Artigos originais
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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NORMA TIRABOSCHI FOSS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, OSWALDO DELFINI FILHO, MARIA NUNES FERREIRA
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Conhecendo que as porfirinas (uroporfirina), quando acumuladas na pele agem como cromóforos, que interagindo com a energia luminosa produzem lesões fotoquímicas que se manifestam por eritema, edema e bolhas em áreas expostas à luz, e ainda que o mecanismo de formação destas lesões fotossensíveis não está bem esclarecido, foram quantificadas as uro e coproporfirinas urinárias em fotodermatoses, excluindo as porfírias, especialmente porfíria cutânea tardia, na qual a manifestação cutânea está relacionada a níveis elevados de porfirinas, principalmente de uroporfirina.
Estudou-se os níveis destas porfirinas em 58 pacientes subdivididos em grupos, segundo a fotodermatose: 1. 21 com pelagra; 2. 15 com fotodermatite medicamentosa; 3. 14 transplantados renais (pseudoporfíria?); 4. cinco com lúpus eritematoso cutâneo/sistêmico e 5. três com lucite.
Observou-se aumento de porfirinas em 17% do total dos doentes, sendo encontrado níveis aumentados de uroporfirinas urinárias nos grupos 1 e 2. Na pelagra houve aumento em 33% (7/21) dos doentes e em pacientes com fotodermatite medicamentosa 20% (3/15).
Os resultados sugerem que as porfirinas urinárias, principalmente as uroporfirinas, podem estar envolvidas na patogênese da pelagra e da fotodermatite medicamentosa, talvez por acometimento da função hepática provocado pelo etilismo crônico, hábito comum em doentes de pelagra, ou uso de medicamentos.
Palavras-chave: FOTODERMATOSES, PORFIRINAS
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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MIRIAN LANE DE O. RODRIGUES, CACILDA DA SILVA SOUZA, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, NORMA TIRABOSCHI FOSS
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Relato de caso clínico de paciente do sexo masculino, de 24 anos de idade, com psoríase pustulosa havia dois meses. Apresentava antecedentes de crises convulsivas e retardo do desenvolvimemo neuropsicomotor. Ao exame físico o sinal de Trousseau foi positivo, e a dosagem de cálcio no soro estava acentuadamente diminuída. O diagnóstico foi de psoríase pustulosa generalizada associada a pseudo-hipoparatireoidismo. Inicialmente o paciente foi tratado com etretinato, sem controle do quadro; porém, com detecção da hipocalemia e a reposição do cálcio, houve melhora acentuada das lesões cutâneas. A remissão completa foi obtida com correção da hipocalemia. Esses resultados indicam que a hipocalemia estava diretamente relacionada com a manutenção das lesões de psoríase e, talvez, com o desencadeamento da doença. Além desses aspectos, há que ressaltar a raridade da associação entre psoríase pustulosa generalizada e pseudo-hipoparatiroidismo.
Palavras-chave: HIPOCALCEMIA, HIPOPARATIREOIDISMO, PSORÍASE
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Resumo
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ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, NORMA TIRABOSCHI FOSS, LÉA M. ZANINI MACIEL, EMÍLIA SIMÃO TRAD, MILTON ELMÔR FILHO, ANA MÁRCIA DE ALMEIDA et al.
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São apresentados dois casos clínicos do sexo masculino com hipotiroidismo primário, que apresentaram alopecia generalizada em membros inferiores, associada a outros sintomas. A alopecia que motivou os pacientes a procurarem consulta dermatológica. Instituido o tratamento, houve normalização clínica e laboratorial.
Palavras-chave: TIREÓIDE, ALOPECIA, HIPOTIREOIDISMO
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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ANA CAROLINA FRAGOSO MOTTA, MARILENA CHINALI KOMESU, MÁRCIO FERNANDO DE MORAES GRISI, CACILDA DA SILVA SOUZA, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, DANTE ANTONIO MIGLIARI et al.
