Na avaliação de hanseníase como importante problema de saúde pública, sobretudo em países terceiro-mundistas, como destacadamente o Brasil, constata-se, entre outros fatores, a não aplicação corrente de instrumentos tecnológicos para seu diagnóstico precoce. Destes, os dermatóglifos revelam-se de baixo custo, fácil aplicabilidade e total inocuidade Por constituírem importante marcador genético, têm gerado numerosas evidências etiológicas e diagnõsticas para consistente número de doenças; na hanseníase, condição dependente ao menos fortemente da constitucionalidade do hospedeiro, suas contribuições têm se revelado apenas descritivas, dada a variabilidade metodológica dos estudos realizados. Frente a tais constatações, procedeu-se a estudo dermatoglifico de grupos de hansenianos de ambos os sexos, portadores da forma indeterminada da doença, pareados com controles normais por sexo, faixa etãria, core ancestralidade, com vistas a geração de possível função discriminante linear que permita a detecção de grupos de riscos e, em decorrência, a identificação precoce de portadores da doença, em suas sucessivas fases (infecção, doença subclínica, doença manifesta).
Os procedimentos clínicos e laboratoriais foram efetivados no Hospital “Lauro de Sousa Lima”; Bauru, SP Os dados dermatoglificos foram coletados e quantificados segundo técnicas padronizadas e processadosno Departamento de Bioestatística do Instituto de Biociéncias da Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu.
A comparação entre os dois vetores de médias para a investigação de duas populações distintas foi realizada através da estatística T2 de Hotelling, considerando-se o conjunto de nove variáveis dermatoglificas quantitativas, estudadas em 49 doen¬tes (25 homens e 24 mulheres) e respectivamente controles sadios pareados. Ouan¬to aos resultados, obteve-se que as características da casuística são compatíveis com o aceito em nosso meio para faixa etária, sexo e ancestralidade, asmédias e coeficientes de variação das variáveis dermatoglificas revelaram homogeneidade das distribuições correspondentes, os testes efetuados revelaram F = 2,385 e 2,439, pa¬ra sexo masculino e feminino, respectiva¬mente, em níveis descritivos de 0,062 e 0,061, o que leva à discussão dos aspectos dermatoglificos, hansenológicos e experimentais envolvidos.
Palavras-chave: DERMATOGLIFOS, MARCADOR GENÉTICO, HANSENÍASE
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Os autores registram um caso de eumi¬cetoma podal de grãos branco-amarelados, em mulher procedente do Estado da Bahia e provocado por Acremonium falciforme (Carrión, 1951) Gams 1971. São estudados a estrutura do grão eumicõtico e as características micromorfológicas do fungo, em vida saprofitária. Discutem-se, também, aspectos ainda confusos quanto à taxonomia dos fungos agentes de eumicetomas, principalmente a validade dos gêneros Acremonium, Cephalosporium e Hyalopus. Acreditam os autores Bera presente observação a sétima registrada na literatura do paísprovocado por deuteromiçeto do género Acremonium. As espécies fálciforme, kiliense e recifei já foram assinaladas no Brasil. O tratamento do presen¬te caso, com infiltrações locais de anfotencina B, não permitiu uma conclusão quan¬to ao valor terapêutico desta droga antifúngica.
Palavras-chave: EUMICETOMA PODAL
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Os autores relatam um caso de síndrome de Sweet, dermatose neutrofílica febril aguda, mostrando a dificuldade do diagnóstico diferencial com o eritema polimorfo e a sua pronta resposta terapêutica não só aos corticosteróides orais, como também à indometacina.
Palavras-chave: DERMATOSE NEUTROFILICA FEBRIL AGUDA, SÍNDROME DE SWEET
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