Artigo Especial
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gerson Dellatorre, Daniela Alves Pereira Antelo, Roberta Buense Bedrikow, Tania Ferreira Cestari, Ivonise Follador, Daniel Gontijo Ramos, Caio Cesar Silva de Castro et al.
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FUNDAMENTOS: O vitiligo é uma enfermidade cutaneomucosa, autoimune, localizada ou disseminada, que se manifesta por máculas hipocrômicas ou acrômicas com perda na qualidade de vida dos pacientes. A prevalência do vitiligo no Brasil foi determinada em 0,54%. Não existe medicação desenvolvida para seu tratamento. Até o presente momento, não havia sido feito um consenso brasileiro sobre tratamento do vitiligo.
OBJETIVO: Obter um consenso de tratamento clínico e cirúrgico do vitiligo, a partir de artigos com melhores evidências científicas, feito por dermatologistas brasileiros com experiência no tratamento dessa enfermidade.
MÉTODOS: Foram convidados sete dermatologistas e cada especialista recebeu duas modalidades de tratamento para revisar. Cada tratamento (tópico, sistêmico e fototerapia) foi revisado por três especialistas; dois especialistas revisaram a modalidade cirúrgica. Depois disso, o coordenador integrou as versões e elaborou um texto sobre cada tipo de tratamento. A nova versão foi retornada para todos os especialistas, que expressaram suas opiniões e deram sugestões para maior clareza. O texto final foi escrito pelo coordenador e enviado a todos os participantes para elaboração do consenso final.
RESULTADOS/CONCLUSÃO: Os experts definiram como tratamento padrão do vitiligo o uso de corticosteroides e inibidores da calcineurina tópicos para casos instáveis e localizados e minipulso de corticoide para vitiligo generalizado em progressão; a fototerapia com UVB de banda estreita é o tratamento de escolha para formas extensas da doença. As modalidades cirúrgicas devem ser indicadas para vitiligo segmentar e generalizado estável. Existem medicamentos tópicos e sistêmicos da classe ant-JAK sendo testados, com resultados promissores.
Palavras-chave: Conduta do tratamento medicamentoso; Consenso; Planejamento de assistência ao paciente; Terapêutica; Vitiligo.
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Catiussa Spode Brutti, Renan Rangel Bonamigo, Taciana Cappelletti, Gabriela Mynarski Martins-Costa, Ana Paula Salin Menegat et al.
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A dermatite de contato alérgica é doença frequente na prática dermatológica. No presente estudo procurou-se avaliar e comparar o impacto na qualidade de vida quando de origem ocupacional e não ocupacional e os antígenos alergênicos mais envolvidos. Aplicou-se o questionário de qualidade de vida. Verificou-se impacto moderado na qualidade de vida nos dois grupos, sem diferença estatisticamente significativa. Essa pesquisa corrobora dados prévios gerais de prevalência do sulfato de níquel, seguido pela parafenilenodiamina como alérgenos mais comuns. Nesta amostra, o bicromato de potássio revelou-se um dos principais alérgenos ocupacionais e o thimerosal, um dos principais alérgenos não ocupacionais.
Palavras-chave: ALÉRGENOS, DERMATITE DE CONTATO, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Juliana Catucci Boza, Mohammad K. A. Basra, Rafaela Caminha Vanin, Renata Rosa Carvalho, Magda Blessmann Weber, Tania Ferreira Cestari et al.
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Psoriasis Family Index é um instrumento para aferição da qualidade de vida em familiares de pacientes com psoríase, desenvolvido em língua inglesa. O objetivo deste estudo é traduzir o Psoriasis Family Index para o Português, adaptá-lo culturalmente e determinar sua confiabilidade e validade. Foi realizado em duas etapas: 1) tradução, adaptação cultural e linguística e 2) validação. O Psoriasis Family Index traduzido demonstrou alta consistência interna e alta confiabilidade de teste e reteste, confirmando sua reprodutibilidade. A versão brasileira do Psoriasis Family Index foi validada para nossa população e pode ser recomendada como uma ferramenta na avaliação da influência da psoríase na família dos pacientes.
Palavras-chave: INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gabriela Andrade Coelho Dias, Gisele Viana Pires, Solange Oliveira Rodrigues do Valle, Sérgio Duarte Dortas Júnior, Soloni Levy, Alfeu Tavares França, Ilaria Baiardini, Walter Giorgio Canonica et al.
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FUNDAMENTOS: A urticária crônica é uma doença debilitante que apresenta grande impacto na qualidade de vida relacionada à saúde, e o Chronic Urticaria Quality of Life Questionnaire-CU-Q2oL é o único questionário desenvolvido especificamente para sua avaliação.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida dos pacientes com urticária crônica, utilizando a versão em português brasileiro do Chronic Urticaria Quality of Life Questionnaire.
MÉTODOS: O Chronic Urticaria Quality of Life Questionnaire foi autoadministrado em 112 pacientes com urticária crônica, e a atividade da doença foi avaliada por meio do Urticaria Activity Score. Foram estudadas as seguintes características clínicas e sociodemográficas dos pacientes: idade, gênero, diagnóstico etiológico, tempo de evolução da doença e Urticaria Activity Score.
RESULTADOS: A população estudada é composta por 85,72% de mulheres, com idade média de 46 anos (18-90) e tempo de evolução da doença de 10 anos (3 meses - 60 anos). Quanto ao diagnóstico etiológico, observou-se que 47,3% apresentavam urticária crônica espontânea, sendo 22,3% dos casos associados à urticária física; 28,5% associados à urticária crônica autoimune; e 23,2%, à urticária induzida isolada. A atividade da doença avaliada pelo UAS foi 1,04 ±1.61(0-6). O escore total do Chronic Urticaria Quality of Life Questionnaire foi 36 (0-100) e a dimensão I (sono/estado mental/alimentação) apresentou maior impacto na qualidade de vida. Os itens com escore médio mais alto foram sobre nervosismo e vergonha das lesões e o escore mais baixo foi dos itens sobre edema labial e limitações nas atividades esportivas.
CONCLUSÕES: A urticária crônica prejudica a qualidade de vida dos pacientes, principalmente daqueles com maior gravidade da doença ou com diagnóstico de urticária autoimune.
Palavras-chave: Angioedema; Qualidade de vida; Questionários; Urticária
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Resumo
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Camila Fernandes Pollo Maranzatto, Hélio Amante Miot, Luciane Donida Bartoli Miot, Silmara Meneguin
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FUNDAMENTOS: Apesar de assintomático, o melasma inflige importante impacto na qualidade de vida. MELASQoL é o principal instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida associada ao melasma. Foi validado em diversas línguas,
porém sua estrutura dimensional latente e propriedades psicométricas não foram totalmente exploradas.
OBJETIVOS: Avaliar características psicométricas, de informação e a estrutura dimensional da versão brasileira do MELASQoL.
