Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Roberta Fachini Jardim Criado, João de Magalhães Avancini, Claudia Giuli Santi
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A síndrome Reação a Drogas com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos, também conhecida como
Síndrome da Hipersensibilidade Induzida por Droga apresenta-se clinicamente como uma erupção cutâneomucosa
extensa tipo exantemática, associada a febre, linfadenopatia, hepatite, anormalidades hematológicas com
eosinofilia e linfócitos atípicos, e pode envolver outros órgãos, produzindo insuficiência renal, infiltrado eosinofílico
cardíaco e pulmonar, além de pancreatite. O reconhecimento desta síndrome é de suma importância, uma
vez que, a taxa de mortalidade é de cerca de 10% a 20% e uma terapia específica pode ser necessária. Sua etiopatogenia
está relacionada a drogas específicas, principalmente os anticonvulsivantes aromáticos, alterações imunes,
reativação sequencial de herpesvirus e associação com alelos do HLA. O pronto reconhecimento da síndrome
e a retirada da droga desencadeante são os passos mais importantes e essenciais no tratamento dos doentes
acometidos. Os corticosteróides são as medicações de escolha para o tratamento da síndrome, podendo ser associados
imunoglobulina intravenosa e em, alguns casos selecionados, Ganciclovir. O artigo traz uma revisão dos
conceitos atuais que envolvem essa importante manifestação de reação adversa a drogas.
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Urticária
Urticaria
An Bras Dermatol. 80(6): 2005
Resumo
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PAULO RICARDO CRIADO, ROBERTA FACHINI JARDIM CRIADO, CELINA W. MARUTA, JOSÉ EDUARDO COSTA MARTINS, EVANDRO ARARIGBOIA RIVITTI et al.
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A urticária apresenta-se com diversas formas clínicas e causas distintas. Constitui uma das dermatoses mais freqüentes: 15% a 20% da população têm pelo menos um episódio agudo da doença em sua vida, resultando em percentual que varia de um a 2% dos atendimentos nas especialidades de Dermatologia e Alergologia. A urticária é classificada do ponto de vista de duração da evolução temporal em aguda (inferior a seis semanas) ou crônica (superior a seis semanas). O tratamento da urticária pode compreender medidas não farmacológicas e intervenções medicamentosas, as quais são agrupadas em tratamentos de primeira (anti-histamínicos), segunda (corticosteróides e antileucotrienos) e terceira linha (medicamentos imunomoduladores). As medidas terapêuticas de segunda e terceira linha apresentam maiores efeitos adversos, devendo ser reservadas aos doentes que não apresentaram controle da doença com os de primeira linha, ou àqueles a respeito dos quais não é possível estabelecer uma etiologia, tal como nas urticárias auto-imunes.
Palavras-chave: HISTAMINE, HISTAMINE ANTAGONISTS, HISTAMINE H1 ANTAGONISTS, HISTAMINE H2 ANTAGONISTS, ANTAGONISTAS DE HISTAMINA, ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 DE HISTAMINA, ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 DE HISTAMINA, CICLOSPORINA, CORTICOSTERÓIDES, HISTAMINA, MASTÓCITOS, PROSTAGLANDINAS, URTICÁRIA
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Resumo
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PAULO RICARDO CRIADO, ROBERTA FACHINI JARDIM CRIADO, CIDIA VASCONCELLOS, RODRIGO DE OLIVEIRA RAMOS, ANDRÉIA CHRISTINA GONÇALVES et al.
