Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Arash Mansourian, Najmeh Shanbehzadeh, Seyed Javad Kia, Mahdieh-Sadat Moosavi
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FUNDAMENTOS: O líquen plano oral é um distúrbio potencialmente maligno. Um dos marcadores de transformação maligna são as células-tronco cancerígenas. Um marcador proposto para a detecção de células-tronco cancerígenas no câncer de cabeça e pescoço é a aldeído-desidrogenase. Recentemente, demonstrou-se que a expressão da aldeído-desidrogenase 1 em amostras de tecido está associada com a transformação maligna do líquen plano oral.
OBJETIVO: Avaliar a aldeído-desidrogenase 1 salivar no líquen plano oral.
MÉTODO: Trinta pacientes e 30 voluntários saudáveis e pareados para idade e sexo foram recrutados. O líquen plano oral foi diagnosticado com base nos critérios modificados da Organização Mundial da Saúde. Os sujeitos do grupo de casos foram divididos em dois subgrupos de acordo com as formas reticular e não reticular da doença. As amostras salivares não estimuladas foram recolhidas entre as 10h e as 12h. As concentrações de saliva da aldeído-desidrogenase 1 foram medidas por Elisa.
RESULTADOS: As diferenças dos níveis da aldeído-desidrogenase entre o grupo do líquen plano oral e o grupo controle não foram significativas, mas a aldeído-desidrogenase do subgrupo com líquen plano não reticular foi significativamente maior do que a do subgrupo com a forma reticular.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Trata-se de um estudo transversal, portanto estudos longitudinais com líquen plano oral podem apresentar resultados semelhantes ou diferentes.
CONCLUSÕES: O mecanismo de transformação maligna no líquen plano oral não está definido. Análises anteriores revelaram que a expressão da aldeído-desidrogenase 1 está significativamente correlacionada com um risco aumentado de transformação. Esse achado é consistente com nossos resultados, porque nas formas erosiva e ulcerativa do líquen plano oral, que têm um risco aumentado de transformação, a aldeído-desidrogenase 1 salivar foi mais expressada. Um nível mais elevado de aldeído-desidrogenase salivar no líquen plano oral não reticular pode ser um mecanismo defensivo contra o estresse oxidativo mais elevado nesse subgrupo. A aldeído-desidrogenase pode ser um dos marcadores de transformação maligna no líquen plano oral. São necessários mais estudos para a introdução da aldeído-desidrogenase como indicador prognóstico em determinadas lesões.
Palavras-chave: Aldeído desidrogenase; Líquen plano, oral; Saliva
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Almodovar-Real, Alejandro Molina-Leyva, Jose Aneiros-Fernandez, Miguel Antonio Diaz-Martinez
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Nódulos proliferativos podem algumas vezes surgir em nevos melanocíticos congênitos ou adquiridos. À primeira vista, suas características clínicas e histopatológicas podem causar alarme a dermatologistas e dermatopatologistas. No entanto, os nódulos proliferativos são tipicamente benignos, habitualmente regridem e têm um risco mínimo de malignização. É apresentado um novo caso de nódulo proliferativo em um nevo melanocítico com característica de nevo penetrante profundo.
Palavras-chave: Diagnóstico; Nevo, pigmentado; Patologia
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Adriana Bittencourt Campaner, Fernanda de Araujo Cardoso, Gustavo Leme Fernandes, John Verrinder Veasey
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O câncer de vulva corresponde a menos de 1% das neoplasias malignas da mulher. O carcinoma verrucoso da vulva é uma variação histológica rara, constituindo menos de 1% dos casos de câncer de vulva. Caracteriza-se por ser invasor localmente, porém sem disseminação metastática. A lesão se apresenta como tumoração verrucosa, ulcerada e sangrante, podendo atingir grandes dimensões. Relatamos caso de paciente de 81 anos com tumoração vulvar há 8 anos, que, inicialmente, foi aventada a possibilidade de tratar-se de tumor de Buschke-Löwenstein. A paciente foi submetida à vulvectomia radical, com retalho com avanço de pele (técnica "V-Y). Devemos nos lembrar dessa entidade quando nos depararmos com lesões condilomatosas que não respondem ao tratamento habitual e com ulceração.
Palavras-chave: Carcinoma verrucoso; Histologia; Neoplasias vulvares; Procedimentos cirúrgicos eletivos; Procedimentos cirúrgicos operatórios; Resultado de tratamento; Terapêutica
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Resumo
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Maria Lopes Lamenha Lins Cavalcante, Paula Yoshiko Masuda, Fernanda Freitas de Brito, Ana Cecília Versiani Duarte Pinto, Gabriela Itimura, Adauto José Ferreira Nunes et al.
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As púrpuras pigmentosas crônicas incluem um espectro de doenças com aspectos clínicos variados, porém com características histopatológicas semelhantes. Achados clínicos particulares permitem a divisão das púrpuras pigmentosas crônicas em variantes. A doença de Schamberg é a mais comum. O tratamento, por vezes, é inefetivo, e as recorrências são frequentes. Há relatos de pacientes que apresentaram boa resposta ao uso da colchicina. Relata-se o caso de uma paciente de 32 anos, previamente hígida, com história de surgimento de lesões assintomáticas nas pernas. Apresentava lesões purpúricas e acastanhadas difusamente distribuídas nos membros inferiores. Realizada biópsia que corroborou a hipótese de púrpura pigmentosa. Optou-se pela introdução de colchicina, com boa resposta clínica. A paciente foi acompanhada ambulatorialmente por dez meses sem recidiva das lesões.
