não foi observado (p > 0,05). Os parasitas dispunham-se em infundíbulos hiperplásicos, formando catênulas, ou como unidades isoladas,
associados ou não a células inflamatórias. CONCLUSÕES: Aspectos consistentes com ETEP, embora observados em número estatisticamente não significante de pacientes da amostra (p > 0,05), sugerem que, na doença de Jorge Lobo, o fenômeno, invariavelmente, ocorra através do epitélio infundibular. Estudos futuros serão necessários para avaliar sua eventual importância na epidemiologia da micose.
Palavras-chave: DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA, MICOSES, MICOSES/PATOLOGIA, PELE
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Resumo
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VALÉRIO RODRIGUES AQUINO, CAROLINE COLLIONI CONSTANTE, LUCIO BAKOS
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FUNDAMENTOS - As espécies de dermatófitos podem variar de uma região para outra, tendo esse fato importância epidemiológica e terapêutica.
OBJETIVO - Descrever a freqüência dos dermatófitos nos exames micológicos em pacientes ambulatoriais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
MÉTODOS - Foi realizada análise retrospectiva dos exames micológicos realizados em pacientes ambulatoriais do Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) durante o período de agosto de 1998 a fevereiro de 2006. Os dados foram comparados com os de trabalhos anteriores locais e de outras cidades do Brasil utilizando o teste do qui-quadrado.
RESULTADOS - Das 5.077 amostras coletadas, 2.033 (40,0%) foram positivas para dermatófitos, sendo entre os dermatófitos o Trichophyton rubrum a espécie mais isolada (62,4%), seguido de T. mentagrophytes (18,2%), Microsporum canis (5,7%), Epidermophyton floccosum (2,0%), M. gypseum (1,4%) e T.tonsurans (0,3%).
CONCLUSÕES - Não houve variação significativa na epidemiologia dos dermatófitos nos últimos sete anos na cidade de Porto Alegre (p>0,05). Entretanto, o estudo evidencia diferenças na microbiota de Porto Alegre, comparada à de alguns outros centros urbanos do país (p<0,001). Foi observada menor ocorrência de T. tonsurans e M. canis em relação a São Paulo; ao contrário do T. mentagrophytes, que é quase três vezes mais freqüente em Porto Alegre.
Palavras-chave: DERMATOMICOSES, EPIDERMOPHYTON, MICOSES, MICROSPORUM, TRICHOPHYTON
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Resumo
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JOSÉ AUGUSTO ALMENDROS DE OLIVEIRA, JACQUELINE DE AGUIAR BARROS, ANA CLÁUDIA ALVES CORTÊZ, JULIANA SARMENTO ROCHA LEAL DE OLIVEIRA
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*Fundamentos:* Micoses superficiais estritas são infecções fúngicas que se localizam nas camadas superficiais da pele e seus anexos. As micoses superficiais cutâneas representadas pelas dermatofitoses e candidíases podem ultrapassar a camada córnea da pele. Na região amazônica possuem incidência elevada.
*Objetivos:* Estudar as micoses superficiais, estritas e cutâneas, diagnosticadas sob o ponto de vista epidemiológico e micológico.
*Pacientes e Métodos:* Pacientes com suspeita clínica de micoses superficiais submetidos a exame micológico no período de março a novembro de 2003 no Laboratório de Micologia Médica/CPCS/INPA.
*Resultados:* Foram realizados 394 exames, tendo 256 apresentado diagnóstico positivo. As micoses mais incidentes foram onicomicoses (135) e pitiríase versicolor (98). Malassezia spp. (77) e Candida spp. (72) foram os agentes fúngicos mais isolados. Tinea capitis apresentou maior ocorrência nos pré-escolares (3), e onicomicoses em adultos (94). O sexo feminino foi o mais acometido (91). Todas as classes sociais foram infectadas, com predominância da C (37).
*Conclusão:* Onicomicoses e pitiríase versicolor acometeram sobretudo adultos. A tinea capitis ocorre principalmente, em crianças. As micoses superficiais apresentaram mais incidentes nas mulheres. Malassezia spp. e Candida spp. foram os agentes mais isolados.
Palavras-chave: FUNGOS, INCIDÊNCIA, MICOSES
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Resumo
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SILVIO ALENCAR MARQUES, ROSANGELA MA. PIRES DE CAMARGO, ALINE HELENA GONZÁLES FARES, RENATA MAYUMI TAKASHI, HAMILTON OMETTO STOLF et al.