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As reações cutâneas graves adversas à droga são as que geralmente necessitam de internação hospitalar, por vezes em unidade de terapia intensiva ou de queimados, com observação minuciosa dos sinais vitais e da função de órgãos internos. O objetivo é descrever estas reações facilitando o seu reconhecimento e tratamento. Fazem parte deste grupo a Síndrome de Hipersensibilidade à Droga (SHD), a Pustulose Exantemática Generalizada Aguda (PEGA), a Necrose Cutânea induzida por Anticoagulante, as Vasculites de Pequenos Vasos (VPV), a Vasculite de Hipersensibilidade ao Propiltiouracil (VHP) e as Reações tipo Doença do Soro (RDS). A SHD tem-se tornado de elevada relevância clínica devido ao uso amplo dos anticonvulsivantes aromáticos e da dapsona, utilizada no tratamento de doenças como a acne e a hanseníase. A PEGA é determinada principalmente pelos derivados beta-lactâmicos e tem como principal diagnóstico diferencial a psoríase pustulosa generalizada. As VPV tegumentares podem refletir uma doença multissistêmica subjacente, com danos graves em órgãos nobres, como os rins, pulmões e sistema hematológico, com morbidade elevada e possível letalidade. Abordamos as características clínicas e o tratamento destas reações adversas à droga.
Palavras-chave: PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS/EFEITOS ADVERSOS
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Resumo
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PAULO RICARDO CRIADO, ROBERTA FACHINI JARDIM CRIADO, CIDIA VASCONCELLOS, RODRIGO DE OLIVEIRA RAMOS, ANDRÉIA CHRISTINA GONÇALVES et al.
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As reações cutâneas graves adversas a droga (RCGAD) são as que geralmente necessitam de internação hospitalar, por vezes em unidade de terapia intensiva ou de queimados, com observação minuciosa dos sinais vitais e da função de órgãos internos. O objetivo é descrever essas reações, facilitando seu reconhecimento e tratamento. Fazem parte desse grupo a anafilaxia, a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), a necrólise epidérmica tóxica (NET) e, dependendo do envolvimento sistêmico, as eritrodermias. Neste artigo, são abordados as características clínicas e o tratamento de algumas reações adversas a droga: anafilaxia, as eritrodermias, a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e a necrólise epidérmica tóxica (NET).
Palavras-chave: PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS/EFEITOS ADVERSOS
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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PAULO RICARDO CRIADO, NEUSA YURIKO SAKAI VALENTE, ROBERTA FACHINI JARDIM CRIADO, JOSÉ ALEXANDRE DE SOUZA SITTART, SONIA SAWAYA et al.
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Relato de caso de lactente de quatro meses de idade com manifestações de edema agudo hemorrágico do lactente, cujo substrato anatomopatológico é de vasculite leucocitoclástica. AS duas características clínicas principais são uma erupção púrpurica e equimótica em alvo e um edema inflamatório de face e membros. Apesar da aparente gravidade das lesões cutâneas, o quadro clínico apresenta evolução beingna, tendendo à resolução espontânea.
Palavras-chave: PURPURA, SCHOENLEIN-HENOCH., EDEMA, LACTENTE
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Roberta Fachini Jardim Criado
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Nós descrevemos um homem de 48 anos que procurou nossa clínica com múltiplas pápulas eritematosas e pruriginosas dois dias após uma viagem à Serra da Mantiqueira. O exame físico meticuloso com o dermatoscópio de epiluminescência demonstrou múltiplos carrapatos na fase de larva na pele.
Palavras-chave: CARRAPATOS, DERMOSCOPIA, INFESTAÇÕES POR CARRAPATO, IXODES
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Roberta Fachini Jardim Criado
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Descrevemos uma doente de 19 anos que nos procurou com quadro de intenso prurido há 2 semanas e demonstrando lesões eritêmato-pápulo-urticadas mais intensamente distribuídas nos membros superiores e inferiores. A anamnese detalhada excluiu causas internas e medicamentos como uma possível causa do prurigo. Após orientações quanto a dedetização do domicílio a doente retornou no consultório após 3 semanas sem lesões cutâneas e trazendo em um pote de vidro vários percevejos coletados após a dedetização.
Palavras-chave: CIMICIDAE, PERCEVEJOS-DE-CAMA, PRURIGO
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Investigação
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Autor(es)
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Resumo
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Raquel Zappa Silva Marques, Roberta Fachini Jardim Criado, Carlos D'Apparecida Santos Machado Filho, Juliana Milhomem Tamanini, Cristina van Blarcum de Graaff Mello, Carolina Speyer et al.