Métodos: Inquérito com pacientes portadores de melasma facial por meio de questionário sociodemográfico, DLQI-BRA,
MASI e MELASQoL-BP. Realizadas análises fatoriais exploratória e confirmatória. Avaliada a consistência interna do MELAS-QoL e das dimensões latentes (alfa de Cronbach). A informatividade do modelo e dos itens foi investigada pelo modelo de Rasch para dados ordinais.
RESULTADOS: Foram avaliados 154 pacientes, sendo 134 (87%) do sexo feminino, idade média (±dp) de 39 (±8) anos, surgimento do melasma aos 27 (±8) anos, medianas (p25-p75) dos escores MASI, DLQI e MELASQoL de 8 (5-15), 2 (1-6) e 30 (17-44), respectivamente. As correlações (rho) do MELASQoL com DLQI e MASI foram 0,70 e 0,36. A análise fatorial exploratória identificou duas dimensões latentes: Q1-Q3 e Q4-Q10, que apresentaram estrutura fatorial significativamente mais ajustada que o modelo unidimensional: X2/gl=2,03, CFI=0,95, AGFI=0,94, RMSEA=0,08. Coeficiente de Cronbach para o modelo unidimensional e dos fatores foi: 0,95, 0,92 e 0,93. A análise de Rasch demonstrou que o emprego de sete alternativas por item não resultou em acréscimo de informação.
CONCLUSÕES: MELASQoL-BP apresentou bom desempenho psicométrico e uma estrutura latente de duas dimensões. Identificou-se excesso de alternativas nos itens para caracterizar a informação agregada a cada dimensão.
Palavras-chave: Análise fatorial; Melanose; Qualidade de vida
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Resumo
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Luiz Eduardo Fabricio de Melo Garbers, Helena Slongo, Lincoln Helder Zambaldi Fabricio, Juliano Vilaverde Schmitt, Aguinaldo Bonalumi Filho et al.
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FUNDAMENTOS: Psoríase é uma doença inflamatória crônica que cursa frequentemente com alterações nas unhas. Suspeita-se de que haja correlação entre psoríase ungueal e entesite da articulação interfalangeana distal, parecendo o envolvimento ungueal servir de preditor para a artrite psoriática.
OBJETIVOS: Analisar o perfil do paciente com psoríase ungueal e correlacionar a presença da alteração ungueal a artrite psoriática, qualidade de vida, extensão da psoríase e análise histopatológica ungueal.
MÉTODOS: Estudo transversal observacional com 40 pacientes diagnosticados com psoríase e sem tratamento sistêmico. Foi pesquisado o perfil do paciente, incluindo sua qualidade de vida, e o mesmo foi avaliado quanto à presença de artrite psoriática. Foram avaliadas a gravidade da psoríase cutânea e a presença de lesões ungueais. Fragmentos das unhas foram coletados e analisados através do clipping.
RESULTADOS: Dos 40 pacientes, 65% foram diagnosticados com psoríase ungueal. Achados sugestivos de artrite
psoriática nas mãos estiveram presentes em 33%, sendo mais frequentes naqueles com alteração ungueal (p=0,01).
Em 92,3% dos pacientes diagnosticados com artrite psoriática nas mãos existia alguma lesão ungueal. As lesões mais encontradas foram pitting e onicólise. Obtiveram-se 100% de positividade para psoríase no exame histopatológico da lâmina ungueal.
CONCLUSÕES: Pacientes com psoríase ungueal são geralmente homens, com pior qualidade de vida e mais chance de artrite psoriática. A correlação entre o acometimento ungueal da psoríase e a artrite psoriática nas mãos confirma a associação entre essas duas formas. Não houve relação da psoríase ungueal com a gravidade da psoríase, somente com pior qualidade de vida. O diagnóstico clínico de psoríase ungueal não se relacionou ao diagnóstico histológico.
Palavras-chave: Artrite psoriásica; Doenças da unha; Indicadores de qualidade de vida; Psoríase; Qualidade de vida
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Resumo
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Gustavo Nunes Vilar, Laís Araújo dos Santos, Jader Freire Sobral Filho
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FUNDAMENTOS: Doenças dermatológicas têm repercussão psicológica nos acometidos; uma delas é a acne vulgar, que gera sentimentos de culpa, vergonha e isolamento social.
OBJETIVOS: Comparar a qualidade de vida, a autoestima e outras variáveis psicossociais entre adolescentes com e sem acne vulgar e entre adolescentes com diferentes níveis de gravidade da doença.
MÉTODOS: Estudo observacional e transversal com amostra de 355 estudantes do ensino médio de João Pessoa. A coleta dos dados foi realizada com questionários e avaliação clinicodermatológica. As variáveis primárias foram: ocorrência de acne vulgar; qualidade de vida, definida pelo escore de qualidade de vida na dermatologia infantil e pelo índice de qualidade de vida em dermatologia; e autoestima, mensurada pela escala de autoestima de Rosenberg. Para cálculo dos testes estatísticos, utilizou-se o software SPSS 20.0, considerando p = 0,05.
RESULTADOS: A amostra, com idade média de 16 anos, apresentou 89,3% de prevalência de acne vulgar. A questão psicossocial mais prevalente foi "temer que a acne nunca cesse", presente em 58% dos acometidos. A mediana do escore de qualidade de vida na dermatologia infantil foi diferente entre estudantes com e sem acne vulgar (p = 0,003), assim como a mediana do índice de qualidade de vida em dermatologia (p = 0,038), de modo que estudantes com acne vulgar têm pior qualidade de vida. Houve correlação entre grau de severidade da acne vulgar e pior qualidade de vida. A autoestima não teve associação significativa com a ocorrência ou a gravidade da acne vulgar.
CONCLUSÕES: A acne vulgar assume importância em virtude da alta prevalência e do efeito sobre a qualidade de vida dos adolescentes, de forma mais acentuada quanto mais grave o estágio da doença (p < 0,001). O impacto psicossocial da acne vulgar deve ser valorizado no manejo dos pacientes com essa condição.
Palavras-chave: Acne vulgar; Autoimagem; Impacto psicossocial; Qualidade de vida
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Resumo
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Marcus Maia, Beatrice Mussio Fornazier Volpini, Gabriela Alves dos Santos, Maria Josefa Penon Rujula
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FUNDAMENTOS: No Brasil, é necessário conhecer a realidade social do albino, pois é possível que haja mitos e segregação social, com implicações psicossociais e médicas.
OBJETIVO: Como não há referência a esse tema em artigos científicos brasileiros, este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de vida dos albinos atendidos na nossa instituição.
MÉTODO: Para isso, utilizou-se a versão abreviada em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, o Whoqol-Bref. Também foram pesquisados dois aspectos de maior relevância na vida dos albinos: a visão subnormal e a presença do câncer da pele. A amostra foi constituída de 40 albinos oculocutâneos e 40 indivíduos saudáveis (grupo controle), pareados por sexo e idade.
