Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Hélio Amante Miot
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Queratoses actínicas são neoplasias benignas intraepiteliais formadas por proliferações atípicas de queratinócitos com potencial de transformação em carcinoma espinocelular. Desenvolvem-se em áreas fotoexpostas da pele, são induzidas principalmente pela radiação ultravioleta e constituem marcadores de exposição solar crônica. Acometem indivíduos adultos e idosos, de fototipos claros, representando o quarto diagnóstico dermatológico mais comum no Brasil. Danos nas vias de apoptose do epitélio fotoexposto favorecem a proliferação celular e manutenção das lesões. Nesta revisão os autores reúnem os principais dados epidemiológicos
sobre a doença e defendem que estratégias de identificação de fenótipos de risco, diagnóstico precoce, tratamento
adequado, seguimento clínico, incentivo ao autoexame da pele, fotoeducação e fotoproteção devem ser promovidas, a fim de evitar a evolução das lesões, e também prevenir e diagnosticar neoplasias concomitantes também induzidas pela radiação solar.
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Carta / Investigação
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Autor(es)
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Luiza Boava Souza, Gabriel Peres, Juliano Vilaverde Schmitt
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Carta de Pesquisa
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Autor(es)
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Priscilla Pereira Luvizotto, Juliano Vilaverde Schmitt
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Comunicação
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Autor(es)
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Resumo
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Manuela Ferrasso Zuchi, Paula de Oliveira Azevedo, Anber Ancel Tanaka Juliano Vilaverde Schmitt, Luis Eduardo Agner Machado Martins
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Estudos têm demonstrado relação entre os níveis de vitamina D e a psoríase. Comparamos os níveis séricos de vitamina D de 20 portadores de psoríase e 20 controles. O nível mediano de vitamina D foi de 22,80 ± 4,60 ng/ml. A mediana encontrada nos casos foi de 23,55 ± 7,6 ng/ml e, nos controles, de 22,35 ± 3,10 ng/ml (P = 0,73). Apenas dois casos e quatro controles apresentavam níveis suficientes de vitamina D, mas não houve significância estatística entre os grupos (P = 0,608). Os níveis de vitamina D foram menores nas mulheres com psoríase em comparação com os portadores homens (20,85 ± 6,70 ng/ml versus 25,35 ± 2,90 ng/ml; P = 0,03). Esse fato não foi observado entre os controles.
Palavras-chave: Deficiência de vitamina D; Psoríase; Vitamina D
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Hélio Amante Miot
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Este estudo investigou a distribuição geográfica de dermatologistas nas cidades brasileiras considerando-se população, regiões do País e índice de desenvolvimento humano. Realizou-se estudo ecológico tomandose por base o censo-2010, o índice de desenvolvimento humano-2010 e os dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Avaliaram-se 5.565 municípios brasileiros e 6.718 especialistas. Apenas 504 (9,1%) cidades contavam com dermatologistas, abrangendo 56,2% da população brasileira. A menor população e o índice de desenvolvimento humano que melhor discriminaram municípios sem dermatologistas foram 28.000 e 0,71, respectivamente. A densidade populacional média dos dermatologistas foi de 1/23.000 habitantes. A variação associou-se de forma independente à região do Brasil, ao índice de desenvolvimento humano e à população dos municípios.
Palavras-chave: Dermatologia; Desenvolvimento humano; Indicadores sociais
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Resumo
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Giulio Cesar Gequelim, Cynthia Yone Kubota, Sarah Sanches, Daniela Dranka, Marcelo Murilo Mejia, Fernando Mitsuo Sumiya, Juliano Vilaverde Schmitt et al.
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A síndrome das unhas frágeis caracteriza-se por fragilidade da lâmina ungueal, acometendo 27% das mulheres. Realizamos estudo transversal com pacientes dermatológicas sobre a percepção de fragilidade ungueal. Avaliamos 138 pacientes com idade mediana de 36,5 anos. Ao exame, 57% apresentavam alterações e 49% relatavam fragilidade ungueal. Os três primeiros dedos das mãos foram os mais acometidos. A onicosquizia associou-se com onicofagia (OR = 3,29), trabalhos domésticos (OR = 2,95) e contato com água (OR = 2,44). A onicorrexe teve a mais forte associação com a percepção de fragilidade ungueal (OR = 17,89). A fragilidade foi mais percebida em negras, pardas e atópicas e associou-se com humor depressivo.
