Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Xiaolin Bu, Juan Fan, Xiaoli Hu, Xinling Bi, Bin Peng, Denghai Zhang et al.
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Relatamos o caso de paciente de 80 anos de idade, com artrite reumatoide grave tratada com glicosídeo de tripterygium, um agente imunossupressor extraído de planta medicinal chinesa denominada Tripterygium wilfordii Hook F. O paciente não apresentava lesões cutâneas aparentes antes do tratamento, mas desenvolveu lesões hiperqueratóticas agressivas com rápida progressão após uso do medicamento. O paciente era repetidamente diagnosticado com eczema, mas o tratamento não era eficaz. O exame microscópico exame microscópico das lesões revelou vários ácaros e ovos. Assim, confirmamos o diagnóstico de sarna norueguesa. Após o tratamento com crotamiton a 10% e pomada de enxofre a 10% por um mês, os sintomas clínicos do paciente desapareceram.
Palavras-chave: Artrite reumatoide; Imunossupressão; Medicina Herbária; Sarcoptes scabiei
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Erik Montagna, Otávio Sérgio Lopes
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O carcinoma basocelular é o mais comum dos cânceres, apresenta baixa mortalidade, porém alta morbidade, e tem como fator de risco a exposição à radiação solar, sobretudo no espectro de UVB. Os fatores de risco constitucionais mais importantes para o desenvolvimento de carcinoma basocelular são fototipos claros (I e II, pela classificação de Fitzpatrick), história familiar positiva de carcinoma basocelular (30-60%), sardas na infância, olhos e cabelos claros. O fator de risco ambiental mais bem estabelecido é a exposição à radiação ultravioleta. No entanto, perfis de exposição solar diferentes, provavelmente, são fatores de risco independentes para determinados tipos clínico-histológicos, topografias e prognóstico desse tumor, sendo focos de controvérsia entre pesquisadores. Estudos corroboram que alterações nos genes da via de sinalização celular Hedgehog estão associadas ao desenvolvimento de carcinoma basocelular. A via de sinalização celular Hedgehog é ativada na organogênese, porém está alterada em diversos tipos de tumores.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Genética; Proteínas hedgehog
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Yunjie Zhang, Shuang Jiang, Hongxia Chen, Xianbiao Zou
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A mancha em vinho do Porto é um tipo de telangiectasia superficial congênita comum da camada dérmica, que acomete principalmente a testa, a face e o pescoço. A pele afetada revela lesões avermelhadas ou púrpuras, anormais, que escurecem e engrossam com o passar do tempo. Alterações nodulares podem ocorrer com o avançar da idade. Caso não sejam tratadas, as manchas em vinho do Porto dificilmente regridem, o que pode causar sérios impactos psicológicos ao paciente ao longo dos anos, afetando sua qualidade de vida. Neste relato, concentramo-nos em dois casos de mancha em vinho do Porto em pacientes pediátricos; o paciente mais jovem tinha apenas um ano e meio de idade. Durante e após o tratamento, a terapia fotodinâmica mediada por hematoporfirina apresentou menos reações adversas, curto período de fotoproteção, fácil cuidado e boa eficácia.
Palavras-chave: Fotoquimioterapia; Pediatria; Relatos de casos
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Julia Rocha Silva Santos, Dâmia Leal Vendramini, José Augusto da Costa Nery, João Carlos Regazzi Avelleira
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Uma das maiores dificuldades no tratamento da hanseníase é o controle dos episódios reacionais. Pacientes virchowianos podem apresentar a reação tipo II, ou eritema nodoso hansênico, durante o tratamento e essa reação pode permanecer de forma recidivante após a alta, obrigando o uso de talidomida e/ou prednisona por longos períodos e aumentando risco de efeitos colaterais. Foram encontrados dois relatos do uso de anti-TNF no eritema nodoso hansênico. Houve boa resposta do eritema nodoso hansênico com o infliximabe e o etanercepte. O caso relatado evidencia paciente virchowiano e quadro reacional recidivante, controlado com etanercepte e acompanhado por 10 meses, sendo retirada a talidomida e mantida a prednisona 10 mg/dia.
