Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Josenilson Antônio da Silva, Kleyton de Carvalho Mesquita, Ana Carolina de Souza Machado Igreja, Isabella Cristina Rodrigues Naves Lucas, Aline Ferreira Freitas, Sandra Maximiano de Oliveira, Izelda Maria Carvalho Costa, Iphis Tenfuss Campbell5 et al.
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A pele é, muitas vezes, reflexo de manifestações sistêmicas. Doenças neoplásicas que afetam órgãos internos podem exibir manifestações cutâneas diversas. Apesar de relativamente incomuns, o reconhecimento de dermatoses paraneoplásicas pode levar ao diagnóstico precoce da neoplasia e, consequentemente, determinar melhor prognóstico. Nesta revisão serão discutidas as manifestações cutâneas paraneoplásicas com maior força de associação a neoplasias, que incluem acantose nigricante maligna, paquidermatoglifia adquirida, erythema gyratum repens, síndrome de Bazex, hipertricose lanuginosa adquirida, eritema necrolítico migratório, sinal de Leser-Trélat e pênfigo paraneoplásico.
Para cada condição serão revisadas e atualizadas as manifestações clínicas, principais neoplasias associadas
e etiopatogenia.
Palavras-chave: MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, SÍNDROME PARANEOPLÁSICAS
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Aretha Brito Nobre, Juan Piñeiro-Maceira, Ronir Raggio Luiz
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FUNDAMENTOS: Nevos displásicos estão entre os mais importantes simuladores de melanoma. São marcadores de risco para o desenvolvimento dessa neoplasia e podem ser seus precursores. Alguns autores observaram uma relação estatisticamente significativa entre o grau de displasia e o risco de desenvolvimento de melanoma. No entanto, a reprodutibilidade dos critérios para graduação variou de ruim a razoável nos artigos consultados. OBJETIVO: Testar a reprodutibilidade da graduação proposta por Sagebiel et al. para os nevos displásicos. MÉTODOS: Seções histológicas de setenta e cinco nevos displásicos foram graduadas, de forma independente e anônima, segundo critérios pré-estabelecidos, por um painel de 10 patologistas com diferentes níveis de experiência. A concordância diagnóstica foi calculada usando os coeficientes de kappa ponderado e de correlação intraclasse. RESULTADOS: A média dos valores de kappa ponderado foi de 0,13 para todos os observadores, de 0,12 para os dermatopatologistas, de 0,18 para os patologistas gerais e de 0,05 para os residentes. Os valores dos coeficientes de correlação intraclasse foram 0,2 para todos os observadores, 0,18 para os dermatopatologistas, 0,33 para os patologistas gerais e 0,15 para os residentes. CONCLUSÕES: A graduação histopatológica dos nevos displásicos não foi reprodutível nesta série brasileira. Portanto, os critérios utilizados não são úteis para correlação clínico-patológica.
Palavras-chave: PATOLOGIA, REPRODUTIBILIDADE DOS TESTES, SÍNDROME DO NEVO DISPLÁSICO
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Resumo
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Agostinho Gonçalves Viana, Wilson Mayrink, Luciana Maria Silva, Patrícia Luciana Batista Domingos, Paulo Rogério Ferreti Bonan, Alfredo Maurício Batista de Paula, Ana Cristina de Carvalho Botelho et al.