Palavras-chave: Asma; Depressão; Distribuição por raça ou etnia; Doenças da unha; Fatores de risco
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Giovana Bombonatto, Stella Maris Trierweiler, Andrea Buosi Fabri
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Estudo retrospectivo avaliando alterações laboratoriais hepáticas e potenciais interações medicamentosas em pacientes tratados para onicomicose. Foram avaliados 202 pacientes, sendo 82% do sexo feminino. Em 273 exames de enzimas hepáticas, houve alterações em apenas 6%. Potenciais interações medicamentosas foram identificadas em 28% dos pacientes para imidazólicos e 14% para terbinafina. O risco de interações potenciais aumentou com a idade do paciente e o uso de múltiplas medicações.
Palavras-chave: FLUCONAZOL, HEPATOPATIAS, INTERAÇÕES DE MEDICAMENTOS
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Mariana Tavares, Felipe Bochnia Cerci
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A isotretinoína apresenta restrições relacionadas a efeitos no perfil lipídico. Revisaram-se 90 pacientes tratados, em busca de fatores predisponentes a essas alterações. Houve elevação significativa do colesterol e triglicerídeos. Os pacientes em que estes últimos mostraram essa alteração foram, em sua maioria, do sexo feminino, predileção que não ocorria com as alterações iniciais. Mulheres com acne persistente talvez representem população de risco para tais efeitos colaterais.
Palavras-chave: ACNE VULGAR, HIPERLIPIDEMIAS, ISOTRETINOÍNA, MULHERES, RETINOIDES
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Valquíria Pessoa Chinem, Mariângela Esther Alencar Marques, Hélio Amante Miot
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A incidência do carcinoma basocelular vem aumentando em todos os países. Realizou-se estudo ecológico de 5169 laudos de carcinoma basocelular, da FMB-Unesp, entre janeiro/1999 e dezembro/2009. O incremento médio da incidência para o período foi de 90,6%, projetando-se um diagnóstico para cada 15 pacientes encaminhados à dermatologia. Tal tendência se manteve, mesmo quando indexada pelo número de laudos histopatológicos, movimento hospitalar, atendimentos da dermatologia e população de Botucatu.
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paola Jung Mendaçolli, Gabrielli Brianezi, Juliano Vilaverde Schmitt, Mariângela Esther Alencar Marques, Hélio Amante Miot et al.
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Subtipos histológicos do carcinoma basocelular apresentam comportamentos, biológico e evolutivo, e prognósticos distintos. A análise de características dos núcleos pode fornecer dados sobre sua fisiologia celular e seu comportamento. Neste estudo, os autores avaliaram parâmetros morfológicos nucleares e padrões texturais da cromatina de diferentes subtipos de carcinoma basocelular: nodular (n=37), superficial (n=28) e esclerodermiforme (n=28). As variáveis foram comparadas entre os subtipos de neoplasia e com o epitélio basal normal adjacente. Área e diâmetro nucleares das neoplasias esclerodermiformes foram maiores que os demais subtipos. A intensidade de coloração e a dimensão fractal da cromatina foram menores nas formas superficiais. Circularidade nuclear e entropia da cromatina foram menores no epitélio normal do que nas neoplasias. Houve correlação significativa entre variáveis morfométricas e texturais da pele normal e das neoplasias. Elementos morfométricos e de homogeneidade textural da cromatina de carcinomas basocelulares podem estar relacionados a características de comportamentos biológico e evolutivo ligados a cada histotipo.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Cromatina; Cariometria; Processamento de imagem assistida por computador; Prognóstico
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Anna Carolina Miola, Mariana Anteghini Castilho, Juliano Vilaverde Schmitt, Mariangela Esther Alencar Marques, Helio Amante Miot et al.