Palavras-chave: Eritema nodoso; Fator de necrose tumoral alfa; Hanseníase
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Hiram Larangeira de Almeida Jr., Mariana Geber de Almeida, Valéria Magalhães Jorge, Luciana Boff de Abreu
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Relatamos os achados ultraestruturais de uma paciente negra de 72 anos, com pápulas amareladas na região cervical. Não havia comorbidades associadas, o exame oftalmológico, o eletrocardiograma e o ecocardiograma foram normais. A coloração com hematoxilina-eosina da pele afetada mostrou intensa alteração na derme média, com material eosinofílico irregular, havendo perda da distribuição paralela dos feixes de colágeno. A coloração com orceína mostrou que as fibras elásticas perderam sua configuração linear, com fragmentação e aglomeração. Por vezes, estruturas quadradas foram vistas. A microscopia eletrônica de transmissão demonstrou fibras elásticas aberrantes, com contorno irregular e estrutura interna irregular. Pequenas fibras elásticas também foram observadas. As fibras colágenas demonstraram estrutura normal, com distribuição desorganizada. À microscopia eletrônica de varredura, observou-se desorganização das fibras colágenas e depósitos pétreos medindo ao redor de cinco micra, associados com depósitos maiores com 10-16µm. Grandes aumentos demostraram que algumas das estruturas menores tinham contorno poliédrico ou quadrado.
Palavras-chave: Microscopia eletrônica de transmissão; Microscopia eletrônica de varredura; Tecido elástico
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Imagens em Dermatologia Tropical
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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John Verrinder Veasey, Ricardo Bertozzi de Avila, Marcus Antônio Maia de Olivas Ferreira, Rosana Lazzarini
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A tinha negra é uma micose superficial propriamente dita, cujo diagnóstico é confirmado com o isolamento do agente infeccioso Hortaea werneckii por meio de exames micológicos. A microscopia confocal reflectante in vivo, inicialmente utilizada em dermatoses melanocíticas, tem sido empregada em doenças cutâneas infecciosas com capacidade de identificar o parasita na esfera celular. Relatamos aqui, pela primeira vez na literatura científica, o uso da microscopia confocal reflectante in vivo em um caso de tinha negra e comparamos seus achados aos encontrados na dermatoscopia e nos exames micológicos.
Palavras-chave: Cultura; Dermatologia; Dermatopatias; Dermoscopia; Feoifomicose; Infecções bacterianas e micoses; Meios de cultura; Micoses; Microscopia confocal; Tinha
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maraya de Jesus Semblano Bittencourt, Josie Eiras Bisi dos Santos, Jorge Nazareno da Silva Barros Junior, Ellen Maria Sampaio Xerfan
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Granulomas causados por grafite de lápis são raramente reportados na literatura. Uma mulher de 67 anos apresentou-se com um nódulo subcutâneo azulado, medindo cerca de 4mm, na fronte. Ela lembrava ter sido atingida por um lápis com ponta cerca de 60 anos antes. O nódulo subcutâneo foi excisado e microscopicamente revelou uma reação de corpo estranho com histiócitos contendo partículas enegrecidas, grosseiras e fragmentadas. O caso foi diagnosticado como um granuloma causado por grafite de lápis com base no histórico da lesão e no resultado do exame histopatológico.
Palavras-chave: Células gigantes de corpo estranho; Corpos estranhos; Grafite; Granuloma de corpo estranho
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Priscila Miranda Diogo Mesquita, Augusto Diogo Filho, Miguel Tanus Jorge, Alceu Luiz Camargo Villela Berbert, Sônia Antunes de Oliveira Mantese, José, Joaquim Rodrigues et al.
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Rafaella Daboit Castagna, Juliana Mazzoleni Stramari, Raíssa Massaia Londero Chemello
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Nevo melanocítico recorrente é proliferação de melanócitos originada em nevo melanocítico removido parcialmente. Assimetria e pigmentação irregular levam à confusão diagnóstica com melanoma. A paciente relatava lesão no abdome inferior removida por shaving. O exame anatomopatológico revelou nevo melanocítico intradérmico. Dois meses depois, observou-se nova lesão hiperpigmentada e irregular sobre a cicatriz. O histopatológico da biópsia excisional foi compatível com nevo melanocítico recorrente. O nevo melanocítico recorrente manifesta-se como área de cicatriz com hiper/hipopigmentação, estrias lineares, halo pontilhado e/ou padrão de pigmentação difusa. Histologicamente, a junção dermoepidérmica e a derme superficial demonstram proliferação melanocítica sobrejacente à cicatriz. Se não há laudo anatomopatológico da lesão inicial, a excisão completa é o padrão ouro. Caso contrário, o acompanhamento dermatoscópico regular é opção terapêutica. Neste caso, ressalta-se a importancia da análise histopatológica de material excisado, mesmo na suspeita de lesão benigna, e da informação ao paciente sobre a possível recorrência de lesões não removidas completamente.