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O tratamento das lesões gengivais de doenças vesicobolhosas auto-imunes constitui grande desafio na estomatologia, principalmente pela natureza crônica das lesões. O tratamento sistêmico é necessário no controle das apresentações mais graves; entretanto, quando possível, o tratamento tópico é preferível. Este artigo descreve uma técnica oclusiva para aplicação de corticosteróide tópico que tem demonstrado ser eficaz no controle dessas lesões, sobretudo em pacientes com manifestações exclusivamente gengivais.
Palavras-chave: CORTICOSTERÓIDES, DERMATOPATIAS VESICULOBOLHOSAS, DOENÇAS AUTO-IMUNES, GENGIVA, MANIFESTAÇÕES BUCAIS
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Resumo
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LUIZ MARINO BECHELLI, PAULO MÚCIO GUIMARÃES PAGNANO, ANA MARIA UTHIDA TANAKA, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, M. R. O. ROCHA SANTOS, LUIZ CAETANO ZANIN, ANITA PFRIMER FALCÃO, R. T. PONGELLUPPI, NARCISO HADDAD NETTO et al.
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Em sete escolas, selecionadas ao acaso, os autores examinaram 5.150 escolares, entre 7 e 15 anos de idade. A prevalência de lesões ungueais nas mãos foi maior (56,7%) que a dos pés (29,5%). Ela foi significantemente maior no sexo masculino, com tendência a aumentar com a idade, até 14 anos no sexo masculino e até 11 anos no feminino. O tipo e a frequência de lesões ungueais são indicadas em tabelas. As mais comuns nas mãos foram leuconíquia (42,13%), onicofagia (13,57 %) e depressões cupuliformes (1,16%) nos pés, onicoatrofia no 5.0 artelho (9,26%), sulcos transversais (9,14 %), leuconíquia (2%) e hematoma subungueal (1,53%). As alterações foram habitualmente discretas. O _status_ sócio-econômico não pareceu influenciar significantemente a prevalência de lesões ungueais nas diferentes escolas.
Palavras-chave: ESCOLARES, EPIDEMIOLOGIA., UNHAS
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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ANA MARIA FERREIRA ROSELINO
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São apresentados conceitos básicos sobre célula, código genético e síntese protéica, e sobre algumas técnicas de biologia molecular, tais como PCR, PCR-RFLP, seqüenciamento de DNA, RT-PCR e immunoblotting. São fornecidos protocolos de extração de nucleotídeos e de proteínas, como salting out no sangue periférico e métodos do fenol-clorofórmio e do trizol em tecidos. Seguem-se exemplos comentados da aplicação de técnicas de biologia molecular para o diagnóstico etiológico e pesquisa em dermatoses tropicais, com ênfase na leishmaniose tegumentar americana e hanseníase.
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Resumo
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ANGELA CRISTINA RAPELA MEDEIROS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO
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Sintética revisão sobre leishmaniose tegumentar americana enfatizando aspectos históricos, características do tecido da leishmaniose, relação vetor-parasita-hospedeiro, epidemiologia, formas clínicas,diagnóstico, técnicas laboratoriais e tratamento.
Palavras-chave: REVISÃO, LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA, LEISHMANIA, LEISHMANIOSE
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gilson Antonio Pereira Gonçalves, Moema Mignac Cumming Brito, Adriana Martinelli Salathiel, Thais Serraino Ferraz, Domingos Alves, Ana Maria Ferreira Roselino et al.
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FUNDAMENTO: Há dois tipos principais de pênfigo: pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo. Nos últimos anos, mudanças clínicas e epidemiológicas relacionadas aos pênfigos têm sido observadas.
OBJETIVOS: Teve-se por objetivo analisar uma série histórica de 21 anos de casos de pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo no nordeste do estado de São Paulo, área endêmica para o pênfigo foliáceo.
MÉTODOS: Neste estudo descritivo, foram analisados os dados relacionados à incidência anual e à idade de início do quadro clínico compatível com pênfigo vulgar ou pênfigo foliáceo, no período de 1988 a 2008, comparando-se ambas as formas de pênfigo.
