Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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VALÉRIA AOKI, FERNANDA LAGO, MÁRCIA HARUMI YAMAZAKI, CLÁUDIA GIULI SANTI, CELINA WAKISAKA MARUTA, THE COOPERATIVE GROUP ON FOGO SELVAGEM RESEARCH et al.
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Os pênfigos são dermatoses bolhosas auto-imunes, em que há a produção de auto-anticorpos direcionados contra moléculas de adesão dos epitélios, levando à perda da coesão celular. A produção de auto-anticorpos ocorre quando os pacientes desenvolvem um desequilíbrio da resposta imune (quebra da tolerância imunológica), passando a reconhecer antígenos próprios. A resposta é geralmente direcionada contra um único epítopo alvo; entretanto, como conseqüência da resposta inflamatória do processo primário e do extenso dano tecidual ocasionado, pode haver exposição de componentes protéicos ocultos, levando à produção de diferentes auto-anticorpos. Assim, é possível que surja uma nova doença cutânea auto-imune, em decorrência do fenômeno intra ou intermolecular de epitope spreading. São revistos os principais conceitos desse fenômeno e sua ocorrência nas dermatoses bolhosas auto-imunes, com ênfase nos pênfigos, grupo de dermatoses bolhosas autoimunes mais prevalente no Brasil.
Palavras-chave: PENFIGO, EPITOPOS, DESMOGLEÍNAS, AUTO-IMUNIDADE
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Resumo
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VALÉRIA AOKI, EVANDRO A. RIVITTI, LUCI MARI ITO GERHARD, GUNTER HANS FILHO, LUIS A. DIAZ et al.
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O fogo selvagem, ou pênfigo foliáceo endêmico, é doença órgão-específica, em que auto-anticorpos IgG, especialmente da subclasse IgG4, se dirigem contra ectodomínios da desmogleína 1, culminando no processo de acantólise. Influências genéticas e ambientais modulam essa resposta auto-imune específica; nota-se maior susceptibilidade ao pênfigo foliáceo endêmico nos indivíduos que apresentam uma determinada seqüência de alelos (LLEQRRAA) nas posições 67-74 da terceira região hipervariável do HLA-DRB1, e naqueles expostos a insetos hematófagos, em especial o _Simulium nigrimanum_. Uma possível explicação para o desencadeamento do processo auto-imune seria o mimetismo antigênico, iniciado por estímulos ambientais, nos indivíduos geneticamente predispostos.
Palavras-chave: PÊNFIGO, AUTO-IMUNIDADE, IMUNOFLUORESCÊNCIA, MAPEAMENTO DE EPITOPOS
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Resumo
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CLARISSE ZAITZ
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Revisão das respostas imunológicas na infecção por dermatófitos, tanto no que se refere à imunidade mediada pro células como à humoral. Discussão quanto à inexistência de antígenos de dermatófitos padronizados e as dificuldades decorrentes deste fato.
Palavras-chave: DERMATÓFITOS, ALERGIA E IMUNOLOGIA, IMUNIDADE
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Artigo Especial
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Georgi Tchernev, Pietro Nenoff
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Análises das informações disponíveis na literatura que forneçam uma explicação precisa sobre a patogênese do Líquen Plano, assim como sobre sua transição para outras formas raras da doença, como Ceratose Liquenóide Crônica ou Síndrome de Graham-Little-Piccardi- Lassueur , são raras ou inexistentes. O curso cronológico da doença, conhecida na literatura como Líquen Plano, varia. Alguns pacientes desenvolvem Líquen Plano ou Líquen Nítido e não ha uma explicação lógica do por quê. Também não está claro por que alguns pacientes inicialmente desenvolvem lesões ulcerativas na área da mucosa e em apenas alguns deles essas lesões afetam a pele. Mimetismo Antigênico ou Espalhamento de Epítopos poderiam ser fatores patogênicos indutores em casos de Dermatoses Liquenóides, e também fatores responsáveis pela transição para a forma ulcerativa, exantematosa ou outras formas raras da doença. Espalhamento de Epítopos provavelmente não é o principal fator patogênico envolvido no Líquen Plano, mas um fenômeno de ocorrência posterior.Esse manuscrito analisa alguns aspectos patogênicos básicos e apresenta algumas hipóteses médicas sobre o quadro clínico heterogênico e a patogênese do Líquen Plano e de patologias da pele do tipo liquenóide. Essas patologias devem, em um futuro próximo, ser analisadas minuciosamente a fim de esclarecer vários dilemas que o dermatologista clínico tem de enfrentar.
Palavras-chave: APOPTOSE, EPITOPOS, IMUNIDADE, INFECÇÃO, LÍQUEN PLANO, MIMETISMO MOLECULAR
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Artigos originais
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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VINICIO DE ARRUDA ZAMITH
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O autor com material retirado de dois doentes de líquen plano praticou duas auto-inoculações.
Em 8/5/64 do primeiro, doente de L.P. há seis anos, após provocar uma bolha artificial com neve carbônica injetou na pele de seu antebraço E. por via intradérmica, 0,5ml da serosidade da bolha.
