Resumo
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Luiz Henrique Locks Corrêa, Cristiane Perini Popoaski, Geisiane Custódio, Carlos Otávio Gonçalves, Fabiana Schuelter Trevisol et al.
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FUNDAMENTOS: O câncer da pele é a neoplasia mais frequente no Brasil, com incidência crescente nas últimas décadas. Na Região Sul de Santa Catarina os dados sobre a incidência de carcinoma espinocelular são escassos. OBJETIVO: Estabelecer dados epidemiológicos do carcinoma espinocelular em Tubarão (SC). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com revisão dos laudos anatomopatológicos positivos para o carcinoma espinocelular dos laboratórios de Tubarão (SC), amostragem por conveniência, e as variáveis coletadas foram: ano do diagnóstico, idade, sexo, cidade de origem, local da lesão, grau de diferenciação, diâmetro da lesão, comprometimento de margem e ocorrência de recidiva. RESULTADOS: Identificaram-se 1.437 laudos com diagnóstico de carcinoma espinocelular, com maior frequência na faixa etária entre 70 e 79 anos. Foi calculado o coeficiente de morbidade para carcinoma espinocelular de 69,5 em 1999 e 136,7/100.000 habitantes para 2009, acarretando aumento de 50%. A região de face foi a mais acometida e o subtipo histológico mais comum foi o bem diferenciado. CONCLUSÃO: Ocorreram 1.437 laudos de carcinoma espinocelular entre 1999 e 2009, com aumento significativo da morbidade. Houve associação entre sexo masculino e a localização em lábio e orelha, e entre sexo feminino e ocorrência de carcinoma espinocelular no nariz, membros superiores e inferiores. Houve prevalência de margens comprometidas após ressecção em 18% das lesões.
Palavras-chave: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, EPIDEMIOLOGIA, MORBIDADE, NEOPLASIAS
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