RESULTADOS: As idades dos participantes estavam distribuídas da seguinte forma: 57,7% entre 18 a 40 anos, 28,2% entre 41 e 60 anos e 14,1% acima de 60 anos. Dos pacientes que participaram do estudo, 42,1% referiram que já tiveram câncer da pele, 18,42% estavam com câncer da pele no momento do estudo e 89,47% referiram déficit visual. A análise dos resultados obtidos nos questionários evidenciou diferença estatisticamente significante no domínio físico, com P < 0,001.
CONCLUSÃO: A baixa visão somada às lesões de pele e o estigma social podem contribuir para alteração da qualidade de vida dos pacientes albinos. Os resultados apresentados neste estudo demonstram a vulnerabilidade do indivíduo afetado e a necessidade de cuidados especiais com ele, bem como demandam mais pesquisas sobre o tema, a fim de elucidar melhor os aspectos relacionados ao albinismo.
Palavras-chave: Albinismo; Albinismo oculocutâneo; Qualidade de vida
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Resumo
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Juliana Catucci Boza, Roopal V Kundu, Amanda Fabbrin, Roberta Horn, Natalia Giongo, Tania Ferreira Cestari et al.
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FUNDAMENTOS: O vitiligo, apesar de assintomático, provoca um grande prejuízo na qualidade de vida (QoL) dos pacientes. Por esse motivo, a avaliação da QoL é fundamental.
OBJETIVOS: Tradução, adaptação cultural e validação do VitiQoL (Vitiligo specific health related quality of life instrument) para o Português falado no Brasil.
MÉTODOS: O estudo foi realizado em duas etapas, sendo a primeira de tradução e adaptação cultural/linguística e a segunda, de validação do questionário. Um total de 74 pacientes respondeu a um questionário específico de dados demográficos, ao questionário VitiQoL e ao DLQI (Dermatology Life Quality Index). Além disso, os pacientes realizaram uma avaliação pessoal da gravidade do vitiligo.
RESULTADOS: O VitiQoL traduzido apresentou consistência interna alta (Cronbachs alpha = 0,944) e alta confiabilidade teste-reteste, com o coeficiente de correlação intraclasse de 0,95 (IC 95% 0,86 a 0,98) p<0,001. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias do coeficiente da primeira aplicação do VitiQoL e do reteste (p= 0,661). Houve uma correlação significativa entre o VitiQoL e o DLQI (r=0,776 p<0,001) e também entre o VitiQoL e a avaliação do paciente em relação à gravidade da sua doença (r=0,702 p<0,001).
CONCLUSÕES: O impacto do vitiligo na QoL dos pacientes, no Brasil, poderá ser avaliado por meio de um questionário específico.
Palavras-chave: Indicadores de qualidade de vida; Perfil de impacto da doença; Qualidade de vida; Vitiligo
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Resumo
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Kátia Sheylla Malta Purim, Neiva Leite
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FUNDAMENTOS: Corrida de rua é esporte em expansão.
OBJETIVOS: Verificar prevalência de dermatoses relacionadas ao esporte em atletas de corrida de rua.
MÉTODOS: Estudo transversal de 76 atletas de corrida de rua com questionário, entrevista e observação clínica. Análise pelo teste Qui quadrado e teste de tendência linear.
RESULTADOS: Predominaram homens (61%) na faixa etária de 38+11 anos, que corriam média ou longa distância (60,5%), durante 45 a 60 minutos (79%), com percursos semanais de 25 a 64 km (42,1%) ou mais de 65 km (18,4%). Lesões prevalentes: bolhas (50%), assaduras (42,1%), calos (34,2%), onicomadese (31,5%), tinea pedis (18,4%), onicocriptose (14,5%) e rachadura nos lábios (14,5%). Naqueles corredores que percorriam acima de 64 km semanais, foram frequentes calos (p<0,04), lesões no mamilo (p<0,004), rachaduras labiais (p<0,05) e tinea pedis (p<0,004). Houve associação significativa entre a distância percorrida semanalmente e a probabilidade de injúria cutânea. Destes atletas, 57% treinam antes das 10 horas da manhã, 86% fazem uso de roupas e acessórios para proteção solar, 62% usam filtro solar e 19,7% tiveram queimaduras solares. Dermatoses traumáticas e ambientais são comuns nos adeptos deste esporte ao ar livre e são influenciadas pela quilometragem semanal percorrida.
CONCLUSÃO: Neste grupo de atletas, assaduras, bolhas, distúrbios ungueais e queimaduras solares foram recorrentes em todos os percursos. Calos, tinea pedis, rachaduras labiais e "mamilo do corredor" predominaram em indivíduos com percursos maiores.
Palavras-chave: Atletas; Qualidade de vida; Corrida; Dermatologia.
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Resumo
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Paula Curitiba Maciel, Joel Veiga-Filho, Marcelo Prado de Carvalho, Fernando Elias Martins Fonseca, Lydia Masako Ferreira, Daniela Francescato Veiga et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer é uma patologia de etiologia multifatorial, e os carcinomas de pele são os mais comuns. Avaliar a qualidade de vida e a autoestima desses pacientes é uma etapa importante do trabalho médico, pois reflete os resultados do tratamento e o modo como o indivíduo encara sua vida e suas relações pessoais.
OBJETIVO: Avaliar o impacto tardio do tratamento cirúrgico dos carcinomas de pele de cabeça e pescoço na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes.
MÉTODOS: Foram incluídos 50 pacientes, com idades entre 30 e 75 anos, sendo 27 homens e 23 mulheres, portadores de carcinomas de pele da face ou pescoço. Os pacientes foram avaliados quanto à qualidade de vida e à autoestima no pré-operatório e no pós-operatório de cinco anos. Foram utilizados instrumentos validados: o MOS 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) e a escala de autoestima de Rosenberg/Unifesp-EPM. Para a análise estatística, foi empregado o teste de Wilcoxon.
RESULTADOS: Vinte e dois pacientes completaram o seguimento de cinco anos; 54,5% eram mulheres e 45,5% eram homens. No pós-operatório tardio, houve melhora significante no domínio saúde mental (p = 0,011) e na autoestima (p = 0,002) em relação ao pré-operatório. Não houve diferença estatística nos demais domínios do SF-36.
CONCLUSÃO: Pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do carcinoma de pele apresentaram melhora quanto à saúde mental e à autoestima no pós-operatório tardio.
Palavras-chave: Autoimagem; Neoplasias cutâneas; Qualidade de vida
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Resumo
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Cristhine de Souza Leão Kamamoto, Karime Marques Hassun, Ediléia Bagatin, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: Muitos estudos sobre o impacto psicossocial da acne surgiram na literatura médica estrangeira, evidenciando a qualidade de vida como desfecho clínico relevante. Sabe-se que a opinião do paciente sobre sua doença pode diferir da avaliação médica. Assim, a utilização de instrumentos validados que tornem a visão subjetiva em dado objetivo tem sua importância justificada.
OBJETIVOS: Traduzir o Acne-Specific Quality of Life Questionnaire para o português do Brasil, realizar sua adaptação cultural e verificar sua confiabilidade e validade.