Palavras-chave: Colchicina; Púrpura; Terapêutica; Transtornos da pigmentação
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Resumo
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Lais de Abreu Mutti, Marta Regina Machado Mascarenhas, João Marcos Goes de Paiva, Ronaldo Golcman, Mauro Yoshiaki Enokihara, Benjamin Golcman et al.
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Nevo melanocítico congênito gigante é uma lesão rara, mas que causa significativa deformidade e apresenta risco de degeneração maligna. Diferentes técnicas cirúrgicas para sua remoção são descritas, incluindo ressecção seriada; ressecção com enxertia de pele; ressecção e cobertura com retalho de pele expandido (expansores cutâneos). O objetivo desse estudo é relatar 40 anos de experiência do autor com casos que necessitaram de, no mínimo, 4 excisões seriadas para completar o tratamento. A ressecção seriada é técnica eficaz, segura e simples, que requer muita paciência. O tratamento, muitas vezes, resulta em uma única cicatriz linear, não necessita de área doadora de enxerto, ou retalhos extensos, além de não estar sujeito a potenciais complicações dos expansores e, dependendo da localização, evita deformidades estéticas.
Palavras-chave: Neoplasias cutâneas; Nevo pigmentado; Nevos e melanomas
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Pablo Fernandez-Crehuet, Ricardo Ruiz-Villaverde
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Uma mulher de 70 anos de idade foi encaminhada à nossa unidade dermatológica por seu clínico geral no último verão, com história de uma lesão purpúrica e ulcerada há dois meses no braço esquerdo, que se espalhou centrífugamente e que foi tratada sem sucesso com corticosteroides tópicos. A avaliação dermatoscópica revelou mácula eritematosa com ulceração central que apresentava o característico "padrão branco similar a explosão de estrela" e algumas estruturas vasculares (vasos pontilhados, vasos polimorfos/atípicos). O diagnóstico de leishmaniose cutânea foi feito após análise histopatológica e pela reação em cadeiaa da polimerase.
Palavras-chave: Leishmânia; Leishmania donovani; Leishmania infantum; Leishmaniose cutânea; Dermoscopia
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Síndrome em Questão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Bruna Giusto Bunjes, Marcelle da Costa Frickmann Fernandes
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A síndrome unha-patela é caracterizada pela tétrade: alterações em unhas, joelhos, cotovelos e a presença de cornos ilíacos. As unhas são mais comumente afetadas, podendo estar ausentes, hipoplásicas ou distróficas. O achado patognomônico da doença é a lúnula triangular. O diagnóstico é clínico.
Palavras-chave: Repertório: Seção unhas; Síndrome da Unha-patela; Unhas; Unhas malformadas
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Luciana Pantaleão, Mayra Carrijo Rochael
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O diagnóstico de melanoma cutâneo in situ, considerado de excelente prognóstico, tem sido cada vez mais frequente, com raros relatos isolados apresentando recorrência, metástase e óbito. Não há, na literatura, estudo específico sobre essas lesões de comportamento inesperado. Descrevem-se os achados demográficos e histopatológicos de 448 casos de melanoma cutâneo in situ em 369 pacientes, enfatizando os critérios de prognóstico daqueles com evolução desfavorável, correspondendo a nove casos nos quais a regressão não teve papel significativo. Anexotropismo foi encontrado em 44,5% desses casos. O estudo das lesões iniciais permitirá melhor compreensão dos processos evolutivos da doença.
Palavras-chave: Melanoma; Metástase neoplásica; Prognóstico; Recidiva; Recidiva local de neoplasia
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Resumo
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John Verrinder Veasey, Barbara Arruda Fraletti Miguel, Silvia Assumpção Soutto Mayor, Clarisse Zaitz, Laura Hitomi Muramatu, Juliane Agarinakamura Serrano et al.
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Tinea capitis é a micose mais frequente em crianças. A identificação do agente etiológico auxilia na escolha terapêutica. Estudos realizados em outros países indicam uma mudança dos principais agentes etiológicos nessas regiões. Realizou-se um estudo retrospectivo em serviço público terciário de São Paulo, analisando os agentes isolados dos pacientes atendidos com quadro de tinea capitis no período de março de 2013 a maio de 2015. Microsporum canis se mantém como o principal agente (56,6%), seguido do Trichophyton tonsurans (36,6%). Verificou-se que não houve alternância de principal agente etiológico das tineas capitis em São Paulo, apesar de movimentos migratórios recentes na cidade.
Palavras-chave: Tinha do couro cabeludo; Trichophyton; Microsporum; Epidemiologia; Micoses
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Karisa Farias Miksza, Fabiane Mulinari Brenner, Gabriel Martinez Andreola, Paula Hitomi Sakiyama
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Catarina Tenório de Lima, Paulo Sérgio Ramos de Araújo, Heberton Medeiros de Teixeira, Josemir Belo dos Santos, Vera Magalhães da Silveira et al.
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FUNDAMENTOS: O sarcoma de Kaposi continua sendo a neoplasia mais comum associada ao vírus da imunodeficiência humana, com considerável morbidade e mortalidade.
