Artigo de revisão
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Resumo
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DOUGLAS PUPPIN JUNIOR, BRIGITTA MARIA CAVEGN
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A certeza do diagnóstico clínico de melanoma foi de aproximadamente 64% num clássico trabalho de Kopf, em 1975; ou seja, um erro ocorreu em um terço dos casos de melanoma histologicamente confirmados. Portanto, a importância de uma biópsia seguida de exame histopatológico, antes do ato cirúrgico definitivo, parece ser prioritária, pois os mesmos são, em sua grande maioria, mutilantes. Alguns autores justificam que uma biópsia incisional, isto é, uma biópsia feita com punch numa lesão de melanoma poderia disseminar um contingente de células malignas no derme subjacente e, teoricamente, aumentar o risco de metástases, tanto local como a distância. Com o objetivo de orientar o leitor, nós revisamos a literatura concernente à questão de o quanto uma biópsia incisional em melanoma poderia aumentar o risco de metástases e diminuir a taxa de sobrevida dos pacientes.
Palavras-chave: BIÓPSIA INCISIONAL, MALIGNANT MELANOMA, BIÓPSIA EXCISIONAL, MELANOMA
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Artigo Original
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Autor(es)
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Resumo
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Nenhum resultado
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A observação de seis casos de melanoma cutâneo em fase metastática evidencia a importância dos esforços educacionais, objetivando diagnóstico precoce e adequada remoção da lesão primária. O estudo abrangeu quatro pacientes do sexo masculino e dois do sexo masculino, com idades entre 38 e 69 anos, sendo três leucodérmicos, dois faiodérrnicos e um melanodérmico, atendidos no Instituto Nacional de Câncer, no período de 1980 a 1983. Houve associação com nevos em todos os pacientes. O tronco foi a região de eleição três casos, seguindo-se a região plantar em dois e o antebraço em um caso. O intervalo das manifestações metastáticos variou entre seis meses e dois anos, com a média de 15,7 meses. Linfonodos pele e pulmões constituíram os principais órgãos de predileção das metástases. Um paciente abandonou o controle aos 36 meses, três evoluíram para óbito e um apresenta precárias perspectivas de sobrevida. Apenas um paciente encontra-se em alta hospitalar, aparentemente assintomática, após amputação do membro afetado. Registrou-se sobrevida média de 26,7 meses. Há indícios de que a protelação da consulta médica e falhas na abordagem inicial contribuíram para a má evolução e alto índice de letalidade.
Palavras-chave: MELANOMA CUTÂNEO
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Artigos originais
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Autor(es)
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Resumo
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LENINHA VALÉRIO DO NASCIMENTO, RENÉ GARRIDO NEVES, OSWALDO ALBERTI JÚNIOR, ANTONIO DE SOUZA MARQUES
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Os autores procuraram localizar nas células de melanoma a prowína S-100, a enolase neurónio-específica e o gangliosídeo GD3 (Mel-1), através da técnica da imunoperoxidase (PAP).
Realizaram o estudo em 38 casos de melanoma clínica e histologicamente classificados como: melanoma+supericial extensivo, 19 anos, e melanoma nodular, 19 casos. Os pacientes apresentaram idade variável de 17 a 78 anos; 35 eram brancos e um pardo, sendo 24 do sexo masculino e 14 feminino.
A presença nas células tu morais dos antígenos pesquisados não rezelou qualquer correlação com o sexo, idade e o tipo histogenético. Demonstraram a existência de associação significativa da co-ex; ressão aos pares dos antígenos celulares: proteína S-100 e Mel-1; Proteína S-100 e enolase neurônio-específica.
Palavras-chave: MELANOMA
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Caso Clínico
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Autor(es)
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Resumo
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Christiane D. Piazza, Sebastião A. P. Sampaio
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Lentigo maligno é um melanoma in situ que mais comumente surge em áreas expostas à radiação ultravioleta, nos pacientes idosos. O tratamento é realizado, principalmente, para minimizar o risco de progressão para lentigo maligno melanoma. O presente relato se refere a uma paciente idosa com lesões recorrentes de lentigo maligno na face, tratada com sucesso com imiquimod tópico, mostrando que este pode ser um tratamento útil, em determinados casos da doença.