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FUNDAMENTOS: Campo de cancerização cutâneo (CCC) é uma área cutânea com alterações subclínicas decorrentes da exposição solar crônica, com maior predisposição a desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas. Até o momento, não há parâmetros objetivos bem definidos que possam indicar seu grau de atividade.
OBJETIVOS: Descrever e comparar aspectos morfométricos e expressão de fatores ligados à apoptose e à proliferação celular em queratoses actínicas (QA), epiderme fotoexposta e fotoprotegida.
MÉTODOS: Estudo transversal, com pacientes portadores de queratose actínica nos membros superiores, biopsiados em dois pontos: queratose actínica e região axilar. As biópsias de Q queratose actínica A, área perilesional e axila foram avaliadas por meio de KIN (keratinocyte intraepithelial neoplasia), imuno-histoquímica de p53, survivina e Ki67. Foi feita morfometria nuclear das células da camada basal por meio de análise de imagem digital: entropia, área, perímetro, Ra, dimensão fractal, circularidade, intensidade de cor e maior diâmetro.
RESULTADOS: Foram incluídos 13 pacientes e amostradas 38 queratoses actínicas. Na morfometria, foram analisados 1.039 núcleos, dos quais 228 representavam pele íntegra axilar, 396 das queratose actínica e 415 da área perilesional à queratose actínica. Houve diferença significativa (p < 0,05) em todas as variáveis testadas para as topografias avaliadas. Identificaram-se correlação significativa entre os elementos morfométricos nucelares, KIN, marcadores de proliferação e apoptose. Padrões conjuntos de p53, Ki67 e KIN discriminaram as topografias amostradas.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo transversal, com pequeno número de pacientes.
CONCLUSÕES Há padrões de proliferação, resistência à apoptose e morfométricos celulares diferentes entre pele fotoprotegida e pele fotoexposta. A expressão conjunta de p53, Ki67 e o KIN pode caracterizar a atividade do campo de cancerização cutâneo.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Ceratose actínica; Neoplasias cutâneas.
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Resumo
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Isabel Greco Tavora, Gabriela Cabral Bissoli, Hélio Amante Miot, Juliano Vilaverde Schmitt
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FUNDAMENTOS: Hidradenite supurativa é doença autoinflamatória complexa, pouco frequente, que impacta significativamente a qualidade de vida. Sua patogênese não é completamente esclarecida, o que limita o desenvolvimento de tratamentos curativos.
OBJETIVOS: Avaliar aspectos clínicos e de qualidade de vida de portadores de hidradenite supurativa, oriundos de um grupo social na internet.
MÉTODOS: Estudo transversal tipo inquérito, baseado na internet, entre participantes de um grupo de discussão (facebook) composto por indivíduos com hidradenite supurativa. Os portadores da doença foram convidados a responder a questionário acerca de aspectos clínico-demográficos e qualidade de vida (DLQI-BRA).
RESULTADOS: Um total de 390 indivíduos concordou em participar do estudo, sendo 82% do sexo feminino, idade mediana (p25-p75) de 31 (25-37) anos, surgimento da doença aos 15 (13-23) anos, familiar afetado em 20% dos casos, sobrepeso (IMC 29 [25-33])kg/m2 e grave impacto na qualidade de vida (DLQI 20 [13-25]). Quanto à classificação de Hurley, os participantes forneceram informações que permitiram categorizá-los como: I (19%), II (52%) e III (29%). Casos mais graves associaram-se ao sexo masculino (OR=1,69), maior peso corporal (IMC: OR=1,03) cor não branca (OR=1,43) e maior frequência de outras doenças autoinflamatórias (OR=1,37).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Pesquisa de adesão voluntária, com autopreenchimento do questionário por 390 entre cerca de 1.600 membros do grupo.
CONCLUSÕES: Portadores de hidradenite supurativa que participam de grupo em rede social apresentaram início da doença após a puberdade, com predominância do sexo feminino, sobrepeso e grave impacto na qualidade de vida.
