Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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JANE TOMIMORI YAMASHITA, SOLANGE MIKI MAEDA, RENÉE JABUR, OSMAR ROTTA
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Os autores apresentam uma revisão dos novos métodos diagnósticos e suas perspectivas na investigação clínica da hanseníase. São abordados os métodos complementares atualmente utilizados na rotina da investigação: intradermorreação de Mitsuda, baciloscopia e histopatologia. Em seguida, são comentados novos métodos, como sorologia específica, detecção de antígenos em fluidos orgânicos, PCR (_polymerase chain reaction_ ou reação da polimerase em cadeia) e técnicas imuno-histoquímicas. Métodos complementares úteis na avaliação clínica do doente são também abordados, como ultra-sonografia dos nervos periféricos, eletromiografia e uso do estesiômetro (monofilamentos de Semmes-Weinstein).
Palavras-chave: DIAGNÓSTICO, HANSENÍASE
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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ANA MARIA IKEDA SEIXAS, TANIA A. SORIA-COSTALES, RENÉE JABUR, MILVIA MARIA SIMÕES E SILVA ENOKIHARA, NILCEO SCHWERY MICHALANY, SILMARA DA COSTA PEREIRA CESTARI, JANE TOMIMORI YAMASHITA et al.
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A síndrome de Chediak-Higashi (SCH) é distúrbio raro, de caráter autossômico recessivo, caracterizado por albinismo parcial e imunodeficiência celular com presença de grânulos gigantes nos leucócitos e outras células. Os autores apresentam um caso típico, com revisão da literatura sobre etiologia, patogenia, evolução, diagnóstico clinicolaboratorial, diagnóstico diferencial e tratamento.
Palavras-chave: SÍNDROME DE CHEDIAK-HIGASHI
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Resumo
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SILVIA KARIYA, RENÉE JABUR, SILMARA DA COSTA PEREIRA CESTARI, MILVIA MARIA SIMÕES E SILVA ENOKIHARA, NILCEO SCHWERY MICHALANY, JANE TOMIMORI YAMASHITA et al.
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A hiperqueratose epidermolítica é doença rara de herança autossômica dominante.
Caracteriza-se inicialmente pela presença de eritema generalizado, descamação ee bolhas, e posteriormente com a evolução, hiperqueratose. A histologia é característica, apresentando hiperqueratose associada à epidermólise no nível da camada granulosa e espinhosa, e á ultra-estrutura observa-se agrupamento de tonofilamentos densos. Os autores relatam um caso de hiperqueratose epidermolítica, com aspectos histológicos e ultra-estruturais típicos. De acordo com a revisão da literatura, algumas características em relação à classificação, manifestação clínica e ao diagnóstico diferencial são abordados.
Palavras-chave: DOENÇAS DO RECÉM NASCIDO, HIPERQUERATOSE EPIDERMOLÍTICA, ICTIOSE
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flavia Martelli-Marzagão, Alberto Shodi Yamashiro, Marilia Marufuji Ogawa, Gildo Francisco dos Santos Jr, Jane Tomimori, Adriana Maria Porro et al.
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Os pacientes receptores de transplante renal apresentam elevada prevalência de lesões cutâneas por HPV. Foram estudados 20 receptores de transplante renal com diagnóstico de verruga vulgar. A detecção do HPV foi realizada pela polimerização em cadeia (PCR) com os primers MY09/MY11 e RK91. A tipagem do HPV foi feita por meio da restrição enzimática e do sequenciamento automatizado. Identificamos a presença do HPV em 10 pacientes (50%) e os tipos identificados foram: HPV-2, 27, 29, 34 e 57
Palavras-chave: INFECÇÕES POR PAPILOMAVÍRUS, TRANSPLANTE DE RIM, VERRUGAS
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Clarissa Schmidt Rogel, Fabiana Covolo de Souza-Santana, Elaine Valim Camarinha Marcos, Marilia Marufuji Ogawa, Geovana Basso, Jane Tomimori et al.
