Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Resumo
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Rosane Orofino Costa, Priscila Marques de Macedo, Aline Carvalhal, Andréa Reis Bernardes-Engemann
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Iodeto de potássio, sob a forma de solução saturada, é um valioso medicamento no arsenal terapêutico do dermatologista. É usado há mais de um século e útil para doenças de fisiopatologias diversas em virtude de seu caráter imunomodulador. Prescrevê-lo, entretanto, tem se tornado cada vez menos frequente na prática dermatológica. O pouco conhecimento sobre seu exato mecanismo de ação, o desinteresse da indústria farmacêutica com o advento de novos fármacos, além da toxicidade do medicamento pelas altas doses utilizadas são algumas das possíveis justificativas. Dessa forma, os estudos científicos envolvendo seus aspectos farmacológicos, posológicos e de eficácia são relativamente raros. Consequentemente, não se convencionou uma padronização na forma de manipular e prescrever a solução saturada de iodeto de potássio, o que causa um verdadeiro desconhecimento da dose exata em gramas do sal que está sendo fornecida aos pacientes. Ao considerar que a dose está diretamente relacionada à toxicidade e o conhecimento da característica imunomoduladora dessa droga, é importante definir a quantidade a ser fornecida, reduzindo-a até a dose mínima eficaz, de forma a diminuir a intolerância e melhorar a adesão ao tratamento. A relevância do tema se deve ao fato da solução saturada de iodeto de potássio ser, muitas vezes, a única escolha na terapêutica disponível para o tratamento de algumas dermatoses de origem infecciosa, inflamatória ou imunomediada, quer por indicação específica, por falha de outro medicamento ou por seu custo acessível.
Palavras-chave: DERMATOPATIAS, IODETO DE POTÁSSIO, IODO, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Ricardo José de Mendonça, Joaquim Coutinho-Netto
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O processo cicatricial compreende uma sequência de eventos moleculares e celulares que interagem para que ocorra a restauração do tecido lesado. Desde o extravasamento de plasma, com a coagulação e agregação plaquetária até a reepitelização e remodelagem do tecido lesado o organismo age tentando restaurar a funcionalidade tecidual. Assim, este trabalho abrange os diversos aspectos celulares envolvidos no processo cicatricial, bem como os principais medicamentos utilizados no tratamento de patologias relacionadas às deficiências na cicatrização. São abordados também, os aspectos econômicos referentes, sobretudo, às feridas crônicas de pés diabéticos.
Palavras-chave: AGENTES INDUTORES DA ANGIOGÊNESE, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, PERMEABILIDADE CAPILAR
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Resumo
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SINÉSIO TALHARI
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Revisão dos principais aspectos relacionados à etiologia, transmissão, classificação e clínica da hanseníase. Abordagem quanto à eficácia, evolução e os efeitos colaterais do tratamento multidroga. Discussão sobre a atual distribuição da hanseníase no mundo e as possibilidades de sua eliminação até o ano 2000.
Palavras-chave: LEPROSTÁTICOS, CLASSIFICAÇÃO, CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE, TERAPÊUTICA
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Artigo Especial
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gerson Dellatorre, Daniela Alves Pereira Antelo, Roberta Buense Bedrikow, Tania Ferreira Cestari, Ivonise Follador, Daniel Gontijo Ramos, Caio Cesar Silva de Castro et al.
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FUNDAMENTOS: O vitiligo é uma enfermidade cutaneomucosa, autoimune, localizada ou disseminada, que se manifesta por máculas hipocrômicas ou acrômicas com perda na qualidade de vida dos pacientes. A prevalência do vitiligo no Brasil foi determinada em 0,54%. Não existe medicação desenvolvida para seu tratamento. Até o presente momento, não havia sido feito um consenso brasileiro sobre tratamento do vitiligo.
OBJETIVO: Obter um consenso de tratamento clínico e cirúrgico do vitiligo, a partir de artigos com melhores evidências científicas, feito por dermatologistas brasileiros com experiência no tratamento dessa enfermidade.
MÉTODOS: Foram convidados sete dermatologistas e cada especialista recebeu duas modalidades de tratamento para revisar. Cada tratamento (tópico, sistêmico e fototerapia) foi revisado por três especialistas; dois especialistas revisaram a modalidade cirúrgica. Depois disso, o coordenador integrou as versões e elaborou um texto sobre cada tipo de tratamento. A nova versão foi retornada para todos os especialistas, que expressaram suas opiniões e deram sugestões para maior clareza. O texto final foi escrito pelo coordenador e enviado a todos os participantes para elaboração do consenso final.
RESULTADOS/CONCLUSÃO: Os experts definiram como tratamento padrão do vitiligo o uso de corticosteroides e inibidores da calcineurina tópicos para casos instáveis e localizados e minipulso de corticoide para vitiligo generalizado em progressão; a fototerapia com UVB de banda estreita é o tratamento de escolha para formas extensas da doença. As modalidades cirúrgicas devem ser indicadas para vitiligo segmentar e generalizado estável. Existem medicamentos tópicos e sistêmicos da classe ant-JAK sendo testados, com resultados promissores.
Palavras-chave: Conduta do tratamento medicamentoso; Consenso; Planejamento de assistência ao paciente; Terapêutica; Vitiligo.
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Resumo
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Luiz Guilherme Martins Castro, Renato Marchiori Bakos, João Pedreira Duprat Neto, Flávia Vasques Bittencourt, Thais Helena Bello Di Giacomo, Sérgio Schrader Serpa, Maria Cristina de Lorenzo Messina, Walter Refkalefsky Loureiro, Ricardo Silvestre e Silva Macarenco, Hamilton Ometto Stolf, Gabriel Gontijo et al.