Palavras-chave: Histologia; Nevo; Procedimentos cirúrgicos ambulatórios
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Qual é seu diagnóstico ?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Caso para diagnóstico*
Case for diagnosis. Infective dermatitis associated with HTLV-1: differential diagnosis of atopic dermatitis*
Resumo
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Lorena Maria Lima de Oliveira, Marcos Vilela de Souza, Antonio Carlos Martins Guedes, Marcelo Grossi Araújo
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A dermatite infecciosa associada ao HTLV-1 (DIH) é o principal marcador cutâneo da infecção pelo HTLV-1. Ocorre, principalmente, em crianças e deve ser diferenciada de outros eczemas, especialmente da dermatite atópica. As maiores casuísticas da DIH são provenientes da Jamaica e do Brasil. Estima-se em 15 a 20 milhões de pessoas infectadas pelo vírus no mundo, e o Brasil é uma das regiões endêmicas. Estudos sugerem que a DIH em crianças possa ser um marcador para o desenvolvimento de leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) ou mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/ TSP) na vida adulta.
Palavras-chave: Dermatite; Dermatite atópica; Eczema; Leucemia-linfoma de células T do adulto; Paraparesia espástica tropical; Vírus 1 linfotrópico T humano
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Mayara Monique Figueiredo Pinheiro, Antonio Pedro Mendes Schettini, Carlos Alberto Chirano Rodrigues, Mônica Santos
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Marina Zoega Hayashida, Jhonatan Rafael Siqueira Pinheiro, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Mônica Ribeiro de Azevedo Vasconcellos
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Livia Ariane Lopes Barroso, Flavia Sternberg, Maria Natalia Inacio de Fraia e Souza, Gisele Jacobino de Barros Nunes
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Tricotilomania é considerada um distúrbio do comportamento caracterizado pelo hábito recorrente de puxar os cabelos, resultando em alopecia secundária. Afeta 1% da população adulta, e 2% a 4,4% dos pacientes psiquiátricos preenchem critérios diagnósticos. Pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais prevalente nos adolescentes e no sexo feminino. O acometimento na infância não é incomum e tende a ter um curso clínico mais favorável. O couro cabeludo, as sobrancelhas e os cílios são os locais mais acometidos. Os agentes moduladores do glutamato, como a N-acetilcisteína, têm-se mostrado um tratamento promissor. A N-acetilcisteína atua por meio da redução do estresse oxidativo e da normalização da transmissão glutaminérgica. Neste trabalho, relatamos um caso de tricotilomania com excelente resposta ao uso da N-acetilcisteína.
Palavras-chave: Acetilcisteina; Alopecia; glutamatos; Tricotilomania
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Comunicação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Cecília Versiani Duarte Pinto, Patrick Alexander Wachholz, Gardenia Viana da Silva, Paula Yoshiko Masuda
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A hanseníase em menores de 15 anos é um grave problema de saúde pública. Nesta série retrospectiva de casos, realizada em centro de referência brasileiro (2004-2012), foram encontrados 18 casos, com média etária de 10,0±3,6 anos, e 16,6% deles entre 0-5 anos. Quase 56% dos casos eram meninas, com mediana de tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico de 11 meses (4-24); 77,8% relataram contato domiciliar com hansênicos. Na admissão, 66,7% apresentavam sintomas de predomínio cutâneo e 27,8% apresentavam incapacidades grau 2. A maioria foi classificada como multibacilar (66,7%). A metade da amostra desenvolveu reação (predominantemente tipo 1) durante o período de seguimento e 22,2% evoluíram com incapacidade tardia.
Palavras-chave: Criança; Estudos de casos; Hanseníase
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Fátima Tous-Romero, Ana María Delgado-Márquez, Vanessa Gargallo-Moneva, Carlos Zarco-Olivo
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Heliana Freitas de Oliveira Góes, Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias, Simone de Abreu Neves Salles, Caren dos Santos Lima, Müller da Silva Vieira, Luciana Pantaleão et al.
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O líquen plano pilar é uma doença que se manifesta com alopecia cicatricial linfocítica. É considerado uma variante folicular do líquen plano. O exame das áreas afetadas revela placas de alopecia com eritema e descamação perifoliculares, mostrando a sua predileção pelo folículo piloso. É incomum o acometimento de crianças, havendo poucas publicações da doença nessa população. É apresentado o caso clínico de um paciente masculino de 15 anos com lesões características de líquen plano pilar.
Palavras-chave: Alopecia; Lichen planus; Pediatrics
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Hatice Kaya Ozden, Mualla Polat, Hesna Muzeyyen Astarci
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Kátia Sheylla Malta Purim, Murilo Calvo Peretti, José Fillus Neto, Marcia Olandoski
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FUNDAMENTOS: Alterações histológicas e micológicas durante uso do itraconazol ainda não foram totalmente estabe lecidas na cromoblastomicose.
OBJETIVOS: Avaliar as modificações teciduais em portadores de cromoblastomicose em tratamento com itraconazol.