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FUNDAMENTOS: A urticária crônica é caracterizada por lesões transitórias, pruriginosas, de tamanhos variáveis, com palidez central e bordas bem definidas e com duração maior que seis semanas. O infiltrado celular da doença é caracterizado por neutrófilos, linfócitos e eosinófilos. Há um subgrupo de pacientes que apresentam urticária eosinofílica ou neutrofílica resistente ao tratamento com anti-histamínicos, mas que responde a uma combinação de anti-histamínico com outras drogas.
OBJETIVO: Avaliar o infiltrado presente em biópsias de urticária crônica e correlacioná-lo com a atividade clínica da doença e sua resposta ao tratamento.
MÉTODO: Quarenta e um pacientes com urticária crônica foram classificados segundo o grau de atividade da doença (UAS), o tempo de resposta ao tratamento e o tipo de infiltrado perivascular. Os infiltrados inflamatórios foram subdivididos em eosinofílicos (46,30%), neutrofílicos e mistos.
RESULTADO: Foi encontrada associação entre o infiltrado eosinofílico e o escore clínico de maior gravidade (p = 0,02).
CONCLUSÃO: Essa associação mostra que o infiltrado inflamatório eosinofílico indica maior atividade clínica, ou seja, quadros mais graves e exuberantes da doença.
Palavras-chave: Biomarcadores; Doença crônica; Urticária
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Roberta Fachini Jardim Criado, Cleusa F.H. Takakura, Carla Pagliari, Mirian Nacagami Sotto, Cidia Vasconcellos et al.
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FUNDAMENTOS: Poucos autores têm estudado a ultraestrutura dos nervos superficiais na urticária. OBJETIVO: Descrever os achados nos nervos cutâneos superficiais em casos de urticária aguda induzida por medicamentos. MÉTODOS: Sete pacientes com urticária aguda induzida por medicamentos foram incluídos no estudo. Foram obtidas biopsias da pele da lesão urticariforme e da pele aparentemente normal. Os 14 fragmentos coletados foram processados usando imunomarcação com ouro para anticorpos anti-triptase e anti-FXIIIa separadamente, além da dupla imunomarcação com ambos anticorpos. A seguir as amostras foram submetidas à análise por microscopia imunoeletrônica. RESULTADOS: Alguns cortes demonstraram mastócitos em processo de degranulação. Após a imunomarcação dupla, partículas de ouro de 10 nm (FXIIIa) e partículas de ouro de 15 nm (Triptase) apresentavam-se juntas em grânulos de mastócitos indicando que a triptase e o FXIIIa se localizam dentro de cada um dos grânulos dessas células. Curiosamente, foi encontrada uma forte evidência da presença da triptase e do fator XIIIa nos nervos superficiais dos pacientes avaliados, tanto em lesões urticadas, como na pele aparentemente normal. CONCLUSÕES: A triptase e o FXIIIa estão presentes nos nervos superficiais da pele na urticária aguda medicamentosa. Este é o primeiro relato da expressão de triptase e de FXIIIa nos nervos superficiais na urticária. A triptase poderia estar participando da ativação neural nos pacientes estudados. O FXIIIa poderia estar presente nos nervos, com a finalidade de manter a integridade funcional dessas estruturas.
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Roberta Fachini Jardim Criado, Celina W. Maruta, Carlos d´Apparecida Machado Filho
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As drogas com ação anti-histamínica estão entre as medicações mais comumente prescritas na prática dermatológica diária, tanto em adultos como em crianças. Este artigo aborda os novos conceitos da função dos receptores de histamina (receptores H1) e discute os efeitos anti-inflamatórios dessas drogas. A segunda geração de anti-histamínicos difere da primeira geração devido a sua elevada especificidade e afinidade pelos receptores H1 periféricos e devido a seu menor efeito no sistema nervoso central, tendo
como resultado menores efeitos sedativos. Embora a eficácia dos diferentes anti-histamínicos H1 (anti-H1) no tratamento de doentes alérgicos seja similar, mesmo quando se comparam anti-H1 de primeira e de segunda geração, eles são muito diferentes em termos de estrutura química, farmacologia e propriedades tóxicas. Consequentemente o conhecimento de suas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas é
importante para a melhor prática médica, especialmente em gestantes, crianças, idosos e doentes com comorbidades.