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Desde a publicação das últimas diretrizes brasileiras sobre melanoma em 2002, houve avanços na área, sendo necessário atualizar as normas de conduta. Foram definidas 10 perguntas clínicas sobre o tema, baseadas no sistema P.I.C.O., que foram respondidas com dados resultantes de pesquisa específica no banco de dados Medline. A pesquisa limitou-se, primariamente, a artigos publicados entre 01/01/2009 e 30/06/2014. Os artigos selecionados foram classificados de acordo com o grau de evidência científica em A, B, C ou D. Quando cabível, foram selecionadas referências presentes nestes trabalhos, sem limite de tempo. Baseados nos resultados da pesquisa, os autores definiram recomendações em resposta às perguntas formuladas, que também foram classificadas de acordo com a força da evidência. As diretrizes foram divididas, para fins de editoração e publicação, em duas partes. Nesta segunda parte, foram respondidas as seguintes perguntas clínicas: 1) Quais pacientes com melanoma cutâneo primário se beneficiam de biópsia de linfonodo sentinela? 2) Para quais pacientes o seguimento com mapeamento de nevos é indicado? 3) A exérese de nevos melanocíticos acrais para prevenção de melanoma traz benefício para os pacientes? 4) A exérese de nevos melanocíticos congênitos para prevenção de melanoma traz benefício para os pacientes? 5) Como seguir pacientes com melanoma cutâneo primário estádios 0 ou I?
Palavras-chave: Biópsia de linfonodo sentinela; Dermoscopia; guia de prática clínica; Histologia; Nevo pigmentado; Melanoma; Terapêutica
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Caso Clínico
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Autor(es)
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Resumo
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Jaqueline Barbeito de Vasconcellos, Daniele do Nascimento Pereira, Thiago Jeunon de Sousa Vargas, Roger Abramino Levy, Geraldo da Rocha Castelar Pinheiro, Ígor Brum Cursi et al.
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O uso de antagonistas do fator de necrose tumoral (anti-TNFs) tornou-se prática comum no tratamento de diversas doenças inflamatórias. Apesar de indicados para tratamento da psoríase, os anti-TNFs podem, paradoxalmente, desencadear um quadro psoriasiforme. Apresentamos o caso clínico de uma paciente com artrite reumatoide que, em uso de infliximabe, desenvolveu um quadro de psoríase. Na tentativa de troca de classe do anti-TNF, houve piora cumulativa das lesões, necessitando de suspensão do imunobiológico e introdução de outras drogas para controle clínico. O desafio terapêutico dessa forma paradoxal de psoríase é o foco da nossa discussão. O emprego de outro anti-TNF nesses pacientes é motivo de debates entre os especialistas..
Palavras-chave: Fator de necrose tumoral alfa; Interferons; Psoríase; Terapêutica
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Resumo
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Flávia Trevisan, Celia Antonia Xavier, Clovis Antonio Lopes Pinto, Fernanda Gomes Cattete, Fabíola Schauffler Stock, Marcella Ledo Martins et al.
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Sarcoma histiocítico é uma rara entidade neoplásica maligna hematológica originada de clones celulares dendríticos ou histiocitários. As lesões podem ser nodais ou extranodais, mais comumente no trato gastrintestinal. Um pequeno número de casos apresenta lesões cutâneas exclusivas. O diagnóstico definitivo é feito pela positividade dos marcadores imunohistoquímicos CD163, CD68, CD4 e lisozima. O tratamento é controverso, geralmente com quimioterapia combinada sistêmica. Este é um caso de sarcoma histiocítico cutâneo em uma paciente de 82 anos apresentando duas lesões nodulares na mama e braço direitos, tratadas com exérese simples e seguimento multidisciplinar, evitando-se condutas intempestivas e investigações exaustivas. Apesar de a maioria dos estudos relatar evolução agressiva, a paciente apresenta quadro clínico bom e estável no período de doze meses de seguimento.
Palavras-chave: Imunoistoquímica; Resultado de tratamento; Sarcoma; Sarcoma histiocítico; Terapêutica; Transtornos histiocíticos malignos
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Resumo
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Rodrigo Monteiro, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, Marcelo Guimarães Tiezzi, Eduardo Vinícios Mendes Roncada, Claudia Cardoso Macedo de Oliveira, Luciena Cegatto Martins Ortigosa et al.
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Define-se o fenômeno de Lúcio como uma variante da reação hansênica do tipo 2. Evento raro, que ocorre na evolução da hanseníase de Lúcio e de outras formas de hanseníase virchowiana. Tem na sua fisiopatologia uma proliferação exacerbada dos bacilos de Hansen, que invadem a parede dos vasos sanguíneos e agridem as células endoteliais, causando proliferação endotelial e diminuição do lúmen vascular, fato este, que associado a reações inflamatórias e a alterações no sistema da coagulação, causa trombose vascular, isquemia, infarto e necrose tecidual, gerando as alterações histopatológicas características do fenômeno. Relatamos um caso de hanseníase virchowiana, com tratamento irregular, que desenvolveu o fenômeno de Lúcio. Recebeu tratamento com poliquimioterapia, antibióticos, corticosteróide e talidomida, evoluindo com desfecho clínico favorável.
Palavras-chave: COAGULAÇÃO SANGUÍNEA, ERITEMA NODOSO, HANSENÍASE VIRCHOWIANA, QUIMIOTERAPIA, TERAPÊUTICA, TRANSTORNOS DE COAGULAÇÃO SANGUÍNEA, TROMBOSE
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Resumo
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Rosane Orofino Costa, Andrea Reis Bernardes-Engemann, Luna Azulay-Abulafia, Fabiana Benvenuto, Maria de Lourdes Palermo Neves, Leila Maria Lopes-Bezerra et al.
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Os autores apresentam cinco casos de esporotricose em gestantes numa epidemia zoonótica no Rio de Janeiro. São discutidos principalmente os aspectos clínicos e as dificuldades na escolha terapêutica desse grupo específico de pacientes.