RESULTADOS: O conjunto dos resultados abrange um período de 21 anos, com 103 casos de pênfigo vulgar e 163 casos de pênfigo foliáceo. A comparação das linhas de tendência em relação à incidência mostrou ser esta decrescente para o pênfigo foliáceo em comparação àquela de crescimento para o pênfigo vulgar. Houve variação ampla nas faixas de idade, com persistência da faixa mínima de 10 a 20 anos para o pênfigo foliáceo (média de idade de 32,1 anos), e clara tendência de diminuição da idade mínima para o pênfigo vulgar (média de idade de 41,5 anos), principalmente a partir da metade da primeira década do período total analisado.
CONCLUSÕES: A incidência do pênfigo vulgar ultrapassa aquela do pênfigo foliáceo a partir de 1998, permanecendo assim até os dias de hoje. Esta série histórica de 21 anos vem consubstanciar a modificação da epidemiologia dos pênfigos no Brasil, suscitando novas hipóteses para a sua etiopatogênese.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA, PENFIGO
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Resumo
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Andrezza Furquim da Cruz, Renata Bazan Furini, Ana Maria Ferreira Roselino
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FUNDAMENTOS: PCR tem sido frequentemente utilizada no diagnóstico molecular da hanseníase. OBJETIVOS: comparar os resultados da PCR com 4 pares de primers específicos para Mycobacterium leprae, bem como os resultados da PCR à classificação operacional, segundo a OMS, de multibacilar (MB) e paucibacilar (PB) da hanseníase. MÉTODO: Vinte e oito amostras de DNA, extraído de biópsias congeladas de pele e de imprint de biópsias em papel de filtro de 23 pacientes (14 MB e 9 PB), foram utilizadas na PCR com primers que amplificam 131pb, 151pb e 168pb de regiões de microssatélites, e um fragmento de 336pb do gene Ml MntH (ML2098) do bacilo. RESULTADOS: O bacilo pôde ser detectado em 22 (78,6%) das 28 amostras. Nove (45%) das 20 amostras de biópsia e 6 (75%) das 8 amostras de imprints foram positivas para TTC. Sete (35,5%) amostras de biópsias e 5 (62,5%) imprints foram positivos para AGT, e 11 (55%) biópsias e 4 (50%) imprints foram positivos para AT. Oito (38%) amostras de biópsias e 5 (62,5%) imprints foram positivos para o gene Ml MntH. Dentre o grupo MB, os microssatélites detectaram o bacilo em 78,5% das amostras, e o gene Ml MntH, em 57,1% das amostras, independentemente do material clínico. No grupo PB, 55,5% das amostras foram positivas para os microssatélites, enquanto que 22,2% o foram para o gene Ml MntH. CONCLUSÕES: Estes resultados mostram que, tanto as regiões específicas de microssatélites quanto o gene Ml MntH, podem representar ferramentas úteis na detecção do Ml MntH por PCR em amostras de biópsias e imprint de biópsias.
Palavras-chave: HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAEMURIUM, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE, REPETIÇÕES DE MICROSSATÉLITES
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Resumo
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CACILDA DA SILVA SOUZA, MARIA PAULA DO VALLE CHIOSSI, MARIA HIDEKO TAKADA, NORMA TIRABOSCHI FOSS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO et al.
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FUNDAMENTOS - Pioderma grangenoso (PG) é dermatose inflamatória incomum, de causa desconhecida, que desafia os conhecimentos atuais.
Objetivo - Avaliar aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais, doençãs associadas e abordagem terapêutica do PG.
MÉTODOS - Realizou-se análise retrospectiva de prontuários e seguimento de pacientes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, de 1980 a 1997.
RESULTADOS - Em dezoito anos, diagnosticou-se 11 pacientes, oito do sexo feminino, de 3 a 59 anos (média 38,5 anos). Quatro pacientes apresentavam única lesão e sete, duas ou mais, com predomínio da variante clínica ulcerativa em membros inferiores. Em 36,3%, houve associação com retocolite ulcerativa, artrite reumatóide, doença de Basedow Graves ou diabetes mellitus. Evidências do fenômeno de patergia ocorreu em 18% dos casos e observou-se negativamente dos testes de sensibilização ao DNCB e PPD. Houve predomínio do emprego da prednisona, isolado ou associado à adjuvantes como dapsona, dofazimina e iodeto de potássio (KI).
