Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gleison Vieira Duarte, Ivonise Follador, Carolina M. Alves Cavalheiro, Thadeu S. Silva, Maria de Fátima S. P. de Oliveira et al.
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Estudos recentes demonstram uma relação entre obesidade e inflamação crônica, confirmada através da associação de níveis elevados de fator de necrose tumoral alfa (TNF-±), interleucina seis (IL-6) e proteína C reativa, com aumento do índice de massa corporal (IMC). O estado inflamatório, nos indivíduos obesos, poderia contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da psoríase. Fenômenos análogos já foram descritos, em outras doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatóide e doença de Chrön. Estudos epidemiológicos mostram uma prevalência elevada de comorbidades cardiovasculares, secundárias às alterações metabólicas, associadas à psoríase e obesidade. Permanecem ainda não elucidados alguns aspectos desta associação, como: o impacto da obesidade (nas formas clínicas da dermatose, na associação com comorbidades e na resposta ao tratamento).
Palavras-chave: COMORBIDADE, OBESIDADE, PSORÍASE
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Artigo Especial
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gerson Dellatorre, Daniela Alves Pereira Antelo, Roberta Buense Bedrikow, Tania Ferreira Cestari, Ivonise Follador, Daniel Gontijo Ramos, Caio Cesar Silva de Castro et al.
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FUNDAMENTOS: O vitiligo é uma enfermidade cutaneomucosa, autoimune, localizada ou disseminada, que se manifesta por máculas hipocrômicas ou acrômicas com perda na qualidade de vida dos pacientes. A prevalência do vitiligo no Brasil foi determinada em 0,54%. Não existe medicação desenvolvida para seu tratamento. Até o presente momento, não havia sido feito um consenso brasileiro sobre tratamento do vitiligo.
OBJETIVO: Obter um consenso de tratamento clínico e cirúrgico do vitiligo, a partir de artigos com melhores evidências científicas, feito por dermatologistas brasileiros com experiência no tratamento dessa enfermidade.
MÉTODOS: Foram convidados sete dermatologistas e cada especialista recebeu duas modalidades de tratamento para revisar. Cada tratamento (tópico, sistêmico e fototerapia) foi revisado por três especialistas; dois especialistas revisaram a modalidade cirúrgica. Depois disso, o coordenador integrou as versões e elaborou um texto sobre cada tipo de tratamento. A nova versão foi retornada para todos os especialistas, que expressaram suas opiniões e deram sugestões para maior clareza. O texto final foi escrito pelo coordenador e enviado a todos os participantes para elaboração do consenso final.
RESULTADOS/CONCLUSÃO: Os experts definiram como tratamento padrão do vitiligo o uso de corticosteroides e inibidores da calcineurina tópicos para casos instáveis e localizados e minipulso de corticoide para vitiligo generalizado em progressão; a fototerapia com UVB de banda estreita é o tratamento de escolha para formas extensas da doença. As modalidades cirúrgicas devem ser indicadas para vitiligo segmentar e generalizado estável. Existem medicamentos tópicos e sistêmicos da classe ant-JAK sendo testados, com resultados promissores.
Palavras-chave: Conduta do tratamento medicamentoso; Consenso; Planejamento de assistência ao paciente; Terapêutica; Vitiligo.
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Naiara Abreu de Azevedo Fraga, Maria de Fátima Paim, Ivonise Follador, Andréia Nogueira Ramos, Vitória Regina Pedreira de Almeida Rêgo et al.
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A psoríase acomete 0,12% a 0,71% da população infantil, sendo que a forma eritrodérmica, grave e rara, ocorre em menos de 1,5% dos casos. Os antagonistas do Fator de Necrose Tumoral-a (TNF- a) constituem nova classe de drogas,utilizada para tratamento da psoríase grave a moderada, refratária às terapias convencionais. O Etanercepte é uma proteína de fusão do receptor do TNF-a, aprovada pelo Food and Drug Administration para tratamento da artrite reumatoide juvenil no grupo infantil. Apresentamos um caso de criança com 7 anos de idade, com psoríase em placa desde 8 meses de vida, que evoluiu para eritrodermia refratária a ciclosporina e metotrexato, com excelente resposta ao etanercepte, sem feitos adversos.