Palavras-chave: ANFOTERICINA B, ESPOROTRICOSE, GESTANTES, RESULTADO DE TRATAMENTO, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Débora Garbin Minatel, Chukuka Samuel Enwemeka, Suzelei Castro França, Marco Andrey Cipriani Frade
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Avaliou-se a fototerapia na cicatrização de úlceras de perna (UP) mistas em dois pacientes diabéticos (tipo 2), hipertensos. O aparelho apresentava sonda 1 (S1) (1 LED de 660nm, 5mW) aplicado em 3 UP e sonda 2 (S2) (32 LEDs de 890nm e 4 LEDs de 660nm, 500mW) em 6 UP. Após antissepsia,úlceras foram tratadas com sondas a 3J/cm2, 30seg, 2x/semana seguido pelo curativo diário com sulfadiazina de prata a 1% por 12 semanas. Pela análise com software Image J®, as UP com S2 tiveram índices de cicatrização médios de 0,6; 0,7 e 0,9 enquanto S1 foi de 0,2; 0,4 e 0,6 no 30º, 60º e 90º dias, respectivamente. A fototerapia acelerou a cicatrização das úlceras de perna em pacientes diabéticos.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, DIABETES MELLITUS, FOTOTERAPIA, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Comunicação
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Autor(es)
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Resumo
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Eliane de Fátima Henrique da Silva, Carla Campos Martins, Elaine Caldeira de Oliveira Guirro, Rinaldo Roberto de Jesus Guirro
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A estimulação elétrica de alta voltagem tem sido indicada para acelerar processos de cicatrização. Os efeitos da estimulação elétrica de alta voltagem, no tratamento de três voluntários com úlceras crônicas de membros inferiores, foram avaliados. Após quinze semanas de tratamento, pôde ser observada a redução da área de todas as úlceras, a qual sugere que a EEAV é um método eficaz no tratamento de úlceras crônicas.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, ESTIMULÃÇÃO ELÉTRICA, MODALIDADES DE FISIOTERAPIA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flávia Machado Gonçalves Soares, Izelda Maria Carvalho Costa
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O advento da AIDS trouxe novos desafios para a Dermatologia. A terapia antirretroviral mudou drasticamente a morbimortalidade associada à infecção pelo HIV/AIDS, mas contribuiu para o surgimento de outras novas situações que exigem abordagem adequada do dermatologista. A Síndrome Lipodistrófica Associada ao HIV/AIDS tem origem multifatorial, mas está fortemente associada ao uso dos antirretrovirais. Compreende alterações na distribuição da gordura corporal, acompanhada ou não de alterações metabólicas. A perda da gordura da face, chamada lipoatrofia facial, é dos sinais mais estigmatizantes da síndrome. Esta condição, muitas vezes reveladora da doença, trouxe de volta o estigma da AIDS. É necessário que os especialistas que atuam com pacientes com HIV/AIDS identifiquem estas alterações e busquem opções de tratamento, dentre as quais se destaca o implante com polimetilmetacrilato, que é disponibilizado para tratamento da lipoatrofia facial associada ao HIV/AIDS no Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave: HIV, POLIMETIL METACRILATO, PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS AMBULATÓRIOS, SÍNDROME DE LIPODISTROFIA ASSOCIADA AO HIV, TERAPÊUTICA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Helio Plapler, Mateus Matiuzzi da Costa, Silvio Romero Gonçalves e Silva, Maria da Conceição Aquino de Sá, Benedito Sávio Lima e Silva et al.
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FUNDAMENTOS: Fundamentos: A terapia a laser é um procedimento de baixo custo, não invasiva e com bom desempenho na cicatrização. As dúvidas existentes quanto a sua ação sobre microrganismos justifica a realização de pesquisas visando investigar os possíveis efeitos em feridas infectadas por bactérias. OBJETIVO: Avaliar o efeito do laser de baixa intensidade sobre a taxa de contaminação bacteriana em feridas infectadas na pele de ratos. MÉTODOS: Estudo experimental, utilizando 56 ratos machos Wistar. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em oito grupos de sete animais. Nos animais dos grupos lesionados foi realizada uma incisão na região dorsal.Os animais dos grupos infectados foram infectados por Staphylococcus aureus MRSA. Os animais dos grupos tratados foram tratados com laser de Diodo vermelho (AlGaInP) 658nm, 5J/cm2 em varredura, durante 3 dias consecutivos. Foi colhida uma amostra antes de inocular as bactérias e outra após o tratamento com laser. Para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Wilcoxon (dados pareados). Considerando como significante p < 0,05. RESULTADOS: Através da análise estatística das medianas, observou-se que os grupos submetidos ao laser apresentavam uma proliferação bacteriana menor. CONCLUSÃO: O laser (AlGaInP), com uma dose de 5J/cm2, tanto em feridas quanto em pele íntegra de ratos infectados por Staphilococcus aureus MRSA, se mostrou capaz de reduzir a proliferação bacteriana.
Palavras-chave: CRESCIMENTO BACTERIANO, INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA, RATOS, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Resumo
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Sandro Cilindro de Souza, Carlos Briglia, Sérgio Ricardo Matos Rodrigues da Costa
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FUNDAMENTOS: As vantagens dos cianoacrilatos em síntese cutânea têm sido sobejamente mostradas na literatura. Entretanto, estes produtos têm sido subutilizados no Brazil devido aos elevados custos do 2-octilcianoacrilato. Ademais, a forma mais economicamente acessível, o 2-etilcianoacrilato, tem sido pouco estudada como adesivo cutâneo. OBJETIVO: Avaliação da eficácia do fechamento de lesões cutâneas usando o 2-etilcianoacrilato. MÉTODO: Estudo prospectivo no qual 46 feridas foram ocluídas usando o 2-etilcianoacrilato de baixo custo como alternativa a sutura intradérmica. RESULTADOS: Feridas excisionais (97,8%) e traumática (2,2%) foram tratadas com 2-etilcianoacrilato e suturas profundas relaxadoras como método de síntese. Cicatrizes inestéticas (22%), infecção (2,1%), deiscência (2,1%) e dermatite alérgica de contato (2,1%) foram os problemas encontrados. Não houve casos de necrose ou quelóides. Os resultados foram considerados satisfatórios na grande maioria dos casos (97,3%). CONCLUSÕES: O uso do ECA mostrou-se seguro e com resultados cosméticos satisfatórios neste grupo de pacientes.
