Artigo de revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Carlos Gustavo Wambier, Caroline Silva Pereira, Benedito de Pina Almeida Prado Júnior, Norma Tiraboschi Foss
|
Uma revisão centrada no impacto de doenças e intervenções dermatológicas no ato solidário de doar sangue é apresentada aos dermatologistas para melhor aconselhamento dos seus pacientes. Esta é uma revisão das atuais normas técnicas brasileiras sobre procedimentos hemoterápicos conforme determinado pela Portaria Ministerial no 1353/2011 do Ministério da Saúde e atuais normas internas do Hemocentro de Ribeirão Preto, um centro de referência regional em procedimentos hemoterápicos. Critérios para inaptidão definitiva: doenças autoimunes (>1 órgão comprometido), antecedente pessoal de câncer diferente de carcinoma basocelular, dermatite atópica ou psoríase graves, pênfigo foliáceo, porfirias, filariose, hanseníase, tuberculose ou paracoccidioidomicose extrapulmonares e uso prévio de etretinato. São condições de inelegibilidade temporária: uso de outros retinóides sistêmicos, corticoides sistêmicos, inibidores da 5-alfa-redutase, vacinas, metotrexato, beta-bloqueadores, minoxidil, anticonvulsivantes e antipsicóticos. Outras condições responsáveis por inaptidão temporária: acidente ocupacional com material biológico, "piercing", tatuagem, doenças sexualmente transmissíveis, herpes, infecções bacterianas, entre outras. Discussão: Talidomida atualmente não consta na lista de medicações teratogênicas. Apesar do uso da finasterida já ter sido considerada como critério para inaptidão definitiva, de acordo com sua meia-vida curta a restrição atual de 1 mês ainda é demasiadamente longa. Dermatologistas devem ser capazes de aconselhar seus pacientes sobre o momento adequado para doar sangue e discutir o impacto da suspensão de medicações nos resultados do tratamento de forma a respeitar os períodos de restrição designados.
Palavras-chave: BANCOS DE SANGUE, PERIGOS TERATOGÊNICOS, TRANSFUSÃO DE SANGUE
|
Artigos originais
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
NORMA TIRABOSCHI FOSS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, OSWALDO DELFINI FILHO, MARIA NUNES FERREIRA
|
Conhecendo que as porfirinas (uroporfirina), quando acumuladas na pele agem como cromóforos, que interagindo com a energia luminosa produzem lesões fotoquímicas que se manifestam por eritema, edema e bolhas em áreas expostas à luz, e ainda que o mecanismo de formação destas lesões fotossensíveis não está bem esclarecido, foram quantificadas as uro e coproporfirinas urinárias em fotodermatoses, excluindo as porfírias, especialmente porfíria cutânea tardia, na qual a manifestação cutânea está relacionada a níveis elevados de porfirinas, principalmente de uroporfirina.
Estudou-se os níveis destas porfirinas em 58 pacientes subdivididos em grupos, segundo a fotodermatose: 1. 21 com pelagra; 2. 15 com fotodermatite medicamentosa; 3. 14 transplantados renais (pseudoporfíria?); 4. cinco com lúpus eritematoso cutâneo/sistêmico e 5. três com lucite.
Observou-se aumento de porfirinas em 17% do total dos doentes, sendo encontrado níveis aumentados de uroporfirinas urinárias nos grupos 1 e 2. Na pelagra houve aumento em 33% (7/21) dos doentes e em pacientes com fotodermatite medicamentosa 20% (3/15).
Os resultados sugerem que as porfirinas urinárias, principalmente as uroporfirinas, podem estar envolvidas na patogênese da pelagra e da fotodermatite medicamentosa, talvez por acometimento da função hepática provocado pelo etilismo crônico, hábito comum em doentes de pelagra, ou uso de medicamentos.