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FUNDAMENTOS: A histopatologia e as respostas imunológicas do processo de cura da leishmaniose são ainda pouco estudadas. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar os aspectos histopatológicos e imunológicos das lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar, antes e após diferentes métodos terapêuticos. MÉTODOS: Foram estudados 23 indivíduos agrupados de acordo com os tratamentos: Glucantime, Glucantime + Leishvacin e Glucantime + Leishvacin associado com Bacilo Calmette-Guerin. Para a análise das alterações histopatológicas presentes na derme e epiderme, cortes histológicos foram corados com hematoxilina e eosina. Para avaliar a expressão de interferon (IFN)-¿, interleucina (IL) 12, IL-10 e IL-4 foi utilizada a técnica de imuno-histoquímica antes e após o tratamento. RESULTADOS: Antes do tratamento houve um intenso infiltrado de células mononucleares, após o tratamento, mesmo com um diagnóstico de cura clínica, apresentou-se ainda um moderado processo inflamatório. Na análise imuno-histoquímica, notamos uma diferença entre as citocinas, com expressão aumentada de citocinas IFN-¿ e IL-12 em comparação com IL-10 e IL-4 tanto antes quanto depois do tratamento, e comparativamente, a diferença nesta expressão mostrou-se mais intensa antes do tratamento. No entanto, a expressão das citocinas analisadas por grupo de tratamento não mostraram diferenças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Concluímos que uma cura clínica nem sempre coincide com a cura histopatológica, e que antes do tratamento há uma predominância de citocinas Th1. Para os tratamentos, não houve diferença na progressão da cura para todos os três tipos de tratamento, indicando a equivalência clínica dos tratamentos.
Palavras-chave: CITOCINAS, HISTOLOGIA, IMUNOISTOQUÍMICA, LEISHMANIOSE, LEISHMANIOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Cristina Souza Araujo, Dênia Amélia Novato Castelli Von Atzingen, Adriana Rodrigues dos Anjos Mendonça, Marcos Mesquita Filho, Mauricéia Lins de Medeiros et al.
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FUNDAMENTOS: As úlceras de membros inferiores constituem um sério problema médico e socioeconômico mundial. Um tipo de ferida crônica dos membros inferiores é a úlcera venosa. Dentre os métodos terapêuticos encontra-se o curativo bota de Unna artesanal. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia do uso da bota de Unna artesanal no tratamento de úlceras venosas e acompanhar o desenvolvimento da cicatrização das feridas. MÉTODOS: Estudo do tipo longitudinal e prospectivo, de caráter exploratório e quantitativo, realizado no ambulatório de feridas do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Alexandre na cidade de Pouso Alegre - MG, no ano de 2008. A amostra foi composta de 32 pacientes portadores de úlceras venosas que realizavam o tratamento com bota de Unna e de 11, grupo controle, que utilizaram curativo simples. As lesões dos pacientes foram acompanhadas por um período de três meses. RESULTADOS: A idade média das pessoas foi de 61,88 anos, predominando o sexo feminino (65,1%). Observando-se as diferenças nos tempos de cicatrização das feridas, em relação aos três momentos de avaliação, evidenciou-se que após a avaliação inicial houve diminuição da área da ferida, semelhante tanto para o grupo 1 como para o grupo 2 (p>0,05).CONCLUSÃO: A utilização da Bota de Unna artesanal contribui para aceleração no processo cicatricial, porém quando comparada com o curativo simples apresentou semelhante eficiência que este, quando analisada por um período de três meses.
Palavras-chave: BANDAGENS COMPRESSIVAS, CICATRIZAÇÃO, CURATIVOS OCLUSIVOS
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Resumo
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Helio Plapler, Mateus Matiuzzi da Costa, Silvio Romero Gonçalves e Silva, Maria da Conceição Aquino de Sá, Benedito Sávio Lima e Silva et al.