Palavras-chave: MELANOMA, MELANOMA/TERAPIA, SARDA MELANÓTICA DE HUTCHINSON
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Resumo
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TATIANA VILLAS BOAS GABBI, NEUSA YURIKO SAKAI VALENTE, LUIZ GUILHERME MARTINS CASTRO
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A variante pigmentada da doença de Paget mamária é rara, com cerca de 12 casos
relatados, e pode mimetizar clínica e histologicamente o melanoma. Como na forma clássica, em geral associa-se à neoplasia da mama acometida, com origem principalmente no carcinoma intraductal que se estende à epiderme através de ducto lactóforo. A fisiopatologia da hiperpigmentação permanece desconhecida. Relata-se o caso de paciente de 49 anos que apresentou lesão pigmentada do mamilo, suspeita de melanoma. O exame histológico não foi suficiente para confirmar o diagnóstico, sendo necessária realização de perfil imuno-histoquímico. Apesar de incomum, o diagnóstico de doença de Paget deve ser lembrado como diferencial de melanoma em lesões pigmentadas dessa região, em ambos os sexos.
Palavras-chave: IMUNO-HISTOQUÍMICA, DOENÇA DE PAGET MAMÁRIA, MELANOMA
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Resumo
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IGNEZ REGINA DOS SANTOS M. MENDONÇA, BERNARD KAWA KAC, RENATA TEIXEIRA DA SILVA, LETÍCIA PEREIRA SPINELLI, RENATA RODRIGUES OROFINO, JANINE RIBEIRO FRANÇA DE ANDRADE et al.
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O melanoma do aparelho ungueal é apresentação relativamente rara dessa neoplasia, muitas vezes diagnosticada como nevo juncional, hematoma subungueal ou mesmo onicomicose. Esse fato leva a um atraso no diagnóstico e, conseqüentemente, na instituição da terapêutica específica, contribuindo para agravar o prognóstico de uma doença que por si só já é muito agressiva. Os autores relatam um caso de melanoma no primeiro quirodáctilo esquerdo de uma paciente negra com evolução de um ano, ressaltando a importância de avaliar certos critérios clínicos para obter o diagnóstico em fases mais precoces da doença.
Palavras-chave: MELANOMA
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Resumo
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FLÁVIO BARBOSA LUZ, BEATRIZ FRANÇA DA MATA, MAYRA CARRIJO ROCHAEL
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Os autores descrevem o caso de paciente de 15 anos que apresenta um componente juncional de seu nevo spilus envolto por halo acrômico na coxa direita. O mecanismo imunológico constante no fenômeno halo e a resposta imune ao melanoma estão intimamente relacionados. Aparentemente, o fenômeno halo representa uma reação imunológica mediada por células contra um antígeno desconhecido presente nas lesões melanocíticas. Há também presença de anticorpos nessa reação.
Palavras-chave: MELANOMA
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Resumo
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TULLIA CUZZI MAYA, MARIA JOSÉ SERAPIÃO, MARIA CLARA GUTIERREZ GALHARDO, BEATRIZ GRINSZTEJN, SOLANGE C. CAVALCANTE, MANOEL PAES DE OLIVEIRA NETO et al.
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Os autores relatam um caso de melanoma associado à infecção pelo HIV. O êxito letal ocorreu 12 meses após o diagnóstico da neoplasia. O estudo de necropsia revelou comprometimento de múltiplos órgãos, e o padrão de disseminação das células tumorais sugeriu sua ampla circulação pela corrente sanguínea e linfática.
Palavras-chave: HIV, MELANOMA, MELANOMA, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Resumo
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RENATO SANTOS DE OLIVEIRA FILHO, RENATO TOVO FILHO, CARLOS MITSUAQUI ETO, MARIA CECÍLIA DE C. BORTOLETTO
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Relatos de casos e descrição de técnica crúrgica utilizada para melanoma, cuja incidência mundial cresce 4% ao ano. O mapeamento linfático intra-operatório com linfadenectomia seletiva indica a linfadenectomia completa quando o linfonodo sentinela se mostra comprometido, tendo-se assim evitado, nos pacientes nos quais tal linfonodo se mostra livre da doença, a morbidade e os custos de uma linfadenectomia desnecessária.