MÉTODOS: Propriedades de medidas foram verificadas: 1) validade - comparação entre a gravidade da acne e os escores do Acne-QoL, além de correlação entre a duração da acne e o Acne-QoL e entre os escores dos domínios do Acne-QoL e os componentes do SF-36; 2) consistência interna - coeficiente alfa de Cronbach; 3) reprodutibilidade teste-reteste - coeficiente de correlação intraclasse e teste de Wilcoxon.
RESULTADOS: Oitenta indivíduos com idade média de 20,5 ± 4,8 anos e acne facial classificada quanto à gravidade em leve (33,8%), moderada (36,2%) e grave (30%) foram estudados. Os escores dos domínios do Acne-QoL foram semelhantes entre as categorias de gravidade da acne, exceto aqueles do domínio aspecto social. Os indivíduos com menor duração apresentaram escores maiores. Os domínios do Acne-QoL demonstraram correlação significante entre si e com os componentes aspecto social e saúde mental do SF-36. A consistência interna (0,925-0,952) e a reprodutibilidade teste-reteste (0,768-0,836) foram consideradas aceitáveis.
CONCLUSÃO: A versão em português do Acne-QoL é um instrumento de avaliação de qualidade de vida com confiabilidade e validade adequadas para estudos sobre acne facial.
Palavras-chave: Acne vulgar; Indicadores de qualidade de vida; Qualidade da assistência à saúde; Qualidade de vida
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Resumo
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Patrick Alexander Wachholz, Paula Yoshiko Masuda, Dejair Caitano Nascimento, Cecilia Midori Higashi Taira, Norma Gondim Cleto et al.
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FUNDAMENTOS: As úlceras crônicas dos membros inferiores são condições que podem afetar a qualidade de vida de seus portadores.
OBJETIVO: Reconhecer o impacto das úlceras das pernas na qualidade de vida de seus portadores por meio do Dermatology Life Quality Index e identificar os principais fatores correlacionados com essa percepção.
MÉTODOS: Neste estudo observacional transversal com amostragem não probabilística, foram incluídos portadores de ulcerações crônicas nas pernas em tratamento por pelo menos três meses. Aplicou-se inquérito sociodemográfico e clínico para avaliar o perfil das úlceras, além de triagem para severidade de sintomas depressivos e o Dermatology Life Quality Index. Utilizou-se estatística descritiva, qui quadrado e Mann-Whitney para dados categóricos, Pearson para variáveis numéricas e regressão múltipla para dados categóricos.
RESULTADOS: Foram avaliados 41 pacientes com média etária de 61,78 anos. As úlceras venosas (48,8%) foram as mais frequentes. Setenta e três porcento da amostra percebeu pequeno ou nenhum impacto na qualidade de vida na última semana, e 26,8% percebeu moderado ou grande impacto. A regressão múltipla identificou, como variáveis que influenciaram a qualidade de vida, a etiologia da lesão, apresença de dor relacionada à úlcera, o tempo de evolução e a severidade dos sintomas depressivos.
CONCLUSÕES: A maior parte da amostra percebeu pequeno ou nenhum impacto da condição na qualidade de vida. As variáveis etiologia da lesão(p<0,001), presença de dor relacionada à úlcera(p=0,001), tempo de evolução(p=0,006) e severidade dos sintomas depressivos (p<0,001) influenciaram a qualidade de vida na amostra, indicando a necessidade do planejamento de estudos que permitam confirmar se há relação causal dessas características com o construto.
Palavras-chave: Qualidade de vida; Úlcera varicosa; Úlcera da perna
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Resumo
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Maria Flávia Pereira da Silva, Luciane Donida Bartoli Miot, Maria Rita Parise Fortes, Silvio Alencar Marques
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FUNDAMENTOS: Psoríase é doença inflamatória crônica da pele que afeta pacientes de todas as idades eambos os gêneros. O impacto negativo na qualidade de vida é mais importante naqueles pacientes com psoríasemoderada a grave.
OBJETIVO: Correlacionar o índice de gravidade e extensão da psoríase e o índice de qualidadede vida, segundo questionário de qualidade de vida adaptado ao Brasil, em pacientes de psoríase em placas antes e depois de tratamento sistêmico.
MÉTODO: Estudo transversal, descritivo, de pacientes de psoríase, virgens detratamento ou em atividade clinica, submetidos a avaliação do índice de gravidade e extensão da psoríase e aoquestionário de qualidade de vida adaptado ao Brasil antes e após 60 dias de tratamento com medicação sistêmica.
RESULTADOS: Trinta e cinco pacientes foram estudados, 26 homens, com idade média de 46 anos. Não houvecorrelação entre índice de gravidade e extensão da psoríase e questionário de qualidade de vida adaptado aoBrasil. Mas, houve correlação entre índice de gravidade e extensão da psoríase e itens do questionário de qualidade de vida adaptado ao Brasil, tal como "atividade profissional com público".
CONCLUSÃO: A não correlação entre índice de gravidade e extensão da psoríase e questionário de qualidade de vida adaptado ao Brasil nessainvestigação pode estar relacionada com história crônica de psoríase, o que implicaria em melhor aceitação dadoença ao longo do tempo ou às condições sociais e de baixa renda dos pacientes estudados. A correlação observada entre aqueles com atividade pública sugere que algumas profissões podem sofrer maior impacto da enfermidade. É possível que o questionário de qualidade de vida adaptado ao Brasil deva ser adaptado a pacientes de baixa renda e com dificuldades de acesso cultural e social. Como limitação do trabalho há que citar o pequenonúmero de pacientes (n=35) e o tempo de acompanhamento (60 dias).
Palavras-chave: Evolução clínica; Indicadores de qualidade de vida; Psoríase; Qualidade de vida; Terapêutica
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Resumo
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Stamatis Gregoriou, John Chalikias, Dimitris Lazarou, Ifigenia Danopoulou, Andreas Katsambas, Dimitris Rigopoulos et al.
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FUNDAMENTOS: Acne vulgar pode afetar seriamente o funcionamento social e psicológico. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar o impacto da acne vulgar e sua gravidade na Qualidade de Vida de jovens adolescentes na Grécia. MÉTODOS: Nós conduzimos uma pesquisa baseada em questionário entre 1560 adolescentes com idades entre 11 e 19 anos e 1531 destes foram completados. Adolescentes com acne completaram todas as questões incluindo o Children Dermatology Life Quality Index (CDLQI). Adolescentes sem acne completaram as questões sobre idade, história familiar de acne, estresse e tabagismo. Os dados foram analisados pelo teste de chi-quadrado de Pearson. RESULTADOS: A prevalência de acne foi de 51.2%, afetando igualmente ambos os sexos. O auto relato de acne leve estava presente em 71.2% e de acne moderada a grave em 28.8% da população. A idade média da população em estudo foi de 15.77 anos. O escore médio do Children Dermatology Life Quality Index foi de 4.02. O impacto da acne na Qualidade de Vida está associado à gravidade da acne (p < 0.0001). Pacientes com acne moderada/grave experimentam maior piora psico-social e emocional (p < 0.0001). A imagem corporal é modificada proporcionalmente à gravidade da acne (p < 0.0001). Sintomas e tratamento da acne são fatores que também influenciam sua qualidade de vida. Meninas e meninos são afetados igualmente. Estresse e hereditariedade estão correlacionados à acne e sua gravidade (p < 0.0001). Nós não encontramos nenhuma correlação entre tabagismo e acne. CONCLUSÃO: Acne afeta a qualidade de vida de jovens adolescentes na Grécia. O impacto é proporcional à gravidade da acne. A acne mais grave está associada a um maior efeito na qualidade de vida com implicações na auto-estima, imagem corporal e relacionamento com outros.