OBJETIVO: Descrever características clínico-laboratoriais, estadiamento inicial e desfecho do sarcoma de Kaposi em pacientes vivendo com HIV/Aids atendidos em hospital universitário de Recife, Pernambuco.
MÉTODOS: Estudo descritivo com caráter analítico, retrospectivo, tipo série de casos, realizado no período de 2004-2014.
RESULTADOS: Dos 22 pacientes incluídos no estudo, 20 eram do sexo masculino e com menos de 40 anos de idade (72,7%). As lesões cutâneas foram as mais encontradas (90%), e houve acometimento de órgãos internos em metade dos 22 pacientes estudados. Apenas sete (31,8%), dos 22 pacientes, faziam uso de terapia antirretroviral na ocasião do diagnóstico de sarcoma de Kaposi, e o estadiamento inicial da doença foi classificado como de alto risco (Aids Clinical Trials Group Oncology Committee) em 19 dos 22 pacientes (86,4%). Quanto ao tratamento do sarcoma de Kaposi, 17/22 pacientes (77,3%) realizaram tratamento com quimioterapia mais terapia antirretroviral, e 5/22 pacientes à terapia antirretroviral exclusiva. Da totalidade de indivíduos estudados, oito morreram (36,5%), sendo que 87,5% ao fim do primeiro ano após o diagnóstico da neoplasia.
LIMITAÇÃO DO ESTUDO: Sem grupo controle, não pode ser usado para gerar hipóteses.
CONCLUSÕES: A despeito do diagnóstico tardio do sarcoma de Kaposi associado à Aids na população estudada, inclusive com risco desfavorável no momento do estadiamento, observou-se mortalidade menor do que a relatada em outros estudos e que pode estar relacionada ao acesso a serviço de saúde especializado.
Palavras-chave: HIV; Neoplasias; Sarcoma de Kaposi; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
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Os médicos também são responsáveis pelo aumento das infecções sexualmente transmissíveis. Relata-se um paciente inadequadamente acompanhado, mostrando a importância dos médicos adotarem medidas básicas na condução de qualquer indivíduo exposto ao risco de adquirir estas infecções. Propõe-se o acróstico mnemônico: PRÓ-VIDAS (Preservativo: uso típico e adequado, Responsabilidade, Outras orientações, Vacinação contra hepatite B, Investigação de outras infecções sexualmente transmissíveis, Dose única para tratamento, sempre que possível, Anamnese e exame físico devem ser retomados e São, pelo menos, dois pacientes). Estas condutas devem ser adotadas diante de qualquer paciente que tenha se exposto ao risco ou que esteja com infecções sexualmente transmissíveis.
Palavras-chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis; Educação Médica; Ensino; Erros Médicos
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Jorge Sánchez, Andrés Sánchez, Ricardo Cardona
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FUNDAMENTOS: A dermatite atópica é um problema de saúde em todo o mundo. A sensibilização alérgica é um importante fator de risco, mas o papel de outros fatores, inerentes aos trópicos, é pouco conhecido.
OBJETIVO: Foi projetado um estudo de coorte em uma cidade tropical para investigar fatores de risco moleculares e ambientais para o eczema, considerando-se como características particulares a exposição perene aos ácaros e as condições de vida desfavoráveis.
MÉTODOS: Quatrocentos e trinta e três pacientes foram incluídos no início do estudo, e as amostras biológicas foram coletadas durante os 24 meses do acompanhamento. As informações clínicas foram coletadas por meio de questionários (Scorad, DLQI e uma escala subjetiva) durante cada avaliação.
RESULTADOS: A prevalência do eczema atópico foi de 93%, com frequência semelhante entre as crianças e os adultos. A história de eczema nos pais e a polissensibilização a alguns animais foram fatores de risco para o eczema grave e persistente e as comorbidades alérgicas. A sensibilização aos alimentos esteve presente em 16% dos pacientes, mas alergias a alimentos foram raras. Perturbações psiquiátricas e alterações dentárias e oculares foram as comorbidades não alérgicas mais frequentes.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A limitação do estudo foi o viés de seleção.
CONCLUSÃO: Apresentamos uma coorte de pacientes com eczema e identificamos alguns fatores de risco para a dermatite grave e persistente. Alguns padrões de sensibilização, especialmente a ácaros, foram associados com eczema grave e sintomas respiratórios, e a história natural da "marcha atópica" foi diferente da descrita em alguns países industrializados. A coleta de amostras biológicas contribuirá para compreender as interações gene-ambiente que influenciam o desenvolvimento das alergias.
Palavras-chave: Alergia e imunologia; Dermatite atópica; Eczema; Hipersensibilidade; Medicina tropical
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Shuang Jiang, Yunjie Zhang, Xianbiao Zou
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Geraldo Magela Magalhães, Dulcilea Ferraz Rodrigues, Edmundo Rocha de Oliveira Júnior, Fernanda Arêas Alves Ferreira
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Demet Kartal, Mehmet Yaşar, Levent Kartal, Ibrahim Özcan, Murat Borlu et al.
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FUNDAMENTOS: A isotretinoína é um análogo sintético da vitamina A. Estudos recentes defendem que o ácido retinoico tenha um papel na recuperação da função olfativa após lesão em camundongos.
OBJETIVO: Este estudo objetivou determinar o efeito da isotretinoína na função olfativa de pacientes com acne e sem outros distúrbios da saúde.