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FUNDAMENTOS: Fundamentos: A terapia a laser é um procedimento de baixo custo, não invasiva e com bom desempenho na cicatrização. As dúvidas existentes quanto a sua ação sobre microrganismos justifica a realização de pesquisas visando investigar os possíveis efeitos em feridas infectadas por bactérias. OBJETIVO: Avaliar o efeito do laser de baixa intensidade sobre a taxa de contaminação bacteriana em feridas infectadas na pele de ratos. MÉTODOS: Estudo experimental, utilizando 56 ratos machos Wistar. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em oito grupos de sete animais. Nos animais dos grupos lesionados foi realizada uma incisão na região dorsal.Os animais dos grupos infectados foram infectados por Staphylococcus aureus MRSA. Os animais dos grupos tratados foram tratados com laser de Diodo vermelho (AlGaInP) 658nm, 5J/cm2 em varredura, durante 3 dias consecutivos. Foi colhida uma amostra antes de inocular as bactérias e outra após o tratamento com laser. Para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Wilcoxon (dados pareados). Considerando como significante p < 0,05. RESULTADOS: Através da análise estatística das medianas, observou-se que os grupos submetidos ao laser apresentavam uma proliferação bacteriana menor. CONCLUSÃO: O laser (AlGaInP), com uma dose de 5J/cm2, tanto em feridas quanto em pele íntegra de ratos infectados por Staphilococcus aureus MRSA, se mostrou capaz de reduzir a proliferação bacteriana.
Palavras-chave: CRESCIMENTO BACTERIANO, INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA, RATOS, TERAPIA A LASER DE BAIXA INTENSIDADE
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Resumo
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Ana Claúdia de Queiroz Castro, Danielle Bezerra de Farias, Pérola Teixeira de Lima, Éricka Janine Dantas da Silveira, Kenio Costa de Lima et al.
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FUNDAMENTOS: Efélides são máculas hiperpigmentadas pequenas, comuns na pele, que constituem uma área com maior aumento da produção de melanina. São observadas em indivíduos geneticamente predispostos, de pele clara, com grande suscetibilidade a queimaduras solares. OBJETIVOS: Esse estudo teve o propósito de verificar a prevalência de efélides labiais e periorais em 362 trabalhadoresbde praias do município de Natal/RN e investigar potenciais associações com variáveis sociodemográficas, ocupacionaisbe de saúde geral. MÉTODOS: Para tanto, foram realizados exames clínicos por examinadores calibrados, na área correspondente aos lábios e na área delimitada lateralmente pelo sulco nasolabial e inferiormente pelo mento, além de preenchimento de questionário validado. As possíveis associações das variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de saúde geral com a presença de efélides labiais e periorais foram avaliadas pelo teste do qui-quadrado para um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Aproximadamente um terço dos trabalhadores foi acometido por efélides perioral (33,7%) e um quarto por efélides labial (24,0%). O gênero foi a única variável que se mostrou associada significativamente com a presença de efélides periorais (p=0,002), ao contrário das efélides labiais que mostrou-se associada significativamente com hábito (p=0,036) e etilismo (0,030). CONCLUSÕES: Conclui-se que a prevalência de efélides em região perioral e labial foi elevada na população estudada e o gênero e hábitos foram associadas à sua ocorrência.
Palavras-chave: DERMATOPATIAS, DERMATOMICOSES, ESTUDOS TRANSVERSAIS, RADIAÇÃO SOLAR
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Katia Cristina Dantas, Roseli S. Freitas, Adriana Pardini Vicentini Moreira, Marcos Vinicius da Silva, Gil Benard, Cidia Vasconcellos, Paulo Ricardo Criado et al.
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O objetivo do estudo consistiu em detectar seqüências no ADNr e as suas regiões no Histoplasma capsulatum, que pudessem ser consideradas espécie-específicas e usadas como método
molecular para o diagnóstico pela técnica da reação em cadeia da polimerase aninhada ("nested PCR") com seqüências específicas ("primers") para H. capsulatum: regiões 18S ADNr (HC18), 100kDa (HC100) e a seqüência 5.8 S ADNr-ITS (HC5.8). A "nested PCR" com as seqüências HC18, HC100 e HC5.8 resultaram em 100% de especificidade. Os ensaios moleculares podem aumentar a especificidade, sensibilidade e rapidez na diagnose da Histoplasmose.