Palavras-chave: Coleta de dados; Hidradenite supurativa; Internet; Qualidade de vida
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Resumo
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Thweicyka Pinheiro Wakiyama, Maria Laura Marconi França, Larissa Pierri Carvalho, Mariangela Esther Alencar Marques, Hélio Amante Miot, Juliano Vilaverde Schmitt et al.
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FUNDAMENTOS: Carcinoma basocelular é a neoplasia maligna mais frequentemente diagnosticada na Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Pouco se conhece a respeito do perfil das lesões destes pacientes em comparação ao perfil das lesões diagnosticadas pelas vias convencionais de atendimento dermatológico público.
OBJETIVOS: Identificar se carcinomas basocelulares provenientes das campanhas de prevenção são menores que os demais operados no mesmo serviço.
MÉTODOS: Estudo transversal incluindo as campanhas de 2011 a 2014 e 84 laudos anatomopatológicos de pacientes ambulatoriais.
RESULTADOS: Identificaram-se nas campanhas 223 indivíduos com lesões suspeitas dentre 2.531 avaliações (9%), sendo operados 116 carcinomas basocelulares. Ao exame anatomopatológico, as lesões primárias provenientes da campanha nacional foram menores que aquelas encaminhadas pelas vias públicas convencionais (28[13-50] x 38[20-113]mm2; p<0,01). Por outro lado, após seguimento médio de 15,6±10,3 meses, 31% dos casos provenientes das campanhas apresentaram novas lesões de carcinoma basocelular.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo retrospectivo e imprecisões nas medidas das lesões.
CONCLUSÕES: A campanha de prevenção promove o tratamento mais precoce dos carcinomas basocelulares em relação aos pacientes provenientes das vias públicas convencionais de encaminhamento, podendo repercutir em menor morbidade e melhor prognóstico.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Diagnóstico precoce; Prevenção secundária
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Resumo
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Luiz Eduardo Fabricio de Melo Garbers, Helena Slongo, Lincoln Helder Zambaldi Fabricio, Juliano Vilaverde Schmitt, Aguinaldo Bonalumi Filho et al.
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FUNDAMENTOS: Psoríase é uma doença inflamatória crônica que cursa frequentemente com alterações nas unhas. Suspeita-se de que haja correlação entre psoríase ungueal e entesite da articulação interfalangeana distal, parecendo o envolvimento ungueal servir de preditor para a artrite psoriática.
OBJETIVOS: Analisar o perfil do paciente com psoríase ungueal e correlacionar a presença da alteração ungueal a artrite psoriática, qualidade de vida, extensão da psoríase e análise histopatológica ungueal.
MÉTODOS: Estudo transversal observacional com 40 pacientes diagnosticados com psoríase e sem tratamento sistêmico. Foi pesquisado o perfil do paciente, incluindo sua qualidade de vida, e o mesmo foi avaliado quanto à presença de artrite psoriática. Foram avaliadas a gravidade da psoríase cutânea e a presença de lesões ungueais. Fragmentos das unhas foram coletados e analisados através do clipping.
RESULTADOS: Dos 40 pacientes, 65% foram diagnosticados com psoríase ungueal. Achados sugestivos de artrite
psoriática nas mãos estiveram presentes em 33%, sendo mais frequentes naqueles com alteração ungueal (p=0,01).
Em 92,3% dos pacientes diagnosticados com artrite psoriática nas mãos existia alguma lesão ungueal. As lesões mais encontradas foram pitting e onicólise. Obtiveram-se 100% de positividade para psoríase no exame histopatológico da lâmina ungueal.
CONCLUSÕES: Pacientes com psoríase ungueal são geralmente homens, com pior qualidade de vida e mais chance de artrite psoriática. A correlação entre o acometimento ungueal da psoríase e a artrite psoriática nas mãos confirma a associação entre essas duas formas. Não houve relação da psoríase ungueal com a gravidade da psoríase, somente com pior qualidade de vida. O diagnóstico clínico de psoríase ungueal não se relacionou ao diagnóstico histológico.