Com este mesmo material inoculou ovos embrionados, os quais, após três passagens sucessivas se mostraram negativos (I. Adolfo Luiz de São Paulo, em colaboração com o Dr. Luiz F. de Salles Gomes).
Em 30/6/64 do segundo, doente de L.P. há cerca de seis meses, praticou uma biópsia de uma lesão da perna D. O triturado desta lesão foi injetado pela via intradérmica na pele do seu antebraço E.
Após 26 anos de observação considerou as experiências negativas, pois jamais surgiram lesões suspeitas de L.P.
Em conclusão afirma que a negatividade de suas experimentações não demontraram a natureza infecciosa do L.P., contudo não a afastaram definitivamente.
Palavras-chave: AUTO-INOCULAÇÃO EXPERIMENTAL, LÍQUEN PLANO
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Resumo
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VALÉRIA MARCONDES DE OLIVEIRA E COLS.
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Com o intuito de se estudar a resposta imunológica celular no fogo selvagem, foram avaliados 11 doentes sendo cinco pacientes sem tratamento prévio e seis pacientes em vigência de corticoterapia sistêmica, através de leucograma, quantificação de linfócitos totais, T, B e suas subpopulações e provas de imunidade cutânea tardia. A análise numérica dos linfócitos e suas subpopulações demonstrou que estas células encontravam-se normais ou acima da normalidade. A resposta aos testes de imunidade cutânea tardia indicou uma imunidade mediada per células capaz de reagira antígenos conhecidos e novos. Como o anticorpo no pênfigo vulgar e diverso do encontrado no pênfigo foliáceo, o achado de que a imunidade celular esta preservada no fogo selvagem contrasta com a depressão linfocitária relatada no pênfigo vulgar e reforça a hipótese de que estas duas afecções evoluam através de mecanismos imunopatogênicos diversos.
Palavras-chave: LINFÔCITOS AUXILIARES E SUPESSORES, PÊNFIGO FOLIÁCEO, IMUNIDADE CELULAR
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Resumo
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TÂNIA NELY ROCHA, ROSANE OROFINO COSTA, LISSA SUDO, JARBAS ANACLETO PORTO
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Verificou-se a incidência de fungos em unhas aparentemente sãs em dois grupos de pacientes. O primeiro grupo contava com 15 pacientes que apresentaram unha aparentemente sã e dermatofitose interdigital de uma ou mais pregas dos pododáctilos e/ou dermatofitose em um ou ambos calcanháres e o segundo grupo com 15 pacientes sem dermatofitose dos pés e com unhas aparentemente sãs. No primeiro grupo encontrou-se um paciente que apresentava, em unha aparentemente sã, T. mentagrophytes var. Zoofílica, e na prega acometida E. floccosum. Realizaram-se testes de imunidade celular nos pacientes dos dois grupos para observar a correlação do dermatófito como colonizador da unha aparentemente sã e a imunidade celular do indivíduo. Como nenhum paciente apresentara déficit da imunidade celular, tal correlação não foi possível.
Palavras-chave: FUNGOS EM UNHAS NORMAIS E IMUNIDADE CELULAR, DERMATOFITOSE E IMUNIDADE CELULAR, TINHA INTERDIGITAL E IMUNDADE CELULAR
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Isabela Soubhia Corral, Thais Helena Proença de Freitas, Renata Telles Rudge de Aquino, Daniella Abbruzzini S. Koller, Maria Elisa Ruffolo Magliari, Helena Muller et al.
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Pênfigo Vulgar é uma doença bolhosa auto-imune, cuja terapêutica é baseada em corticoesteróides sistêmicos, associados ou não a imunossupressores. Rituximabe é um anticorpo monoclonal quimérico da classe IgG direcionado a um antígeno CD20 de superfície celular específico da célula B, usado em pênfigo vulgar desde 2002, com sucesso em 90% e longos períodos de remissão. Paciente masculino, 33 anos, diagnóstico de pênfigo vulgar, confirmado por histopatologia e imunofluorescência direta. Durante 7 meses, recebeu inúmeros tratamentos com imunossupressores, apresentando resposta insatisfatória e progressão da doença, até que logo após a introdução de rituximabe teve completa remissão. Durante um acompanhamento de 34 meses, apresentou leve recidiva clínica, controlada com prednisona 120mg/dia, rapidamente reduzida e em uso atual de Prednisona 20mg/dia.
Palavras-chave: DESMOGLEÍNAS, FALHA DE TRATAMENTO, PENFIGO, RESISTÊNCIA A MEDICAMENTOS
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Resumo
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Vanessa Lucília Silveira de Medeiros, Lúcia Arruda
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A apresentação clínica da paracoccidioidomicose é espectral. Podem ocorrer cura espontânea, estado de latência ou doença ativa após disseminação hematogênica com vários graus de gravidade. A morfologia e o número de lesões cutâneas irão depender da interação entre fatores próprios da imunidade do
hospedeiro, que é específica e individual, e da virulência do fungo. Alguns indivíduos com boa imunidade natural somada a baixa virulência do fungo mantêm por tempo prolongado granulomas bem formados sem microorganismos e sorologia negativa, tornando o diagnóstico um desafio. Entretanto fatores inerentes ao fungo podem modular a resposta imune e modificar o quadro clínico ao longo do tempo. Os autores apresentam um caso sarcoidose símile e discutem os aspectos imunológicos envolvidos.