MÉTODOS: Quarenta e cinco pacientes (25 a 40 anos) com acne foram incluídos no estudo. Todos os pacientes foram submetidos a exame rinológico. A função olfativa foi avaliada pelo teste Sniffin' sticks. O teste foi realizado no início (pré-tratamento) e no terceiro mês de tratamento com isotretinoína.
RESULTADOS: A isotretinoína melhorou o desempenho dos pacientes no teste olfativo. O escore do teste aumentou de 8,7 ± 1,09 para 9,5 ± 1,19 (p < 0,001), a prevalência de hiposmia diminuiu de 40% para 24%, e a normosmia aumentou de 60% para 75% (p = 0,059). A porcentagem de pacientes cuja função olfativa foi categorizada como "boa" aumentou de 6% para 21,3%, e esse aumento foi estatisticamente significante (p < 0,05).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A ausência de grupo controle é uma das limitações deste estudo. Além disso, os pacientes não foram avaliados com teste olfativo depois do final do tratamento com a isotretinoína.
CONCLUSÃO: Examinamos o efeito da isotretinoína sistêmica na função olfativa. Pode-se concluir, com base na presente investigação, que a terapia com isotretinoína melhora o sentido do olfato.
Palavras-chave: Cheiro; Distúrbios olfativos; Isotretinoína
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Bárbara Roque Ferreira, José Carlos Cardoso, José Pedro Reis, Óscar Tellechea
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Carolina Leite Viana, Eugênio Marcos Andrade Goulart, Bernardo Gontijo, Flávia Vasques Bittencourt
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FUNDAMENTOS: O nevo melanocítico congênito grande é considerado um fator de risco para melanoma, embora a magnitude desse risco ainda seja controversa.
OBJETIVO: Avaliar o risco de desenvolvimento de melanoma em pacientes com nevo melanocítico congênito grande atendidos em um serviço de referência em dermatologia no Brasil. De acordo com revisão da literatura, não há trabalhos similares publicados sobre nevo melanocítico congênito grande na América do Sul.
MÉTODOS: Realizou-se uma coorte prospectiva que incluiu apenas pacientes com nevos ≥ 20cm. O risco cumulativo de desenvolvimento de melanoma e a razão de morbidade padronizada foram calculados para os pacientes acompanhados de forma prospectiva por, pelo menos, um mês.
RESULTADOS: Foram incluídos 63 pacientes. Um paciente foi excluído por ter desenvolvido melanoma antes da entrada no estudo, e cinco foram retirados porque apresentavam tempo de seguimento insuficiente. Os 57 indivíduos remanescentes foram acompanhados por um período médio de 5,5 anos (mediana de 5,2 anos). A idade à entrada no estudo teve mediana de 2,6 anos. A maioria dos pacientes (75,4%) foi submetida apenas à observação clínica. Melanomas ocorreram em dois (3,5%) pacientes. O risco cumulativo em cinco anos para melanoma foi de 4,8% (IC 95%: 1,9-11,5%). A razão de morbidade padronizada foi de 1.584 (IC 95%: 266-5232, p < 0,001).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: O tamanho da amostra reduz a precisão da estimativa de risco relativo.
CONCLUSÕES: O estudo é pioneiro na América do Sul em analisar, de forma prospectiva, dados de pacientes com nevo melanocítico congênito grande, demonstrando que esses indivíduos apresentam maior risco de desenvolvimento de melanoma do que a população geral (p < 0,001).
Palavras-chave: Nevo Pigmentado; Nevos e Melanomas; Melanoma; Risco
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Resumo
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Fernanda Ayres de Morais e Silva Cardoso, Gerardo Vasconcelos Mesquita, Viriato Campelo, Maria do Carmo de Carvalho e Martins, Camila Aparecida Pinheiro Landim Almeida, Regina Silva Rabelo, Amanda Eugênia Almeida Rocha, Jadson Lener Oliveira dos Santos et al.
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FUNDAMENTOS: A incidência do câncer da pele tem aumentado mundialmente, em particular as taxas de melanoma, com aumento médio de 2,6% por ano nos últimos 10 anos. O consenso existente sobre a relação entre a exposição prolongada e crônica ao sol e o surgimento dessas neoplasias faz com que vários trabalhadores que exercem suas atividades expostos à radiação solar - entre eles os agentes comunitários de saúde - formem um grupo de risco para o desenvolvimento do câncer cutâneo.
OBJETIVOS: Analisar a prevalência e os fatores associados ao uso de protetor solar em grupo de risco para o câncer da pele.
MÉTODOS: Estudo transversal com agentes comunitários de saúde selecionados por amostragem casual simples. Depois da coleta dos dados por meio de entrevista semiestruturada, realizou-se análise descritiva para as variáveis qualitativas; análise bivariada na verificação da associação entre o uso do fotoprotetor e as variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de conhecimento sobre a pele; e análise multivariada para as variáveis independentes associadas ao uso do fotoprotetor. Foi utilizado o nível de significância de 5%.
RESULTADOS: Dos 261 agentes de saúde selecionados, 243 participaram do estudo. A prevalência do uso do protetor solar nesses indivíduos foi de 34,2% (IC95%: 28,2-40,2). Os fatores associados ao uso da fotoproteção foram sexo feminino, faixa etária elevada, uso de protetor solar em situações nas quais a pele ficou ardida, conhecimento dos efeitos negativos do sol sobre a pele e antecedentes de câncer da pele.