Palavras-chave: Artrite psoriásica; Doenças da unha; Indicadores de qualidade de vida; Psoríase; Qualidade de vida
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Brunno Zeni de Lima, Monique Carolina Meira do Rosário de Souza, Hélio Amante Miot
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FUNDAMENTOS: A acne vulgar tem predisposição genética importante, assim como a queratose pilar. Observações clínicas sugerem que os pacientes com queratose pilar têm acne menos frequente e menos grave, porém não encontramos estudos a esse respeito.
OBJETIVO: Determinar se a presença de queratose pilar está associada à menor prevalência e gravidade da acne.
MÉTODOS: Estudo transversal foi realizado com pacientes dermatológicos com idade entre 14 e 35 anos. Avaliamos a história clínica, o grau da acne, as variáveis demográficas, os antecedentes atópicos, o tabagismo e o uso de contraceptivos hormonais. Dois grupos foram definidos pela presença ou ausência de queratose pilar moderada a intensa nos braços e comparados bivariadamente e por regressão logística múltipla.
RESULTADOS: Incluímos 158 pacientes (66% de mulheres) com idade mediana de 23 ± 11; 26% apresentavam queratose pilar, a qual esteve associada com histórico de atopia (OR = 2,80 [1,36 a 5,75]; p < 0,01). Acne esteve presente em 66%, havendo associação com história familiar de acne (OR = 5,75 [2,47 a 13,37]; p < 0,01). Em análise bivariada e multivariada, o grupo com queratose pilar teve histórico menos frequente de acne (OR = 0,32 [0,14 a 0,70]; p < 0,01).
CONCLUSÃO: A presença de queratose pilar moderada a intensa nos braços esteve associada a menor prevalência de acne vulgar e menor gravidade das lesões faciais em adolescentes e adultos jovens.
Palavras-chave: Acne vulgar; Ceratose; Cromossomos humanos par 18; Fatores de risco
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Camila Ferrari Ribeiro, Fernanda Homem de Mello de Souza, Elisa Beatriz Dalledone Siqueira, Fernanda Regina Lemos Bebber et al.
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Fundamentos: Queda de cabelos é queixa frequente entre mulheres, podendo estar relacionada a comprometimento psicológico. OBJETIVOS: Investigar a prevalência da queixa de queda capilar em pacientes dermatológicas e sua associação com sintomas depressivos. MÉTODOS: Estudo transversal com pacientes femininas, ambulatoriais, maiores de 20 anos de idade, sem doenças capilares. Foram questionadas quanto à presença de queda de cabelos e avaliadas quanto à presença de sintomas depressivos. Também analisaram-se: idade, diagnóstico dermatológico, comorbidades, medicações, história familiar de alopecia, comprimento capilar, número de fios obtidos à tração e presença de rarefação capilar ou dermatite seborreica. Os dados foram comparados bivariadamente e por regressão logística múltipla entre os grupos com e sem queixa de queda capilar. RESULTADOS: Das 157 mulheres entrevistadas, 54% referiam queda capilar e 29%, ao menos dois sintomas depressivos fundamentais. A idade mediana foi 51+20 anos. A queixa de queda capilar esteve associada à presença de sintomas depressivos, mesmo quando ajustada pelas demais covariáveis (p = 0,02; OR = 2,79 [IC 95%: 1,18-6,61]). Pacientes com e sem queixa também diferiram, significativamente, quanto à idade (p = 0,03), à história familiar de alopecia (p < 0,01), ao comprimento capilar (p = 0,01), ao número de fios obtidos à tração (p = 0,02), à rarefação capilar (p < 0,01), à dermatite seborreica (p < 0,01) e a problemas de relacionamento pessoal (p = 0,04). DISCUSSÃO: Alterações capilares configuram tema de frequente interesse nessa população. A significativa associação dessa queixa com sintomas depressivos indica relação entre a percepção da saúde capilar e o bem-estar psicológico das mulheres avaliadas. Conclusão: A queixa de queda capilar foi frequente e esteve associada a maior prevalência de sintomas depressivos entre as pacientes adultas de ambulatório dermatológico público.