MÉTODOS: Estudo histológico retrospectivo de 20 casos de cromoblastomicose atendidos em hospital universitário no sul do país, durante tratamento com 200-400mg/dia de itraconazol. Os pacientes foram submetidos a avaliações periódicas a cada
quatro meses durante três anos. A coloração de hematoxilina-eosina foi usada para verificação de modificações epidérmicas,
infiltrado inflamatório e fibrose, e a de Fontana-Masson, para análise dos parasitas.
RESULTADOS: A coloração Fontana-Masson foi superior à da hematoxilina-eosina na demonstração de fungos na epiderme (diferença média=0,14, p<0,05). As respostas tissulares mais distintas da micose foram registradas na derme. Durante o tratamento,
ocorreram atrofia da epiderme, diminuição ou desaparecimento do infiltrado granulomatoso, aumento da fibrose e modificações quantitativas/morfológicas nos parasitas.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Não foi possível localizar os pacientes e avaliar sua condição cutânea atual.
CONCLUSÕES: As alterações teciduais e parasitárias verificadas neste estudo podem refletir a dinâmica parasita-hospedeiro sob a ação do itraconazol.
Palavras-chave: Cromoblastomicose; Histologia; Itraconazol; Micologia; Patologia
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ge Shi, Wei Li, Ni Liang, Ting-Ting Wang, Ying Zhou, Yi-Ming Fan et al.
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Poro dilatado de Winer é tumor dos apêndices cutâneos, pouco frequente, caracterizado por comedo gigante que ocorre na face, no pescoço e na parte superior do tronco em adultos. Relata-se o caso de uma paciente de 57 anos de idade, que desenvolveu múltiplas pápulas negras assintomáticas nos grandes lábios. O exame histopatológico mostrou folículos dilatados agrupados e revestidos por epitélio escamoso queratinizado na derme superficial. O epitélio de revestimento superficial e a epiderme interfolicular eram atróficos, enquanto o epitélio profundo mostrava proliferação leve e pigmentação de melanina com algumas projeções curtas que se estendiam para o interior da derme circundante. Foi diagnosticado como múltiplos poros dilatados de Winer com base nas lesões de surgimento tardio e nas características patológicas. Este pode representar o primeiro caso de múltiplos poros dilatados de Winer vulvares. Sugere-se que a eletrocauterização possa ser eficaz para tratar o tipo superficial dessa condição.
Palavras-chave: Eletrocoagulação; Neoplasias de anexos e apêndices cutâneos; Neoplasias vulvares; Patologia
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Davide Giuseppe Ribaldone, Giorgio Saracco, Rinaldo Pellicano
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Catarina Moreira, Maria João Cruz, Ana Paula Cunha, Filomena Azevedo
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Beatrice Mussio Fornazier Volpini, Marcus Maia, Jorge Agi, José Vital Filho, Rute Facchini Lellis et al.
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O lentigo maligno tem caráter extensivo e neoplásico. Pode apresentar progressão lenta e eventualmente se torna invasivo, sendo então denominado lentigo maligno melanoma. O melanoma ocular é o segundo tipo mais comum de melanoma. A úvea é o local de origem mais frequente dos melanomas oculares, enquanto o melanoma conjuntival ocorre em 1% a 5% dos casos oculares. Neste artigo, descrevemos um raro caso de melanoma conjuntival sincrônico a lentigo maligno na face.
Palavras-chave: Melanoma; Melanoma; Nevos e melanomas; Sarda melanótica de Hutchinson
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Panagiota Korkoliakou, Vasiliki Efstathiou, Ioanna Giannopoulou, Christos Christodoulou, Anargyros Kouris, Dimitrios Rigopoulos, Athanasios Douzenis et al.
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FUNDAMENTOS: A psoríase é uma doença inflamatória cutânea crônica e recidivante que acarreta impacto psicossocial na vida dos pacientes.
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo investigar a psicopatologia em pacientes com psoríase com base em instrumento psicométrico válido, bem como verificar a relação entre psicopatologia e alexitimia.
MÉTODOS: 108 pacientes com psoríase foram incluídos no estudo. A psicopatologia foi avaliada com a Lista de Verificação de Sintomas-90 Revisada (SCL-90-R), e a alexitimia, com a Escala de Alexitimia de Toronto (TAS-20). A severidade da doença foi clinicamente avaliada utilizando-se o Índice de Área e Severidade da Psoríase.
RESULTADOS: Quanto às dimensões psicopatológicas, pacientes do sexo feminino apresentaram níveis estatisticamente mais significantes de somatização, depressão, ansiedade, ansiedade fóbica e psicoticismo do que os homens. Pacientes com alexitimia apresentaram níveis estatisticamente mais significantes de somatização, sensibilidade interpessoal, ansiedade e ansiedade fóbica em relação aos pacientes não alexitímicos. A alexitimia correlacionou-se positivamente com somatização (r = 0,26, p < 0,01), sensibilidade interpessoal (r = 0,24, p < 0,05), depressão (r = 0,27, p < 0,01), ansiedade (r = 0,26, p < 0,01) e ansiedade fóbica (r = 0,26, p < 0,01). Além disso, a alexitimia também contribuiu para a predição dessas condições.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Amostra de estudo maior poderia produzir resultados mais seguros e generalizados. No entanto, até o presente momento, este foi o primeiro estudo a investigar várias dimensões psicopatológicas em pacientes com psoríase.
CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo indicam que a alexitimia e o sexo feminino foram associados a várias dimensões psicopatológicas em pacientes com psoríase. Pode-se sugerir que a alexitimia constitui fator importante no desenvolvimento de transtornos mentais entre pacientes com psoríase.
Palavras-chave: Ansiedade; Depressão; Emoções manifestas; Psoríase; Psicopatologia
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Álvaro Abarzúa, Sergio Álvarez-Véliz, Catherina Moll-Manzur
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Poromas écrinos e porocarcinomas são tumores anexiais derivados do acrossiríngeo. No entanto, o poroma écrino é de natureza benigna, ao passo que o porocarcinoma écrino é considerado como seu homólogo maligno. Relatamos o caso de um paciente com um poroma écrino e um porocarcinoma écrino simultâneos. Ambas as lesões não apresentavam características distintas claras, reforçando a necessidade de alto nível de suspeita clínica juntamente com a excisão cirúrgica e histopatologia para confirmação diagnóstica imediata.
Palavras-chave: Neoplasias de glândulas sudoríparas; Porocarcinoma écrino; Poroma
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Resumo
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Fang Liu, Wenxing Hu, Haibo Liu, Min Zhangaqui, Hong Sang et al.
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Relata-se o caso de uma menina de 12 anos, que apresentava angioedema recorrente em face, tronco e extremidades, e, concomitantemente, ganho considerável de peso por cinco anos. Durante o episódio, sua contagem de leucócitos aumentou para 47,7×109/L, com 89,9% de eosinófilos, seguida por nível sérico elevado de IL-5, IgE, IgM e LDH. O exame histopatológico mostrou infiltração eosinofílica perivascular e difusa por toda a derme. Possíveis causas de hipereosinofilia e infiltração eosinofílica de órgãos vitais foram descartadas. Examinou-se o gene de fusão FIP1L1/PDGFR e ETV6/PDGFR para excluir a possibilidade de neoplasia mieloide e dos vasos linfáticos. A paciente foi tratada com metilprednisolona e recebeu alta com dose regressiva de prednisolona oral, o que resultou na remissão completa do edema e normalização da contagem de eosinófilos no sangue periférico bem como dos níveis séricos de IL-5, IgE, IgM e LDH.
Palavras-chave: Angioedema; Eosinofilia; Interleucina 5
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Khalid M AlGhamdi, Ashok Kumar, Abdelkader E. Ashour, Ammar C. AL-Rikabi, Abdullah Hasan AlOmrani, Shaik Shaffi Ahamed et al.
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FUNDAMENTOS: As varizes e as complicações da doença venosa são distúrbios comuns em seres humanos.
OBJETIVO: Estudar os efeitos da bleomicina como potencial agente esclerosante novo e seus eventos adversos no tratamento de varizes.
MÉTODOS: Injetou-se bleomicina 0,1ml nas veias da orelha dorsal de coelhos brancos Nova Zelândia. Utilizou-se tetradecil sulfato de sódio como controle positivo. Solução salina normal foi utilizada como controle negativo. Os vasos sanguíneos das orelhas tratadas foram fotografados antes do tratamento, após uma hora e após dois, oito e 45 dias. As biópsias das áreas tratadas foram obtidas para exame histológico. Foram colhidas amostras de sangue para determinar qualquer possível toxicidade.
RESULTADOS: A bleomicina isolada foi ineficaz; portanto, foram utilizados lipossomas como carreadores para se administrar bleomicina ao lúmen da veia. Posteriormente, a bleomicina começou a mostrar seus efeitos esclerosantes. A monitorização não mostrou toxicidade hematológica, pulmonar, hepática ou renal aparente. Este estudo revelou que a vasculite induzida por bleomicina conduziu à oclusão vascular, que foi observada no primeiro dia e no oitavo dia após o tratamento. Não se observou lesão relacionada à bleomicina por exame histopatológico de secções de pulmão. O cálculo do coeficiente pulmão/peso corporal indicou que o edema estava presente nos grupos experimentais quando comparados aos controles negativo e positivo.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Foi utilizado um número relativamente pequeno de animais experimentais.
CONCLUSÕES: Este estudo mostrou que lipossomas contendo bleomicina foram capazes de induzir vasculite e oclusão vascular sem qualquer toxicidade ou complicações. Pode ser útil, portanto, tratar pacientes com varizes e outras doenças vasculares ectásicas com esse agente.