Palavras-chave: IMUNIDADE ADAPTATIVA, IMUNIDADE INATA, INFECÇÕES BACTERIANAS, LINFÓCITOS T, MICOSES, PARACOCCIDIOIDOMICOSE
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Resumo
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Wanessa Simão Barbosa, Camila Martins Rodarte, Jackeline Gomes Guerra, Vanessa Gomes Maciel, Luiz Fernando Fróes Fleury Júnior, Maurício Barcelos Costa et al.
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O lúpus eritematoso sistêmico bolhoso é um subtipo raro do lúpus eritematoso sistêmico, que ocorre ainda de forma mais incomum nos pacientes pediátricos. Relatamos o caso de uma adolescente de 12 anos, apresentando lesões vésico-bolhosas em face, pescoço, tronco, mucosas oral e genital, anemia, leucocitúria estéril, FAN: 1/1280 padrão nuclear pontilhado grosso, Anti-Sm e Anti-RNP positivos. O estudo anatomopatológico sugere dermatite herpetiforme e a imunofluorescência direta revela IgG, IgA e fibrina ao longo da zona de membrana basal. Apresentamos um caso típico de lúpus eritematoso sistêmico bolhoso e enfatizamos a importância do diagnóstico diferencial com a dermatite herpetiforme.
Palavras-chave: AUTO-IMUNIDADE, COLÁGENO TIPO VII, DERMATITE HERPETIFORME, DERMATOPATIAS, VESICULOBOLHOSAS, LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
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Resumo
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André Ricardo Adriano, Antonio Gomes Neto, Gustavo R. Hamester, Daniel H. Nunes, Gabriella Di Giunta et al.
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Pênfigo Vegetante foi primeiramente descrito como uma variante do pênfigo vulgar, em 1876, por Neumann. Em 1889, Hallopeau descreveu um paciente com pústulas e placas vegetantes, e sugeriu ser uma variante do Pênfigo Vegetante de Neumann. Ambos os tipos de pênfigo vegetante são caracterizados pelo desenvolvimento de placas vegetantes, especialmente, em dobras (axila, inguinal, perianal). Os autores apresentam e discutem um caso de Pênfigo Vegetante com uma clínica incomum, com ausência de acometimento de mucosas e áreas de flexão, em paciente idosa, associado ao uso de enalapril como possível desencadeador. Diagnóstico clínico e histológico sugestivos de Pênfigo Vegetante
tipo Hallopeau.
Palavras-chave: AUTO-IMUNIDADE, ENALAPRIL, PENFIGO
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Resumo
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PAULA CARDOSO D' ABREU, SANDRA MARIA BARBOSA DURÃES, ROGÉRIO RIBEIRO ESTRELA, MARIA DO CARMO NERY PORTAS BALTAZAR, MAYRA CARRIJO ROCHAEL et al.
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Os autores apresentam caso de pênfigo foliáceo de longa data, em tratamento com
prednisona, que evoluiu com lesão no palato, diagnosticada histopatologicamente como hanseníase virchowiana. Não havia lesões de pele sugestivas de hanseníase. O histopatológico de lesão vesiculosa no abdômen demonstrou a concomitância das doenças. São comentadas as localizações mais comuns de manifestação oral de hanseníase.
Palavras-chave: PENFIGO., HANSENÍASE
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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LILIANA GALRÃO, JEAN REALE, ISABELLA LIMA, MITTERMAYER SANTIAGO
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A dapsona é uma droga utilizada no tratamento da hanseníase que vem sendo empregada em casos de lúpus eritematoso bolhoso e alguns tipos de vasculites cutâneas. Recentemente, foi observada sua eficácia no tratamento de lesões cutâneas da dermatomiosite. São apresentados dois casos de dermatomiosite, forma amiopática, refratários às medicações habituais, em que o uso de dapsona foi responsável pelo controle das lesões cutâneas.
Palavras-chave: DAPSONA, DERMATOMIOSITE, DOENÇAS AUTO-IMUNES
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Resumo
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JOSÉ WILSON ACCIOLY, MARIA JOSÉ NOGUEIRA DIÓGENES
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Os autores estudaram os casos de pên¬figo foliáceo atendidos no Hospital das Clí¬nicas da Universidade Federal do Ceará, no período de junho de 1985 a julho de 1990. Foram encontrados nove casos de pênfigo dos quais seis foram diagnosticados nes¬te período. São discutidos os aspectos epi¬demiológicos desta entidade clínica no meio em questão, bem como a sua baixa incidência.