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*Fundamentos*: Tinea capitis é importante infecção fúngica de interesse dermatológico e pediátrico. No Brasil sua prevalência é desconhecida, e os agentes causais principais são o Trichophyton tonsurans nas regiões Norte-Nordeste e o Microsporum canis no Sul-Sudeste do país. Conhecimento sobre gênero e espécies mais prevalentes tem importância sanitária e terapêutica.
*Objetivos*: Identificar espécies de dermatófitos, causa de tinea capitis, em serviço universitário que atende clientela do Sistema Único de Saúde, de procedência urbana e rural, no interior do Estado de São Paulo.
*Métodos*: Amostras de casos clínicos suspeitos de tinea capitis, procedentes da área de abrangência da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp, foram investigadas por exame direto e cultivo visando ao diagnóstico e isolamento do agente causal.
*Resultados*: De 1.055 suspeitas, 594 foram confirmadas por exame direto, em 364 (61,1%) isolou-se o agente: M. canis em 88,2%, seguindo-se T. tonsurans (4,7%), T. rubrum (3,3%), M. gypseum (1,9%), T. mentagrophytes (1,6%). O sexo masculino correspondeu a 55,7% dos casos, e a faixa etária entre 0-5 anos predominou com 62,6% (p < 0,05).
*Conclusões*: A prevalência detectada do M. canis superou o esperado para a Região Sudeste do Brasil. A freqüência de 88,2% pode estar influenciada por pacientes procedentes da zona rural. Esse dado deve ser considerado quando de decisão terapêutica.
Palavras-chave: TINEA CAPITIS, EPIDEMIOLOGIA, MICROSPORUM
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Resumo
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ANA CARLA POZZI, ELIANA GUILHERMETTI, ÉRIKA SEKI KIOSHIMA, MÁRCIA REJANE PEDRA, TEREZINHA INEZ ESTIVALET SVIDZINSKI et al.
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FUNDAMENTOS – Tinea capitis é uma infecção micótica do couro cabeludo, comum nas crianças em idade escolar e na pré-puberdade, ocorrendo em todas as partes do mundo. É causada por fungos dermatófitos pertencentes aos gêneros Microsporum ou Trichophyton.
OBJETIVOS – O presente estudo tem o objetivo de analisar retrospectivamente os casos suspeitos clinicamente de tinea capitis recebidos no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, visando caracterizar o perfil dos pacientes e dos resultados laboratoriais encontrados.
MÉTODOS – São relatadas as observações feitas em 137 pacientes. A partir das áreas de tonsura foram obtidos pequenos pedaços de cabelo e escamas do couro cabeludo, os quais foram avaliados em exame micológico direto usando clarificador KOH 20% com tinta Parker 2:1 e também cultivados no meio de cultura Sabouraud Dextrose Ágar com cloranfenicol e em ágar seletivo.
RESULTADOS – Foi possível verificar a ocorrência de micoses em 67 pacientes (49%) do total. As espécies zoofílicas foram as predominantes: M. canis foi isolado em 43 casos, e T. mentagrophytes em quatro, totalizando 84%, seguidas por T. tonsurans, espécie antropofílica encontrada em seis pacientes (11%),e pelas espécies geofílicas (M. gypseum e M. vanbreuseghemii) em 5%, dois e um isolamentos respectivamente. A infecção foi mais comum em pacientes com idade até nove anos, totalizando 54 casos (82%), e o sexo feminino foi ligeiramente mais afetado (55%).
CONCLUSÃO – O estudo indicou que M. canis foi o agente mais isolado em tinea capitis. As crianças em idade escolar foram as mais acometidas, mas a doença foi detectada em seis pacientes adultos, imunocompetentes.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, MICROSPORUM, TINHA DO COURO CABELUDO, TRICHOPHYTON
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Resumo
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EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA, ZÉLIA BRAZ V. DA SILVA PONTES, NEUZA MARIA CAVALCANTE OLIVEIRA, MARIA DE FÁTIMA F. P. CARVALHO, MARIA DE FÁTIMA DE LACERDA GUERRA, JOZEMAR PEREIRA DOS SANTOS et al.
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Fundamentos - OS gêneros _Epidermophyton, Microsporume Trichophyton_ têm grande afinidade por tecidos queratinizados (pele, pêlo e unhas), causando as dermatofitoses.