Palavras-chave: FOTODERMATOSES, PORFIRINAS
|
Caso Clínico
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
MIRIAN LANE DE O. RODRIGUES, CACILDA DA SILVA SOUZA, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, NORMA TIRABOSCHI FOSS
|
Relato de caso clínico de paciente do sexo masculino, de 24 anos de idade, com psoríase pustulosa havia dois meses. Apresentava antecedentes de crises convulsivas e retardo do desenvolvimemo neuropsicomotor. Ao exame físico o sinal de Trousseau foi positivo, e a dosagem de cálcio no soro estava acentuadamente diminuída. O diagnóstico foi de psoríase pustulosa generalizada associada a pseudo-hipoparatireoidismo. Inicialmente o paciente foi tratado com etretinato, sem controle do quadro; porém, com detecção da hipocalemia e a reposição do cálcio, houve melhora acentuada das lesões cutâneas. A remissão completa foi obtida com correção da hipocalemia. Esses resultados indicam que a hipocalemia estava diretamente relacionada com a manutenção das lesões de psoríase e, talvez, com o desencadeamento da doença. Além desses aspectos, há que ressaltar a raridade da associação entre psoríase pustulosa generalizada e pseudo-hipoparatiroidismo.
Palavras-chave: HIPOCALCEMIA, HIPOPARATIREOIDISMO, PSORÍASE
|
Resumo
|
ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, NORMA TIRABOSCHI FOSS, LÉA M. ZANINI MACIEL, EMÍLIA SIMÃO TRAD, MILTON ELMÔR FILHO, ANA MÁRCIA DE ALMEIDA et al.
|
São apresentados dois casos clínicos do sexo masculino com hipotiroidismo primário, que apresentaram alopecia generalizada em membros inferiores, associada a outros sintomas. A alopecia que motivou os pacientes a procurarem consulta dermatológica. Instituido o tratamento, houve normalização clínica e laboratorial.
Palavras-chave: TIREÓIDE, ALOPECIA, HIPOTIREOIDISMO
|
Comunicação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
NORMA TIRABOSCHI FOSS, CACILDA DA SILVA SOUZA, PAULO MÚCIO GUIMARÃES PAGNANO, MILTON CESAR FOSS
|
Como objeto de investigaras freqüências e os tipos de dermatopatias em diabéticos no nosso meio, procurando relacioná-las com fatores como o tipo clínico de diabetes, níveis glicêmicos e idade do doente, foi feita uma análise transversal de uma amostra de diabéticos da região de Ribeirão Preto (SP). Foram examinados. aleatoriamente, 200 diabéticos (tipos I e II) acompanhados no Ambulatório de Diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
Observou-se que 12% (24/200) dos pacientes eram diabéticos tipo I, jovens (12-40 anos de idade), 41% do sexo masculino e 59% do feminino, com tendência à glicemia de jejum em níveis alterados (58% em níveis maiores que 120mg/dl). Oitenta e oito por cento (176/200) dos doentes eram diabéticos tipo II, com idade variando de 40-80 anos, 66% do sexo feminino e 34 masculino e a maioria deles (66,2%) apresentava glicemia, de jejum abaixo de 200mg/dl).
Na amostra estudada foram observadas numerosas dermatoses de etiologia variada, apesar dos doentes não apresentarem queixas a elas relacionadas. Houve maior freqüência de dermatopatias (específicas ou inespecíficas) em diabéticos tipo I. Dermatofitoses e piodermites, afecções não específicas do diabetes, foram as dermatopatias mais freqüentes nos diabéticos e geralmente associadas a complicações metabólicas. Necrobiose lipoídica, afecção específica da doença, e alterações cutâneas, tipo mal perfurante plantar, associadas à neuropatia periférica foram mais freqüentes no diabetes tipo I.
Palavras-chave: DERMATOPATIA, DIABETES
|
Educação médica continuada
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
NORMA TIRABOSCHI FOSS
|
Considerando a complexidade das manifestações clínicas da hanseníase e sua correlação com as alterações imunológicas encontradas dentro do espectro clínico da doença, e , ainda, a importância do tratamento específico no controle do quadro clínico, imunológico e epidemiológico, são relatados os aspectos de maior relevância, incluindo resultados de investigação imunológica para a melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na reacionais e a eficácia da poliquimioterapia no controle e na baixa frequência de recidivas da doença.
