Os melanomas desmoplásicos apresentam-se como pápulas amelanóticas firmes; à microscopia exibem proliferação de células fusiformes na derme e variável deposição de colágeno, além de proliferação melanocítica lentiginosa, intraepidérmica, na maioria dos casos. Realizada biópsia de pele de paciente masculino, 61 anos, branco, com diagnóstico de lentigo maligno na face, há 10 anos. O exame histopatológico revela proliferação dérmica de células fusiformes pigmentadas e deposição de colágeno, invadindo até a profundidade da derme reticular, associado a componente lentiginoso; presença de positividade imuno-histoquímica com S-100, Melan-A e WT1, e marcação fraca com HMB45. Diagnóstico de melanoma desmoplásico, associado a lentigo maligno. Existe
divergência quanto à origem do melanoma desmoplásico, a partir do componente lentiginoso ou “de novo”, na ausência de lentigo associado. O melanoma desmoplásico representa uma minoria dos casos de melanoma cutâneo primário (menos de 4%). A presença de lentigo maligno pode servir de sinal de alerta para possível relação com melanoma desmoplásico.
Palavras-chave: MELANOMA, NEVO DE CÉLULAS EPITELIÓIDES E FUSIFORMES, PROTEÍNAS S100, PROTEÍNAS WT1
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Tumor benigno de tecido muscular, o piloleiomioma tem origem no músculo eretor do pelo, atingindo ambos os sexos geralmente na terceira década de vida. Apresenta-se como nódulo-pápulas assimétricas nas extremidades, de cor eritêma-
to-acastanhada e de consistência firme. As lesões, quando múltiplas, podem ser sensíveis ou dolorosas. Sua associação com miomas uterinos, denominada de síndrome de Reed ou leiomiomatose cutis et uteri, é apresentação rara, podendo estar associada a carcinoma de células renais. A abordagem é cirúrgica em casos isolados e medicamentosa se houver sintomas. Relatamos um caso de síndrome de Reed em que se optou por acompanhamento pela ausência de sintomatologia.
Palavras-chave: COLÁGENO, CRIOTERAPIA, LEIOMIOMA
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