Palavras-chave: CRIANÇA, PSORÍASE, TERAPÊUTICA
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Resumo
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Marina Horne, Dário Nunes Moreira Júnior, Ivonise Follador, Vitória Regina Pedreira de Almeida
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A queratose liquenoide crônica ou doença de Nekam é uma dermatose mucocutânea rara da queratinização, com curso crônico e progressivo, que acomete geralmente indivíduos entre 20 e 40 anos. Existem, aproximadamente, 70 casos descritos na literatura. Devido à raridade desta dermatose e à ausência de tratamento efetivo, é uma doença de difícil manejo. No caso em questão, apresentamos um paciente de 42 anos com pápulas violáceas, hiperqueratósicas, algumas confluentes, com aspecto linear, rendilhado e em placas, localizadas no tronco e membros há cinco anos. Lesões aftoides na cavidade oral e úlceras rasas na genitália também faziam parte do quadro. O anatomopatológico foi bastante sugestivo de queratose liquenoide crônica. Introduziu-se tratamento com acitretina e dapsona, havendo melhora parcial do quadro.
Palavras-chave: CERATOSE, DERMATOPATIAS, ERUPÇÕES LIQUENÓIDES
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Resumo
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Yuri Nogueira Chaves , Dulceane Natyara Cardoso, Priscila F. Landulfo Jorge, Ivonise Follador, Maria de Fátima Paim de Oliveira et al.
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A psoríase pustulosa generalizada é tipo raro de psoríase descrita pela primeira vez, em 1910, por Von Zumbusch. A psoríase pustulosa generalizada na criança tende a ter um curso mais benigno que no adulto, entretanto, em sua forma grave, pode por em risco a vida do paciente. Talvez, pela raridade da doença, nenhuma opção terapêutica se mostrou consistentemente eficaz e segura até o momento. Relatos isolados sugerem ser o retinoide a droga de escolha nesses casos, porém trata-se de fármaco que, na primeira infância, traz mais dificuldades no manejo. Relata-se exemplo dessa rara doença em lactente, quadro extenso e grave, com resposta satisfatória ao uso de dapsona, com boa tolerabilidade.
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Resumo
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Pablo Vitoriano Cirino, Newton Sales Guimarães, Ivonise Follador
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O Acinetobacter baumanni é patógeno oportunista antigamente considerado de baixa
virulência. Atualmente está envolvido em processos infecciosos que acometem pacientes imunocomprometidos,grandes queimados e pacientes em unidades de terapia intensiva que fazem uso de ventilação mecânica. Esse relato de caso chama atenção para infecção cutânea rara por essa bactéria em paciente imunocompetente.
Palavras-chave: INFECÇÃO, ABSCESSO, ACINETOBACTER BAUMANNII
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Resumo
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ARYON DE ALMEIDA BARBOSA JR, NEWTON SALES GUIMARAES, IVONISE FOLLADOR, LEILA SANTOS SARNO, CONSTANÇA PITHON PEREIRA et al.
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São descritos dois casos de Hanseníase combinados com granuloma elastolítico de células gigantes. Embora uma ocorrência concomitante não possa ser excluída, uma possível relação patogenética entre as duas condições é postulada. É possível que um mecanismo imunológico desempenhe um papel no processo elastolítico, que poderia também ser causado por dano actínico na pele alterada pela Hanseníase.
Palavras-chave: GRANULOMA, HANSENÍASE
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Resumo
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IVONISE FOLLADOR, ACHILÉA CANDIDA LISBOA BITTENCOURT, ALDINA BARRAL, MARIA DA GLÓRIA ORGE, EDGAR CARVALHO et al.
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A leishmaniose tegumentar disseminada é forma pouco freqüente de leishmaniose tegumentar que difere das formas anérgica difusa e cutânea clássica. Caracteriza-se clinicamente pela presença de grande número de lesões papulosas e acneiformes, raramente com ulcerações e com freqüente comprometimento mucoso. O teste intradérmico é positivo, os títulos sorológicos, extremamente elevados, e o exame histopatológico constuma revelar granulomas e padrão folicular. A resposta linfoproliferativa constuma ser bastante variável, o que não justifica chamar de reação de hipersensibilidade ou "leishmanide" como era previamente conhecida no Velho Mundo. Os casos descritos nas Américas estão associados à _Leishmania amazonensise à Leishmania braziliensis_. Os autores relatam um caso dessa forma de leishmaniose, surgido no povoado rural de Canoa, Santo Amaro, Bahia, durante a vigência de um surto da doença, descrevendo as características clínico-laboratoriais do mesmo e comparando os dados com a literatura.
Palavras-chave: LEISHMANIOSE CUTÂNEA DISSEMINADA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Vanessa Lys Simas Yamakawa Boeira, Erica Sales Souza, Bruno de Oliveira Rocha, Pedro Dantas Oliveira, Maria de Fátima Santos Paim de Oliveira, Vitória Regina Pedreira de Almeida Rêgo, Ivonise Follador et al.