Palavras-chave: PÊNFIGO FOLIÁCEO BRASILEIRO, FOGO SELVAGEM, PÊNFIGO FOLIÁCEO, PENFIGO FOLIÁCEO ENDÊMICO
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Resumo
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NURIMAR CONCEIÇÃO FERNANDES, MARCIA DE MATOS SILVA, MARÍLIA GARCIA BRANDÃO KOELLE, JUAN MANUEL PIÑEIRO MACEIRA
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A revisão do tratamento de 16 pacientes com pênfigo vulgar e 15 pacientes com pênfigo foliáceo no período de 1978-1988 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho é apresentada. O diagnóstico foi confirmado pelo exame histopatológico e foi usado um curso inicial de doses diárias de prednisona oral, 80 a 120mg no pênfigo vulgar e 40 a 120mg no pênfigo foliáceo. A terapêutica mostrou-se eficaz ao final do primeiro mês de tratamento, independentemente das doses empregadas em ambos os quadros. Ao final do sexto mês, um terço dos casos de pênfigo vulgar e metade dos casos de pênfigo foliáceo alcançaram a dose de manutenção de 10mg. O período de acompanhamento que variou de um a mais de cinco anos mostrou que o percentual de óbitos foi semelhante em ambos os quadros. Os efeitos colaterais, principalmente infecções bacterianas e fúngicas, foram mais frequentes nos casos de pênfigo vulgar.
Palavras-chave: PÊNFIGO FOLIÁCEO, PÊNFIGO VULGAR, TERAPÊUTICA
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Resumo
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LORIVALDO MINELLI, CARLOS RICARDO BOSTELMANN NETO, HELDER JOSÉ MINELLI
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Continuando o estudo do Pênfigo Foliáceo Sul-Americano, no Estado do Paraná, que um dos autores do presente trabalho vem realizando há alguns anos, observa-se nesta casuística, 194 casos de Pênfigo Foliáceo Sul-Americano, Pênfigo Vulgar, Penfigóide Bolhoso e Pênfigo Vegetante que foram internados em hospital localizado na grande Curitiba (Paraná).
Palavras-chave: PÊNFIGO VULGAR, PÊNFIGO FOLIÁCEO SUL-AMERICANO, PÊNFIGO VEGETANTE, PENFIGÓIDE BOLHOSO
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gilson Antonio Pereira Gonçalves, Moema Mignac Cumming Brito, Adriana Martinelli Salathiel, Thais Serraino Ferraz, Domingos Alves, Ana Maria Ferreira Roselino et al.
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FUNDAMENTO: Há dois tipos principais de pênfigo: pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo. Nos últimos anos, mudanças clínicas e epidemiológicas relacionadas aos pênfigos têm sido observadas.
OBJETIVOS: Teve-se por objetivo analisar uma série histórica de 21 anos de casos de pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo no nordeste do estado de São Paulo, área endêmica para o pênfigo foliáceo.
MÉTODOS: Neste estudo descritivo, foram analisados os dados relacionados à incidência anual e à idade de início do quadro clínico compatível com pênfigo vulgar ou pênfigo foliáceo, no período de 1988 a 2008, comparando-se ambas as formas de pênfigo.
RESULTADOS: O conjunto dos resultados abrange um período de 21 anos, com 103 casos de pênfigo vulgar e 163 casos de pênfigo foliáceo. A comparação das linhas de tendência em relação à incidência mostrou ser esta decrescente para o pênfigo foliáceo em comparação àquela de crescimento para o pênfigo vulgar. Houve variação ampla nas faixas de idade, com persistência da faixa mínima de 10 a 20 anos para o pênfigo foliáceo (média de idade de 32,1 anos), e clara tendência de diminuição da idade mínima para o pênfigo vulgar (média de idade de 41,5 anos), principalmente a partir da metade da primeira década do período total analisado.
CONCLUSÕES: A incidência do pênfigo vulgar ultrapassa aquela do pênfigo foliáceo a partir de 1998, permanecendo assim até os dias de hoje. Esta série histórica de 21 anos vem consubstanciar a modificação da epidemiologia dos pênfigos no Brasil, suscitando novas hipóteses para a sua etiopatogênese.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA, PENFIGO
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Resumo
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Artur Antonio Duarte, Flavia Barbour Chehin
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FUNDAMENTOS: A psoríase leva a um impacto negativo significativo na qualidade de vida e está associada a comorbidades. A atividade inflamatória das placas psoríacas se inicia, em parte, pela ativação de linfócitos Th1, que liberam citocinas pró-inflamatórias, como TNF alfa. Infliximabe neutraliza a atividade biológica do TNF alfa. Reações adversas que ocorrem durante a infusão e até 24 horas após são chamadas de agudas. Reações tardias ocorrem entre 24 horas e 14 dias após infusão.
OBJETIVO: Avaliar o perfil dos pacientes com psoríase moderada a grave e resistente ao tratamento convencional, bem como as reações adversas ao infliximabe.
MÉTODO: Foram tratados com infliximabe 53 pacientes: 40 homens e 13 mulheres. A dose utilizada foi 5 mg/kg nas semanas 0, 2 e 6 (fase de indução), seguida da fase de manutenção a cada oito semanas.