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FUNDAMENTO: Receptores de transplante renal são submetidos à imunossupressão para evitar a rejeição do enxerto, o que os torna susceptíveis a diversas afecções. Além disso, esses indivíduos apresentam tumores malignos com maior frequência que a população geral, dentre eles o câncer de pele não melanoma. A base genética individual que atua na patogênese do câncer cutâneo pode apresentar-se como fator de proteção ou de susceptibilidade para desenvolvimento da doença. Um desses determinantes é o complexo HLA.
OBJETIVO: Investigar a associação de alelos HLA na ocorrência de câncer de pele não melanoma em receptores de transplante renal do estado de São Paulo.
MÉTODOS: Foram avaliados 213 pacientes (93 receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma e 120 receptores de transplante renal sem câncer de pele não melanoma) por estudo retrospectivo e transversal. Dados epidemiológicos e clínicos e tipificação HLA foram encontrados em bases de dados. Os alelos HLA classe I (A, B) e classe II (DR) foram comparados para estabelecer sua associação com o câncer de pele não melanoma.
RESULTADOS: Comparando-se os grupos de receptores de transplante renal com e sem câncer de pele não melanoma, o alelo HLA-B*13 foi associado a maior risco de desenvolver câncer de pele não melanoma enquanto os alelos B*45 e B*50 foram associados à proteção.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: os alelos HLA A, B e DR, que são identificados na rotina da doação de rim, utilizam técnicas de baixa e média resolução que não permitem a discriminação dos alelos específicos.
CONCLUSÃO: o envolvimento dos alelos HLA em câncer de pele não melanoma nos receptores de transplante renal foi confirmado neste estudo. Receptores de transplante renal com HLA-B*13 mostraram maior risco de desenvolver câncer de pele (OR=7,29) e devem ser monitorizados durante um longo período após o transplante.
Palavras-chave: Antígenos de histocompatibilidade; Neoplasias cutâneas; Transplante de rim
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Resumo
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Marilia Marufuji Ogawa, Mario Mariano, Maria Regina Regis Silva, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Nilceo Schwery Michalany, Angela Satie Nishikaku, Agenor Messias Silvestre, Jane Tomimori et al.
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FUNDAMENTOS: As doenças causadas por fungos melanizados incluem micetoma, cromoblastomicose e feoifomicose. Este amplo espectro clínico depende das interações dinâmicas entre o agente etiológico e o hospedeiro. O estado imunológico do hospedeiro influencia o desenvolvimento da doença, uma vez que a feoifomicose é mais frequentemente observada em pacientes imunocomprometidos.
OBJETIVOS: Examinar a resposta inflamatória histológica induzida por Fonsecaea pedrosoi em várias linhagens de camundongos (BALB/c, C57BL/6, Nude e SCID, e Nude reconstituído).
MÉTODOS: Fonsecaea pedrosoi foi cultivado em gel de ágar e um fragmento deste gel foi implantado no subcutâneo da região abdominal de camundongos fêmeas adultas. Uma vez infectados, fragmentos de tecido da região da inoculação foram avaliados histopatologicamente.
RESULTADOS: Houve alterações significativas entre as linhagens, com a lesão nodular mais persistente em camundongos Nude e SCID, enquanto em camundongos imunocompetentes, a lesão evoluiu para ulceração e cicatrização. A análise histopatológica mostrou reação inflamatória aguda significativa, consistindo principalmente de neutrófilos na fase inicial, seguida por granuloma de tipo tuberculoide em camundongos imunocompetentes.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Não existir modelo animal adequado de cromoblastomicose.