Palavras-chave: ALOPECIA
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Resumo
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Camila Ferrari Ribeiro, Fernanda Homem de Mello de Souza, Juliana Merheb Jordão, Letícia Cortes Haendchen, Lismary Mesquita, Juliano Vilaverde Schmitt, Luciana Lisboa Faucz et al.
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FUNDAMENTOS: Queilite actínica, afecção causada por exposição solar crônica e tabagismo, é considerada lesão pré-maligna com possibilidade de transformação para carcinoma espinocelular. Alguns tratamentos descritos são invasivos, têm resultados inestéticos e requerem múltiplas aplicações. BJETIVO: Verificar o uso de tratamento efetivo com resultado esteticamente aceitável. MÉTODOS: Ensaio clínico não controlado, utilizando terapia fotodinâmica com cloridrato de aminolevulinato de metila creme 16%, única aplicação, na queilite actínica de lábio inferior. Aplicação de questionário padronizado para avaliar melhora clínica da lesão subjetiva do paciente e satisfação com tratamento. Avaliação anatomopatológica antes da aplicação e dois meses após. RESULTADOS: Amostra compreendeu 19 pacientes (10 homens e 9 mulheres), fototipos I a III, idade média 62 anos. Principais efeitos adversos: dor imediata, crostas, herpes labial e edema. Escore médio de dor referida durante o procedimento foi 5,8±2,9. Na avaliação final, os pacientes referiram melhora de 80% das lesões e apresentaram mediana de 85% de satisfação (p < 0,01). Análise anatomopatológica mostrou diminuição significativa de displasia (p=0,03), apesar da persistência em 84% dos casos. Não houve correlação significativa da redução no grau de displasia com impressão subjetiva de melhora clínica (p=0,82) ou com satisfação final do paciente (p=0,96). CONCLUSÃO: TFD é efetiva no tratamento da queilite actínica, porém associada a grau significativo de dor. Devido à persistência de displasia, mais estudos são necessários para definir o número ideal de aplicações para tratamento efetivo destas lesões.
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Resumo
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Cláudia Fernanda Dias Souza, Emanuela Plech Thomé, Paula Fatuch Menegotto, Juliano Vilaverde Schmitt, José Roberto Toshio Shibue, Roberto Gomes Tarlé et al.
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FUNDAMENTOS: O carcinoma basocelular corresponde a 75% dos tumores cutâneos. A exposição solar e a genética estão relacionadas à sua etiologia. Espera-se que diferenças comportamentais e biológicas proporcionem padrões diferenciados de acometimento entre os sexos.
OBJETIVOS: Avaliar a topografia das lesões e suas correlações com gênero, idade e tipo histológico.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo de pacientes tratados por carcinoma basocelular entre 1999 e 2008 no ambulatório de câncer da pele da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Avaliamos sexo, idade, localização, tipo histológico, situação das margens, histórico de fotoexposição e antecedentes familiares de câncer cutâneo.
RESULTADOS: Contabilizamos 1.042 lesões em 545 pacientes (61% mulheres), sendo mais numerosas nos homens (p < 0,01). As idades variaram entre 27 e 95 anos (mediana = 65). Os homens apresentavam mais fotoexposição (p < 0,01). As lesões extracefálicas foram mais frequentes recentemente (p < 0,01). O comprometimento de margens foi maior na cabeça (p < 0,01). O tipo superficial foi menos frequente na cabeça (p < 0,01) e se associou a idades menores nas mulheres (p < 0,01). A cabeça abrigou 74% das lesões, e as pernas, 2%. As mulheres apresentaram predileção para pernas, nariz e lábio superior e os homens para tronco, orelhas e couro cabeludo (p < 0,05). As cirurgias no epicanto medial e couro cabeludo ocorreram em idades menores (p < 0,01).
CONCLUSÕES: Identificamos associação significativa entre a topografia das lesões, o gênero, a idade e o tipo histológico, demonstrando a possível diversidade fisiopatológica e de atuação dos fatores de risco. No período estudado não verificamos tendência de aumento na proporção de jovens e mulheres entre os pacientes.
Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, DISTRIBUIÇÃO POR IDADE, DISTRIBUIÇÃO POR SEXO, PATOLOGIA, TOPOGRAFIA
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Resumo
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Juliano Vilaverde Schmitt, Paula Yoshiko Masuda, Hélio Amante Miot
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FUNDAMENTOS: Acne é dermatose comum que acomete ambos os gêneros e todas as faixas etárias. Mulheres apresentam diferentes padrões clínicos da doença, além de frequente persistência da acne após a adolescência.
OBJETIVO: Analisar características clínicas e epidemiológicas associadas às diferentes faixas etárias acometidas por acne feminina.
MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo mulheres com diagnóstico de acne, atendidas em ambulatório de dermatologia geral. Variáveis relacionadas à doença e às pacientes foram avaliadas com o emprego de questionário padronizado.
RESULTADOS: Avaliaram-se 103 pacientes, cuja idade média na época da consulta foi 21,7 ± 7,3 anos. Definiram-se dois subgrupos com idade de corte de 21 anos e idades médias de 15,8 ± 2,3 e 28,0 ± 5,1 anos. Houve correlação entre a duração do quadro e a idade das pacientes na consulta (R = 0,7). Observaram-se diferenças entre os grupos nas frequências de uso de contraceptivo oral combinado (OR = 48,1), lesões no colo (OR = 11,6), lesões no dorso (OR = 0,2), predominância na topografia superior da face (OR = 0,1) e idade de início das lesões (OR = 1,8). No grupo de mulheres adultas, 80% relataram início do quadro antes dos 20 anos.
CONCLUSÕES: Identificaram-se padrões clínicos cronológicos e topográficos que caracterizaram a acne feminina em diferentes faixas etárias, alertando para a importância da abordagem diagnóstica e terapêutica individualizada.
Palavras-chave: ACNE VULGAR, DERMATOLOGIA, ESTUDOS TRANSVERSAIS, HIPERANDROGENISMO
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ludimila Oliveira Resende, Marilia Formentini Scotton Jorge, Juliano Vilaverde Schmitt
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Hiperzinquemia e hipercalprotectinemia são doenças inflamatórias raras causadas por mutação no gene PSTPIP1, com desregulação no metabolismo da calprotectina, que é uma proteína quelante de zinco com propriedades antimicrobianas e pró-inflamatórias. Reportamos o caso de uma mulher de 20 anos com úlceras cutâneas persistentes, compatíveis com pioderma gangrenoso, déficit de crescimento e anemia crônica, que levaram ao diagnóstico de hiperzinquemia e hipercalprotectinemia. Sugere-se a dosagem de zinco e calprotectina em casos compatíveis.
Palavras-chave: Artrite; Inflamação; Manifestações cutâneas; Zinco.
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Resumo
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Marilia Formentini Scotton Jorge, Lívia Maria Zanardi Miguel, Cíntia Santos Braghiroli, Juliano Vilaverde Schmitt
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Pustulose amicrobiana das dobras é uma dermatose neutrofílica crônica, recidivante e incomum que apresenta pústulas estéreis comprometendo dobras cutâneas, couro cabeludo, face e regiões periorificiais. Afeta predominantemente mulheres. Demodecidose é uma doença inflamatória associada à superpopulação cutânea do ácaro Demodex spp., de patogênese não bem estabelecida, frequentemente associada a imunossupressão local. Relata-se caso de mulher jovem com pustulose amicrobiana das dobras que teve boa resposta ao tratamento com corticosteroide, excetuando-se lesões faciais que evoluíram com piora progressiva. Após o diagnóstico da demodecidose, houve regressão completa das lesões faciais com ivermectina e doxiciclina. O caso alerta sobre uma dermatose pouco diagnosticada e estigmatizante, frequentemente associada a dermatoses subjacentes ou tratamentos inadvertidos na face.
Palavras-chave: Doenças autoimunes; Hospedeiro imunocomprometido; Imunossupressão; Infestações por ácaros; Lúpus eritematoso sistêmico
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