Palavras-chave: EXCISÃO DE GÂNGLIO LINFÁTICO, MELANOMA
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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VICTOR HUGO BAZAN DA ROCHA
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Os autores realizaram um estudo epidemiológico de 161 casos de Melanoma Maligno, tratados no Hospital Santa Rita (Porto Alegre - RS), de janeiro de 1974 a dezembro de 1986 e correlacionaram a idade com o estadiamento clínico dos pacientes. Houve um predomínio de pacientes na faixas etárias de 40 a 49 anos. Em todas as faixas etárias estudadas o estádio I foi o mais frequente com exceção do de 15 a 19 anos, no qual foram encontrados mais casos de estádio II
Palavras-chave: MELANOMA MALIGNO, NEOPLASIAS MALIGNAS DE PELE
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Resumo
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LORIVALDO MINELLI, VERA LÚCIA PEREIRA
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Os autores realizaram um estudo sobre 59 pacientes portadores de melanoma, atendidos de 1970 a 1980 no Serviço de Oncodermatologia do Instituto de Câncer de Londrina (Paraná – Brasil), observando os seguintes dados: 34 (57,62%) eram do sexo masculino e 25 (42,37%) do sexo feminino. Cinqúenta e sete (96,61%) eram brancos e apenas dois (3,38%) eram pardos. A faixa etária presominante estava entre os 46 e os 65 anos. Finalmente, a doença mais intensamente nos trabalhadores expostos ao sol.
Palavras-chave: MELANOMA, INCIDÊNCIA
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gustavo Costa Verardino, Mayra Carrijo Rochael
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O nevo de Spitz é lesão melanocítica benigna, sendo um dos principais diagnósticos diferenciais do melanoma. Foi realizado estudo descritivo e retrospectivo das peças cirúrgicas de pacientes com diagnóstico de nevo de Spitz de duas instituições de Niterói (RJ), num total de 32 casos. O subtipo histopatológico mais frequente foi o composto, com 19 casos (60%), com predomínio de células epitelioides (17 casos - 53%). A disseminação pagetoide foi observada em 21 casos (68%). A maturação dos melanócitos esteve presente em 13 casos (81%). Corpos de Kamino foram encontrados em oito casos (25%). Atipias de melanócitos estiveram presentes em 18 casos (56%). Mitoses foram observadas em 11 casos (34%). O conhecimento detalhado da forma clássica dos nevos de Spitz é fundamental para o diagnóstico diferencial com o melanoma, reforçando que nenhum critério isolado é definitivo no diagnóstico diferencial entre nevo de Spitz e melanoma.
Palavras-chave: Nevo de células epitelioides e fusiformes; Nevos e melanomas; Patologia
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Resumo
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Cesar de Souza Bastos Junior, Juan Manuel Piñeiro-Maceira, Fernando Manuel Belles de Moraes
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Os melanomas desmoplásicos apresentam-se como pápulas amelanóticas firmes; à microscopia exibem proliferação de células fusiformes na derme e variável deposição de colágeno, além de proliferação melanocítica lentiginosa, intraepidérmica, na maioria dos casos. Realizada biópsia de pele de paciente masculino, 61 anos, branco, com diagnóstico de lentigo maligno na face, há 10 anos. O exame histopatológico revela proliferação dérmica de células fusiformes pigmentadas e deposição de colágeno, invadindo até a profundidade da derme reticular, associado a componente lentiginoso; presença de positividade imuno-histoquímica com S-100, Melan-A e WT1, e marcação fraca com HMB45. Diagnóstico de melanoma desmoplásico, associado a lentigo maligno. Existe
divergência quanto à origem do melanoma desmoplásico, a partir do componente lentiginoso ou “de novo”, na ausência de lentigo associado. O melanoma desmoplásico representa uma minoria dos casos de melanoma cutâneo primário (menos de 4%). A presença de lentigo maligno pode servir de sinal de alerta para possível relação com melanoma desmoplásico.