Palavras-chave: ANTAGONISTAS DA HISTAMINA H1 NÃO SEDATIVOS, ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 DE HISTAMINA, HISTAMINA, LIBERAÇÃO DE HISTAMINA, RECEPTORES DE HISTAMINA, RECEPTORES DE HISTAMINA H1
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Urticaria
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Celina Wakisaka Maruta, Alice de Oliveira de Avelar Alchorne, Andréa Machado Coelho Ramos, Bernardo Gontijo, Josemir Belo dos Santos, Luis Eduardo Agner Machado Martins, Maria Cecília Rivitti-Machado, Maria Regina Cavariani Silvares, Mario Cezar Pires, Patricia Karla de Souza, Raquel Leão Orfali, Renan Rangel Bonamigo, Roberta Buense Bedrikow, Roberta Fachini Jardim Criado, Zilda Najjar Prado de Oliveira et al.
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INTRODUÇÃO: As urticárias são dermatoses frequentes, acometendo de 15 a 20% da população, com, pelo menos, um episódio agudo da doença na vida. São classificadas em agudas (≤seis semanas) ou crônicas (>seis semanas). Do ponto de vista etiológico, as urticárias podem ser classificadas como induzidas ou espontâneas.
OBJETIVOS: Verificar os protocolos de diagnóstico e terapêutica da urticária crônica espontânea (UCE) utilizados por especialistas brasileiros, baseando-se nas recomendações disponíveis (internacional e americana).
Métodos: Foi enviado questionário para especialistas brasileiros, com questões sobre manejo diagnóstico e terapêutico da urticária crônica espontânea em adultos.
RESULTADOS: Responderam ao questionário referente ao diagnóstico e tratamento da UCE nos adultos 16 especialistas brasileiros, e os dados foram analisados. O texto final foi redigido levando-se em consideração os protocolos de tratamento (internacional e americano), adaptando-os à realidade do exercício médico no Brasil. Exames complementares na avaliação de UCE são raramente necessários. Biópsia de lesão cutânea e exame histopatológico podem ser indicados para afastar outras doenças como a urticária vasculite. Outros exames complementares indicados na UCE são hemograma, dosagem da proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação e avaliação tireoidiana. O tratamento da UCE compreende a utilização de anti-histamínicos de segunda geração, em doses licenciadas em bula, anti-histamínicos de segunda geração em doses duplicadas, triplicadas ou quadruplicadas (não licenciadas) e omalizumabe. Podem também ser indicados ciclosporina, agentes imunomoduladores e imunossupressores (não presentes em bula e com evidência científica limitada).
CONCLUSÕES: A maioria dos especialistas brasileiros envolvidos neste estudo concordou, em parte, com as recomendações diagnósticas e terapêuticas dos protocolos internacional e americano. Houve consenso entre a maioria dos especialistas na utilização de anti-histamínicos de segunda geração nas doses preconizadas em bula. Aumento das doses habituais (duplicadas, triplicadas ou quadruplicadas) dos anti-histamínicos de segunda geração pode ser indicado com restrição, pela não aprovação em bula para estas doses. Uso de anti-histamínicos sedantes, previsto no protocolo americano, é indicado por parte dos especialistas brasileiros pela sua disponibilidade no país. Adaptações são necessárias no tratamento da UCE, tendo em vista a escassez ou ausência de disponibilidade de outros recursos terapêuticos, como omalizumabe e ciclosporina na rede pública de saúde no Brasil.
Palavras-chave: Antagonistas dos receptores histamínicos; Ciclosporina; Dapsona; Metotrexato; Omalizumabe; Urticária; Urticária/etiologia; Urticária /terapia
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