RESULTADO: Dentre os 53 pacientes, seis se submeteram apenas à fase de indução, obtiveram Pasi 90-100 e não receberam mais a droga. Quarenta e sete pacientes continuaram recebendo a medicação por pelo menos dois, três anos. Deles, 55,3% (26) apresentaram algum efeito adverso. Os efeitos adversos precoces foram observados em 34% dos pacientes, e os tardios, em 36,1% dos pacientes. Foi encontrada uma prevalência de 57,4% de comorbidades nesses pacientes.
CONCLUSÃO: O infliximabe mostrou-se seguro e eficaz no presente estudo. Dentre as comorbidades associadas aos pacientes neste estudo, a obesidade se relacionou com uma resposta mais tardia e menos eficiente. Efeitos adversos precoces e tardios, quando bem monitorados, não impedem a manutenção da terapêutica e não expõem os pacientes a riscos não controlados.
Palavras-chave: IMUNIDADE, PSORÍASE, TERAPÊUTICA, TRATAMENTO BIOLÓGICO
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Resumo
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CLÁUDIA MARCIA DE RESENDE SILVA, LUCIANA BAPTISTA PEREIRA, BERNARDO GONTIJO, GERALDO DE BARROS RIBEIRO
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*FUNDAMENTOS –* O vitiligo atinge de 0,5 a 4% da população mundial, e 25% dos casos se iniciam antes dos 10 anos. Embora prevalente, estudos epidemiológicos de vitiligo na infância são raros na literatura brasileira.
*OBJETIVO –* Avaliar características clínicas e epidemiológicas do vitiligo na infância.
*MÉTODO –* Realizado estudo descritivo em 73 crianças com vitiligo, atendidas no Ambulatório de Dermatologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Variáveis como sexo, idades ao início da doença e tratamento, superfície corporal acometida, forma clínica, localização, associação com doenças auto-imunes, história familiar de vitiligo e tratamento inicial foram avaliadas. A análise estatística foi realizada usando freqüências simples e comparação de médias pela análise de variância.
*RESULTADOS –* 60,3% dos pacientes eram do sexo feminino. A média de idade ao início da doença foi 5,7, e a do início do tratamento, sete anos. A superfície corporal acometida foi inferior a 1% em 71,8%, e a forma localizada foi detectada em 76,7% dos casos. A localização mais comum foi o segmento cefálico. O vitiligo em familiares foi observado em 30,1% dos casos. O hipotireoidismo foi detectado em um paciente, e 11% deles relataram a presença de doença auto-imune em familiares. O corticóide tópico foi o tratamento inicial na maioria dos pacientes.
*CONCLUSÕES –* Os achados deste estudo ambulatorial são basicamente semelhantes aos encontrados em estudos realizados em outros países.
Palavras-chave: VITILIGO/EPIDEMIOLOGIA, AUTO-IMUNIDADE, CRIANÇA, VITILIGO
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Resumo
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MARIA LUISA DUARTE, MAYRA CARRIJO ROCHAEL
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*Fundamentos:* Leishmaniose tegumentar é doença parasitária infecciosa que apresenta aspectos imunológicos relevantes.
*Objetivo:* Estudar a histopatologia e aspectos imuno-histoquímicos de 21 biópsias de leishmaniose tegumentar.
*Métodos:* Anticorpo policlonal anti-Leishmania foi utilizado para identificação das leishmânias. A classificação histopatológica adotada foi em grupos padrões de I a V. Foram analisados os dendrócitos dérmicos FXIIIa+, células de Langerhans CD1a+, macrófagos CD68+, linfócitos B CD20+ e T CD3+. As células FXIIIa+ foram quantificadas na derme papilar e comparadas a peles normais obtidas de área não exposta à luz solar, sendo o número de células FXIIIa+ avaliado estatisticamente através do teste de Mann-Whitney. As demais células foram contadas semiquantitativamente.
*Resultados:* Entre os grupos histopatológicos, predominaram os I e II. Não houve diferença estatisticamente significante (p=0,157) entre o número de células FXIIIa+ na leishmaniose e na pele normal. Não foi observada diferença si ificante entre a presença das células CD1a+, CD68+, CD20+ e CD3+, quando comparadas entre si ou com as células FXIIIa+.
*Conclusão:* Não houve diferença no número de células dendríticas FXIIIa+ entre a leishmaniose e pele normal. No entanto, sugere-se que mais estudos sejam necessários para se entender o papel dessas células na leishmaniose.
Palavras-chave: AUTO-IMUNIDADE, CÉLULAS DENDRÍTICAS, FATOR XIIIA, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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MARILENE CHAVES SILVESTRE, JOAQUIM CAETANO DE ALMEIDA NETTO
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*Fundamento*: o pênfigo foliáceo endêmico é doença auto-imune, cutânea, bolhosa, com incidência maior na região Centro-Oeste do Brasil e menor em alguns países sul-americanos. Embora tenha sido demonstrado seu caráter auto-imune pela presença de auto-anticorpos e a importância da predisposição genética, não estão ainda claramente estabelecidos os fatores ambientais intervenientes.
*Objetivos*: conhecer as características sociodemográficas da doença, bem como sua distribuição no Estado de Goiás.
