O autor começa por chamar a atenção para o fato da pele ser um órgão constituído por camadas ou andares (hipoderme, derme, etc.). Depois mostra que na epiderme normal a camada granulosa forma um diafragma. Em seguida, descreve as suas investigações pessoais, que levam à conclusão de que a célula granulosa tem características mui peculiares e significativas: ausência de mitocôndrias e de órgão de Golgi; tonofibrilas reduzidas; núcleo com quantidade normal de ácido desoxiribonucléico; isolamento da célula granulosa em relação ao oxigênio dos vasos papilares e da atmosfera; presença de glicógeno na capa filamentosa junto à granulosa. Em presença desta constelação de fatos o autor discute e interpreta, recorrendo à Bioquímica, à Citologia, etc., e chega à conclusão de que a epiderme é constituída por duas zonas sobrepostas que têm estruturas morfologias e funções mui diferentes. A estas duas zonas há dado o autor as denominações de Stratum oxybioticum e Stratum anoxybioticum. O Stratum oxybioticum (zona proximal: estratos germinativo e filamentoso) é constituído por células "totipotentes", que vivem de respiração; tem o significado de um parênquima orgânico e atua sobre o resto do organismo, inclusive por meios endócrinos. O Stratum anoxybioticum (zona distal: estratos granuloso, lúcido e córneo) vive de fermentação; tem por principais funções a formação de queratinas (Keratinopoiesis) e a biologia (pH, etc.) da superfície epidérmica. Esta concepção abre novos horizontes aos investigadores científicos e o autor termina o seu trabalho discutindo alguns problemas de patologia, terapêutica, etc., em face da nova teoria.
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