Palavras-chave: HISTOPLASMOSE, INFECÇÕES OPORTUNISTAS RELACIONADAS COM A AIDS, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE, SORONEGATIVIDADE PARA HIV
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Resumo
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André Vieira Braz, Dailana Louvain, Luana Vieira Mukamal
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Com o envelhecimento observamos mudanças anatômicas na face. No terço inferior essas mudanças se expressam como ptose do ângulo da boca; acentuação do sulco lábio mentoniano; diminuição da concavidade entre a mandíbula e o pescoço e formação de bandas platismais bem evidentes. A contração repetida dos músculos da região latero-mentoniana juntamente com a banda platismal lateral, forma o que chamamos de sulco de marionette. Ao tratarmos toda região latero-mentoniana conseguimos um resultado mais harmônico, quando comparado com o tratamento isolado do sulco de marionette. Nesse artigo apresentamos o tratamento combinado da região latero mentoniana com o uso de toxina botulínica e preenchedores.
Palavras-chave: ÁCIDO HIALURÔNICO, ENVELHECIMENTO, TOXINAS BOTULÍNICAS
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Síndrome em Questão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Renata Hubner Frainer, Luciana Boff de Abreu, Giselle Martins Pinto, André Vicente Esteves de Carvalho, Luana Pizarro Meneghello et al.
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A hipotricose congênita e a distrofia macular de Stargardt são desordens autossômicas recessivas raras de
etiologias desconhecidas, caracterizadas respectivamente pela perda de cabelos, degeneração macular e redução progressiva
e grave da visão de forma precoce. Encontram-se pouquíssimos relatos na literatura com a associação de ambas. Há estudos que demonstram que o gene defeituoso dessas doenças encontra-se no cromossomo 16q22.1 e implicam a participação da molécula caderina na patogênese das mesmas. O reconhecimento precoce dessas desordens muitas vezes inicia por alterações capilares e deve alertar o dermatologista para uma análise oftalmológica para como forma de se evitar alterações oculares mais graves.
Palavras-chave: ANORMALIDADES CONGÊNITAS, HIPOTRICOSE, TRANSTORNOS DA VISÃO
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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José Cabeçadas
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A leucemia de células dendríticas plasmocitóides blásticas é uma entidade de classificação recente. Descrevese o caso de um homem de 73 anos com dermatose envolvendo manchas, placas infiltradas e nódulos eritematosos na face anterior do tronco, no dorso e nos membros. A biopsia cutânea revelou presença de infiltração difusa por células linfóides de tamanho intermediário. A imunocitoquímica permitiu o diagnóstico de neoplasia de células dendríticas plasmocitóides blásticas. O estadiamento não revelou envolvimento sistêmico na época do diagnóstico. O doente iniciou a terapêutica com prednisolona e apresentou remissão inicial das lesões cutâneas. Posteriormente, observou-se
progressão sistêmica da doença, e o doente veio a falecer.
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Ricardo Criado, Lívia Delgado, Gustavo Alonso Pereira
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Nos últimos anos, a dermatoscopia tem sido utilizada como importante ferramenta auxiliar no diagnóstico de inúmeras dermatoses, incluindo infecções e infestações (Entodermatoscopia). A Tinea nigra é uma feoifomicose rara, que afeta principalmente a pele glabra das palmas e plantas.
Descrevemos o caso de doente de 14 anos, com mácula pigmentada de crescimento progressivo na mão esquerda, diagnosticada como Tinea nigra após o exame clínico e dermatoscópico. Estas imagens enfatizam a importância da dermatoscopia na prática dermatológica diária.
Palavras-chave: DERMATOMICOSES, DERMATOPATIAS INFECCIOSAS, DERMATOSES DA MÃO, DERMOSCOPIA, TINHA
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Lislaine Bomm, Marcela Duarte Villela Benez, Juan Manuel Piñeiro Maceira, Isabel Cristina Brasil Succi, Maria de Fatima Guimarães Scotelaro et al.