CONCLUSÕES: A infiltração neutrofílica teve papel importante na contenção da infecção para evitar a propagação fúngica, inclusive em camundongos imunodeficientes. A eliminação fúngica foi dependente dos linfócitos T. A reexposição de camundongos C57BL/6 a F. pedrosoi causou atraso na resolução da infecção e o aparecimento de células muriformes, que talvez indiquem que a reexposição a fungos pode levar à cronicidade da infecção.
Palavras-chave: Cromoblastomicose; Dermatomicoses; Feoifomicose; Imunossupressão; Modelos animais
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Resumo
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Maria Augusta Jorge, Heron Fernando de Sousa Gonzaga, Jane Tomimori, Bruna Lavinas Sayed Picciani, Calógeras Antônio Barbosa et al.
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FUNDAMENTOS: Uma condição oral associada à psoríase é a língua geográfica. A revisão da literatura não mostrou nenhuma publicação sobre a herdabilidade da psoríase e língua geográfica e prevalência da psoríase na população brasileira.
OBJETIVO: Este estudo foi realizado para determinar a prevalência da psoríase e língua geográfica na população brasileira a partir de uma amostra brasileira, bem como a herdabilidade dessas condições.
MÉTODOS: Foram estudados 6.000 pacientes a partir dos prontuários de um ambulatório dermatológico. A amostra foi constituída por 129 indivíduos com psoríase cutânea, 399 com língua geográfica sem psoríase e um grupo controle de 5.472. Após a coleta dos dados, realizou-se análise estatística utilizando-se os testes de Woolf, Qui-quadrado e Falconer.
RESULTADOS: A partir dos resultados observados, chegou-se a algumas constatações. A prevalência da psoríase foi de 2,15%; e da língua geográfica foi de 7,0%. A prevalência da língua geográfica no grupo de psoríase estava aumentada (16,3%), que era estatisticamente significativo. A história familiar mostra, no grupo portador de psoríase, 38% para a doença e 2,75% para língua geográfica, e, no grupo portador de língua geográfica, 17,54% para a doença e 1,5% para psoríase. O estudo da herdabilidade foi de 38,8% para psoríase e de 36,6% para língua geográfica, ambas com herdabilidade média.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo realizado apenas no Estado de São Paulo.
CONCLUSÕES: Este é o primeiro estudo que quantifica quanto da determinação dessas doenças tem uma base genética e quanto os fatores ambientais são importantes para o desencadeamento das manifestações.
Palavras-chave: Genética; Glossite migratória benigna; Psoríase; Prevalência
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Resumo
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Flávia Regina Ferreira, Marilia Marufuji Ogawa, Luiz Fernando Costa Nascimento, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: O câncer de pele não melanoma é a forma mais comum de câncer em humanos e constitui a afecção maligna que mais cresce entre os receptores de transplante renal.
OBJETIVO: Caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma atendida num centro de referência em transplantes.
MÉTODOS: Estudo transversal e descritivo com receptores de transplante renal apresentando câncer de pele não melanoma atendidos num centro de referência em transplantes entre 01/08/2004 e 31/08/2009. As variáveis estudadas foram: gênero, idade, fototipo, exposição solar ocupacional e recreacional, proteção solar, histórico pessoal e familiar de câncer de pele não melanoma, tipo clínico e localização, tempo entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma, ocorrência de verruga viral, tempo do transplante, tipo de doador, causa da perda renal, transplantes anteriores, comorbidades, diálise pré-transplante, tipo e tempo de diálise.
RESULTADOS: Foram incluídos 64 indivíduos. Homens - 71,9%; fototipos baixos (até III de Fitzpatrick) - 89,0%; idade média - 57,0 anos - e idade média no momento do transplante - 47,3 anos; exposição solar ocupacional - 67,2% - e recreacional - 64,1%; fotoproteção - 78,2% (porém de forma regular em 34,4%); carcinoma espinocelular - 67,2%; relação carcinoma espinocelular/carcinoma basocelular - 2:1; histórico de câncer de pele não melanoma pessoal - 25,0% - e familiar - 10,9%; área fotoexposta - 98,4%; tempo médio de latência entre o transplante e o primeiro câncer de pele não melanoma - 78,3 meses; verruga viral (HPV) após o transplante - 53,1%; tempo médio de transplante - 115,5 meses; doador vivo - 64,1%; esquema tríplice (antirrejeição) - 73,2%; comorbidades - 92,2%; diálise pré-transplante - 98,4%; hemodiálise - 71,7%; tempo médio de diálise - 39,1 meses; transplantes anteriores - 3,1%; hipertensão como causa da perda renal - 46,9%.