Palavras-chave: ADESIVOS TECIDUAIS, CIANOACRILATOS, TÉCNICAS DE SUTURA
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Resumo
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Sergio Schalka, Samanta Nunes, Antonio Gomes Neto
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FUNDAMENTOS: A utilização de antifúngicos tópicos na terapêutica da onicomicose é de grande valor na prática clínica, visto que há diferentes limitações ao uso das opções terapêuticas sistêmicas.
OBJETIVO: Avaliar comparativamente a eficácia e a segurança de uma formulação de esmalte de ciclopirox a 8% em dois diferentes esquemas posológicos: o esquema tradicional (3/2/1) e um esquema posológico de uso semanal.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo cego, comparativo e randomizado que incluiu 41 pacientes, divididos em dois grupos, sendo o grupo I submetido ao esquema posológico de uma vez por semana e o grupo II submetido ao esquema posológico tradicional (3/2/1). Os grupos utilizaram a medicação por 180 dias.
RESULTADOS: As espécies mais frequentemente encontradas nos grupos I e II foram Trichophyton rubrum (55% e 61,9%) e Trichophyton mentagrophytes (30% e 19%). Houve tendência de maior resistência ao tratamento pelo T. mentagrophytes nos dois grupos estudados, sem predileção por sexo, idade, proporção de acometimento ungueal inicial, tempo de evolução do quadro ou número de unhas acometidas por indivíduo. Ambas as modalidades apresentaram índices significativos de cura micológica, resposta clínica e sucesso terapêutico, e não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos I e II (p > 0,05).
CONCLUSÃO: O esmalte contendo ciclopirox a 8% mostrou-se igualmente eficaz na posologia de uma vez por semana quando comparada à posologia tradicional (3/2/1), permitindo um esquema posológico mais confortável.
Palavras-chave: ADMINISTRAÇÃO TÓPICA, DOENÇAS DE UNHA, ONICOMICOSE, POSOLOGIA, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Marco Andrey Cipriani Frade, Raimunda Violante Campos de Assis, Joaquim Coutinho Netto, Thiago Antônio Moretti de Andrade, Norma Tiraboschi Foss et al.
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FUNDAMENTOS: A biomembrana vegetal tem sido usada para tratamento de úlceras cutâneas.
OBJETIVOS: Avaliar a ação da biomembrana vegetal no tratamento de úlceras venosas crônicas, comparando-a ao tratamento à base de colagenase.
MÉTODOS: Foram selecionados 14 pacientes tratados com biomembrana vegetal e sete com Fibrase®(grupo controle), acompanhados clínico-fotograficamente pelo índice de cicatrização das úlceras (ICU) por 120 dias, por meio do software ImageJ, e biopsiados no primeiro e 30º dias para estudo histopatológico.
RESULTADOS: A biomembrana vegetal foi superior em relação ao controle na cicatrização das úlceras no 30º dia, especialmente na fase inflamatória, confirmada pela exsudação abundante e pelo desbridamento. Houve tendência superior à angiogênese seguida de reepitelização com maiores ICUs no 90º e 120º dias.
CONCLUSÃO: A análise conjunta dos achados clínicos e histopatológicos sugere que a biomembrana vegetal atuou como um fator indutor da cicatrização, especialmente na fase inflamatória, confirmada pela exsudação abundante das lesões, promovendo a transformação do microambiente das úlceras venosas crônicas e estimulando a angiogênese e a posterior reepitelização.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO, CURATIVOS BIOLÓGICOS, LÁTEX, ÚLCERA DE PERNA
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Resumo
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Marco Andrey Cipriani Frade, Joaquim Coutinho Netto, Fernanda Guzzo Gomes, Eduardo Lopez Mazzucato, Thiago Antônio Moretti de Andrade, Norma Tiraboschi Foss et al.
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FUNDAMENTOS: A biomembrana vegetal do látex da seringueira Hevea brasiliensis tem sido usada como curativo para úlceras cutâneas.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da biomembrana vegetal como curativo em relação à hipersensibilidade ao látex.
MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com úlceras cutâneas constituindo-se os grupos: controle - baixa exposição profissional ao
látex (n=17); alta exposição profissional (n=14); ulcerados em uso da biomembrana vegetal (n=13); ulcerados-controle sem usoda biomembrana vegetal (n=14) e casos novos (n=9), submetidos à avaliação pré e após 3 meses de uso da biomembrana vegetal. Todos foram submetidos à avaliação clínico-epidemiológica quanto à hipersensibilidade ao látex e IgE específica (UniCap®), e os grupos controle e controle exposto ao látex ao "patch test".
RESULTADOS: A história de hipersensibilidade foi positiva em 64,7% dos pacientes do grupo-controle, 71,4% do controle exposto ao látex, 61,5% dos ulcerados em uso da biomembrana vegetal, 35,7% dos ulcerados-controle, e apenas 22,2% no grupo casos novos. Ao teste de contato dos grupos controle e controle exposto ao látex, apenas um indivíduo do grupo C (baixo contato) apresentou eritema na primeira leitura, negativando-se na segunda. A média de contato com látex no grupo-controle exposto ao látex foi de 3,42 horas/dia. No ensaio fluoroimunoenzimático, a grande maioria dos soros foi classificada como zero (variação 0 a 6). Nenhum soro recebeu classificação acima de 2, não sendo considerada classificação significante para hipersensibilidade (classificação > 4).