Palavras-chave: Bleomicina; Coelhos; Soluções esclerosantes; Varizes; Vasculite
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Resumo
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Anil Gulsel Bahali, Nahide Onsun, Ozlem Su, Dilek Biyik Ozkaya, Didem Dizman, Bugce Topukcu, Omer Uysal et al.
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FUNDAMENTOS: O prurido é o sintoma subjetivo mais frequente em doença dermatológica. São limitados os dados publicados sobre a predisposição e a intensidade do prurido na psoríase.
OBJETIVO: Neste estudo, objetivou-se investigar a prevalência de prurido e sua relação com o índice de gravidade por área de psoríase, o índice de massa corporal e a presença de doença sistêmica em pacientes com psoríase.
MÉTODOS: Foram analisados dados de pacientes psoriáticos diagnosticados em ambulatório de psoríase entre março de 2013 e junho de 2014, coletados retrospectivamente a partir do sistema de registro do PSR-TR.
RESULTADOS: Foram analisados 880 pacientes no total. O prurido foi prevalente em pacientes do sexo feminino. Essa diferença foi estatisticamente significativa. Não foram encontradas associações significativas entre idade dos pacientes, tipo clínico da
doença e prurido. O prurido foi mais comum em pacientes com maior índice de massa corporal. A presença de prurido foi
correlacionada significativamente com a gravidade da psoríase. Não apresentavam doença sistêmica 560 de 880 pacientes. A
presença de prurido não foi relacionada à presença de doença sistêmica. A existência de doença sistêmica com psoríase tem efeito mínimo sobre o prurido.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Não foi avaliada a intensidade do prurido.
CONCLUSÕES: O prurido não é mencionado entre os sintomas clássicos da psoríase. O prurido na psoríase é um sintoma muito
desagradável, com grande potencial para afetar a qualidade de vida do paciente e pode exacerbar a psoríase como fenômeno de Koebner.
Palavras-chave: Pacientes; Psoríase; Prurido
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Síndrome em Questão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Rafael Cavanellas Fraga, Priscila Kakizaki, Neusa Yuriko Sakai Valente, Larissa Karine Leite Portocarrero, Mônica Fernandes Senise Teixeira, Priscilla Fernandes Senise et al.
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A síndrome de Heerfordt-Waldenström é uma variante subaguda rara da sarcoidose, caracterizada por aumento das glândulas parótidas ou salivares, paralisia do nervo facial e uveíte anterior. No anatomopatológico dos órgãos afetados, há granulomas com escassez de linfócitos na periferia. Geralmente é autolimitada, com cura em 12 a 36 meses, sendo poucos os casos mais prolongados. O diagnóstico da síndrome é clínico, e o tratamento depende da gravidade do acometimento sistêmico. Os corticosteroides orais são a primeira opção. A taxa de mortalidade varia entre 1% e 5% dos casos.
Palavras-chave: Febre uveoparotídea; Glândula parótida; Paralisia facial; Sarcoidose; Uveíte
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Leela Rani Parimi, Jiabao You, Liu Hong, Furen Zhang
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A retículo-histiocitose congênita autorresolutiva é uma variante rara, benigna e autolimitada da histiocitose de células de Langerhans. A histiocitose de células de Langerhans engloba um grupo de distúrbios idiopáticos, caracterizados pela proliferação clonal de células de Langerhans. A retículo-histiocitose autolimitada aparece, geralmente, ao nascimento ou no período neonatal, manifestando-se como lesões cutâneas isoladas, geralmente com pápulas crostosas múltiplas sem achados sistêmicos. Embora as características clínicas pareçam ser agressivas, as lesões tendem a involuir espontaneamente em semanas ou em alguns meses, deixando máculas hipo ou hiperpigmentadas residuais. O diagnóstico precoce com base na histologia, imuno-histoquímica e em estudos de microscopia de elétrons eliminará intervenções terapêuticas desnecessárias. Embora quase sempre se resolva espontaneamente, a doença tem um curso clínico variável em alguns pacientes e apresenta casos de envolvimento extracutâneo e/ou recorrências. Portanto, a tranquilidade e o acompanhamento de longo prazo têm um papel essencial na administração dessa doença.
Palavras-chave: Anormalidades congênitas; Histiocitose; Células de Langerhans
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gabriela Rached Campos, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin, Ivan Dias de Campos Junior, Maria Letícia Cintra
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RESUMO
FUNDAMENTOS: Muitos fatores estão sendo identificados como potenciais indutores ao câncer da pele em pacientes pós-transplante hepático, dentre eles, o regime imunossupressor.