CONCLUSÕES - O PG foi observado com índice de 0,38 casos por 10.000 atendimentos. Nesta série, destacam-se concomitância de doenças sistêmicas, surgida previamente ao PG e evidências do fenômeno de patergia e de alterações da imunidade celular. Tratando-se de afecção de curso imprevisível, o uso crônico da prednisona solicita buscas de adjunvantes, sendo que a resposta terapêutica ao KI indica gangrenoso; terapêutica.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, PIODERMA GANGRENOSO, TERAPÊUTICA
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Resumo
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ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, ISABELA MARIA BERNADRDES GOULART, JACY BERTI ROSATELLI, MARIA DA GRAÇA SOUZA CUNHA, MEIRE SOARES ATAÍDE OLIVEIRA, NORMA TIRABOSCHI FOSS et al.
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FUNDAMENTOS- A porfiria cutânea tardia é uma doença metabólica da via porfirina-heme, resultante da deficiência da enzima uroporfirinogênio descarbpoxilase,que induz ao acúmulo de porfirinas, principalmente no fígado e na pele, responsáveis por lesões cutâneas em áreas expostas ao sol.
OBJETIVOS - Determinar a espécie animal que melhor corresponda ao modelo experimental da PCT, para o estudo de lesões cutâneas relacionadas à fotossensibilidade.
MÉTODO- Ratos, cobaias e camundongos foram submetidos a uma dieta contendo um dos fatores desencandeantes da PCT, o hexaclorobenzeno (HCB), na concentração de 0,25%. Após o surgimento da PCT, os animais foram expostos à radiação ultravioleta,as porfirinas urinárias dosadas e as manifestações cutâneas de fotossensibilidade anotadas,e comparadas ao grupo controle.
RESULTADOS - Somente os ratos apresentaram aumento da excreção de porfirinas urinárias, principalmente de uroporfirinas: 60,81µg/24h, neurotoxicidade e lesões cutãneas em áreas fotoexpostas.
CONCLUSÃO- Considerando-se as três espécies de animais estudadas, os ratos apresentaram quadro semelhante à PCT encontrada no homem. Em relação às cobaias,sugere-se administrar dieta contendo menor concentração de HCB e prolongar o tmepo do experimento. Os camundongos não se adequaram ao modelo experimental.
Palavras-chave: HEXACLOROBENZENO, PORFIRIA CUTÂNEA TARDIA
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Resumo
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ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, ALCYONE A. MACHADO, ANA MÁRCIA DE ALMEIDA, NORMA TIRABOSCHI FOSS
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FUNDAMENTOS - O LGV é causado pela bactéria Gram negativa, _Chlamydia trachomatis_, imunotipos L1, L2 e L3. É uma doença rara, embora outros sorotipos causadores de uretrites e salpingocervicites sejam os mais comuns.
OBJETIVO - Embora a prevalência de LGV não seja significativa entre as DST, tem sido relatado o aumento de ocorrência entre os infectados pelo HIV, pois sendo uma das DST que às vezes apresenta úlcera genital, pode servir de porta de entrada para o HIV, daí a importância do conhecimento de sua ocorrência.
MÉTODO - Foi realizado levantamento da casuística de LGV, no período compreendido entre 1978 e 1992, do HCFMRP - USP.
RESULTADOS - Foi constatada a ocorrência de 14 casos, com predomínio do sexo masculino e da raça branca, sendo a ocorrência maior entre 25 e trinta anos de idade. Em dois pacientes foi observada lesão peniana em cicatrização, quando constatado o bubão inguinal. Quatro casos masculinos e três femininos apresentaram fistulização. Alguns foram tratados com tetraciclina, porém a maioria com sulfametoxazol + trimetropim. Quatro não retornaram e os demais apresentaram cura clínica no período de 15 a 35 dias.
CONCLUSÃO - Em 15 anos foram diagnosticados apenas 14 casos de LGV. Embora não tenha ocorrido associação com HIV, esta deve ser investigada nas DST com úlceras genitais.
Palavras-chave: CHLAMYDIA, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA, LINFOGRANULOMA VENÉREO
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