Palavras-chave: CLÍNICA, IMUNOLOGIA, HANSENÍASE, TERAPÊUTICA
|
Investigação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Carlos Gustavo Wambier, Thaís Angélica Hoekstra, Sarah Perillo de Farias Wambier, Roberto Bueno Filho, Fernando Crivelenti Vilar, Renato Soriani Paschoal, Ana Maria Roselino, Marco Andrey Cipriani Frade, Norma Tiraboschi Foss et al.
|
FUNDAMENTOS: Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica são reações vesicobolhosas, potencialmente fatais, a medicamentos, com alta incidência de sequela ocular. O termo “necrólise epidérmica” tem sido recentemente utilizado para melhor descrever o espectro completo da doença que inclui síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica em extremos opostos, as quais são diferenciadas pela porcentagem de superfície corporal com destacamento epidérmico. O SCORTEN é escala de previsão de mortalidade para casos de necrólise epidérmica (NE), que ainda necessitava de validação para uso em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida.
OBJETIVO: Avaliar o desempenho do SCORTEN na síndrome da imunodeficiência adquirida, e as diferenças de desfechos entre pacientes com e sem síndrome da imunodeficiência adquirida.
MÉTODOS: Estudo tipo coorte retrospectivo de casos de NE em pacientes com e sem síndrome da imunodeficiência adquirida, admitidos em um centro de referência brasileiro entre 1990 e 2014.
RESULTADOS: Cinco óbitos (16,7%) ocorreram como consequência de NE em 30 pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida, e sete (17,9%) em 39 pacientes sem síndrome da imunodeficiência adquirida, um risco relativo (RR) de 0,92 (p=1,0). SCORTEN revelou grande capacidade de predição com área sob a curva (AUC) de característica de operação do receptor (ROC) de 0,90, com um intervalo de confiança de 95% entre 0,81 e 0,99. A performance do SCORTEN foi melhor entre os pacientes sem síndrome da imunodeficiência adquirida do que em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida: AUC sem síndrome da imunodeficiência adquirida=0,99 (IC 95% - 0,96-1,00), AUC com SIDA=0,74 (IC 95% - 0,53-0,95), p=0,02.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Heterogeneidade dos casos e ampla variação das doses de corticoterapia, quando usada.
CONCLUSÃO: SCORTEN é válido para a população brasileira e em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida. Recomenda-se seu uso para a decisão terapêutica.
Palavras-chave: Escalas; Hospitalização; Letalidade; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Síndrome de Stevens-Johnson; Tempo de internação
|
Resumo
|
Marco Andrey Cipriani Frade, Raimunda Violante Campos de Assis, Joaquim Coutinho Netto, Thiago Antônio Moretti de Andrade, Norma Tiraboschi Foss et al.
|
FUNDAMENTOS: A biomembrana vegetal tem sido usada para tratamento de úlceras cutâneas.
OBJETIVOS: Avaliar a ação da biomembrana vegetal no tratamento de úlceras venosas crônicas, comparando-a ao tratamento à base de colagenase.
MÉTODOS: Foram selecionados 14 pacientes tratados com biomembrana vegetal e sete com Fibrase®(grupo controle), acompanhados clínico-fotograficamente pelo índice de cicatrização das úlceras (ICU) por 120 dias, por meio do software ImageJ, e biopsiados no primeiro e 30º dias para estudo histopatológico.
RESULTADOS: A biomembrana vegetal foi superior em relação ao controle na cicatrização das úlceras no 30º dia, especialmente na fase inflamatória, confirmada pela exsudação abundante e pelo desbridamento. Houve tendência superior à angiogênese seguida de reepitelização com maiores ICUs no 90º e 120º dias.