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A diferença clínica entre melanoma inicial e tumores benignos pode ser difícil em algumas ocasiões, especialmente na ceratose seborreica pigmentada. A dermatoscopia pode ajudar; porém, os achados nem sempre são conclusivos, de modo que a histopatologia pode ser necessária para o diagnóstico correto. Descrevemos uma lesão melanocítica com aspectos clínicos e dermatoscópicos duvidosos. Nesse caso, a biópsia incisional de área suspeita, guiada pela dermatoscopia, estabeleceu o diagnóstico.
Palavras-chave: BIÓPSIA, CERATOSE SEBORRÉICA, DERMOSCOPIA, MELANOMA
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Thais Jerez Jaime, Tatiana Jerez Jaime, Patrícia Ormiga, Fabiano Leal, Osvania Maris Nogueira, Nilton Rodrigues et al.
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A endometriose cutânea é forma rara de endometriose, representando de 0,5% a 1% de todos os casos da doença. Pode ser dividida em forma primária, de surgimento espontâneo, ou secundária, após procedimentos cirúrgicos aonde geralmente encontra-se sobre a cicatriz cirúrgica. Diversas etiologias foram propostas, porém, nenhuma capaz de explicar inteiramente seu aparecimento. Diagnósticos diferenciais incluem melanoma, nódulos metastáticos, quelóide e granuloma piogênico. A dermatoscopia da lesão ainda não foi bem estabelecida, mas existem alguns achados que podem sugerir o diagnóstico. O tratamento é cirúrgico nos casos de lesões maiores e o screening para endometriose é mandatório através de avaliação ginecológica, de imagem e marcador tumoral. Relatamos um caso de endometriose cutânea primária
e discutimos seus aspectos dermatoscópicos.
Palavras-chave: DERMOSCOPIA, ENDOMETRIOSE, MELANOMA, QUELÓIDE
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Resumo
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Tainá Scalfoni Fracaroli, Ludmilla Queirós Miranda, João Luz Sodré, Mário Chaves, Alexandre Gripp et al.
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A Necrólise epidérmica tóxica é uma reação cutânea rara, causada principalmente por drogas. Envolve pele e mucosas, com acometimento superior a 30% da superfície corpórea. Ilustramos um caso de uma paciente jovem, previamente hígida que desenvolveu necrólise epidérmica tóxica, com descolamento
superior a 90% da superfície corpórea, 15 dias após o início de lanzoprazol para doença péptica. O tratamento consistiu na interrupção do uso da droga implicada e administração precoce de imunoglobulina humana por via venosa, que levou a um desfecho satisfatório do caso, demonstrando o impacto do diagnóstico e tratamento precoces sobre a morbimortalidade destes pacientes.
Palavras-chave: IMUNOGLOBULINAS INTRAVENOSAS, INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS, NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA
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Resumo
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Vanessa Lucília Silveira de Medeiros, Lúcia Arruda
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A apresentação clínica da paracoccidioidomicose é espectral. Podem ocorrer cura espontânea, estado de latência ou doença ativa após disseminação hematogênica com vários graus de gravidade. A morfologia e o número de lesões cutâneas irão depender da interação entre fatores próprios da imunidade do
hospedeiro, que é específica e individual, e da virulência do fungo. Alguns indivíduos com boa imunidade natural somada a baixa virulência do fungo mantêm por tempo prolongado granulomas bem formados sem microorganismos e sorologia negativa, tornando o diagnóstico um desafio. Entretanto fatores inerentes ao fungo podem modular a resposta imune e modificar o quadro clínico ao longo do tempo. Os autores apresentam um caso sarcoidose símile e discutem os aspectos imunológicos envolvidos.
Palavras-chave: IMUNIDADE ADAPTATIVA, IMUNIDADE INATA, INFECÇÕES BACTERIANAS, LINFÓCITOS T, MICOSES, PARACOCCIDIOIDOMICOSE
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Resumo
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Bianca de Mello Guaraldi, Thaís Jerez Jaime, Rafael de Mello Guaraldi, Daniel Fernandes Melo, Osvania Maris Nogueira, Nilton Rodrigues et al.