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A epidermólise bolhosa hereditária (EBH) compreende um grupo heterogêneo de desordens genéticas que têm em comum a fragilidade cutânea e, em alguns casos mucosa, predispondo ao desenvolvimento de bolhas e/ou erosões após fricção ou trauma mínimo. Crianças com história recorrente deste tipo de lesão ou neonatos que as apresentem na ausência de outra explicação plausível devem ser investigados. O diagnóstico deve se basear em achados clínicos e histopatológicos. Até o presente momento, o manejo da EBH consiste basicamente em evitar os
traumas desencadeadores das lesões, bem como evitar a infecção e facilitar a cicatrização das feridas com o uso sistemático de curativos.
Palavras-chave: EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Gleison Vieira Duarte, Maria de Fátima S. P. de Oliveira, Ivonise Follador, Thadeu Santo Silva, Edgar Marcelino de Carvalho Filho et al.
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Resumo
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José, Alexandre de Souza Sittart, Adilson da Costa, Fabiane Mulinari-Brenner, Ivonise Follador, Luna Azulay-Abulafia, Lia Cândida Miranda de Castro et al.
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FUNDAMENTOS: Os tratamentos habituais para a acne apresentam diferentes mecanismos de ação. Muitas vezes, o dermatologista busca combinar agentes a fim de obter melhores resultados.
OBJETIVO: Observar a eficácia, tolerabilidade e segurança na combinação tópica de adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% no tratamento da acne vulgar na população brasileira.
MÉTODOS: Trata-se de estudo multicêntrico, aberto e intervencionista. Os pacientes aplicaram 1,0 grama do gel contendo adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% na face, uma vez ao dia, no período da noite, durante 12 semanas. As lesões foram contadas em todas as visitas e avaliaram-se o grau da acne, a melhora global, a tolerância e a segurança a cada visita, sendo a última na semana 12.
RESULTADOS: Dos 79 pacientes recrutados, 73 concluíram o estudo. Houve redução significativa, rápida e progressiva na contagem de lesões não inflamatórias, inflamatórias e totais. Ao término do estudo, 75,3% dos pacientes tiveram redução de mais de 50% das lesões não inflamatórias, 69,9% das inflamatórias e 78,1% das lesões totais. Dos 73 pacientes, 71,2% apresentaram melhora boa a excelente e 87,6%, satisfatória a excelente. Na primeira semana de tratamento, eritema, ardor, descamação e ressecamento foram queixas frequentes, porém, a partir da segunda semana, estes sinais e sintomas diminuíram. Mais de 90% dos pacientes disseram sentir-se "nem um pouco ou pouco incomodados" com os efeitos colaterais.
CONCLUSÃO: A associação em gel de adapaleno 0,1% e peróxido de benzoíla 2,5% mostrou-se eficaz, segura, bem tolerada e parece permitir melhor adesão ao tratamento.
Palavras-chave: Acne vulgar; Dermatologia; Dermatopatias; Estudo multicêntrico; Peróxido de benzoil; Propionibacterium acnes; Quimioterapia combinada; Resultado de tratamento; Terapia combinada
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Laura Maria Andrade Silva, Bruno de Oliveira Rocha, Ana Cláudia Pinto Nobre, Vitória Regina Pedreira de Almeida Rêgo, Ivonise Follador, Maria de Fátima Santos Paim de Oliveira et al.
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Revisão
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Autor(es)
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Resumo
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Maria de Fátima Paim de Oliveira, Ivonise Follador, Bruno de Oliveira Rocha, Vitória Regina Rêgo
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Psoríase é uma doença sistêmica, crônica, imunologicamente mediada, com importante influência genética e ambiental, que afeta 1 à 3% da população mundial. Nos últimos anos, a relação da psoríase com diferentes comorbidades, em especial a síndrome metabólica, tornou-se extremamente relevante. A uveíte é caracterizada por um processo de inflamação intra-ocular resultante de várias causas. Considerando a psoríase e a uveíte como doenças imunologicamente mediadas, o presente trabalho visa avaliar a possível associação da psoríase e/ou artrite psoriática com a uveíte e seus subtipos. Poucos são os estudos que avaliam a associação de uveíte e psoríase sem comprometimento articular. Parece que a psoríase sem artropatia não seria um fator de risco para desenvolvimento de uveíte. A uveíte tende a desenvolver mais frequentemente em pacientes com artropatia ou psoríase pustulosa que em outras formas de psoríase. Avaliação oftalmológica deve ser feita periodicamente em pacientes com psoríase, proporcionando ao paciente um diagnóstico precoce da oftalmopatia e a instituição de tratamento adequado com anti-inflamatórios não hormonais ou drogas imunomoduladoras, no intuito de evitar a perda da visão nos pacientes com psoríase e uveíte.
Palavras-chave: ARTRITE PSORIÁSICA, PSORÍASE, UVEÍTE
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