CONCLUSÃO: A biomembrana vegetal mostrou-se segura como curativo, pois não induziu reações de hipersensibilidade entre os voluntários submetidos ao "patch test", nem entre os usuários da biomembrana vegetal, como demonstrado clinica e imunologicamente pela dosagem de IgE.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, CURATIVOS BIOLÓGICOS, HIPERSENSIBILIDADE AO LÁTEX, ÚLCERA DA PERNA
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Resumo
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Saulo Nani Leite, Alceu Afonso Jordão Júnior, Thiago Antônio Moretti de Andrade, Daniela dos Santos Masson, Marco Andrey Cipriani Frade et al.
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FUNDAMENTOS: A pele, para exercer suas funções, necessita de níveis adequados de nutrientes.
OBJETIVO: Analisar o trofismo cutâneo de ratos nutridos e desnutridos por meio de dois modelos de desnutrição.
MÉTODOS: No Modelo Marasmo, utilizaram-se 60 ratos Wistar em controle dietético, dos quais 30 foram selecionados
aleatoriamente para receber metade da dieta diária durante 60 dias. No Modelo Gelatina, empregaram-se 60 ratos, dos
quais 30 receberam dieta associada a proteína de baixa qualidade (gelatina) durante 30 dias. Avaliou-se o estado nutricional dos animais por meio da massa corporal, dos sinais clínicos e da dosagem de albumina sérica. Após o período de desnutrição, fez-se a histologia da pele dos animais para análise da espessura da derme e epiderme com o software Leica Application Suite; nas lâminas coradas com tricrômio de Gomori, analisou-se a colagênese com o software ImageJ.
RESULTADOS: A massa corporal dos animais desnutridos pelo marasmo e gelatina foi significativamente menor (p<0,0001 e p<0,0001) do que a dos grupos nutridos. Quanto à albumina sérica, não houve diferença entre os grupos nos dois modelos. Em relação à análise histológica da espessura da pele, os desnutridos apresentaram a derme significativamente menos espessa em comparação aos nutridos (p<0,0001 e p<0,0001). No que respeita à colagênese, os grupos desnutridos apresentaram menores percentuais de colágeno em relação aos nutridos (p<0,0005 e p<0,003).
CONCLUSÕES: Os animais desnutridos pelos dois modelos apresentaram diminuição na espessura dérmica, confirmada histologicamente pelo menor percentual de colágeno, mostrando a influência negativa da desnutrição no trofismo cutâneo.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, COLÁGENO, GELATINA, MAMARASMO NUTRICIONA, MODELOS ANIMAIS, PROCESSAMENTO DE IMAGEM ASSISTIDA POR COMPUTADOR
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Resumo
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Sávio Reder de Souza, Luna Azulay-Abulafia, Leninha Valério do Nascimento
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FUNDAMENTOS: O pênfigo vulgar é uma bulose grave, produzida pela destruição autoimune dos desmossomos, o que resulta na formação de bolhas intraepidérmicas, afetando pele e mucosas, com mortalidade de 5 a 10%. Os efeitos colaterais da terapêutica contribuíram para aumentar a morbidade da doença, respondendo por parte considerável das causas imediatas de morte por pênfigo vulgar atualmente. Não há nenhuma sistematização reprodutível para a avaliação clínica dos pacientes de pênfigo vulgar, tornando a decisão terapêutica subjetiva e os seus resultados, incertos.
OBJETIVO: Validar um escore para a avaliação clínica dos pacientes com pênfigo vulgar.
MÉTODO: O índice de comprometimento cutaneomucoso do pênfigo vulgar foi criado, pontuando achados de fácil observação no exame clínico. Durante três anos, sete pacientes com pênfigo vulgar foram acompanhados e submetidos, em cada consulta, a pareamentos independentes do índice de comprometimento cutaneomucoso do pênfigo vulgar com vistas à aferição da sua reprodutibilidade.
RESULTADOS: O índice de comprometimento cutaneomucoso do pênfigo vulgar se mostrou reprodutível em todos os métodos estatísticos utilizados para avaliação da concordância entre os examinadores independentes, permitindo, ainda, separar os pacientes em classes de gravidade crescente.
CONCLUSÃO: O índice de comprometimento cutaneomucoso do pênfigo vulgar pode ajudar na classificação da gravidade do pênfigo vulgar, contribuindo para a pesquisa médica e para a uniformização das condutas terapêuticas num futuro próximo.
Palavras-chave: ÍNDICE DE GRAVIDADE DE DOENÇA, PÊNFIGO, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Adriana Maria da Silva Serra, Flávia Machado Gonçalves Soares, Acimar G. da Cunha Júnior, Izelda Maria Carvalho Costa
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FUNDAMENTOS: Hemangioma é um tumor benigno de células endoteliais comum na infância e de involução espontânea. OBJETIVO: Avaliar os tratamentos utilizados em 122 pacientes com hemangiomas cutâneos, tratados no Hospital Universitário de Brasília, de março de 2000 a dezembro de 2006. MÉTODOS: Utilizou-se coleta de dados em prontuários e aplicação de questionários aos pais. Foram analisados gênero, fatores pré-natais e perinatais, características clínicas, tipo de tratamento e resultados. RESULTADOS: A razão de sexo (F: M) foi de 1,5:1. 42, em pacientes que apresentavam hemangiomas superficiais, 13 profundos e 67 mistos; em 7 pacientes, havia associação com síndromes. Em 79 pacientes, localizavam-se no polo cefálico. Já em 98/122 dos pacientes, foram submetidos a tratamento único e 24/122 a múltiplos. No primeiro grupo, foi utilizada conduta expectante em 38 pacientes, compressão em 3, corticoide sistêmico em 18, corticoide intralesional em 13, corticoide tópico em 4, cirurgia convencional em 12, criocirurgia em 7, luz pulsada em 1 e imiquimod em 2. No segundo grupo, 15 fizeram 2 tipos de tratamentos e 9 necessitaram de 3 ou mais tratamentos. CONCLUSÃO: Os dados obtidos concordam com a literatura mundial, quanto a sexo e localização da lesão. A incidência de hemangiomas presentes ao nascimento foi maior que em outras publicações. Os resultados terapêuticos obtidos foram comparáveis aos publicados na literatura. A identificação dos hemangiomas que necessitam de tratamento, em que momento adequado para intervenção e a melhor opção terapêutica devem ser considerados.