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Eritroqueratodermia simétrica progressiva é uma genodermatose rara de herança autossômica dominante, com penetrância variável, descrita por Darier em 1911. É caracterizada por placas eritematosas e queratósicas, bem delimitadas, simetricamente distribuídas ao longo das extremidades, nádegas e mais raramente face. Os autores relatam o caso de uma paciente de 55 anos apresentando lesões no dorso
das mãos, coxins interfalangeanos, punhos, região inguinal e dorso dos pés. O caso demonstra raridade, diagnóstico tardio, exuberância clínica e acometimento familial.
Palavras-chave: CERATODERMIA PALMAR E PLANTAR, CERATOSE, ERITROCERATODERMIA VARIÁVEL
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Resumo
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Fernanda Cardoso, Natália Battisti Serafini, Brisa Dondoni Reis, Mónica Daniela Gauto Nuñez, José Augusto da Costa Nery, Omar Lupi et al.
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O histiocitoma eruptivo generalizado é considerado um subtipo extremamente raro de histiocitose de células não-Langerhans. Na literatura, existem poucos relatos sobre a doença que afeta principalmente adultos. Neste relato apresentamos um caso de histiocitoma eruptivo generalizado em um paciente idoso com sintomas há dois meses. Clinicamente observavam-se pápulas eritematosas múltiplas, assintomáticas, simetricamente distribuídas no tronco e membros. O exame histopatológico mostrou uma infiltração de células mononucleares densa na derme. Na análise imunohistoquímica, as células foram positivas para CD68, mas negativas para CD1a, CD34 e S100. O objetivo do nosso trabalho é relatar
um caso de uma doença muito rara, cujos subtipo e faixa etária afetados são ainda mais incomuns.
Palavras-chave: HISTIOCITOMA, HISTIOCITOSE, HISTIOCITOSE DE CÉLULAS NÃO LANGERHANS
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Resumo
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Sara Macente, Cesar Helbel, Simone Felizardo Rocha Souza, Vera Lúcia Dias Siqueira, Rubia Andreia Falleiros Padua, Rosilene Fressatti Cardoso et al.
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Mycobacterium fortuitum é uma micobactéria não tuberculosa de rápido crescimento, freqüentemente adquirida em fontes ambientais como solo e água. É um patógeno oportunista que está geralmente associado a trauma, procedimentos cirúrgicos, ou imunodeficiência. Este relato descreve um caso de lesões disseminadas na pele causada por Mycobacterium fortuitum em paciente sem imunocomprometimento.
Palavras-chave: FOLICULITE, MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS, MYCOBACTERIUM FORTUITUM
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Resumo
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Guilherme Almeida Rosa da Silva, Rogerio Neves Motta, Ricardo de Souza Carvalho, Omar Lupi, Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo, Fernando Raphael de Almeida Ferry et al.
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Abscesso tuberculoso metastático ou goma tuberculosa cutânea, ocorre principalmente pela reativação de surtos cutâneos precoces desencadeados principalmente por imunodepressão farmacológica, diabetes mellitus, alcoolismo ou síndrome da imunodeficiência adquirida. O presente caso relatado refere-
se a um paciente do sexo masculino de 33 anos portador de polimiosite e com diagnóstico prévio de tuberculose pulmonar tratada. Apresentou, meses depois do tratamento para tuberculose, abscessos cutâneos e febre. Após a investigação clínica foi diagnosticado como portador de tuberculose gomosa cutânea associada à imunodepressão consequente ao tratamento de polimiosite.
Palavras-chave: CORTICOSTERÓIDES, IMUNOSSUPRESSÃO, MIOSITE, MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS, POLIMIOSITE, TUBERCULOSE CUTÂNEA
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Resumo
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Hemma Tilz, Jürgen Christian Becker, Franz Legat, Antonio Pedro Mendes Schettini, Martin Inzinger, Cesare Massone et al.