CONCLUSÕES: A prevalência encontrada revela a necessidade da implementação de estratégias de educação em saúde em relação à fotoproteção.
Palavras-chave: Neoplasias cutâneas; Prevenção primária; Protetores solares
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Sergio Delort, Evaldo Marchi, Marcos Antônio Corrêa
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Hiperidrose é a produção excessiva de suor, podendo ser primária e focal ou secundária a diversas patologias. A causa exata da hiperidrose focal primária ainda é desconhecida, embora se saiba que existe uma participação genética. Sua prevalência varia em torno de um a 2,8%. Os locais mais acometidos são axilas, regiões palmoplantares e face. Causa muito desconforto, afetando a qualidade de vida dos indivíduos acometidos, e estima-se ser pouco valorizada e tratada pelos profissionais de saúde. Muitos tratamentos são propostos, tanto clínicos quanto cirúrgicos. O objetivo desta revisão é focar no tratamento com a oxibutinina, agente anticolinérgico originalmente usado para o tratamento de bexiga hiperativa.
Palavras-chave: Antagonistas colinérgicos; Hiperidrose; Terapêutica
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Charles Antonio Pires de Godoy, Alice Lima de Oliveira Neta, Sofia Silveira de Souza Leão, Raul Lima Dantas, Valeska Oliveira Fonseca Carvalho, Samuel Freire da Silva et al.
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Carcinoma basocelular é a neoplasia cutânea mais comum no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar o comprometimento das margens cirúrgicas do carcinoma basocelular e correlacioná-lo ao subtipo histológico. Foram analisados, retrospectivamente, prontuários do Laboratório de Patologia no período de 1990 a 2000, e coletados dados, como idade, sexo, raça, localização anatômica, tipo histológico e situação das margens de excisão, em 1.428 laudos histopatológicos de carcinoma basocelular. As idades variaram de 6 a 99 anos, com média de 57 anos. Houve discreto predomínio das lesões no sexo feminino, em pacientes de cor branca, e o subtipo histológico mais frequente foi o nodular, seguido do superficial. A localização mais comum foi em cabeça e pescoço, com maior prevalência no nariz. As margens cirúrgicas revelaram comprometimento lateral de 20,14% e comprometimento profundo de 12,47%. O carcinoma basocelular fibrosante foi o tipo histológico que mais apresentou margens cirúrgicas comprometidas.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Neoplasia de células basais; Neoplasias cutâneas; Recidiva local de neoplasia
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Sylvia Aide Martinez-Cabriales, Ivette Miranda-Maldonado, Jorge Ocampo-Candiani
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Acrospiroma, também conhecido como hidradenoma, é um tumor cutâneo raro que apresenta várias características histológicas. Como consequência, um elevado índice de suspeição é necessário para o seu diagnóstico. Relatamos um caso que ilustra a importância de uma boa correlação clínico-patológica a fim de reconhecer essa doença.
Palavras-chave: Acrospiroma; Couro Cabeludo; Dermatoses do Couro Cabeludo; Neoplasias de Anexos e de Apêndices Cutâneos; Poroma; Neoplasias de Glândulas Sudoríparas
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Hassanain Al-Talib, Alyaa Al-khateeb, Ayad Hameed, Chandrika Murugaiah
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A acne vulgar é uma condição extremamente comum que afeta a unidade pilossebácea da pele e é caracterizada pela presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos, que podem resultar em cicatrizes permanentes. A acne vulgar comumente afeta adolescentes e jovens. A acne vulgar ativa é geralmente associada a várias complicações, como hiperpigmentação ou hipopigmentação, formação de cicatrizes e desfiguração da pele. Estudos anteriores têm almejado a eficiência e a segurança de agentes locais e sistêmicos no tratamento da acne vulgar ativa. O peeling químico superficial é um procedimento cutâneo que pode causar eventos adversos potencialmente indesejáveis. Este estudo foi realizado para analisar a eficácia e a segurança do peeling químico superficial no tratamento da acne vulgar ativa. Esta é uma revisão estruturada de sete artigos que satisfazem os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. As avaliações clínicas foram baseadas em comparações entre o estado pré-tratamento e o estado pós-tratamento e no papel do peeling químico superficial na redução de pápulas, pústulas e comedões da acne vulgar ativa. O estudo demonstrou que quase todos os pacientes toleraram bem os procedimentos de peeling químico, embora leve desconforto, queimação, irritação e eritema tenham sido relatados. A incidência de eventos adversos maiores foi muito baixa, e eles foram facilmente manejáveis. Em conclusão, o peeling químico com ácido glicólico é bem tolerado e é uma modalidade de tratamento segura para a acne vulgar ativa, enquanto o peeling com ácido salicílico é mais conveniente no tratamento de pacientes com pele mais escura e levou a melhora significativa e mais precoce do que a provocada pelo ácido glicólico.
Palavras-chave: Ácido poliglicólico; Ácido salicílico; Acne vulgar
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Resumo
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Vicente Torres, Maria Isabel Herane, Adilson Costa, Jaime Piquero Martin, Patricia Troielli et al.