OBJETIVO: Estudar os fatores de risco que interferem na incidência de câncer da pele em pacientes transplantados de fígado.
MÉTODO: Efetuou-se um estudo observacional retrospectivo em 170 pacientes, dentre 349 pacientes transplantados, entre 1997 e 2010. Ao conjunto de dados coletados, foi ajustado modelo de regressão logística múltipla (modelo saturado), tendo como variável resposta câncer da pele após o transplante indicado em análise anatomopatológica entre 1997 e 2014.
RESULTADOS: A incidência de câncer da pele encontrada neste estudo foi de 9,4%. Os fatores significativos foram diabetes no 3º ano pós-transplante (p= 0,047), não usar tacrolimus no primeiro ano pós-transplante (p=0,025) e ceratose actínica (p=0,003).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Uma limitação importante é que as interpretações dos resultados foram baseadas em informações coletadas sobre pacientes submetidos a transplante em um único centro. Pesquisas futuras multicêntricas são necessárias, envolvendo populações maiores e mais diversificadas.
CONCLUSÃO: Os fatores encontrados podem contribuir para programas brasileiros de vigilância associados à diminuição de incidência de câncer da pele em pacientes transplantados.
Palavras-chave: Imunossupressores; Neoplasias cutâneas; Transplante; Transplante de fígado
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Cartas
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Anca Chiriac, Marius Florin Coros, Cristian Podoleanu, Simona Stolnicu
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Arunprasath Palanisamy, Sunjanaa Dhepa Rajappavu, Srivenkateswaran Kothandapany
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Mariele Gobo de Oliveira, Luciana Patricia Fernandes Abbade, Hélio Amante Miot, Rosana Rossi Ferreira, Elenice Deffune et al.
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FUNDAMENTOS: As úlceras venosas representam 70% das úlceras de membros inferiores e são de difícil cicatrização, necessitando de uma correta abordagem diagnóstica e terapêutica. Muitos produtos têm sido desenvolvidos para a cicatrização, como o gel de plaquetas homólogo, obtido do hemocomponente concentrado de plaquetas, excedente de transfusão sanguínea.
OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia do gel de plaquetas homólogo em úlceras venosas, comparando-o ao curativo hidrocoloide.
MÉTODO: Estudo piloto, tipo ensaio clínico randomizado, com participantes portadores de úlceras venosas. Os grupos randomizados (grupo gel de plaquetas homólogo e grupo hidrocoloide) foram acompanhados por 90 dias, sendo avaliados através da evolução da área ulcerada, análise qualitativa da vascularização e ocorrência de eventos adversos. Ambos os grupos utilizaram faixa de compressão elástica.
RESULTADOS: Foram incluídos 16 participantes, com um total de 21 úlceras venosas. Ambos os tratamentos promoveram redução das áreas das úlceras em 90 dias (média de 69%), houve diferença significativa entre os grupos quanto à redução progressiva das áreas das úlceras, favoravelmente ao hidrocoloide (70% vs 64%; p<0,01). Houve poucos eventos adversos leves em ambos os grupos.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: estudo unicêntrico, com número pequeno de pacientes, impossibilitando avaliação mais precisa dos efeitos do gel de plaquetas.
CONCLUSÃO: O gel de plaquetas homólogo, associado ao tratamento compressivo, pode ser uma alternativa para o tratamento de úlceras venosas, sendo seguro devido à ocorrência de poucos eventos adversos locais leves e à ausência de eventos adversos graves. Ensaios clínicos com maior número de pacientes devem ser realizados para sustentar a devida indicação deste tratamento em úlceras venosas.
Palavras-chave: Cicatrização; Curativos hidrocoloides; Plasma rico em plaquetas; Úlcera varicosa
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ida Duarte, Jéssica Eleonora P. S. Silveira, Mariana de Figueiredo Silva Hafner, Raquel Toyota, Debora Midori M. Pedroso et al.
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Pele sensível é uma condição caracterizada por sensações de pinicamento, ardor, queimação e prurido. Apesar de o diagnóstico, a fisiopatologia e o tratamento ainda estarem em discussão, estudos epidemiológicos têm sido realizados, demonstrando sua alta prevalência e seu impacto na qualidade de vida. A população brasileira também tem sido considerada nessas pesquisas. Cosméticos, mudanças climáticas e comprometimento da barreira cutânea são os fatores que mais contribuem para a hiper-reatividade cutânea. Na literatura científica, tem-se observado uma crescente atenção sobre esse tema. Esta revisão considera dados sobre a epidemiologia, fatores predisponentes, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento.