Palavras-chave: ACNE VULGAR, ADOLESCENTE, QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE DO ADOLESCENTE INSTITUCIONALIZADO
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Resumo
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Magda Blessmann Weber, Daniel Lorenzini, Clarissa Prieto Herman Reinehr, Bárbara Lovato
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FUNDAMENTOS: Doenças dermatológicas, em razão dos estigmas pela aparência das lesões, são fonte de impacto negativo no estado emocional, relações sociais e atividades cotidianas. OBJETIVOS: Este estudo objetiva avaliar a qualidade de vida nos pacientes dermatológicos pediátricos em um centro de referência em dermatologia, comparar os índices de qualidade de vida entre as dermatoses e associá-los às variáveis, além de avaliar de que forma as dermatoses afetam a qualidade de vida especificamente. MÉTODOS: Estudo analítico transversal, pacientes entre 5 e 16 anos, do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, entre julho de 2010 e fevereiro de 2011. Instrumentos utilizados: questionário Índice Pediátrico de Qualidade de Vida em Dermatologia e escala AUQEI. RESULTADOS: Um total de 161 pacientes, média de idade de 9,66 anos. As principais dermatoses foram dermatite atópica (29,8%), verrugas vulgares (13%) e molusco contagioso (7,5%). Doenças crônicas (73,9%) foram mais prevalentes. A média do Índice Pediátrico de Qualidade de Vida em Dermatologia de 5,01 para dermatoses crônicas, e de 2,07 em agudas, indicando maior comprometimento da qualidade de vida entre os pacientes cronicamente enfermos. A comparação entre os escores obtivos com a escala AUEQI e o Índice Pediátrico de Qualidade de Vida em Dermatologia indicam que a qualidade de vida global é afetada com menor intensidade do que a relacionada especificamente à dermatose. CONCLUSÃO: Os dados obtidos reforçam a importância do entendimento dos sintomas, desencadeantes e da terapêutica da dermatose em questão pelos pacientes, por seus familiares e por seus cuidadores. Tais infomações facilitam a aderência ao tratamento e justificam a conduta adotada pelo dermatologista.
Palavras-chave: CRIANÇA, DERMATOLOGIA, DERMATOPATIAS, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Cláudia Soïdo Falcão do Amaral, Maria de Fátima Bazhuni Pombo March, Clemax Couto Sant'Anna
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FUNDAMENTOS: A dermatite atópica é uma doença cuja prevalência vem aumentando nos últimos anos apesar do conhecimento crescente sobre a mesma. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida das crianças e adolescentes com dermatite atópica e de suas famílias. MÉTODO: Estudo transversal descritivo com coleta prospectiva de dados de 50 crianças e adolescentes de 5 a 16 anos, com diagnóstico de DA e 50 pais ou responsáveis dos mesmos através da utilização de dois questionários de qualidade de vida, o Qualidade de Vida na Dermatologia Infantil e o Impacto da Dermatite Atópica na Família. As variáveis sócio-demográficas e clínicas foram avaliadas por uma ficha clínica elaborada especificamente para a pesquisa, os aspectos socioeconômicos, pelo questionário padronizado da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, que avalia bens adquiridos e o grau de instrução do chefe da família. RESULTADOS: Havia 35/50 (70%) pacientes do sexo feminino; 28(56%) da classe social C. Através do questionário Qualidade de Vida na Dermatologia Infantil observou-se que: 19 (38%) pacientes ficaram na faixa de 7 a 12 pontos (impacto moderado da dermatite atópica) e 17 (34%), na faixa de 13 a 30 pontos (impacto elevado da dermatite atópica). Pelo questionário Impacto da Dermatite Atópica na Família observou-se: 15 (30%) famílias apresentaram escores entre 7 e 12 pontos e 22 (44%) entre 13 e 30 pontos. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a repercussão da doença na vida dos pacientes com dermatite atópica e de suas famílias é alta, o que nos faz sugerir que seria importante inserir o estudo da qualidade de vida na avaliação clínica dos mesmos.
Palavras-chave: ADOLESCENTE, BRASIL, CRIANÇA, DERMATITE ATÓPICA, PRÉ-ESCOLAR, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Marina Dias Costa, Fábio de Souza Terra, Rosane Dias Costa, Sandra Lyon, Ana Maria Duarte Dias Costa, Carlos Maurício de Figueiredo Antunes et al.
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FUNDAMENTOS: As incapacidades e deformidades decorrentes dos surtos reacionais de hanseníase podem acarretar inúmeros problemas aos pacientes, interferindo na qualidade de vida.
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida de pacientes portadores de hanseníase em estado reacional identificados em centro de referência de Belo Horizonte, MG.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo e analítico, envolvendo 120 pacientes em tratamento de surto reacional de hanseníase, no período de dezembro de 2007 a março de 2008, realizado no ambulatório de dermatologia do Hospital Eduardo de Menezes da Fhemig. Foram utilizados dois instrumentos referentes às variáveis sociodemográficas, econômicas e clínicas e o instrumento genérico WHOQOL-bref da OMS. Os dados foram tabulados no SPSS e analisados por meio do escore médio com aplicação de testes estatísticos (p < 0,05).
RESULTADOS: Constatou-se que a mediana da idade dos pacientes estudados foi de 48 anos, sendo a maioria deles do sexo masculino, casada, de cidades circunvizinhas a BH, com primeiro grau incompleto, aposentada ou gozando de licença saúde e com renda familiar de um a dois salários mínimos vigentes. A maioria deles relatou que a doença interferiu muito nas atividades profissionais e de lazer. Na avaliação da QV, o índice mais baixo foi observado no domínio físico e os mais altos foram observados nos domínios psicológico e das relações sociais. A consistência interna do WHOQOL-bref foi aceitável para as facetas e domínios.
CONCLUSÕES: A hanseníase causa sofrimento que ultrapassa a dor e o mal-estar estritamente vinculados ao prejuízo físico, com grande impacto social e psicológico.
Palavras-chave: HANSENÍASE, HANSENÍASE DIMORFA, HANSENÍASE VIRCHOWIANA, PERFIL DE IMPACTO DA DOENÇA, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Caroline dos Santos Tejada, Raúl Andrés Mendoza-Sassi, Hiram Larangeira de Almeida Jr, Paulo Neves Figueiredo, Victor Felipe dos Santos Tejada et al.
