FUNDAMENTOS – Mutações no gene TP53 são comuns em muitos tipos de tumores humanos e são associadas à imunorreatividade positiva para a proteína p53. Embora tal positividade seja utilizada como um marcador de mutação, evidências recentes sugerem que essa suposição nem sempre é verdadeira.
OBJETIVOS – Investigar a relação entre a presença de mutação no gene TP53 e a imunocoloração da proteína p53 em tumores da pele.
Metodologia – Foi analisada a expressão da proteína p53, com o anticorpo monoclonal Pab 1801, em 92 lesões cutâneas de indivíduos procedentes da Região Sudeste do Brasil, área com alto nível de exposição solar. Além disso, mutações no gene TP53 foram investigadas em 32 amostras imunopositivas para a proteína p53 empregando as técnicas de PCR-SSCP e de seqüenciamento de DNA.
RESULTADOS – A imunocoloração nuclear foi detectada em 5/30 (16,6%) casos de ceratose solar, em 11/31 (35,5%) carcinomas espinocelulares e em 16/31 (51,6%) carcinomas basocelulares, todos provenientes de áreas do corpo expostas ao sol. Entre 32 amostras imunopositivas para a p53, apenas três carcinomas basocelulares revelaram alterações no gene, em códons que constituem hotspots para mutações em câncer.
CONCLUSÕES – Os resultados mostraram baixa correlação entre imunorreatividade positiva e mutação, o que pode ser atribuído a alterações em outros segmentos do gene ou refletir a sensibilidade do sistema de detecção utilizado no estudo.
Palavras-chave: PROTEÍNA , GENE , CÂNCER DA PELE, RADIAÇÃO
|