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A colagenose reativa perfurante adquirida pertence ao grupo das dermatoses perfurantes e frequentemente está associada com diferentes doenças sistêmicas, principalmente diabetes mellitus e/ou insuficiência renal crônica. Diferentes terapêuticas têm sido utilizadas, mas o tratamento ainda é um desafio, pois não existe tratamento padronizado. Nos últimos anos, alopurinol tem sido relatado como uma boa opção terapêutica para colagenose reativa perfurante adquirida. elatamos o caso de um paciente masculino, com 73 anos de idade, portador de colagenose reativa perfurante adquirida em associação com diabetes tipo 1 e falência renal crônica com hiperparatireoidismo secundário. O paciente foi eficazmente tratado com alopurinol na dose 100mg/dia, via oral.
Palavras-chave: ALOPURINOL, DIABETES MELLITUS, PRURIGO, INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA, FALÊNCIA RENAL CRÔNICA
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Hiram Larangeira de Almeida Jr, Martha Oliveira Abuchaim, Maiko Abel Schneider, Leandra Marques, Luis Antônio Suíta de Castro et al.
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Molusco contagioso é uma dermatovirose causada por um poxvírus, sendo mais prevalente em crianças com até 5 anos de idade. Um segundo pico de incidência é encontrado em adultos jovens. Com o objetivo de demonstrar sua ultraestrutura três lesões foram curetadas sem rompê-las, cortadas transversalmente e processadas de rotina para microscopia eletrônica de varredura. A estrutura oval do Molusco contagioso pôde ser facilmente observada, no seu centro há uma umbilicação central e logo abaixo observa-se um túnel queratinizado. Com aumentos progressivos observam-se proliferações semelhantes à epiderme e áreas de células dispostas em mosaico. Com grandes aumentos estruturas arredondadas medindo 0,4 micron são vistas no final do túnel queratinizado e na superfície da lesão.
Palavras-chave: MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA, MOLUSCO CONTAGIOSO, VÍRUS DO MOLUSCO CONTAGIOSO
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Resumo
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Rossana Ruth Garcia da Veiga, Renata Silva Barros, Josie Eiras Bisi dos Santos, José Maria de Castro Abreu Junior, Maraya de Jesus Semblano Bittencourt, Mario Fernando Ribeiro de Miranda et al.
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O acantoma de células claras ou acantoma de Degos é uma doença bem individualizada quanto aos seus aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos. Sua natureza patológica - se neoplásica ou reativa - ainda é debatida por pesquisadores. De evolução crônica, ocorre predominantemente
nos membros inferiores de adultos, em geral como lesão papulonodular única. Entretanto, foram observados casos com lesões múltiplas, por vezes de caráter eruptivo, e com notável variação de tamanho e forma das eflorescências cutâneas. Há relatos de cinco casos com localização exclusiva na aréola e no mamilo, quatro simulando eczema e um como nódulo polipoide; todos ocorridos em mulheres coreanas. O objetivo deste trabalho é apresentar os aspectos clínicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos de dois novos casos da doença, com idêntica topografia areolomamilar, observados em mulheres brasileiras.
Palavras-chave: ACANTOMA, ECZEMA, HISTOLOGIA, MAMA, MAMILOS
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Artigo de revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Inês Ferreira dos Santos Videira, Daniel Filipe Lima Moura, Sofia Beatriz Loureiro M. Vasconcelos Magina
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pigmentação da pele é um importante traço fenotípico do ser humano mas apesar dos recentes avanços a sua regulação não está ainda totalmente esclarecida. O pigmento melanina é produzido nos melanossomas pelos melanócitos, num processo complexo designado por melanogénese. O melanócito interatua com os sistemas endócrino, imunitário, inflamatório e nervoso central e a sua atividade é também regulada por fatores extrínsecos como a radiação ultravioleta e fármacos. Fizemos uma revisão do conhecimento atual sobre os fatores intrínsecos e extrínsecos reguladores da pigmentação cutânea, etapas da melanogénese e defeitos genéticos relacionados. Fizemos enfoque na interação melanócito-keratinócito, na ativação do receptor da melanocortina tipo 1 (MC1-R) pelos péptidos (hormona estimuladora do melanócito e hormona adrenocorticotrófica) resultantes da clivagem da proopiomelanocortina (POMC) e mecanismos da pigmentação induzida pela radiação ultravioleta. A identificação
e compreensão dos mecanismos reguladores da pigmentação cutânea facilitam o conhecimento dos mecanismos patogénicos dos distúrbios da pigmentação e o desenvolvimento de potenciais opções terapêuticas.