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Skin disease occur worldwide, affecting people of all nationalities and all skin types. These diseases may have a genetic component and may manifest differently in specific population groups; however, there has been little study on this aspect. If population-based differences exist, it is reasonable to assume that understanding these differences may optimize treatment. While there is a relative paucity of information about similarities and differences in skin diseases around the world, the knowledge-base is expanding. One challenge in understanding population-based variations is posed by terminology used in the literature: including ethnic skin, Hispanic skin, Asian skin, and skin of color. As will be discussed in this article, we recommend that the first three descriptors are no longer used in dermatology because they refer to nonspecific groups of people. In contrast, "skin of color" may be used - perhaps with further refinements in the future - as a term that relates to skin biology and provides relevant information to dermatologists.
Palavras-chave: Acne vulgaris; Genetics; Dermatology
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Helena Toda Sanches de Brito, Cecília Silva Nunes de Moura Dionísio, Joana Cintia Monteiro Ferreira, Maria Joaninha Madalena de Palma Mendonça da Costa Rosa, Fernando Petrucci Bernardo e Cunha, Maria Manuela Antunes Pecegueiro da Silva Garcia et al.
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O carcinoma ductal écrino (CDE) é um raro carcinoma das glândulas sudoríparas com diferenciação ductal. Clinicamente, caracteriza-se por crescimento lento, placas endurecidas ou nódulos predominantemente localizados na cabeça e no pescoço. Histologicamente, o CDE compartilha características com o câncer de mama invasivo, causando grandes desafios diagnósticos. Relatamos o caso de uma mulher de 69 anos que apresentou uma placa endurecida na axila. A biópsia da pele foi realizada e câncer de mama invasivo e metastático não pôde ser descartado. Realizou-se excisão completa e posterior estudo, levando ao diagnóstico de CDE positivo para o receptor de estrogênio com metástases linfonodais axilares associadas. A paciente recebeu radioterapia adjuvante para a axila esquerda e iniciou o uso de letrozol via oral. Ela está livre de doença 14 meses após o diagnóstico inicial.
Palavras-chave: Axila; Carcinoma ductal; Neoplasias das glândulas sudoríparas
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Resumo
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Husein Husein-ElAhmed, Rafael Armijo-Lozano
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Os lábios são estruturas que desempenham um papel essencial na estética e em diferentes funções, tais como nutrição e fala. A complexa anatomia dos lábios - composta por três camadas: pele, mucosa e músculo - torna o tratamento cirúrgico dessa área um desafio terapêutico. O uso de retalhos para a reconstrução de grandes defeitos com baixo risco de necrose é possível, dado ao abundante suprimento sanguíneo dos lábios. Relata-se um caso de reconstrução cirúrgica do lábio inferior após a excisão de um carcinoma de células escamosas grave com o uso de retalho de Abbe-Estlander pele-mucosa com resultado satisfatório.
Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas; Retalhos cirúrgicos; Retalhos de tecido biológico
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Resumo
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Karina Colossi Furlan, Priscila Kakizaki, Juliana Cabral Nunes Chartuni, José Alexandre Sittart, Neusa Yuriko Sakai Valente et al.
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O hidroacantoma simples é uma neoplasia intraepidérmica rara que se origina da região do acrossiríngeo do ducto sudoríparo écrino. Transformação maligna do tumor é relatada, e o tratamento consiste em exérese local ou cirurgia micrográfica de Mohs. Relatamos o primeiro caso tratado com criocirurgia com regressão total e ausência de recidiva após sete anos de seguimento.
Palavras-chave: Adenoma de glândula sudorípara; Criocirurgia; Dermatoscopia; Poroma
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Resumo
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Caren dos Santos Lima, Roberta Duarte Bezerra Pinto, Heliana Freitas de Oliveira Góes, Simone de Abreu Neves Salles, Enoi Aparecida Guedes Vilar, Carla dos Santos Lima et al.
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A Síndrome de Sweet é uma afecção cutânea benigna pouco frequente, cuja patogênese ainda permanece desconhecida. A forma clássica da doença é mais comum em mulheres e se apresenta como lesões pápulo-nodulares, dolorosas e de coloração eritematosa ou violácea, localizadas principalmente na face, pescoço e membros superiores, acompanhadas por febre e leucocitose com neutrofilia. Apesar de ser considerada um marcador de doença sistêmica em mais da metade dos pacientes, a associação dessa dermatose com a doença de Crohn é rara, havendo poucos casos descritos na literatura, dos quais, nenhum era brasileiro. Relata-se um caso de uma paciente portadora de doença de Crohn que evoluiu com quadro clássico de Síndrome de Sweet.
Palavras-chave: Doença de Crohn; Infiltração de neutrófilos; Síndrome de Sweet
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Imagens Em Dermatologia Tropical/Infectoparasitária
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Bruna Morassi Sasso, Ana Beatriz Barbosa Torino, Andréa Fernandes Eloy da Costa França, Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
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As lesões cutâneas periungueais e paroníquia-like podem mimetizar diversas patologias, configurando um desafio diagnóstico que, invariavelmente, necessita da correlação com exames complementares. Relatamos um caso de leishmaniose com lesão tumoral e ulcerada de localização atípica periungueal. Apesar de a lesão paroníquia-like da leishmaniose tegumentar ser uma variante incomum e rara, devido a sua importância epidemiológica no Brasil, é imprescindível que a hipótese de leishmaniose seja aventada por clínicos e dermatologistas para que se proponha a correta propedêutica diagnóstica e terapêutica.
