Atopic Dermatitis
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Valeria Aoki, Daniel Lorenzini, Raquel Leão Orfali, Mariana Colombini Zaniboni, Zilda Najjar Prado de Oliveira, Maria Cecília Rivitti-Machado, Roberto Takaoka, Magda Blessmann Weber, Tania Cestari, Bernardo Gontijo, Andrea Machado Coelho Ramos, Claudia Marcia de Resende Silva, Silmara da Costa Pereira Cestari, Silvia Souto-Mayor, Francisca Regina Carneiro, Ana Maria Mosca de Cerqueira, Cristina Laczynski, Mario Cezar Pires et al.
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INTRODUÇÃO: A dermatite atópica (DA) é dermatose inflamatória pruriginosa, de alta prevalência, com etiologia multifatorial, que inclui defeitos da barreira cutânea, disfunção imunológica e alterações do microbioma. É mediada por fatores genéticos, ambientais e psicológicos, e requer manejo terapêutico que contemple os diversos aspectos de sua complexa etiopatogenia.
OBJETIVOS: O objetivo deste artigo é comunicar a experiência, opinião e recomendação de especialistas brasileiros em Dermatologia no tratamento da dermatite atópica.
MÉTODOS: Dezoito especialistas de 10 hospitais universitários com experiência em dermatite atópica foram indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para a realização de um consenso sobre o manejo terapêutico da dermatite atópica. Responderam a um questionário on-line, composto por 14 questões referentes ao tratamento utilizado para pacientes com DA; a seguir, realizou-se análise dos recentes consensos internacionais de tratamento da DA (American Academy of Dermatology, publicados em 2014, e European Academy of Dermatology and Venereology, publicados em 2018), e um consenso sobre o manejo da DA foi definido com aprovação de pelo menos 70% do painel.
RESULTADOS/CONCLUSÃO: Os especialistas apontam que o manejo da dermatite atópica compreende a terapia básica, que consiste na hidratação, no tratamento tópico anti-inflamatório, no afastamento dos fatores agravantes e em programas educacionais. A terapêutica sistêmica, atualmente embasada em medicações imunossupressoras, deve ser indicada apenas para doença refratária ou grave após esgotadas as tentativas de tratamento tópico. As infecções secundárias, especialmente as bacterianas e virais, devem ser precocemente diagnosticadas e tratadas, e a hospitalização pode ser necessária para controle das crises. Novos medicamentos visando à terapêutica direcionada a alvos específicos, como os imunobiológicos, são arsenais terapêuticos de valia no tratamento da dermatite atópica.
Palavras-chave: Barreira cutânea; Dermatite atópica; Inflamação; Interleucinas; Queratinócitos
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Caso para diagnóstico
Case for diagnosis: (Unilateral multiple piloleiomyoma)
An Bras Dermatol. 84(2): 2009
Resumo
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Luciana Maria Leão Parreira, Juliana Muggiati Sípoli, Ana Maria da Cunha Mercante, Raquel Leão Orfali, Jacob Levites et al.
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O piloleiomioma é uma neoplasia benigna originada do músculo eretor do pelo. Atinge adultos jovens, sem predileção por sexo. As lesões podem ser solitárias ou múltiplas, acometem mais frequentemente as extremidades e costumam apresentar dor espontânea ou após estímulos físicos. Descreve-se um caso de piloleiomioma múltiplo unilateral em paciente jovem do sexo feminino, com queixa de prurido nas lesões.
Palavras-chave: ADULTO, LEIOMIOMATOSE, MÚSCULO LISO, NEOPLASIAS CUTÂNEAS
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Mariana Colombini Zaniboni, Luciana Paula Samorano, Raquel Leão Orfali, Valéria Aoki
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A dermatite atópica é uma doença inflamatória cutânea crônica, de etiopatogenia complexa, em que as alterações da barreira cutânea e o desequilíbrio imunológico são relevantes fatores. Sabe-se que a pele forma barreira mecânica e imune, regulando a perda de água do meio interno para o externo e protegendo o indivíduo contra agressões externas (microrganismos, radiação ultravioleta e traumas). Na epiderme, em especial nas suas camadas mais externas, estão localizados os principais componentes desta barreira (como a filagrina) e as proteínas formadoras das tight junctions, além de componentes do sistema imune inato. Estudos recentes sobre a barreira cutânea revelam novas informações com respeito à sua estrutura e ao seu papel na defesa mecano-imunológica. A dermatite atópica é um exemplo de doença relacionada a disfunções deste complexo.