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FUNDAMENTOS: As doenças de pele são extremamente freqüentes e os pacientes podem ter a qualidade de vida afetada. Assim é importante medi-la, bem como verificar quais os fatores que podem estar associados.
OBJETIVOS: Verificar a qualidade de vida em pacientes dermatológicos e os fatores associados.
MÉTODOS: Estudo tranversal com uma amostra de 548 pacientes atendidos no ambulatório de dermatologia do Sistema Único de Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande. As informações foram coletadas em um questionário pré-codificado e referiam-se à dados sócio-demográficos, da consulta e qualidade de vida.
RESULTADOS: O escore total do Dermatology Life Quality Index foi uma mediana de 7 e uma média de 7,7 (DP=5,0). As dermatoses com escore maior no Dermatology Life Quality Index foram psoríase (mediana = 15,5), vitiligo (mediana =13), dermatite atópica (mediana = 12), acne (mediana=10). Com respeito aos fatores associados à qualidade de vida, identificou-se que pacientes mais jovens, com menor renda, solteiros, com uma dermatose e com um tempo maior de evolução da doença, apresentam pior qualidade de vida.
CONCLUSÃO: A avaliação do impacto na qualidade de vida em pacientes com dermatoses é importante para o manejo clínico. É essencial a detecção daqueles pacientes com maior risco de apresentar uma qualidade de vida pior, para poder abordá-los de uma forma mais integrada.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Ana Paula Fusel de Ue, Patrícia Karla de Souza, Osmar Rotta, Wellington de Jesus Furlani, Amanda Rodrigues Miranda de Lima, Dominique Sanda Oliveira Vilarinho Sabbag et al.
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FUNDAMENTOS: A urticária crônica compromete o doente por interferir nas atividades diárias, prejudicar a autoestima e as relações interpessoais. Os profissionais de saúde subestimam seu impacto na qualidade de vida dos doentes.
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida com questionário específico e genérico. Compará-la entre os tipos clínicos de urticária crônica e avaliar se o angioedema piora a qualidade de vida.
MÉTODOS: Participaram 62 doentes com urticária crônica, com sinais e sintomas da doença até 7 dias da consulta, que foram divididos em urticária crônica comum, urticária crônica física e urticária crônica mista.
RESULTADOS: Observou-se predominância de mulheres (72,6%), idade média de 39,8 anos, angioedema associado em 75,8% dos doentes. Apresentaram mais angioedema doentes com urticária crônica comum (p=0,011) e mulheres (p=0,024). Quanto aos tipos clínicos, 32,3% apresentaram urticária crônica comum, 27,4% urticária crônica física e 40,3% urticária crônica mista. O escore médio total do questionário específico foi 10,4. No questionário específico, os domínios mais comprometidos foram "Sintomas e sentimentos" e "Atividades diárias", e, no SF-36, "Aspectos físicos" e "Vitalidade". Houve comprometimento da qualidade de vida nas mulheres, nos doentes com até 30 anos, em primeira consulta, nos mais escolarizados,
naqueles com até 1 ano de doença e naqueles com angioedema.
CONCLUSÕES: A urticária crônica compromete a qualidade de vida medida pelos questionários específico e genérico. Não houve diferença estatisticamente significante na qualidade de vida entre os tipos clínicos. A presença do angioedema conferiu pior qualidade de vida aos doentes. Houve correlação estatisticamente significante entre os escores do questionário específico e do questionário genérico.
Palavras-chave: ANGIOEDEMA, PERFIL DE IMPACTO DA DOENÇA, QUALIDADE DE VIDA, QUESTIONÁRIOS, URTICÁRIA
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Resumo
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Anelise Roskamp Budel , Anelise Rocha Raymundo, Carla Fabiane da Costa, Cristina Gerhardt, Lucas Eduardo Pedri et al.
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FUNDAMENTOS: A hanseníase é uma enfermidade infecto-contagiosa, com distribuição mundial. Apesar de curável, permanece como um problema de saúde pública, sendo o Brasil o segundo país mais endêmico do mundo. As lesões cutâneas e o acometimento neural, que levam às principais incapacidades físicas, pioram a autoestima dos doentes, levam a uma
queda da qualidade de vida e interferem na vida dos mesmos.
OBJETIVO: Traçar um perfil dos pacientes acometidos pela hanseníase, atendidos no Ambulatório de Dermatologia do Hospital
Evangélico de Curitiba, e caracterizar os níveis de qualidade de vida da amostra na semana prévia à pesquisa, por meio do questionário Dermatology Life Quality Index.
MÉTODO: Aplicação do Dermatology Life Quality Index em 22 pacientes diagnosticados com hanseníase no período de maio a outubro de 2009.
RESULTADOS: Em meio aos 22 pacientes que participaram do estudo, encontraram-se 55% do sexo masculino e 45% do sexo feminino, com idade média de 50,2 anos. Os escores obtidos na aplicação do Dermatology Life Quality Index variaram de 1 a 25 pontos, sendo a média 10,23. A maioria dos pacientes (50%) apresentou escore na dimensão do grave ou muito grave;
31,8% dos pacientes, do leve ao moderado, e 18,2% dos pacientes informaram que não houve comprometimento da qualidade de vida.
CONCLUSÃO: O perfil de pacientes acometidos pela hanseníase encontrado neste estudo foram homens, com idade média de 50 anos e com forma multibacilar. A aplicação do Dermatology Life Quality Index permitiu verificar que o escore de comprometimento de qualidade de vida grave ou muito grave foi predominante na amostra, tendo mais impacto nas mulheres e
não apresentando diferença em relação à hanseníase pauci ou multibacilar.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, HANSENÍASE, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Mariana Tremel Barbato, Lucio Bakos, Renato Marchiori Bakos, Rita Prieb, Cláudia Dickel de Andrade et al.
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FUNDAMENTOS: Alguns sintomas presentes nos pacientes com melanoma estão diretamente relacionados à tensão psicológica, o que reforça a necessidade de avaliar a qualidade de vida em todas as fases da doença.
OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com melanoma por meio do questionário Fact-G.
MÉTODOS: Estudo descritivo transversal que incluiu todos os pacientes em seguimento no serviço de dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre julho e dezembro de 2006.
RESULTADOS: Sessenta pacientes foram incluídos. A idade média foi de 55,6 anos. O nível de escolaridade até primeiro grau foi correlacionado a escores mais baixos no Fact-G. Os pacientes com história familiar apresentaram maiores escores de QoL em três das quatro categorias avaliadas: bem-estar físico, emocional e funcional (P < 0,01). Pacientes casados mostraram melhor qualidade de vida (82,42) que os solteiros (70,28; P < 0,01). Os pacientes com metástase obtiveram uma menor pontuação no questionário no domínio bem-estar funcional.