Palavras-chave: AVALIAÇÃO DE RESULTADO DE INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS, CIRURGIA GERAL, CORTICOSTERÓIDES, CRIOCIRURGIA, HEMANGIOMA, TERAPÊUTICA, TERAPIA COMBINADA
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Resumo
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Sybele Saska, Ana Maria Minarelli Gaspar, Eduardo Hochuli-Vieira
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FUNDAMENTOS - Adesivos teciduais têm sido muito usados para síntese de ferida, em função de ser um método indolor, rápido e de fácil execução. OBJETIVOS -Analisar e comparar compatibilidade dos adesivos, etil- cianoacrilato (Super Bonder) e butilcianoacrilato (Histoacryl), e a reparação de incisões em dorso de ratos entre o fio de sutura e os respectivos adesivos. MÉTODOS – Foram usados 15 ratos. Realizaram-se duas lojas cirúrgicas no dorso. Em cada uma, foi implantado um tubo de polietileno (10mm x 1mm), os quais foram preenchidos com os adesivos Super Bonder (lado direito) e Histoacryl (lado esquerdo). As incisões, do lado esquerdo, foram coaptadas com Super Bonder, e as do lado direito, com Histoacryl. Uma incisão mediana, entre as duas incisões,foi realizada e suturada com fio de seda. Os animais foram mortos, depois de 7(sete), 35(trinta) e 120 (cento e vinte dia) dias. RESULTADOS: Os adesivos usados, no presente estudo, não promoveram reação inflamatória, quando usados para síntese das incisões. Porém, estes adesivos, quando implantados no subcutâneo, promoveram reação inflamatória até 120 (cento e vinte dia) dias, no entanto, a reação é mais intensa com Histoacryl. CONCLUSÕES: Super Bonder e Histoacryl permitem o processo cicatricial dos tecidos incisados; facilitam a sutura das incisões. Desta forma, estes podem ser utilizados para sínteses de feridas, lacerações ou incisões cutâneas.
Palavras-chave: ADESIVOS TECIDUAIS, CIANOACRILATOS, HEMOSTÁTICOS, TÉCNICAS DE SUTURA, TESTE DE MATERIAIS, RATOS
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Resumo
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William César Cavazana, Maria de Lourdes Pessole Biondo Simões, Sergio Ossamu Yoshii, Ciomar Aparecida Bersani Amado, Roberto Kenji Nakamura Cuman et al.
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FUNDAMENTOS: Na última década, as indicações de uso tópico de compostos com ácidos graxos essenciais (AGE-TG) para o tratamento de feridas aumentaram no Brasil, e houve declínio das indicações do açúcar.
OBJETIVOS: Estudar o efeito da aplicação de solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, de açúcar e de AGE-TG sobre feridas experimentalmente induzidas em ratos.
MÉTODOS: Foi induzida uma ferida de 400 mm2 no dorso de cada rato Wistar, constituindo três grupos tratados separadamente com solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, açúcar e AGE-TG. Todos os animais receberam curativo oclusivo sobre a lesão, trocado a cada 24 horas. As aferições realizadas em quatro momentos consistiram na determinação do percentual de redução das áreas das feridas, da reação inflamatória celular, da ordenação do colágeno e da densidade de colágeno dos tipos I e III nas cicatrizes.
RESULTADOS: A cicatrização ocorreu igualmente nos grupos estudados, mas o açúcar modulou positivamente a reação inflamatória entre o 7º e 14º dias. No 20º dia, não houve diferenças na quantidade de colágeno dos tipos I e III entre os grupos tratados.
CONCLUSÕES: As feridas cicatrizaram nos três grupos. O grupo açúcar apresentou uma modulação positiva da resposta inflamatória celular. Não houve diferenças na quantidade de colágeno dos tipos I e III ao final do experimento nos grupos tratados.
Palavras-chave: ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, AÇÚCAR, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, PELE, ÚLCERA DE PRESSÃO
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Resumo
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FERNANDO PUNDEK TENIUS, MARIA DE LOURDES PESSOLE BIONDO SIMÕES, SÉRGIO OSSAMU IOSHII
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FUNDAMENTOS - Acredita-se que os glicocorticóides prejudiquem a cicatrização, causando decréscimo da proliferação celular, da neovascularização e da produção de matriz.
OBJETIVO - Investigar os efeitos do uso crônico dos corticoesteróides na cicatrização de feridas cutâneas.
MÉTODOS - Após injeções de dexametasona (0,1mg/kg/dia) por 30 dias, fez-se incisão no dorso de ratos e estudou-se a cicatrização no terceiro, sétimo e 14o dias. A resistência da cicatriz, a densidade do colágeno e a reação inflamatória foram avaliadas pela histometria.
RESULTADOS - As cicatrizes do grupo tratado com dexametasona eram menos resistentes à tração em todos os tempos (p=0,008) e apresentavam menor densidade de colágeno. A do colágeno tipo III foi menor em todos os tempos estudados (p<0,0001), e a do colágeno tipo I foi menor apenas no 14º dia (p<0,0001). A infiltração de células inflamatórias foi menor no grupo tratado com dexametasona nas duas primeiras avaliações (p=0,001 e p=0,016), não sendo significativa a diferença no 14º dia (p=0,367).