CONCLUSÃO: Este estudo permitiu caracterizar epidemiologicamente a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Epidemiologia; Neoplasia de células basais; Neoplasias de células escamosas; Neoplasias cutâneas; Transplantes
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Resumo
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Cristhine de Souza Leão Kamamoto, Karime Marques Hassun, Ediléia Bagatin, Jane Tomimori
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FUNDAMENTOS: Muitos estudos sobre o impacto psicossocial da acne surgiram na literatura médica estrangeira, evidenciando a qualidade de vida como desfecho clínico relevante. Sabe-se que a opinião do paciente sobre sua doença pode diferir da avaliação médica. Assim, a utilização de instrumentos validados que tornem a visão subjetiva em dado objetivo tem sua importância justificada.
OBJETIVOS: Traduzir o Acne-Specific Quality of Life Questionnaire para o português do Brasil, realizar sua adaptação cultural e verificar sua confiabilidade e validade.
MÉTODOS: Propriedades de medidas foram verificadas: 1) validade - comparação entre a gravidade da acne e os escores do Acne-QoL, além de correlação entre a duração da acne e o Acne-QoL e entre os escores dos domínios do Acne-QoL e os componentes do SF-36; 2) consistência interna - coeficiente alfa de Cronbach; 3) reprodutibilidade teste-reteste - coeficiente de correlação intraclasse e teste de Wilcoxon.
RESULTADOS: Oitenta indivíduos com idade média de 20,5 ± 4,8 anos e acne facial classificada quanto à gravidade em leve (33,8%), moderada (36,2%) e grave (30%) foram estudados. Os escores dos domínios do Acne-QoL foram semelhantes entre as categorias de gravidade da acne, exceto aqueles do domínio aspecto social. Os indivíduos com menor duração apresentaram escores maiores. Os domínios do Acne-QoL demonstraram correlação significante entre si e com os componentes aspecto social e saúde mental do SF-36. A consistência interna (0,925-0,952) e a reprodutibilidade teste-reteste (0,768-0,836) foram consideradas aceitáveis.
CONCLUSÃO: A versão em português do Acne-QoL é um instrumento de avaliação de qualidade de vida com confiabilidade e validade adequadas para estudos sobre acne facial.
Palavras-chave: Acne vulgar; Indicadores de qualidade de vida; Qualidade da assistência à saúde; Qualidade de vida
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria das Graças Pereira Leto, Gildo Francisco dos Santos Júnior, Adriana Maria Porro, Jane Tomimori
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O papilomavírus humano (HPV) é um vírus DNA que apresenta tropismo por células epiteliais, causando infecções na pele e nas mucosas. A replicação do HPV ocorre no núcleo das células escamosas e o seu ciclo de vida é diretamente relacionado ao programa de diferenciação da célula hospedeira. Até o momento, foram completamente caracterizados cerca de 100 tipos diferentes de HPVs e há um grande número adicional de tipos ainda não sequenciados. Além de ser o responsável por lesões benignas de pele e mucosas, o HPV também está envolvido no desenvolvimento de diversos tumores cutaneomucosos: doença de Bowen, cânceres de pele não melanoma e carcinomas genitais. Esta revisão aborda as características do HPV, quadros cutâneos e mucosos benignos e malignos causados por ele e os principais métodos empregados em sua detecção e tipagem.
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