*Casuística e métodos*: foram analisados 210 prontuários com diagnóstico estabelecido no período de1996 a 2001. As informações demográficas foram correlacionadas com as da população do estado, e a incidência da doença, determinada em cada uma de suas microrregiões.
*Resultados*: maior incidência da doença na terceira década e na zona rural, leve ocorrência familiar e sem predileção por sexo. O maior contingente (74,3%) de pacientes foi do Estado de Goiás, e a maior incidência, nas microrregiões de Anicuns, Chapada dos Veadeiros, Rio Vermelho, Vale do Rio dos Bois, Iporá e Aragarças.
*Conclusões*: houve predomínio da doença na terceira década e naqueles com domicílio ou atividade na zona rural. Foram detectadas, pelo cálculo do coeficiente de incidência, áreas de concentração da doença em algumas microrregiões, principalmente na zona central do Estado de Goiás. Novas pesquisas são necessárias para esclarecer as causas dessa concentração ecológica.
Palavras-chave: PENFIGO/EPIDEMIOLOGIA, DOENÇAS AUTO-IMUNES, DOENÇAS ENDÊMICAS
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Resumo
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ANA MARIA QUINTEIRO RIBEIRO, ROSICLER ROCHA AIZA ALVAREZ, HORÁCIO FRIEDMAN, IPHIS TENFUSS CAMPBELL
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FUNDAMENTOS – O fogo selvagem (FS) apresenta características clinicoepidemiológicas peculiares. O histopatológico, a imunofluorescência direta e a indireta são os exames mais utilizados para diagnóstico da doença.
OBJETIVOS – Analisar os achados da imunofluorescência direta (IFD) e indireta (IFI) dos pacientes de fogo selvagem (FS) do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
MATERIAL E MÉTODOS – De 176 pacientes portadores de FS diagnosticados no HUB foram coletados os resultados da histopatologia, IFD e IFI no período de março de 1985 a março de 1999. Os títulos de IFI foram correlacionados com o número de lesões ativas cutâneas.
RESULTADOS – A histopatologia mostrou acantólise subcórnea em 88%. As IFDs foram positivas para IgG em 88% e para C3 em 54%. Percentual que variou de 90 a 95% dos pacientes sem lesões ou com até seis lesões apresentavam títulos de IFI até 1/160.
CONCLUSÕES – A IFI contribuiu para avaliar a atividade da doença, bem como para seu diagnóstico. O complemento parece colaborar para o desencadeamento das lesões.
Palavras-chave: PENFIGO., IMUNOFLUORESCÊNCIA
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Resumo
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DENISE STEINER, TATIANA ALINE STEINER, MARIA CAROLINA COZZI PIRES DE OLIVEIRA DIAS
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FUNDAMENTOS - O vitiligo e a doença causada pelo citomegalovírus estão associadas a doenças auto-imunes, coriorretinite e anormalidades imunológicas. Além disso, o genoma do citomegalovírus foi detectado pela técnica de PCR na pele comprometida pelo vitiligo, sugerindo uma possível relação entre eles.
OBJETIVOS - Avaliar a sorologia para CMV em pacientes com vitiligo comparando-a com o grupo controle. Discutir, a partir dos dados encontrados, o papel do CMV no desencadeamento do vitiligo.
MÉTODO - Foram avaliados 20 indivíduos com vitiligo vulgar e 21 sem vitiligo ou outra doença auto-imune. Foi realizada sorologia para CMV em ambos os grupos, com posterior análise estatística dos resultados encontrados pelo método qui-quadrado.
RESULTADOS - A sorologia foi positiva em 90% dos casos, ao passo que, nos indivíduos sem vitiligo foi de 76,2%. Apesar de no grupo dos casos a porcentagem ter sido maior, o teste qui-quadrado não mostrou significância estatística.
CONCLUSÃO - Concluiu-se que, no estudo, a relação entre vitiligo e sorologia positiva para CMV não é significativa quando comparada com a população sem a doença.
Palavras-chave: DOENÇAS AUTO-IMUNES, VITILIGO
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Resumo
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SORAYA NEVES MARQUES BARBOSA DOS SANTOS, ORCANDA ANDRADE PATRUS, ABSALOM LIMA FILGUEIRA, LUIS A. DIAZ
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FUNDAMENTOS: A subclasse da imunoglobina (IgG)4 é a mais encontrada no pênfigo foliáceo (PF), tanto na forma endêmica (PFE) como na forma não endêmica. Apesar da constatação da patogenicidade dos anticorpos (Ac) IgG4 realizada experimentalmente em camundongos Balb/c, ainda não é bem compreendido o valor de outras subclasses, e nem seria possível que elas também tivessem participação na etiopatogênese do PFE.
OBJETIVO – Estabelecer o perfil das subclasses de IgG durante a evolução do pênfigo foliáceo endêmico (PFE).