Palavras-chave: MELANOMA, NEVO DE CÉLULAS EPITELIÓIDES E FUSIFORMES, PROTEÍNAS S100, PROTEÍNAS WT1
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Editorial
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Autor(es)
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Nenhum resultado
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Palavras-chave: MELANOMA CUTÂNEO
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Educação médica continuada
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Carolina Leite Viana, Bernardo Gontijo, Flávia Vasques Bittencourt
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O nevo melanocítico congênito gigante é, geralmente, definido como lesão melanocítica presente ao nascimento e que atinge, no mínimo, 20 cm de diâmetro na vida adulta. Sua incidência é estimada em menos de 1:20.000 recém-nascidos. Contudo, apesar de sua raridade, possui importância tanto por estar associado a complicações graves, como o melanoma maligno e o acometimento do sistema nervoso central (melanose neurocutânea), quanto pelo grande impacto psicossocial que ocasiona no paciente e nos familiares, devido a seu aspecto comumente inestético. O nevo congênito gigante, geralmente, apresenta-se como lesão acastanhada, plana ou elevada, de bordas bem definidas e com hipertricose, e seu diagnóstico é eminentemente clínico. Do ponto de vista histológico, porém, os nevos melanocíticos congênitos são diferenciados dos nevos adquiridos, principalmente pelo seu tamanho maior, pela disseminação das células névicas para as camadas mais profundas da pele e pela sua arquitetura e morfologia mais variadas. O nevo congênito gigante é considerado fator de risco para o desenvolvimento do melanoma. Todavia, a real incidência de malignização ainda é controversa. Estima-se que o risco de melanoma ao longo da vida esteja entre 5 e 10%. Diante dessas incertezas e do tamanho das lesões, a abordagem do nevo gigante representa um desafio e deve ser individualizada. O tratamento pode incluir procedimentos cirúrgicos ou não cirúrgicos, intervenções psicológicas e/ou acompanhamento clínico, com atenção a mudanças de coloração, superfície ou textura do nevo. Considera-se que a única indicação absoluta para a intervenção cirúrgica é o surgimento de uma neoplasia maligna sobre a lesão.
Palavras-chave: Neoplasias cutâneas; Nevo pigmentado; Nevos e melanomas
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Luciane Francisca Fernandes Botelho, Nilceo Schwery Michalany, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Sergio Henrique Hirata
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A queratose seborreica é uma lesão cutânea frequente e acredita-se que nevos melanocíticos possam, coincidentemente, associar-se a essas lesões. Os autores descrevem um caso de nevo displásico associado à queratose seborreica e abordam os aspectos clínicos, dermatoscópicos e histológicos dessa associação. Também se discute a associação de queratose seborreica com outros tumores benignos e malignos.
Palavras-chave: Ceratose seborréica; Dermoscopia; Melanoma; Nevo; Nevos e melanomas
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Resumo
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Natalia Cammarosano Mestnik, João Paulo Junqueira Magalhães Afonso, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Mauro Yoshiaki Enokihara, Adriana Maria Porro, Sérgio Henrique Hirata et al.
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Descrevemos um caso de melanoma na região interdigital plantar em uma jovem de 22 anos, que relatava alterações ocorridas durante a gravidez em sua lesão pigmentada. O diagnóstico foi feito tardiamente e a evolução foi desfavorável. O objetivo deste relato é chamar a atenção dos dermatologistas para a necessidade do exame cuidadoso e regular de lesões melanocíticas nas gestantes, não ignorando possíveis alterações por interpretarem que sejam sempre fisiológicas.
Palavras-chave: Gravidez; Melanoma; Metástase Neoplásica; neoplasias cutâneas; Nevo pigmentado; Nevos e Melanomas
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Resumo
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Ana Maria Costa Pinheiro, Gustavo Alonso Pereira, Alessandro Guedes Amorin, Tatiana Cristina Nogueira Varella, Horacio Friedman et al.
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O nevo de Spitz é uma lesão melanocítica benigna com características clínicas e histopatológicas semelhantes às do melanoma. Foi descrito em 1948, mas até hoje, ainda, existe grande controvérsia no seu diagnóstico e conduta. A utilização da dermatoscopia pode aumentar a sua acurácia diagnóstica. As características dermatoscópicas do nevo de Spitz incluem um padrão estelar (starburst), que é o mais frequente, seguido do padrão globular e do padrão atípico. O diagnóstico deve ser confirmado por exame histopatológico, principalmente, nos casos atípicos.
Palavras-chave: DERMATOSCOPIA, MELANOMA, NEVO DE CÉLULAS EPITELIÓIDES E FUSIFORMES
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Guilherme Augusto Gadens
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FUNDAMENTOS: A dermatoscopia digital é o método de escolha para o acompanhamento de pacientes com fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma cutâneo. Através da comparação de uma determinada lesão em diferentes momentos, tal exame possibilita o diagnóstico mais precoce possível do melanoma ao identificar as mais sutis alterações. Assim, fica evidente a importância da repetição do exame em diferentes momentos, com intervalo a ser determinado pelo médico avaliador.
OBJETIVOS: Avaliar a taxa de aderência dos pacientes ao acompanhamento com dermatoscopia digital. MÉTODOS: Análise retrospectiva de 36 pacientes que realizaram dermatoscopia digital e mapeamento corporal total em um serviço privado no período compreendido entre setembro de 2010 e janeiro de 2013.
RESULTADOS: Apenas 25% dos pacientes realizaram os exames de dermatoscopia digital de seguimento.