CONCLUSÃO: A análise conjunta dos achados clínicos e histopatológicos sugere que a biomembrana vegetal atuou como um fator indutor da cicatrização, especialmente na fase inflamatória, confirmada pela exsudação abundante das lesões, promovendo a transformação do microambiente das úlceras venosas crônicas e estimulando a angiogênese e a posterior reepitelização.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO, CURATIVOS BIOLÓGICOS, LÁTEX, ÚLCERA DE PERNA
|
Resumo
|
Marco Andrey Cipriani Frade, Joaquim Coutinho Netto, Fernanda Guzzo Gomes, Eduardo Lopez Mazzucato, Thiago Antônio Moretti de Andrade, Norma Tiraboschi Foss et al.
|
FUNDAMENTOS: A biomembrana vegetal do látex da seringueira Hevea brasiliensis tem sido usada como curativo para úlceras cutâneas.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da biomembrana vegetal como curativo em relação à hipersensibilidade ao látex.
MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com úlceras cutâneas constituindo-se os grupos: controle - baixa exposição profissional ao
látex (n=17); alta exposição profissional (n=14); ulcerados em uso da biomembrana vegetal (n=13); ulcerados-controle sem usoda biomembrana vegetal (n=14) e casos novos (n=9), submetidos à avaliação pré e após 3 meses de uso da biomembrana vegetal. Todos foram submetidos à avaliação clínico-epidemiológica quanto à hipersensibilidade ao látex e IgE específica (UniCap®), e os grupos controle e controle exposto ao látex ao "patch test".
RESULTADOS: A história de hipersensibilidade foi positiva em 64,7% dos pacientes do grupo-controle, 71,4% do controle exposto ao látex, 61,5% dos ulcerados em uso da biomembrana vegetal, 35,7% dos ulcerados-controle, e apenas 22,2% no grupo casos novos. Ao teste de contato dos grupos controle e controle exposto ao látex, apenas um indivíduo do grupo C (baixo contato) apresentou eritema na primeira leitura, negativando-se na segunda. A média de contato com látex no grupo-controle exposto ao látex foi de 3,42 horas/dia. No ensaio fluoroimunoenzimático, a grande maioria dos soros foi classificada como zero (variação 0 a 6). Nenhum soro recebeu classificação acima de 2, não sendo considerada classificação significante para hipersensibilidade (classificação > 4).
CONCLUSÃO: A biomembrana vegetal mostrou-se segura como curativo, pois não induziu reações de hipersensibilidade entre os voluntários submetidos ao "patch test", nem entre os usuários da biomembrana vegetal, como demonstrado clinica e imunologicamente pela dosagem de IgE.
Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, CURATIVOS BIOLÓGICOS, HIPERSENSIBILIDADE AO LÁTEX, ÚLCERA DA PERNA
|
Resumo
|
MARCO ANDREY CIPRIANI FRADE, IGOR BRUM CURSI, FELIPE FORTES ANDRADE, SÂMARA CASSIMIRO SOARES, WENDEL S. RIBEIRO, SANDRO V. SANTOS, NORMA TIRABOSCHI FOSS et al.
|
*Fundamentos:* Úlcera de perna (UP) caracteriza-se por perda do tegumento nas extremidades dos membros inferiores causada geralmente por disfunção vascular.
*Objetivos:* Caracterizar clínica e epidemiologicamente a amostra populacional com UP atendida nos centros de saúde de Juiz de Fora.
*Pacientes e Métodos:* Submetidos ao protocolo clínico 124 pacientes com UP, de Juiz de Fora e região de janeiro/1999 a agosto/2001.
*Resultados:* A média de idade foi 64 anos, 65,3% do sexo feminino, média de 3,7 indivíduos/família e renda inferior a R$540,00 (86,8%). Associavam-se às úlceras insuficiência venosa (90,3%), hipertensão arterial sistêmica (54%), obesidade (20,2%) e diabetes _mellitus_ (16,1%). A associação insuficiência venosa e hipertensão arterial foi freqüente (43,7%) e significante (p<0.01) para predisposição às úlceras. Foram classificadas como venosas (79%), hipertensivas (15,4%), mistas e outras(5,6%). Acometiam terço distal das pernas (90%), de tamanho grande (>5cm) em cerca de 90% da amostra, com médias de 8,7cm e 9,6cm para os eixos vertical e horizontal, respectivamente. Estavam acompanhadas de hipercromia (92,7%), lipodermatoesclerose (68,5%) e varicosidades (66,9%), com duração média de 94,2 meses, e 50% das úlceras eram recidivantes.