Palavras-chave: Unhas; Paroníquia; Leishmaniose cutânea
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Síndrome em Questão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Özlem Bilgiç
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A síndrome de Werner é uma doença autossômica recessiva rara, causada por mutações no gene WRN. Os achados clínicos incluem: aparência senil, baixa estatura, cabelos grisalhos, alopecia, face parecida com a de um pássaro, alterações da pele semelhantes à esclerodermia, úlceras cutâneas, anormalidades da voz, cataratas, osteoporose, diabetes mellitus tipo 2, cardiopatia isquêmica e hipogonadismo. A síndrome começa a se tornar aparente na adolescência, mas, geralmente, é diagnosticada na terceira ou quarta década de vida. Uma vez que os pacientes geralmente morrem aos 40-50 anos de idade devido a neoplasias malignas ou complicações ateroscleróticas, eles devem ser acompanhados de perto e tratadas suas complicações.
Palavras-chave: Úlcera de perna; Progéria; Esclerodermia localizada; Síndrome de Werner
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Amanda Brilhante Pontes, Juliana Lacerda Reis Ucelli, Daniel Lago Obadia, Leninha Valério do Nascimento
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Patrick Alexander Wachholz, Paula Yoshiko Masuda, Ana Cecília Versiani Duarte Pinto, Antônio Carlos Ceribelli Martelli
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Poucos estudos têm descrito opções terapêuticas no prurido braquiorradial. Descreve-se um estudo seccional realizado com pacientes de prurido braquiorradial tratados em unidade ambulatorial. Foram revisados os prontuários e entrevistados os pacientes com prurido braquiorradial, sem indicação de cirurgia descompressiva, com o intuito de acessar as percepções da intensidade do prurido antes do tratamento e a resposta à terapia medicamentosa. Antidepressivos e anticonvulsivantes foram as drogas mais prescritas. Melhores reduções do prurido associaram-se com intensidades maiores antes do tratamento e tratamentos mais longos.
Palavras-chave: Dermatopatias; Estudos transversais; Prurido; Terapêutica
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Daoxian Kang
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Elaine Crystine Vieira de Paiva, Natália Tomaz Bezerra, José Telmo Valença Júnior, Antônio Renê Diógenes de Sousa
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Mara Huffenbaecher Giavina-Bianchi, Pedro Francisco Giavina-Bianchi Junior, Cyro Festa Neto
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As diversas descobertas dos últimos anos no estudo do microambiente tumoral já provocam mudanças na conduta terapêutica e aumentam as esperanças quanto a um melhor manejo do paciente com melanoma, especialmente para aqueles nos estádios mais avançados da doença. Sete novas drogas para melanoma metastático foram aprovadas pelo FDA de 2011 a 2014. São elas: o vemurafenibe, o dabrafenibe e o trametinibe, que são inibidores de quinases, utilizados nos pacientes com mutação BRAFV600E; o ipilimumabe (anti-CTLA4), o pembrolizumabe (anti-PD-1) e o nivolumabe (anti-PD-1), que são anticorpos monoclonais estimulantes do sistema imune; e o Peginterferon alfa-2b, que é uma citocina antiproliferativa utilizada como terapia adjuvante. Neste artigo, iremos revisar as bases moleculares destes novos tratamentos do melanoma metastático citados acima e também outras descobertas moleculares em estudo no melanoma, como os chamados antígenos Câncer-Testis. Estes são capazes de induzir resposta imune humoral e celular em pacientes com câncer e, devido a essa imunogenicidade e ao restrito padrão de expressão em tecidos normais, são considerados candidatos ideais para o desenvolvimento de vacinas terapêuticas contra o câncer. Dentre os antígenos Câncer-Testis, o antígeno NY-ESO-1 é um dos mais bem caracterizados em termos de padrão de expressão e imunogenicidade. É expresso entre 20-40% dos melanomas, mais frequentemente em tumores metastáticos do que em primários, e de forma heterogênea, tanto inter-quanto intratumoral. O índice de Breslow está associado à expressão do NY-ESO-1 nos melanomas primários da pele, mas sua relação com a sobrevida do paciente permanece controversa.
Palavras-chave: Imunoterapia; Melanoma; Microambiente tumoral; Terapia de alvo molecular
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Kazuhiro Torii, Noriaki Maeshige, Michiko Aoyama-Ishikawa, Makoto Miyoshi, Hiroto Terashi, Makoto Usami et al.
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FUNDAMENTOS: Ainda não foi estabelecido um único regime terapêutico eficaz para queloides, e espera-se o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. O butirato, um ácido graxo de cadeia curta, e o ácido docosa-hexaenoico (DHA), um ácido graxo poli-insaturado ω-3, desempenham múltiplos papéis anti-inflamatórios e anticancerígenos por meio de seus respectivos mecanismos de ação.
OBJETIVO: Neste estudo, avaliamos os efeitos antifibrogênicos de seu uso único e combinado em fibroblastos de queloides.
MÉTODOS: Os fibroblastos dos queloides foram tratados com butirato (0-16 mM) e/ou DHA (0-100 µM) por 48 ou 96 horas.