CONCLUSÕES: A baixa aderência dos pacientes aos exames de seguimento pode comprometer a eficácia deste valioso método na análise das lesões melanocíticas. A falta de seguimento representa um desafio na rotina do médico avaliador dos exames.
Palavras-chave: Dermoscopia; Cooperação do paciente; Melanoma; Nevos e melanomas; Perda de seguimento; Síndrome do nevo displásico
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Resumo
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Lucio Bakos, Simeona Mastroeni, Renan Rangel Bonamigo, Franco Melchi, Paolo Pasquini et al.
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FUNDAMENTOS: importantes fatores de risco para melanoma cutâneo são reconhecidos, mas escores padronizados para avaliação individual ainda precisam ser elaborados.
OBJETIVOS: o objetivo deste estudo foi desenvolver um escore de risco de melanoma cutâneo para uma amostra brasileira. MÉTODOS: verificar as estimativas dos principais fatores de risco para melanoma, derivado de uma meta-análise (estudo de base italiano) e, externamente, validar em uma população do sul do Brasil por um estudo caso-controle. Um total de 117 indivíduos foram avaliados. RESULTADOS: a variável com maior poder preditivo para o risco de melanoma cutâneo na população estudada foi a cor do cabelo (AUC: 0,71, IC 95%: 0,62-0,79). Outros fatores importantes para o modelo foram: sardas, queimaduras solares, e cor de pele e cor dos olhos. Adicionando outras variáveis, como os nevos comuns, elastose, história familiar e lesões pré-malignas não houve melhora da capacidade preditiva. CONCLUSÃO: A capacidade discriminatória do modelo proposto mostrou-se superior ou comparável aos modelos de risco anteriores propostos para melanoma cutâneo.
Palavras-chave: FATORES DE RISCO, MELANOMA, NEVOS E MELANOMAS
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Resumo
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Ana Gabriela Salvio, Ary Assumpção Júnior, José Getúlio Martins Segalla, Beatriz Lhanos Panfilo, Helen Renata Nicolini et al.
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FUNDAMENTO: A incidência do melanoma aumentou nos últimos anos mais rapidamente do que qualquer outro câncer. Embora represente apenas 4% dos cânceres de pele, é o responsável por 60% das mortes por esta neoplasia. Isto torna o melanoma um problema de saúde pública.
OBJETIVOS: O presente estudo propôs o desenvolvimento de um Programa Contínuo de Prevenção do Melanoma, por meio da realização da prevenção primária e do diagnóstico precoce desta neoplasia. MÉTODOS: Foi tomada como piloto uma cidade de aproximadamente 130.000 habitantes. Uma equipe de enfermagem esteve presente por cerca de 30 dias em cada um dos 13 postos de saúde da cidade de Jaú (SP), realizando orientações quanto ao autoexame da pele, fotoproteção e sinais precoces do melanoma. O paciente com lesão suspeita era encaminhado imediatamente ao hospital de referência para dermatoscopia e triagem médica, sendo exci-
sada quando suspeita.
RESULTADOS: Foram diagnosticados 4 casos de melanoma em fase inicial e 3 nevos displásicos. Dos entrevistados, 74%
trabalham expostos ao sol, variando de meio período ao completo, e mais de 60% nunca fizeram uso de filtro solar.
CONCLUSÃO: Este modelo de programa de prevenção é inédito, exclusivo e demonstrou ser eficaz na prevenção e diagnóstico precoce do melanoma em uma cidade de 130.000 habitantes do Estado de São Paulo. Com esclarecimento à população e orientação à equipe de saúde, realiza-se uma rápida triagem e identificam-se lesões suspeitas de melanoma para que, com o diagnóstico em suas fases iniciais, o paciente apresente melhor prognóstico.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO PRECOCE, MELANOMA, PREVENÇÃO DE DOENÇAS
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Resumo
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Rúbia Battisti, Daniel Holthausen Nunes, Ariana Lebsa Weber, Louise Cardoso Schweitzer, Isadora Sgrott et al.
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FUNDAMENTOS: O melanoma é o câncer cutâneo com maior letalidade. Santa Catarina é o estado brasileiro com maior número de casos desse tumor.
OBJETIVOS: Estimar a taxa de mortalidade por melanoma no quinto ano de doença.