CONCLUSÕES: Os fatores relacionados ao tumor, assim como o sexo, a idade e a situação de emprego, não foram preditores de qualidade de vida. Pacientes com metástases apresentaram pior qualidade de vida no domínio bem-estar funcional. Pacientes casados têm mais conforto e apoio emocional para lidar com o diagnóstico do tumor. Os pacientes com história familiar de melanoma tiveram melhor qualidade de vida e os com baixa escolaridade, uma pior qualidade de vida.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA, MELANOMA, ONCOLOGIA, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Maria Laura Taborda, Magda Blessmann Weber, Kelly Abreu Machado Teixeira, Alice Paixão Lisboa, Elisângela de Quevedo Welter et al.
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FUNDAMENTOS: Algumas dermatoses repercutem, pela sua aparência, na vida pessoal, profissional e social dos pacientes. Faz-se necessária a valorização desse tema visando-se à avaliação global desses indivíduos, para o estabelecimento de uma abordagem terapêutica mais eficaz. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida e a frequência de sofrimento psíquico nos pacientes em um centro de Dermatologia. MÉTODOS: Estudo transversal. Após consulta, aplicou-se o Índice de Qualidade de Vida para Dermatologia (DLQI) e o Self-Reported Questionnaire (SRQ-20). RESULTADOS: Foram entrevistados 1.000 pacientes. Não houve efeito da dermatose sobre a qualidade de vida em 21,5% deles; 34,2% apresentaram "pouco efeito", 21,6%, "efeito moderado", 19,3%, "grande efeito" e 3,4%, efeito extremo sobre a qualidade de vida. A correlação entre sofrimento psíquico e dermatoses não mostrou associação estatística significativa. Comparando-se os dois questionários, houve associação significante entre presença de sofrimento psíquico e
pior qualidade de vida (p < 0,001). Os pacientes com sofrimento psíquico referiram grande efeito ou efeito extremo sobre a qualidade de vida. CONCLUSÃO: Este estudo ressalta que várias doenças dermatológicas causam impacto sobre a qualidade de vida e sobre o estado psíquico do indivíduo afetado, influenciando na sua saúde geral, na evolução da dermatose e na resposta às terapêuticas instituídas.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, ESTRESSE PSICOLÓGICO, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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Martha Wallig Brusius Ludwig, Margareth da Silva Oliveira, Marisa Campio Muller, João Feliz Duarte de Moraes
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FUNDAMENTOS - O aspecto visível das lesões de pele e seu impacto psicológico interferem na qualidade de vida dos pacientes.
OBJETIVOS - Avaliar qualidade de vida e localização da lesão dermatológica, verificar associação entre variáveis e comparar níveis de qualidade de vida em pacientes com lesões na face/ou mãos e pacientes somente com lesões em outras regiões do corpo que não face e/ou mãos.
MÉTODO - Estudo transversal, descritivo, de ssociação. Foram avaliados 205 sujeitos através do Questionário Genérico de Qualidade de Vida- SF-36 “The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey” (SF-36) e do Dermatology Life quality Index, fichas de dados sócio-demográficos e de localização da lesão.
RESULTADOS - Não foram observadas diferenças significativas na qualidade de vida entre os dois grupos, mas
o número de associações entre SF-36 e DLQI-BRA foi superior no grupo com lesões em face e/ou mãos. Diferenças significativas foram verificadas quando da divisão em cinco grupos. A diferença significativa (p=0,05) foi entre o grupo com lesões somente em face e/ou mãos e o grupo com lesões generalizadas, sendo que este último teve posto médio de 114,06 contra 69,1935 do outro grupo.
CONCLUSÕES - Independente da localização da lesão, o sentimento de exposição e os prejuízos a que fica sujeito o paciente dermatológico são semelhantes. As doenças da pele, ao que parece, provocam sentimento de exposição e constrangimento, independente do local do corpo acometido, pois na aproximação mais íntima de outra pessoa está implicada certa exposição.
Palavras-chave: DERMATOLOGIA, PSICOLOGIA, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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ELISÂNGELA DE QUEVEDO WELTER, RAFAEL BONFÁ, VANESSA PETRY, LUCIANA LOPES MOREIRA, MAGDA BLESSMANN WEBER et al.
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FUNDAMENTOS - O prurido é um sintoma freqüente nos pacientes em hemodiálise. Tem etiologia não totalmente esclarecida e difícil manejo, o que piora de modo considerável a qualidade de vida dos doentes.
OBJETIVOS - Avaliar o grau de prurido e sua influência na qualidade de vida dos pacientes renais crônicos em hemodiálise.
MÉTODOS - Estudo transversal com pacientes renais crônicos em hemodiálise no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, que apresentassem prurido sem outras dermatoses. Utilizou-se a escala análoga visual para mensuração do grau de prurido e o questionário do Índice de Qualidade de Vida para Dermatologia.
RESULTADOS - Dos 200 pacientes avaliados, 69 (34,5%) apresentaram prurido, dos quais 16 (23%) de grau leve, 39 (56,5%) moderado e 14 (20,2%) grave. Quando analisada a qualidade de vida, verificou-se que em 14 (20,3%) não houve influência do prurido na qualidade de vida. Entretanto, para 26 pacientes (37,4%), o prurido teve um pequeno efeito, em nove (13%) houve efeito moderado, 13 (18,8%) foram afetados de maneira grave e em sete (10,1%) houve influência extremamente grave.
CONCLUSÕES - Neste estudo, 57% dos indivíduos não demonstraram alterações importantes na qualidade de vida relacionadas ao prurido, mas um número significativo estava na faixa de muito e extremamente alterado, o que denota a necessidade de atenção ao tratamento deste sintoma neste grupo de pacientes.
Palavras-chave: DIÁLISE RENAL, QUALIDADE DE VIDA, PRURIDO
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Resumo
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MAURÍCIO PEDREIRA PAIXÃO, HÉLIO AMANTE MIOT, CARLOS D APARECIDA SANTOS MACHADO FILHO, MARIA LEIDE WAND-DEL-REY DE OLIVEIRA
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FUNDAMENTOS: Há escassa literatura sobre a avaliação dos resultados cirúrgicos e do impacto da cirurgia de blefaroplastia superior na qualidade de vida dos pacientes.
OBJETIVO: Avaliar o impacto na qualidade de vida dos pacientes submetidos à cirurgia de blefaroplastia superior.
Métodos: Estudo prospectivo com questionário padronizado, em mulheres adultas submetidas à blefaroplastia superior e avaliadas após 90 dias para estimativa do impacto cirúrgico na qualidade de vida e de complicações.
RESULTADOS: Foram avaliadas 41 mulheres adultas saudáveis (idade mediana 53 anos) no período de junho de 2005 a março de 2006. O questionário apresentou alta consistência interna. O elemento de qualidade de vida de maior impacto na primeira semana foi relacionado à percepção da aparência física, e o de menor impacto foi relacionadoà convivência com as pessoas próximas. A cicatrização hipertrófica foi a principal complicação tardia. O grau de satisfação com a cirurgia relacionou-se significativamente com a ausência de efeitos indesejados (p<0,01).
CONCLUSÕES: Os autores sugerem ferramenta consistente para avaliar o impacto dessa intervenção cirúrgica na qualidade de vida dos pacientes. Destacam ainda altos índices de satisfação dos pacientes com a blefaroplastia superior.