*Conclusões:* Os dados sugerem que a úlcera de perna seja doença crônica significativa na população idosa e de baixa renda de Juiz de Fora e região.
Palavras-chave: ÚLCERA DA PERNA/EPIDEMIOLOGIA, RENDA FAMILIAR, IDOSO, RENDA, VARIZES
|
Resumo
|
CACILDA DA SILVA SOUZA, MARIA PAULA DO VALLE CHIOSSI, MARIA HIDEKO TAKADA, NORMA TIRABOSCHI FOSS, ANA MARIA FERREIRA ROSELINO et al.
|
FUNDAMENTOS - Pioderma grangenoso (PG) é dermatose inflamatória incomum, de causa desconhecida, que desafia os conhecimentos atuais.
Objetivo - Avaliar aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais, doençãs associadas e abordagem terapêutica do PG.
MÉTODOS - Realizou-se análise retrospectiva de prontuários e seguimento de pacientes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, de 1980 a 1997.
RESULTADOS - Em dezoito anos, diagnosticou-se 11 pacientes, oito do sexo feminino, de 3 a 59 anos (média 38,5 anos). Quatro pacientes apresentavam única lesão e sete, duas ou mais, com predomínio da variante clínica ulcerativa em membros inferiores. Em 36,3%, houve associação com retocolite ulcerativa, artrite reumatóide, doença de Basedow Graves ou diabetes mellitus. Evidências do fenômeno de patergia ocorreu em 18% dos casos e observou-se negativamente dos testes de sensibilização ao DNCB e PPD. Houve predomínio do emprego da prednisona, isolado ou associado à adjuvantes como dapsona, dofazimina e iodeto de potássio (KI).
CONCLUSÕES - O PG foi observado com índice de 0,38 casos por 10.000 atendimentos. Nesta série, destacam-se concomitância de doenças sistêmicas, surgida previamente ao PG e evidências do fenômeno de patergia e de alterações da imunidade celular. Tratando-se de afecção de curso imprevisível, o uso crônico da prednisona solicita buscas de adjunvantes, sendo que a resposta terapêutica ao KI indica gangrenoso; terapêutica.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, PIODERMA GANGRENOSO, TERAPÊUTICA
|
Resumo
|
CAROLINA R. F. PIUCCI, FLORÊNCIIO FIGUEIREDO, NORMA TIRABOSCHI FOSS
|
FUNDAMENTOS - Tem-se descrito atualmente que a reação inflamatória nas lesões de psoríase relaciona-se com a presença de linfócitos e outras células para o desenvolvimento de mecanismos imunológicos.
OBJETIVOS - Observar se as características das lesões cutâneas das formas de psoríase se correlacionam com as células do infiltrado presentes na derme e na junção derme/epiderme.
CASUÍSTICA E MÉTODOS - Foram avaliados trinta exames histopatológicos de psoríase (P) subdivididas em vulgar (n=14), gutata (n=4), palmoplantar (n=5), pustulosa (n=7), através dos complexos Avidina Biotina-Peroxidase (ABC-Peroxidase) e Estrepto-ABC-Peroxidase, utilizando anticorpos monoclonais.
RESULTADOS - Observou-se diferenças na composição e quantidade de células do infiltrado inflamatório das formas de psoríase. Na pustulosa foi intenso, e apresentou percentagem semelhante de células mononucleares (macrófagos-CD68 e linfócitos-LCA) e polimorfonucleares (CD15). Nas formas palmoplantar e vulgar, o predomínio foi de células mononucleares, com maior percentual de linfócitos (LCA), que expressavam o fenótipo CD45RO, específico de linfócitos ativados. Estas características foram observadas na psoríase gutata, porém em menor intensidade. Houve correlação acentuada entre o aumento do número de macrófagos e a redução da população linfocitária, associada ao aparecimento de neutrófilos na lesão.