Palavras-chave: Claudinas; Dermatite atópica; Imunidade inata; Peptídeos catiônicos antimicrobianos
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Urticaria
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Celina Wakisaka Maruta, Alice de Oliveira de Avelar Alchorne, Andréa Machado Coelho Ramos, Bernardo Gontijo, Josemir Belo dos Santos, Luis Eduardo Agner Machado Martins, Maria Cecília Rivitti-Machado, Maria Regina Cavariani Silvares, Mario Cezar Pires, Patricia Karla de Souza, Raquel Leão Orfali, Renan Rangel Bonamigo, Roberta Buense Bedrikow, Roberta Fachini Jardim Criado, Zilda Najjar Prado de Oliveira et al.
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INTRODUÇÃO: As urticárias são dermatoses frequentes, acometendo de 15 a 20% da população, com, pelo menos, um episódio agudo da doença na vida. São classificadas em agudas (≤seis semanas) ou crônicas (>seis semanas). Do ponto de vista etiológico, as urticárias podem ser classificadas como induzidas ou espontâneas.
OBJETIVOS: Verificar os protocolos de diagnóstico e terapêutica da urticária crônica espontânea (UCE) utilizados por especialistas brasileiros, baseando-se nas recomendações disponíveis (internacional e americana).
Métodos: Foi enviado questionário para especialistas brasileiros, com questões sobre manejo diagnóstico e terapêutico da urticária crônica espontânea em adultos.
RESULTADOS: Responderam ao questionário referente ao diagnóstico e tratamento da UCE nos adultos 16 especialistas brasileiros, e os dados foram analisados. O texto final foi redigido levando-se em consideração os protocolos de tratamento (internacional e americano), adaptando-os à realidade do exercício médico no Brasil. Exames complementares na avaliação de UCE são raramente necessários. Biópsia de lesão cutânea e exame histopatológico podem ser indicados para afastar outras doenças como a urticária vasculite. Outros exames complementares indicados na UCE são hemograma, dosagem da proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação e avaliação tireoidiana. O tratamento da UCE compreende a utilização de anti-histamínicos de segunda geração, em doses licenciadas em bula, anti-histamínicos de segunda geração em doses duplicadas, triplicadas ou quadruplicadas (não licenciadas) e omalizumabe. Podem também ser indicados ciclosporina, agentes imunomoduladores e imunossupressores (não presentes em bula e com evidência científica limitada).
CONCLUSÕES: A maioria dos especialistas brasileiros envolvidos neste estudo concordou, em parte, com as recomendações diagnósticas e terapêuticas dos protocolos internacional e americano. Houve consenso entre a maioria dos especialistas na utilização de anti-histamínicos de segunda geração nas doses preconizadas em bula. Aumento das doses habituais (duplicadas, triplicadas ou quadruplicadas) dos anti-histamínicos de segunda geração pode ser indicado com restrição, pela não aprovação em bula para estas doses. Uso de anti-histamínicos sedantes, previsto no protocolo americano, é indicado por parte dos especialistas brasileiros pela sua disponibilidade no país. Adaptações são necessárias no tratamento da UCE, tendo em vista a escassez ou ausência de disponibilidade de outros recursos terapêuticos, como omalizumabe e ciclosporina na rede pública de saúde no Brasil.
Palavras-chave: Antagonistas dos receptores histamínicos; Ciclosporina; Dapsona; Metotrexato; Omalizumabe; Urticária; Urticária/etiologia; Urticária /terapia
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