Palavras-chave: QUALIDADE DE VIDA, BLEFAROPLASTIA, SATISFAÇÃO DO PACIENTE
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Resumo
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JOSÉ ANSELMO LOFÊGO FILHO, BERNARDO MIGUEL DE OLIVEIRA PASCARELLI, PAULO ROBERTO COTRIM DE SOUZA, LUCIANA FRANÇA OLIVEIRA, MARCOS AURÉLIO LEIROS DA SILVA, CHRISTINA MAEDA TAKIYA, RADOVAN BOROJEVIC et al.
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FUNDAMENTOS: As neoplasias malignas da pele de grandes dimensões apresentam dificuldades de reconstrução após a excisão.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a exeqüibilidade de uma nova proposta de cobertura para feridas cirúrgicas criadas após a ressecção de grandes tumores cutâneos, a combinação da derme acelular humana com epitélio autólogo cultivado.
MÉTODOS: A aplicação dos substitutos de pele foi feita em quatro pacientes com área de implante variando de 33 a 120 cm2. Além da observação dos resultados clínicos, realizou-se estudo morfológico para avaliação da integração dos implantes.
RESULTADOS: Ceratinócitos autólogos cultivados foram enxertados em dois pacientes e não demonstraram integração. A derme acelular foi aplicada em quatro pacientes, sendo que em um deles foram feitas duas aplicações. Dos cinco implantes de derme acelular realizados, dois não apresentaram integração, em dois a integração foi de 70%, e de 50% no último.
CONCLUSÃO: A cobertura imediata e definitiva de defeitos cirúrgicos através da aplicação de derme acelular humana combinada com epitélio autólogo cultivado é exeqüível. Em oncologia cutânea apenas em situações especiais o uso de substitutos de pele pode ser conveniente no sentido de evitar reconstruções mais complexas.
Palavras-chave: TRANSPLANTE DE PELE, NECTURUS, TÉCNICAS DE CULTURA DE TECIDOS, PELE ARTIFICIAL, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, SATISFAÇÃO DO PACIENTE
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Resumo
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BRUNA DACIER LOBATO MARTINS, FERNANDA NOGUEIRA TORRES
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FUNDAMENTOS - A hanseníase é doença infectocontagiosa crônica causada pelo Micobacterium leprae. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico, variando em espectro entre dois pólos estáveis. Apesar de curável, ainda representa relevante problema de saúde pública, sendo o Brasil o segundo país mais endêmico do mundo. Sua maior morbidade associa-se aos estados reacionais e ao acometimento neural, podendo causar incapacidades físicas permanentes que comprometem significativamente a qualidade de vida dos pacientes, com auto-estigmatização e vergonha.
OBJETIVO - Avaliar o grau de comprometimento da qualidade de vida nos pacientes com hanseníase.
MÉTODOS - Estudo observacional com correlação entre variáveis clínicas de gravidade da doença e questionário de avaliação da qualidade de vida: Dermatology Life Quality Index.
RESULTADOS - Dos 40 pacientes avaliados, a maioria apresentou comprometimento da qualidade de vida de grave a muito grave segundo score obtido no Dermatology Life Quality Index. As variáveis analisadas individualmente também mostraram correlação de gravidade com o número de pontos obtido.
CONCLUSÃO - A hanseníase causa sofrimento que ultrapassa a dor e o mal-estar estritamente vinculados ao prejuízo físico, com grande impacto social e psicológico, justificando tanto avanços para abordagem multidisciplinar ao paciente quanto a necessidade de ações de saúde que visem ao controle da doença.
Palavras-chave: QUALIDADE DE VIDA, DOENÇAS ENDÊMICAS, QUESTIONÁRIOS, HANSENÍASE
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Resumo
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JULIANA DORS TIGRE DA SILVA, MARISA CAMPIO MÜLLER, RENAN RANGEL BONAMIGO
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*Fundamentos:* Pesquisas atuais estão direcionando seu foco aos aspectos psicossociais envolvidos nas dermatoses crônicas. Esses fatores podem contribuir para a exacerbação da psoríase entre 40 e 80% dos casos, causando grande impacto na qualidade de vida desses pacientes.
*Objetivos:* Verificar estratégias de _coping_ e identificar níveis de estresse do portador de psoríase.
*Métodos:* Estudo transversal, com amostra de 115 pacientes, divididos em 61 com psoríase e 54 do grupo controle com dermatoses crônicas. Instrumentos: Inventário de Estratégias de _coping_ e Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp.
*Resultados:* Destacam-se as estratégias de _coping_ autocontrole (p=0,027) e fuga e esquiva (p=0,014) utilizadas mais pelo grupo com psoríase e níveis de estresse altos para os dois grupos (p=0,838).
*Conclusão:* Pacientes com psoríase utilizam estratégias de coping específicas para o enfrentamento da doença de pele, quando comparados a outros pacientes com doenças crônicas de pele demonstrando relevante nível de estresse. A integração dos resultados possibilita o entendimento do estado específico que portadores de psoríase vivenciam e que denuncia a premência de intervenções mais abrangentes que envolvam também as dimensões psíquica e social.
Palavras-chave: PSYCHOLOGICAL, ADAPTATION, ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA, ESTRESSE, PELE, PSORÍASE, QUALIDADE DE VIDA
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Resumo
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REGINA CLAUDIA MINGNORANCE, SONIA REGINA LOUREIRO, LIYOKO OKINO
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FUNDAMENTOS – A psoríase, em decorrência da desfiguração causada pelas lesões, favorece grande desadaptação psicossocial.
OBJETIVO – Avaliar, mediante inventário e entrevista, o impacto da psoríase vulgar no cotidiano dos pacientes, caracterizando a qualidade de vida e possíveis relações com as peculiaridades clínicas da doença.
MÉTODO – Foram avaliados 50 pacientes adultos, de ambos os sexos, em seguimento no Ambulatório de Dermatologia do HC da FMRP-USP, por meio de uma entrevista semi-estruturada e do Inventário de Qualidade de Vida (Psoriasis Disability Index, PDI). Os dados obtidos pelos dois instrumentos foram quantificados e comparados pelos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis.
RESULTADOS – Os resultados indicaram relatos de melhora clínica da doença em 46% dos pacientes; no entanto, 62% referiram insatisfação quanto à aparência física. Quanto à adaptação psicossocial, 56% relataram impacto da doença nos relacionamentos cotidianos, e 50% no lazer. Na análise do PDI, observou-se maior prejuízo nas atividades rotineiras (p<0.001), sendo verificada uma associação entre extensão da manifestação psoriática e prejuízos em áreas específicas da adaptação psicossocial, compreendendo atividades rotineiras, relações pessoais e lazer.
CONCLUSÃO – Os dados revelaram prejuízos na adaptação psicossocial dos pacientes, sugerindo a importância do suporte psicológico a fim de potencializar os recursos adaptativos e favorecer uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: PSORÍASE, QUALIDADE DE VIDA, ASPECTOS PSICOLÓGICOS.
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