CONCLUSÃO - A correlação entre o fenótipo e a proporção das células nas formas de psoríase estudadas, poderia ser utilizada como parâmetro para estimativa da evolução clínica da doença.
Palavras-chave: LINFÓCITOS, MACRÓFAGOS, PATOLOGIA, PSORÍASE
|
Resumo
|
ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, ISABELA MARIA BERNADRDES GOULART, JACY BERTI ROSATELLI, MARIA DA GRAÇA SOUZA CUNHA, MEIRE SOARES ATAÍDE OLIVEIRA, NORMA TIRABOSCHI FOSS et al.
|
FUNDAMENTOS- A porfiria cutânea tardia é uma doença metabólica da via porfirina-heme, resultante da deficiência da enzima uroporfirinogênio descarbpoxilase,que induz ao acúmulo de porfirinas, principalmente no fígado e na pele, responsáveis por lesões cutâneas em áreas expostas ao sol.
OBJETIVOS - Determinar a espécie animal que melhor corresponda ao modelo experimental da PCT, para o estudo de lesões cutâneas relacionadas à fotossensibilidade.
MÉTODO- Ratos, cobaias e camundongos foram submetidos a uma dieta contendo um dos fatores desencandeantes da PCT, o hexaclorobenzeno (HCB), na concentração de 0,25%. Após o surgimento da PCT, os animais foram expostos à radiação ultravioleta,as porfirinas urinárias dosadas e as manifestações cutâneas de fotossensibilidade anotadas,e comparadas ao grupo controle.
RESULTADOS - Somente os ratos apresentaram aumento da excreção de porfirinas urinárias, principalmente de uroporfirinas: 60,81µg/24h, neurotoxicidade e lesões cutãneas em áreas fotoexpostas.
CONCLUSÃO- Considerando-se as três espécies de animais estudadas, os ratos apresentaram quadro semelhante à PCT encontrada no homem. Em relação às cobaias,sugere-se administrar dieta contendo menor concentração de HCB e prolongar o tmepo do experimento. Os camundongos não se adequaram ao modelo experimental.
Palavras-chave: HEXACLOROBENZENO, PORFIRIA CUTÂNEA TARDIA
|
Resumo
|
ANA MARIA FERREIRA ROSELINO, ALCYONE A. MACHADO, ANA MÁRCIA DE ALMEIDA, NORMA TIRABOSCHI FOSS
|
FUNDAMENTOS - O LGV é causado pela bactéria Gram negativa, _Chlamydia trachomatis_, imunotipos L1, L2 e L3. É uma doença rara, embora outros sorotipos causadores de uretrites e salpingocervicites sejam os mais comuns.
OBJETIVO - Embora a prevalência de LGV não seja significativa entre as DST, tem sido relatado o aumento de ocorrência entre os infectados pelo HIV, pois sendo uma das DST que às vezes apresenta úlcera genital, pode servir de porta de entrada para o HIV, daí a importância do conhecimento de sua ocorrência.
MÉTODO - Foi realizado levantamento da casuística de LGV, no período compreendido entre 1978 e 1992, do HCFMRP - USP.
RESULTADOS - Foi constatada a ocorrência de 14 casos, com predomínio do sexo masculino e da raça branca, sendo a ocorrência maior entre 25 e trinta anos de idade. Em dois pacientes foi observada lesão peniana em cicatrização, quando constatado o bubão inguinal. Quatro casos masculinos e três femininos apresentaram fistulização. Alguns foram tratados com tetraciclina, porém a maioria com sulfametoxazol + trimetropim. Quatro não retornaram e os demais apresentaram cura clínica no período de 15 a 35 dias.
CONCLUSÃO - Em 15 anos foram diagnosticados apenas 14 casos de LGV. Embora não tenha ocorrido associação com HIV, esta deve ser investigada nas DST com úlceras genitais.
Palavras-chave: CHLAMYDIA, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA, LINFOGRANULOMA VENÉREO
|
Obituário
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
|
NORMA TIRABOSCHI FOSS
|
|