RESULTADOS: o butirato provocou a inibição da proliferação celular, inibição das expressões da actina do múculo liso alfa (α-SMA), do colágeno tipo III, dos receptores tipo I dos fatores de transformação do crescimento TGF-β1 e TGF-β, e elevação da prostaglandine E2 com aumento da expressão da ciclo-oxigenase-1 e indução da acetilação de histonas. O DHA inibiu a expressão dos receptores α-SMA, colágeno tipo III e TGF-β tipo I. Já a combinação butirato/DHA aumentou os efeitos antifibrogênicos, resultando em inibição adicional das expressões de α-SMA e colágeno dos tipos I e III, com forte destruição de fibras de estresse e indução da apoptose. Além disso, a combinação butirato/DHA inibiu a expressão da ciclo-oxigenase 2, sugerindo um efeito anti-inflamatório mais forte do que cada monoterapia.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A ativação do tecido queloide é afetada não apenas por fibroblastos, mas também por células epiteliais e células imunes. A avaliação dos efeitos do butirato e do DHA nessas células ou num estudo in vivo é necessária.
CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que o butirato e o DHA têm efeitos antifibrogênicos nos fibroblastos dos queloides e que podem exercer efeitos terapêuticos para o queloide.
Palavras-chave: Ácidos docosa-hexaenoicos; Butiratos; Fibroblastos; Fibrose; Queloide; Prostaglandinas E
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Resumo
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Tatiana Cristina Pedro Cordeiro de Andrade, Bruna Cortinóvis Vieira, Agnes Mayumi Nakano Oliveira, Tábata Yamasaki Martins, Tatiane Meira Santiago, Antônio Carlos Ceribelli Martelli et al.
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FUNDAMENTOS: Hidradenite é uma doença inflamatória crônica dos folículos pilosos. Seu tratamento adequado é necessário devido à cronicidade e às diversas alterações psicológicas que os pacientes apresentam.
OBJETIVO: Investigar aspectos epidemiológicos e elaborar perfil de grupo de risco, fomentar o diagnóstico precoce e contribuir para o entendimento da doença.
MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal e descritivo, com análise retrospectiva de prontuários de 194 pacientes com diagnóstico de hidradenite em unidade terciária de referência em dermatologia na cidade de Bauru (SP) entre 2005 e 2015.
RESULTADOS: O sexo feminino correspondeu a 74% dos casos. A idade ao diagnóstico variou de 10 a 67 anos, sendo que a maioria encontrava-se na 3ª e 4ª décadas de vida. Ocorreu associação com diabetes mellitus em 33%, obesidade em 55% e tabagismo em 61%. O tempo médio entre o aparecimento da doença e o diagnóstico foi de 9 anos. O estágio de Hurley II foi o mais comum ao diagnóstico. A opção terapêutica mais utilizada em Hurley I e II foi antibiótico sistêmico, e, em Hurley III, foi cirurgia.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A principal limitação do estudo é seu modelo retrospectivo, pois não permite a verdadeira confirmação clínica da doença pelos investigadores.
CONCLUSÃO: Delineou-se o seguinte perfil: mulheres, caucasianas, entre 3ª e 4ª décadas de vida, associado a obesidade, tabagismo, diagnóstico tardio e múltiplas modalidades terapêuticas possíveis. Destaca-se a importância de estudos como este que identifica grupos de risco e favorece o diagnóstico precoce.
Palavras-chave: Epidemiologia; Hidradenite; Hidradenite supurativa
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Aline Neves Freitas Cabral, Rafael Henrique Rocha, Ana Cristina Vervloet do Amaral, Karina Bittencourt Medeiros, Paulo Sérgio Emerich Nogueira, Lucia Martins Diniz et al.
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Angiossarcoma é tumor raro e agressivo, com altas taxas de metástases e recidivas, que exibe predileção pela pele e pelos tecidos moles superficiais. Relatam-se três casos distintos e típicos de angiossarcoma atendidos em um único serviço de dermatologia, em menos de um ano: i) angiossarcoma em membro inferior acometido por linfedema crônico, caracterizando síndrome de Stewart-Treves; ii) forma mais frequente de angiossarcoma, localizado no couro cabeludo e na face de homem idoso; e iii) angiossarcoma localizado na pele de mama previamente irradiada. Todas as lesões apresentaram exames histopatológicos característicos: proliferação vascular irregular, exibindo padrão dissecante entre os feixes colágenos e com projeção de núcleos endoteliais atípicos em direção ao lúmen.
Palavras-chave: Hemangiossarcoma; Linfangiossarcoma; Linfedema; Linfedema não filariídeo; Sarcoma
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Resumo
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Dmitry José de Santana Sarmento, Sérgio Henrique Gonçalves de Carvalho, José Cadmo Wanderley Peregrino de Araújo Filho, Marianne de Vasconcelos Carvalho, Éricka Janine Dantas da Silveira et al.
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O relato de caso mostra uma paciente do sexo feminino, 35 anos de idade, mulata e com assimetria facial, portadora de neurofibromatose tipo 1. A paciente apresentou duas lesões: displasia cemento-óssea florida e granuloma periférico de células gigantes. Foi encaminhada para tratamento cirúrgico do granuloma periférico de células gigantes displasia óssea florida foi tratada, de forma conservadora, por uma equipe multidisciplinar. No presente, não foram observadas alterações no estado clínico. Não houve recidiva do granuloma de células gigantes periférico. Até este parece ser o primeiro relato de um caso de com neurofibromatose tipo 1 associada com granuloma periférico de células gigantes e displasia cemento-óssea florida no mesmo paciente.
Palavras-chave: Dermatologia; Granuloma de células gigantes; Neurofibromatose 1
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