METODOLOGIA – Utilizando o método de imunofluorescência indireta (IFI) com anticorpos monoclonais, estudou-se o comportamento dessas subclasses, em relação à evolução da doença, no soro de 47 doentes de PFE e 31 controles sadios. Destes últimos, 12 eram parentes geneticamente relacionados, e 19 não parentes. Os pacientes foram distribuídos em cinco grupos: com menos de seis meses de doença, de sete a 12 meses, com mais de 13 meses, pacientes em recaída e em cura. Os resultados obtidos nesses diferentes grupos foram relacionados às seguintes variáveis: atividade clínica, forma da doença, tempo de disseminação das lesões e tratamentos utilizados.
RESULTADOS – Não houve resultados positivos no grupo de controles. O pequeno número de casos positivos de IgG2 (14,9%) e menor ainda de IgG3 (2,1%) não permitiu uma análise estatística desses dados, restringindo-a às IgG1 e IgG4. Qualitativamente a IgG4 esteve presente em todas as fases evolutivas da doença, exceto na cura; IgG1, ao contrário, apresentou comportamento peculiar, aparecendo em fases de início da doença (menos de seis meses) e em períodos de recaída. Quando comparado o perfil qualitativo da IgG1 ao perfil quantitativo da IgG4, notou-se comportamento análogo, sugerindo que os altos títulos de IgG4 são acompanhados de maior positividade da IgG1.
CONCLUSÕES – Os resultados permitem supor que a IgG1 possa ter relevante participação no mecanismo imunorregulatório do PFE e que essa subclasse represente um marcador sensível para o início ou reinício da atividade clínica.
Palavras-chave: PÊNFIGO, FOGO SELVAGEM, PÊNFIGO FOLIÁCEO ENDÊMICO, PÊNFIGO FOLIÁCEO, IMUNOGLOBULINAS
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Resumo
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PATRÍCIA DACAS, MARILIA PICANSO, GEORGETTE MOUCHAILEH, LUCIANA PERCEGONA, MIRION THAIZ SCHULTZ, MARILIA GAMEIRO B. SILVA, THELMA L. SKARE et al.
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*Fundamentos:* Auto-anticorpos, como fator reumatóide (FR) e fator antinuclear (FAN), são encontrados em pacientes com mal de Hansen (MH) em proporções variáveis, dependendo da população em estudo. As manifestações articulares também são bastante comuns nesses pacientes, constituindo-se na terceira queixa em ordem de freqüência.
*Objetivos:* Avaliar a incidência de FR e FAN em pacientes portadores de MH da população local (sul do Brasil) e estudar sua possível correlação com as queixas articulares.
*Material e Métodos:* Estudados 120 portadores de MH (77 - forma lepromatosa; 43 -forma tuberculóide) e 60 indivíduos hígidos para controle. Submeteu-se a população estudada a um questionário e exame físico referentes a queixas articulares (artralgias, artrites, tendinites e eritema nodoso), à pesquisa do FR (por nefelometria) e do FAN (por imunofluorescência indireta).
*Resultados:* No que se refere ao FAN, 55,8% dos pacientes com MH e 16,7% dos controles possuíam FAN positivo (p<0,0001). No que concerne ao FR, 35% dos portadores de MH e 10% dos indivíduos controles possuíam um teste positivo (p<0,0007). Em relação a queixas articulares, 68,3% dos pacientes de MH eram portadores de alterações articulares do tipo inflamatório, contra 1,7% dos controles. Dos portadores de MH, 15,8% tinham queixas articulares e eram positivos para ambos os auto-anticorpos, contra 5,8%, também positivos para os dois anticorpos, porém, sem essas queixas, dos controles.
*Conclusões:* A população portadora de MH no sul do Brasil possui auto-anticorpos em taxas significativamente mais altas do que a da população normal, mas a presença de tais auto-anticorpos não se correlaciona com a presença de queixas articulares.
Palavras-chave: HANSENÍASE., AUTO-ANTICORPOS, FATOR REUMATÓIDE
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Resumo
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SILVIA REGINA C. SARTORI BARRAVIERA, NEUZA LIMA DILLON
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FUNDAMENTOS - O pênfigo foliáceo é doença bolhosa, auto-imune, com características endêmicas no Brasil e em outros países da América do Sul.
OBJETIVOS - Correlacionar os dados clínicos e epidemiológioos observados e os referidos na literatura.
MÉTODO - Realizado estudo retrospectivo sobre portadores de pênfigo foliáceo atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, SP, no período de junho/76 a junho/93, com análise das variáveis idade, sexo, cor, procedência, profissão, época de adoecimento.
RESULTADOS - Nesse período, foram atendidos 63 doentes, em média 3,7casos/ano; a faixa etária mais freqüentemente atingida foi a dos vinte aos sessenta anos, sendo a maioria dos doentes (77,8%) de raça branca, e o sexo feminino pouco mais afetado do que o masculino. A maioria dos doentes do sexo masculino relatou atividades na lavoura, e a das mulheres, atividades domésticas. Quanto à procedência, foi bem variada, sem detecção de áreas de endemia, a maior parte proveniente da zona rural; houve tendência a adoecerem mais no verão e outono. Verificou-se ocorrência de casos semelhantes em familiares consangüíneos e vizinhos.