CONCLUSÕES - Verificou-se diminuição da resistência da cicatriz e baixa densidade do colágeno total em todos os tempos estudados. No início do processo observou-se baixa densidade do colágeno tipo III e mais tarde também baixa densidade do colágeno tipo I. Nos tempos iniciais houve redução do número de células inflamatórias.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, COLÁGENO, DEXAMETASONA
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Resumo
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ADEIR MOREIRA ROCHA JÚNIOR, RODRIGO GUERRA DE OLIVEIRA, ROGÉRIO ESTEVAM FARIAS, LUIZ CARLOS FERREIRA DE ANDRADE, FERNANDO MONTEIRO AARESTRUP et al.
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*Fundamentos:* Ao longo dos anos, diversos estudos têm sido realizados para compreender o processo de reparo tecidual, bem como os possíveis efeitos da terapia a laser no processo de cicatrização de feridas.
*Objetivos:* Investigar o comportamento de feridas cutâneas provocadas na região dorsal de ratos Wistar _(Rattus norvegicus)_, que foram submetidos ao tratamento com laser de baixa intensidade, com 3,8 J/cm² de dosagem, 15mW de potência e tempo de aplicação de 15s.
*Métodos:* Os animais (n = 12) foram divididos em dois grupos, um controle e outro tratado com laser. Foram realizadas, no grupo tratado, três aplicações (imediatamente após o ato cirúrgico, 48 horas e sete dias após a realização das feridas cirúrgicas). Dez dias após o ato cirúrgico foram colhidas amostras das lesões de ambos os grupos para realização de estudo histopatológico e histomorfométrico.
*Resultados:* Foram evidenciados aumentos da neovascularização e da proliferação fibroblástica, e diminuição da quantidade de infiltrado inflamatório nas lesões cirúrgicas submetidas à terapia com laser.
*Conclusão:* Os resultados em conjunto sugerem que a terapia a laser de baixa intensidade é um método eficaz no processo de modulação da reparação tecidual, contribuindo significativamente para a cicatrização tecidual mais rápida e organizada.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, RATOS, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Resumo
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ERIKA HOYAMA, SILVANA ARTIOLI SCHELLINI, CLAUDIA H. PELLIZON, MARIANGELA ESTHER ALENCAR MARQUES, CARLOS ROBERTO PADOVANI, ROMUALDO ROSSA et al.
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*Fundamentos*: O tecido dérmico acelular porcino é alternativa para o tratamento de feridas cutâneas.
*Objetivo*: Avaliar a resposta clínica e inflamatória do implante de tecido dérmico acelular porcino, com e sem cobertura impermeável.
*Métodos*: Estudo pareado, longitudinal, criando-se duas feridas cutâneas no dorso de 16 ratos (quatro animais/grupo), em que foi implantado tecido dérmico acelular coberto ou não por impermeável. Os animais foram avaliados e sacrificados sete, 15, 30 e 60 dias após a cirurgia, sendo removidos os tecidos acelulares e adjacentes para avaliação histológica e morfométrica.
*Resultados*: A cobertura impermeável permaneceu sobre o tecido acelular porcino até cerca de 15 dias. O grupo sem impermeável apresentou maior desidratação, com crosta fibrinoleucocitária, edema e reação inflamatória na derme. Sessenta dias após a cirurgia, animais do grupo sem impermeável ainda apresentavam ulcerações, afinamento do epitélio e ausência de queratina, enquanto nos do grupo com impermeável a pele já se encontrava normal.
*Conclusão*: O tecido dérmico acelular porcino com cobertura impermeável apresentou resultados clínicos e histológicos melhores do que os do tecido dérmico acelular porcino sem impermeável para tratamento de feridas cutâneas extensas.
Palavras-chave: MATÉRIAS BIOCOMPATÍVEIS, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, TRANSPLANTE DE TECIDOS
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Resumo
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EDILÉIA BAGATIN, MAURO YOSHIAKI ENOKIHARA, PATRICIA KARLA DE SOUZA, FERNANDO SPERANDEO DE MACEDO
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*FUNDAMENTOS* - O xantelasma caracteriza-se por placas amareladas nas pálpebras. Na maioria dos casos não há nenhuma causa sistêmica, mas pode estar associado a uma dislipoproteinemia, mais freqüentemente à hipercolesterolemia familial com níveis elevados de colesterol e LDL. As razões para seu tratamento são estéticas, e diversas modalidades terapêuticas podem ser empregadas.
*OBJETIVOS* - Relatar experiência na avaliação e no tratamento de pacientes com xantelasma, enfatizando os resultados satisfatórios da excisão cirúrgica cuidadosa das lesões, seguida de cicatrização por segunda intenção.
*MATERIAIS E MÉTODOS* - No período de 42 meses foram tratados 40 pacientes portadores de xantelasma, sendo 35 mulheres e cinco homens, com idades variando entre 26 e 72 anos, posteriormente seguidos por 18 meses, em média. Os pacientes foram divididos em dois grupos: no primeiro, com 10 casos, compararam-se duas formas de tratamento das lesões - exérese cirúrgica e cauterização química - ; no segundo, com 30 casos, foram acompanhados os resultados da exérese cirúrgica seguida da cicatrização por segunda intenção. Todos os pacientes foram avaliados quanto ao perfil lipídico.
*RESULTADOS* - Dos 40 pacientes tratados, 25 (62,5%) tiveram resultado estético ótimo; 12 (30%), bom; e três (7,5%), regular, independentemente da técnica utilizada. A complicação tardia mais comum foi a hipocromia leve, em 12 (30%) casos. Recidivas ocorreram em dois casos (5%), após três e seis meses. Em nove pacientes (22,5%) foram detectados níveis elevados de colesterol e LDL.
*CONCLUSÕES* - A retirada cirúrgica cuidadosa do xantelasma oferece resultados satisfatórios, com mínimas probabilidades de recidiva e, às vezes, com hipocromia transitória. Destaca-se a importância da avaliação do perfil lipídico.
Palavras-chave: TERAPÊUTICA., ÁCIDO TRICLOROACÉTICO, CIANOACRILATOS, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
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Resumo
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UWE WOLLINA
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FUNDAMENTOS - Feridas crônicas são um problema freqüente. O tratamento convencional precisa ser otimizado para melhorar os resultados nos pacientes e a aceitação do manejo pelos mesmos.