MÉTODOS: A amostra compreendeu 81 laudos de melanoma primário cutâneo, em 75 pacientes, emitidos em Florianópolis – SC em 2002 e 2003. O protocolo de pesquisa incluiu idade, sexo, cor do paciente e localização anatômica, tipo histológico, grau de invasão, índice de Breslow, infiltrado inflamatório, ulceração, regressão, invasão angiolinfática e estadiamento do tumor. Foi feito contato telefônico com os pacientes para verificar seu status (vivo, morto por melanoma ou morto por outra causa). Para análise estatística, utilizou-se o teste exato de Fisher e a curva de sobrevida de Kaplan-Meier.
RESULTADOS: O perfil dos pacientes foi: feminino, branco, 51,3 anos, melanoma invasivo em tronco ou membros, tipo extensivo superficial, Breslow 2,63 mm. A taxa de mortalidade por melanoma cutâneo foi de 7,0%, maior entre homens (11,1%), com Breslow superior a 4,0 mm (66,0%), com ulceração (33,3%) e em estádio IV (80,0%). A sobrevida média foi de 56,7 meses. Conclusões: A taxa de mortalidade por melanoma primário cutâneo foi de 7,0%, e a ulceração e o estadiamento final foram os fatores com significância estatística sobre o resultado.
Palavras-chave: ANÁLISE DE SOBREVIDA, COEFICIENTE DE MORTALIDADE, MELANOMA
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Resumo
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ANA MARIA SORTINO RACHOU, MARIA PAULA CURADO, MARIA DO ROSÁRIO DIAS DE OLIVEIRA LATORRE
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*Fundamentos:* O Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia disponibiliza dados de melanoma de uma série temporal de 13 anos, com 96,6% de confirmação histopatológica.
*Objetivo:* Comparar incidência, mortalidade e tendências mundiais com os dados do primeiro estudo de base populacional de melanoma cutâneo do Brasil.
*Métodos:* Foram analisados 290 casos novos diagnosticados em residentes do município (incidência) e 54 óbitos reportados ao Registro de Câncer de Goiânia (mortalidade), entre 1988 e 2000. Os coeficientes padronizados por idade e sexo foram calculados pela população mundial. Para análise das tendências, um modelo de regressão linear simples foi utilizado.
*Resultados:* Cento e quarenta e quatro casos de melanoma em mulheres e 146 em homens. Os coeficientes padronizados médios de incidência foram crescentes tanto para homens (r2=0,33; p=0,040) como para mulheres (r2=0,41; p=0,019), com tendência crescente nos homens acima de 60 anos e mulheres até 59 anos. Os coeficientes padronizados médios de mortalidade foram crescentes nos homens (r2=0,32; p=0,042) e estáveis nas mulheres, com tendência crescente para homens acima de 60 anos.
*Conclusão:* Tanto em Goiânia como no mundo, a incidência de melanoma cutâneo é crescente para ambos os sexos. A mortalidade tende à estabilidade nas mulheres e é crescente para homens.
Palavras-chave: MELANOMA/EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA/MORTALIDADE, BRASIL, MELANOMA, PELE
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Resumo
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MARCELO T. SAPIENZA, MARILIA M. S. MARONE, JOSE SOARES JR., MARCIA G. M. TAVARES, IRENE S. ENDO, SHLOMO LEWIN, GUILHERME C. CAMPOS NETO, MARGARIDA M. MARQUES FELICIANO LOPES, SÉRGIO NAKAGAWA, FRANCISCO A. BELFORT et al.
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*Fundamentos:* A progressão linfática do melanoma maligno habitualmente se inicia pelo linfonodo sentinela (LNS), cuja análise histopatológica permite predizer o acometimento de toda a cadeia.
*Objetivo:* O trabalho tem por objetivo descrever a utilização do 99mTc-Fitato na detecção do LNS em pacientes com melanoma maligno, revisando as indicações e informações fornecidas por sua biópsia.
*Método:* A pesquisa de LNS foi realizada por meio da linfocintilografia com 99mTc-Fitato em 92 pacientes com melanoma (54,0±14,3 anos). Após 18-24 horas, 88 pacientes foram submetidos à localização intra-operatória com detector portátil, seguida da ressecção e análise histopatológica do LNS.
*Resultados:* A linfocintilografia permitiu a identificação do LNS em todos os estudos, havendo detecção intra-operatória em 98,8% dos casos. O LNS estava acometido em 23 pacientes (26%). O valor preditivo negativo foi de 100% e não se observaram reações adversas pelo uso do 99mTc-Fitato.
