TY - JOUR T1 - Hemangioma da infância: fatores de risco para complicações, recidivas e sequelas inestéticas JO - Anais Brasileiros de Dermatologia T2 - AU - Mariani,Letícia Gaertner AU - Ferreira,Lílian Moraes AU - Rovaris,Diego Luiz AU - Bonamigo,Renan Rangel AU - Kiszewski,Ana Elisa SN - 26662752 M3 - 10.1016/j.abdp.2021.11.007 DO - 10.1016/j.abdp.2021.11.007 UR - http://www.anaisdedermatologia.org.br/en-hemangioma-da-infancia-fatores-risco-articulo-S2666275221002630 AB - FundamentosHemangiomas da infância (HI) ocorrem em aproximadamente 4% a 10% da população pediátrica. O reconhecimento dos subtipos clínicos e condições que indicam maior risco para complicações são essenciais para o sucesso terapêutico. ObjetivosIdentificar os fatores de risco para complicações, recidivas e sequelas inestéticas. MétodosCoorte retrospectiva de pacientes com hemangioma da infância em acompanhamento no Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, entre 2006 e 2018. ResultadosDos 190 pacientes incluídos, 24% tiveram alguma complicação, sendo ulceração a mais frequente e 86% necessitaram de algum tratamento. Na avaliação de correlação, ulceração esteve relacionado estatisticamente com HI misto (p=0,004), HI segmentar (p <0.01) e localização em região glútea (p=0,001). O tempo médio de tratamento com propranolol foi de 12,7 meses. Os pacientes com síndrome PHACES e hemangioma da infância segmentar requereram tempo de tratamento mais prolongado (p <0.001 e p=0.0407, respectivamente), bem como aqueles que iniciaram o tratamento depois de cinco meses de vida (p <0.0001). As recidivas ocorreram em 16,6% dos pacientes tratados, sendo todos do sexo feminino, 94% estavam localizados na cabeça e pescoço (principalmente na pálpebra superior, cyrano, segmento S3 e com acometimento da parótida); 61% e 38,8% eram subtipos misto e profundo, respectivamente. Aproximadamente 1/3 dos pacientes tiveram alguma sequela inestética. Limitações do estudoPor se tratar de um estudo retrospectivo, houve perda de dados e fotos de alguns pacientes. ConclusõesHemangiomas mistos e segmentares são fatores de risco para ulceração e sequelas. Recidivas ocorrem mais no sexo feminino e em hemangiomas segmentares. Hemangioma da infância segmentar e síndrome PHACES necessitam maior tempo de tratamento. Protocolos específicos são necessários para hemangiomas da infância com alto risco de recidiva. ER -