OBJETIVOS - A eficácia terapêutica de um novo curativo de hidropolímero (Tielle®) para pacientes com feridas crônicas deve ser investigado.
MÉTODO - 478 pacientes com feridas crônicas (úlceras venosas das pernas, úlceras de decúbito e outras feridas crônicas) e com pelo menos um pré-tratamento anterior foram incluídos neste estudo de quatro semanas. Vários itens foram estudados incluindo percentagem de redução da área afetada, efeitos na granulação/epitelização/risco de infecção, manejo e aceitação. Foi um estudo aberto em diversos centros somente para pacientes ambulatoriais.
RESULTADOS - Um percentual de fechamento das feridas de 29,8%e uma redução da área das feridas foi obtido em 98% dos casos. A redução média na área de ferida foi de 76,2%. A exsudação e o risco de infecção foram reduzidos (p<0,001). O manejo foi considerado melhor ou muito melhor em relação ao pré-tratamento em 90,5%. A aceitação dos pacientes melhorou em 86,2%.
CONCLUSÃO - O tratamento tópico de feridas crônicas pode ser otimizado. O curativo de hidropolímero usado no presente estudo, revelou eficácia terapêutica, facilidade de manejo e melhor aceitação dos pacientes que apresentavam feridas de difícil tratamento.
Palavras-chave: ÚLCERA DE DECÚBITO, ÚLCERA DE PERNA, HIDROPOLÍMERO, CURATIVOS OCLUSIVOS, TERAPÊUTICA
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Resumo
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TALITA FRANCO, GERSON COTTA PEREIRA
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FUNDAMENTOS - Langer, em 1861, descreveu as linhas de força da pele. Outros autores atribuiram sua determinação às fibras conjuntivas, porém são raros os estudos sistemáticos buscando prová-lo.
OBJETIVO - Comprovar, histologicamente, esta participação.
MATERIAL AND METHODS - 21 fragmentos elípticos de pele foram coletados da parede abdominal de pacientes submetidos a abdominoplastia ou lipoaspiração. As áreas doadoras localizavam-se em linha média, flancos e regiões inguinais.
Cada fragmento foi seccionado em duas direções, para mostrar a distribuição tridimensional das fibras colágenas e elásticas. Cinco diferentes métodos de coloração foram usados.
RESULTADO -Ao microscópio óptico observou-se que os fragmentos apresentavam o mesmo padrão de distribuição para cada região: nos flancos e regiões inguinais a distribuição era uniforme, com as fibras colágenas e elásticas orientadas de acordo com as linhas de tensão. Na linha média, contudo, as fibras se apresentavam orientadas indiscriminadamente em direção vertical, oblíqua ou transversal.
CONCLUSÕES - Onde maior número de fibras estão dispostas em determinada direção, incisões paralelas a elas sofrerão tração mais forte sobre suas extremidades do que sobre suas bordas, tendendo a ser mais longas e mais finas. Ao contrário, incisões perpendiculares aos vetores de tensão terão maior número de fibras atuando sobre suas bordas do que sobre suas extremidades, tendendo a ser mais curtas e mais largas.
Palavras-chave: CIRUGIA, TECIDO CONJUNTIVO., CICATRIZ, CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, HISTOLOGIA
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Cristina de Oliveira Gonzalez, Tila Fortuna Costa, Zilton de Araújo Andrade, Alena Ribeiro Alves Peixoto Medrado
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Os processos de regeneração e reparo tecidual compreendem uma sequência de eventos moleculares e celulares que ocorrem após o estabelecimento de uma lesão tecidual a fim de restaurar o tecido lesado. As fases exsudativa, proliferativa e de biossíntese e remodelamento da matriz extracelular são eventos sequenciais que ocorrem por meio da integração de processos dinâmicos que envolvem mediadores solúveis, células sanguíneas e células parenquimatosas. Os fenômenos exsudativos que se estabelecem após a lesão contribuem para o desenvolvimento do edema tecidual. A fase proliferativa tem como objetivo diminuir a área de tecido lesionado através da contração de miofibroblastos e da fibroplasia. Nesta fase, observam-se ainda os processos de angiogênese e reepitelização. As células endoteliais são capazes de se diferenciar em componentes mesenquimais, e esta diferenciação parece ser finamente orquestrada por um conjunto de proteínas sinalizadoras que vem sendo estudado na literatura. Trata-se da via conhecida como Hedgehog. O objetivo desta revisão de literatura é descrever os diversos aspectos celulares e moleculares envolvidos no processo de cicatrização cutânea.
Palavras-chave: Cicatrização; Inflamação; Proliferação de células; Proteínas Hedgehog
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Resumo
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Raquel Christina Barboza Gomes, Kátia Simone Alves dos Santos, Paula Vanessa da Silva, Renata Torres Moreira da Silva, Ianny Alves Ramos et al.
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O cianoacrilato tem sido utilizado em diversos campos das especialidades cirúrgicas como adesivo no fechamento de retalhos gengivais e em lacerações mucosas e cutâneas, além de apresentar uma ótima resposta imunológica. Tendo em vista as necessidades estéticas, o cianoacrilato tem sido aplicado com resultados satisfatórios quando comparado aos fios de sutura, pois apresenta melhor capacidade de coaptação das bordas de uma lesão de pele e mucosa, menor cicatriz residual e biocompatiblidade, estando limitado, entretanto, a zonas de baixa tensão tecidual. Frente a tais considerações, o presente trabalho busca desenvolver uma revisão literária, objetivando revelar as vantagens do uso dos adesivos teciduais, especialmente os cianoacrilatos, na coaptação de feridas, em detrimento da utilização dos métodos Convencionais com fios de sutura.
Palavras-chave: CIANOACRILATOS, CICATRIZAÇÃO, SUTURAS
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