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Resumo
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Ediléia Bagatin, Helio A. Miot
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Cosmiatria é uma sub-especialidade em grande crescimento. Estudos em ciência básica de alta qualidade têm sido publicados; ao contrário, existem poucos estudos clínicos duplo-cegos, randomizados e controlados, que constituem o maior instrumento para medicina baseada em evidência nessa área. A pesquisa clínica é essencial para a descoberta de novos conhecimentos, melhora das bases científicas, solução de desafios e boa prática clínica. Para ser um pesquisador bem sucedido, os princípios básicos são interesse, disponibilidade, persistência e honestidade. É essencial aprender como escrever um protocolo de pesquisa e conhecer as regras regulatórias nacionais e internacionais. Um protocolo de pesquisa clínica completo deve incluir questão, fundamentos, objetivos, metodologia (desenho, descrição das variáveis, tamanho da amostra, randomização, critérios de inclusão e exclusão, intervenção, parâmetros de eficácia e segurança e análise estatística), termo de consentimento livre e esclarecido, ficha clínica e referências. A aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e a declaração do financiamento são imprescindíveis. A publicação de resultados positivos ou negativos deve ser um comprometimento dos autores.
Palavras-chave: COSMÉTICOS, ENSAIO CLÍNICO, ESTUDO COMPARATIVO, PROJETOS DE PESQUISA, PROJETOS DE PESQUISA EPIDEMIOLOGICA, PROTOCOLOS CLÍNICOS
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Neusa Yuriko Sakai Valente
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FUNDAMENTOS: Pápulas climáticas das orelhas são lesões assintomáticas de coloração amarelo-pálida que predominam na
hélice das orelhas. Sua patogênese permanece desconhecida, no entanto é descrita a associação com exposição crônica à radiação ultravioleta, idade e injúrias térmicas. Poucos estudos foram realizados até o momento e os mesmos envolveram número muito reduzido de pacientes. OBJETIVO: Estudar a prevalência de pápulas climáticas das orelhas nos doentes atendidos no Serviço de Dermatologia no Hospital
Servidor Estadual de São Paulo e avaliar a provável relação com exposição solar, idade e tipo de pele. MÉTODOS: Foram examinados 400 pacientes com idade superior a vinte anos no período compreendido entre os meses de julho de 2008 a dezembro de 2008. Foi aplicado questionário que avaliou idade, sexo, naturalidade, procedência, profissão e história de exposição solar Todos os sujeitos da pesquisa foram examinados por um único observador e avaliados quanto à presença de lesão. RESULTADOS: Os dados revelaram que 155 (38,8%) pacientes apresentavam lesão em pelo menos uma das orelhas. Foi utilizado o teste do Qui-Quadrado para análise comparativa entre o grupo de pacientes com e sem lesão. No grupo de pacientes com lesão 29% tinham idade entre 70 e 79 anos, 78,1% tinham história de exposição solar e 45,1% pertenciam ao fototipo I e II da classificação de
FITZPATRICK (p<0,05%). CONCLUSÃO: Os achados sugerem prevalência relevante, provável associação com exposição solar crônica, idade avançada e com o fototipo I e II.
Palavras-chave: CARTILAGEM DA ORELHA, ENVELHECIMENTO DA PELE, METAPLASIA, ORELHA
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