*Conclusão:* A detecção do LNS pode ser realizada com diferentes radiofármacos, incluindo o 99mTc-Fitato, que apresenta vantagens de custo e disponibilidade no Brasil. A pesquisa de LNS resulta em maior acurácia e menor morbidade no estadiamento de pacientes com melanoma maligno
Palavras-chave: BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA, CINTILOGRAFIA, MELANOMA
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Resumo
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MARCUS ANTONIO MAIA DE OLIVAS FERREIRA, CARLA SIMONE RUSSO ZUKANOVICH FUNCHAL, NELSON MARCOS FERRARI JUNIOR, MANOEL CARLOS S. DE A. RIBEIRO
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*Fundamentos:* As características do melanoma acrolentiginoso (MAL) diagnosticado no Brasil são pouco estudadas.
*Objetivos:* Avaliar as características do MAL diagnosticado na Unidade de Melanoma da Santa Casa de São Paulo - UMSC, comparando essa manifestação com outros subtipos e verificar se as possíveis diferenças entre eles teriam importância na determinação do diagnóstico, tratamento e prognóstico.
*Método:* A Casuística da UMSC foi subdividida em dois grupos, um de melanoma acrolentiginoso (MAL) e outro de melanoma não acrolentiginoso (NAL), que foram comparados quanto a sexo, cor, idade, espessura e nível de invasão da lesão primária, estadiamento, tempo decorrido entre a percepção do tumor e o atendimento pelo médico.
*Resultados:* A casuística correspondente ao MAL mostrou freqüência significativa de pacientes não brancos, com faixa etária mais elevada, com a lesão primária em média, mais espessa e ulcerada. Não ocorreram diferenças significativas quanto ao sexo e estadiamento, bem como com relação ao tempo decorrido entre perceber a neoplasia e procurar o médico.
*Conclusões:* O MAL diagnosticado na UMSC ocorre, principalmente, em pacientes que normalmente não são alertados para câncer da pele (não brancos) e pertencem a uma faixa etária mais elevada (portanto, do ponto de vista teórico, poderiam estar menos atentos ao início da doença). A maioria apresentou lesão espessa e ulcerada, conseqüentemente de maior risco para metástases. Essa forma de câncer é desconhecida do público em geral e mesmo por boa parcela da classe médica.
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, MELANOMA
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Resumo
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MARCUS ANTONIO MAIA DE OLIVAS FERREIRA, NELSON MARCOS FERRARI JUNIOR, CARLA SIMONE RUSSO ZUKANOVICH FUNCHAL, MANOEL CARLOS S. DE A. RIBEIRO, ANDRÉ BANDIERA DE OLIVEIRA SANTOS et al.
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FUNDAMENTOS - A epidemiologia do melanoma cutâneo no Brasil é pouco estudada.
OBJETIVO - Sendo o Brasil um país de dimensões continentais e com complexa etnia, quais seriam seus padrões epidemiológicos?
MÉTODO - Para tentar responder a essa questão, foram comparadas casuísticas do tipo assistencial e de clínica privada, e, em seguida, discutidas em relação à literatura brasileira e internacional.
RESULTADOS - A casuística assistencial no geral mostrou freqüência significativa de pacientes não brancos, faixa etária mais elevada e percentagem alta de melanoma acrolentiginoso, enquanto a clínica privada mostrou predominância de pacientes brancos, faixa etária não elevada e pequena percentagem de melanoma acrolentiginoso.
CONCLUSÕES - Os resultados da casuística assistencial contrapropuseram-se, significativamente, aos da clínica privada e da literatura mundial, porém foram concordantes com a maioria dos autores brasileiros. Assim sendo, é possível dizer que a elevada freqüência do melanoma acrolentiginoso, encontrada na casuística assistencial (maioria da população brasileira), poderia caracterizar a epidemiologia do melanoma cutâneo no país e provavelmente seria decorrente da diferença racial e étnica do Brasil em relação aos países de população predominantemente branca. Essas diferenças, entretanto, não aconteceram quando foram comparadas as casuísticas na faixa etária abaixo de 50 anos. A diversificação dos resultados determina (de acordo com a faixa etária), possivelmente, uma variação epidemiológica do melanoma cutâneo, considerando grupos sociais diferentes em uma mesma localização geográfica.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, MELANOMA
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Resumo
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MARGARIDA M. MARQUES FELICIANO LOPES, RENATO SANTOS DE OLIVEIRA FILHO, LUCIANO ANGELO CALVIS, ELSON YASSUNAGA TESHIROGUI, LUCIA MIIKO YOJO, DINO BANDIERA, LUIS FERNANDO REQUEJO TOVO et al.