Objetivos - Estudar a frequência de dermatofitoses e de seus agentes etiológicos, em João Pessoa_PB.
Método - No período de 02/05/1989 a 22/12/1996, sobre 1708 pacientes com suspeita clínica de micose superficial, foram diagnosticados 398 casos de dermatofitoses. Em 158 casos o diagnóstico foi baseado em exame clínico e micológico direto, e, nos outros 240, foi realizado, além do exame clínico e microscopia, o cultivo.
RESULTADOS - Entre as espécies de dermatófitos antropofilicos foram isolados. _T. rubrum_ (50,8%), _T. tonsurans_ (2,5%) e _T. verrucisum_ (0,4%). A única espécie geofilica isolada foi _M. gypseum_ (0,4%). Esses agentes foram responsáveis por diferentes formas clínicas: tinha do corpo (35,8%), tinha do couro cabeludo (29,6%), tinha dos pés(13,3%), tinha crural (8,8%), tinha das unhas (8,8%) e tinha das mãos(3,8%).
Conclusão - Em João Pessoa_PB, as dermatofitoses compreenderam 398(23,3%) casos, do total de 1708 pacientes estudados. Em 240 casos, _T. rubrum_ (50,8%) foi a espécie mais encontrada nas diferentes formas clínicas com maior frequência em tinha do corpo (38,5%) e tinha do couro cabeludo(25,4%).
Palavras-chave: TINHAS, DERMATÓFITOS, MICOSES
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IX Tertúlia de Professores de Dermatologia
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Autor(es)
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Resumo
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ARIVAL CARDOSO DE BRITO
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O autor faz um estudo sobre a incidência das onicomicoses no Estado do Pará no período de 11 anos (1980-1990), onde são analisados os resultados de 3.772 exames micológicos.
A maior frequência foi observada em adultos do sexo feminino (69.67%). Quanto à profissão predominou o grupo de prendas do lar (42.70%). T. rubrum (20%) e Candida albicans (30%) foram as espécies mais isoladas e os exames micológicos diretos mostraram maior positividade do que as culturas. Nessa pesquisa o autor entende que a doença deve ser investigada com maior atenção considerando que as micoses superficiais ocupam o 1º lugar na nosologia dermatológica da Amazônia, ao contrário das demais regiões do país até então pesquisadas.
Palavras-chave: ONICOSES, ONICOMICOSES, MICOSES
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Beatriz da Silva Souza, Débora Sarzi Sartori, Carin de Andrade, Edna Weisheimer, Ana Elisa Kiszewski et al.
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A dermatofitose por Microsporum gypseum é rara, principalmente em lactentes, com poucos casos publicados. O diagnóstico nessa faixa etária é muitas vezes tardio. Nós revisamos a literatura e relatamos quatro novos casos de tinha de pele glabra causada por M. gypseum simulando eczema em lactentes. Considerando os casos novos e os previamente relatados, a metade dos pacientes foi exposta a areia, enfatizando a importância desse veículo de transmissão nesse grupo etário. Em conclusão, a dermatofitose por M. gypseum, embora rara, deve fazer parte do diagnóstico diferencial de dermatoses inflamatórias em lactentes. A suspeita clínica e a disponibilidade de cultura são as chaves para o diagnóstico.
Palavras-chave: Lactente; Microsporum; Tinha
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Temas de atualização
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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DOMINGOS BARBOSA SILVA, LACY NAZARÉ, PAULO B. RABELLO, FABIANO ALIPIO RODRIGUES MORAES, MANOEL DIAS ALMEIDA, CLAUDIO DOMINGUES DAS NEVES et al.
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OS AUTORES, EM ANÁLISE CRÍTICA, ENFOCAM AS DERMATOSES MAIS FREQUENTES, ACENTUANDO QUE AS MICOSES PREDOMINAM NA NOSOLOGIA AMAZÔNICA, ULTRAPASSANDO O GRUPO DOS ECZEMAS, QUE É O MAIS PREVALENTE NOS ESTADOS UNIDOS E EUROPA, BEM COMO NO SUL DO BRASIL.
O PRESENTE TRABALHO SE BASEIA EM 22.041 PRONTUÁRIOS DO SERVIÇO DE DERMATOLOGIA DO PROF.DOMINGOS SILVA - DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA TROPICAL - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, NO PERÍODO DE 1970-1979.
Palavras-chave: MICOESES, REGIÃO AMAZÔNICA, MICOSES, INCIDÊNCIA
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