CONCLUSÃO - Os dados observados no presente trabalho concordam com os da literatura.
Palavras-chave: PÊNFIGO, EPIDEMIOLOGIA
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Resumo
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ITAMAR BELO DOS SANTOS, ANTONIO CARLOS PEREIRA JUNIOR
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FUNDAMENTOS - Foram observados dois pacientes de doenças imunes da pele, cuja extensão foi delimitada pela lesão cutânea de hanseníase, sugerindo comportamentos imunológicos diferentes entre a área afetada e a pele sadia do mesmo paciente.
OBJETIVOS - Verificar experimentalmente, pelo teste epicutâneo com DNCB e intradérmico com candidina, se na lesão cutânea da hanseníase TT e BT existem modificações da imunidade celular em relação à pele aparentemente normal do mesmo paciente.
MÉTODOS - Foram selecionados 39 voluntários portadores de hanseníase TT e BT. Em 26, foi aplicado DNCB epicutâneo e, em 13, candidina intradérmica. Os resultados desses testes foram avaliados por: resposta clínica, estudo histopatológico e exame imuno-histoquímico dos componentes celulares das reações.
RESULTADOS - A resposta clínica à aplicação epicutânea de DNCB na lesão de hanseníase TT e BT foi maior do que na pele sadia do mesmo paciente. Não houve diferença com a aplicação intradérmica de candidina nesses locais. As CL apresentaram diminuição de número nos locais de aplicação de DNCB, permanecendo esse número inalterado nos locais testados com candidina.
CONCLUSÕES - A lesão cutânea de hanseníase (TT e BT) responde de modo mais intenso ao imunógeno aplicado por via epicutânea do que a pele sadia do mesmo paciente. Sugere-se que a hanseníase (TT e BT) interfira na reatividade da pele ao nível da lesão cutânea e que as células de Langerhans não participem dessa reatividade.
Palavras-chave: DINITROCLOROBENZENO, HANSENÍASE, IMUNIDADE CELULAR
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Valéria Aoki, Joaquim X. Sousa Jr, Lígia M. I. Fukumori, Alexandre M. Périgo, Elder L. Freitas, Zilda N. P. Oliveira et al.
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A imunofluorescência é um valioso instrumento auxiliar no diagnóstico das dermatoses bolhosas autoimunes e desordens inflamatórias, uma vez que seus achados clínicos e histopatológicos podem não ser determinantes. Consiste em um método laboratorial factível, que requer profissionais técnicos experientes, e detecta imunocomplexos in situ e/ou circulantes, que podem estar envolvidos na patogênese de tais enfermidades cutâneas.
Palavras-chave: AUTO-IMUNIDADE, IMUNOFLUORESCÊNCIA, MEMBRANA BASAL, PÊNFIGO
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Temas de atualização
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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CARLOS EDUARDO DE V. SERPA, SUELI COELHO DA SILVA CARNEIRO, SÉRGIO SCHRADER SERPA
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No presente trabalho foi feita uma revisão sobre os auto-anticorpos a antinucleares e anticitoplasmáticos mais frequentemente mencionados na literatura médica. São descritas as relações entre estes anticorpos e as doenças sistêmicas do tecido conjuntivo objetivando o diagnóstico. Também é apresentado um quadro geral focalizando cada auto-anticorpo, seu determinante antigênico (epítoco), o padrão de imunofluorescência pela técnica de IF indireta e outros métodos laboratoriais de pesquisa destes anticorpos e as doenças relacionadas com a presença deles.
Palavras-chave: DOENÇAS AUTO-IMUNES, FATORES ANTINUCLEARES E ANTICITOPLASMÁTICOS E AUTO-ANTICORPOS
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Resumo
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MARINA EMIKO YAGIMA ODO, REGINA MARIA LUCATO RODRIGUES, LUCY MIYAUCHI
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Os autores estudaram, pela técnica de imunofluorescência direta, a presença de anticorpos in vivo no material de biópsia de 47 doentes com pênfigo foliáceo brasileiro.
Obtiveram resultados positivos em 45 doentes, com padrão de fluorescência intercelular na epiderme; destes, na quase totalidade (44 casos) foi encontrado depósito de IgG. Em seis casos houve presença também de complemento e, em um caso, a concomitância de IgM. Em um caso esteve presente apenas o complemento.
Em 36 doentes foi simultaneamente feito exame histopatológico; destes, em 28 ele foi característico para pênfigo foliáceo brasileiro e, em oito, o diagnóstico foi “dermoepidermite crônica inespecífica”.
Em 28 doentes foi também realizada imunofluorescência indireta: 23 apresentaram títulos positivos entre 1:50 e 1:3.200, houve negatividade em cinco casos, provavelmente pela natureza do substrato (esôfago de cobaio).
Os autores concluem ser de utilidade fazer imunofluorescência direta paralelamente à histopatologia, dividindo o fragmento de biópsia em dois.
Palavras-chave: PÊNFIGO FOLIÁCEO BRASILEIRO, PÊNFIGO, BIÓPSIA DE PELE, PÊNFIGP, IMUNOFLUORESCÊNCIA
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