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FUNDAMENTO - A incidência mundial de melanoma está aumentando. O melanoma múltiplo não é fenômeno raro, ocorrendo em 3 a 5% dos pacientes com melanoma.
OBJETIVO - Avaliar os achados clínicos e histopatológicos do melanoma múltiplo na casuística do Hospital A.C.Camargo de 1984 a 1994.
MÉTODOS - Construiu-se um banco de dados com os prontuários dos pacientes portadores de melanoma múltiplo tratados no Departamento de Tumores Cutâneos, incluindo informações de anamnese, exame físico, anatomopatológico, estadiamento e de seguimento dos referidos pacientes.
RESULTADOS - Estudaram-se 28 pacientes, 15 do sexo feminino e 13 do sexo masculino; 12 com melanomas sincrônicos e 16 com metacrônicos. A sua idade mediana foi de 46,5 anos. Em quatro deles (14,3%),havia história familiar de melanoma. Em dez (62,5%), com melanoma metacrônico, o segundo tumor apareceu nos primeiros cinco anos de seguimento. Nesse grupo a espessura média de Breslow diminuiu significativamente (p=0,03) do primeiro (2,12 mm) para o segundo melanoma (1,16 mm).O seguimento mediano oi de 50 meses e meio.
CONCLUSÕES - Os dados coletados corroboram a importância de vários elementos destacados na literatura.Pacientes com melanoma devem ser seguidos continuamente com rigoroso exame clínico do tegumento.
Palavras-chave: MELANOMA, NEOPLASIAS
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Helena Toda Sanches de Brito, Cecília Silva Nunes de Moura Dionísio, Cândida Margarida Branco Martins Fernandes, Joana Cintia Monteiro Ferreira, Maria Joaninha Madalena de Palma Mendonça da Costa Rosa, Maria Manuela Antunes Pecegueiro da Silva Garcia et al.
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O nevo spilus é uma lesão cutânea melanocítica composta por uma mácula castanho-clara contendo numerosas maculopápulas puntiformes e mais escuras em seu interior. O desenvolvimento de melanoma maligno sobre um nevo spilus é raro, existindo menos de 40 casos publicados até à data. O risco absoluto de transformação maligna em um nevo spilus não é conhecido, e não existem normas protocoladas para seu acompanhamento. Apresentamos um novo caso de desenvolvimento de melanoma maligno sobre um nevo spilus, com a particularidade de ocorrência de melanoma multifocal, e discutimos potenciais recomendações de acompanhamento.
Palavras-chave: Melanoma; Nevo; Nevos e melanomas
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Resumo
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Alice Paixão Lisboa, Keline Jácome Silvestre, Renata Leite Pedreira, Natália Ribeiro de Magalhães Alves, Daniel Lago Obadia, Luna Azulay-Abulafia et al.
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Os nevos azuis são tumores benignos de melanócitos localizados profundamente na derme reticular, resultantes de uma falha na migração dos melanócitos para a junção dermoepidérmica a partir da crista neural. Em geral, são assintomáticos e solitários, porém podem ser múltiplos ou agrupados (agminado). O subtipo agminado é formado pelo agrupamento de lesões pigmentadas azuladas em uma área bem delimitada, podendo ser plano ou elevado. Relata-se o caso de um paciente que apresentava múltiplas máculas azuladas de 1-3mm de diâmetro cada, agrupadas no dorso superior esquerdo. A dermatoscopia e o exame anatomopatológico foram compatíveis com nevo azul.
Palavras-chave: Melanócitos; Nevo azul; Nevos e melanomas
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Resumo
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Monica Jidid Mateus, Carla Araujo Jourdan, Violeta Duarte Tortelly, Tassiana Simão, Carlos Baptista Barcaui, Juan Manuel Piñeiro Maceira et al.
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A abordagem cirúrgica do lentigo maligno é um desafio, dada a dificuldade na delimitação clínica das lesões. Apresentamos uma paciente de 69 anos com mácula acastanhada na face de 10 anos de evolução, com diagnóstico histopatológico de lentigo maligno. A técnica cirúrgica empregada foi a do contorno, como uma opção para a avaliação completa das margens antes da excisão definitiva do tumor. Trata-se de uma variante da excisão cirúrgica por estágios, com menores taxas de recorrência e resultado estético aceitável.
Palavras-chave: Margem; Melanoma; Recidiva; Sarda melanótica de Hutchinson
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