Palavras-chave: Absorção cutânea; Aditivos em cosméticos; Cosméticos; Creme para a pele; Dermatite; Dermatite de contato; Dermatopatias; Higiene da pele; Hipersensibilidade; Tecnologia de cosméticos
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Tong Han, De-Feng Lin, Hua Jiang
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FUNDAMENTOS: Suturas cirúrgicas, tensão da ferida, incisões cutâneas adicionais e outros fatores podem resultar em
recorrência de cicatriz hipertrófica tumor-símile.
OBJETIVO: Investigar o papel da terapia de cicatrização natural de ferimentos em cicatriz hipertrófica tumor-símile.
MÉTODOS: Neste estudo, cicatrizes hipertróficas tumor-símile de 47 casos foram excisadas completamente e os ferimentos residuais foram tratados com cicatrização natural. Os efeitos em curto e longo prazos do tratamento foram avaliados.
RESULTADOS: Todos os casos foram curados com sucesso pela terapia de cicatrização natural. O tempo de cicatrização do ferimento tamanho máximo (80mm x 20mm) e do ferimento mínimo (5mm x 5mm) foi de 25 dias e sete dias, respectivamente. O
tamanho das novas cicatrizes da pele variou de 3 a 11mm. O acompanhamento clínico foi realizado em 34 casos por 36 meses.
Entre eles, não ocorreu recidiva em 31 casos, e o tamanho da nova cicatriz variou de 2-8mm, enquanto a recidiva local ocorreu
em três casos, cujo tamanho de cicatriz foi menor que 5mm.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A taxa de cura da terapia utilizada foi de 91,2%.
CONCLUSÃO: A terapia de cicatrização natural do ferimento é eficaz no tratamento de cicatriz hipertrófica tumor-símile, que
pode prevenir a recorrência e tem bons resultados cosméticos.
Palavras-chave: Queloide; Técnicas de fechamento de ferimentos; Cicatrização
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Resumo
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Fang Su, Weiguo Xiao, Pingting Yang, Qingyan Chen, Xiaojie Sun, Tienan Li et al.
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FUNDAMENTOS: A relevância clínica dos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de instalação recente, especialmente com doença pulmonar intersticial associada, ainda não foi esclarecida.
OBJETIVOS: Este estudo foi delineado para investigar o papel dos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos em casos de lúpus eritematoso sistêmico de início recente.
MÉTODOS: Cento e sete pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de aparecimento recente foram incluídos. A presença de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos no soro foi avaliada por imunofluorescência indireta bem como por imunoensaio enzimático para proteinase-3 e mieloperoxidase. As características clínicas e os parâmetros laboratoriais dos pacientes também foram registrados. Todos os pacientes foram submetidos à tomografia computadorizada torácica de alta resolução, radiografia de tórax e teste de função pulmonar.
RESULTADOS: Quarenta e cinco pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (45/107, 42%) foram soropositivos para anticorpos anticitoplasma de neutrófilos. Em comparação com pacientes negativos para anticorpos anticitoplasma de neutrófilos, os pacientes positivos tinham presença significativamente maior de acometimento renal, anemia e fenômeno de Raynaud bem como diminuição do nível sérico de complemento 3/ complemento 4 e velocidade de hemossedimentação elevada. Adicionalmente, houve uma correlação positiva entre o nível sérico de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos e a atividade do lúpus eritematoso sistêmico. Além disso, a prevalência de doença pulmonar intersticial nos pacientes com anticorpos antineutrófilos (25/45, 55,6%) foi obviamente maior do quenos pacientes sem anticorpos anticitoplasma de neutrófilos (15/62, 24,2%).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: O tamanho da amostra era limitado e os critérios para seleção de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início recente poderiam produzir viés.
CONCLUSÕES: O nível de anticorpos anticitoplasma de neutrófilos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início recente correlaciona-se positivamente com a atividade da doença e a prevalência de doença pulmonar intersticial.
Palavras-chave: Anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos; Lúpus eritematoso sistêmico; Doenças pulmonares intersticiais
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Resumo
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Katlein França, Jonette Keri
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FUNDAMENTOS: a acne é uma das doenças mais comuns da pele, que afeta a autoimagem e tem impacto negativo na qualidade de vida. A hiperpigmentação pós-inflamatória é uma hipermelanose adquirida que ocorre após uma lesão na pele ou inflamação cutânea. É comum em pacientes com sequelas de acne.
OBJETIVOS: este estudo tem como objetivo investigar o impacto psicossocial da acne e hiperpigmentação pós-inflamatória entre os pacientes atendidos em um ambulatório de Dermatologia no Hospital da Universidade de Miami.
MÉTODOS: o estudo contou com a participação de 50 pacientes com acne e hiperpigmentação pós-inflamatória. Todos os participantes, voluntariamente, preencheram um questionário anônimo contendo informações sociodemográficas, perguntas sobre as atitudes do paciente em relação à hiperpigmentação pós-inflamatória causada pela acne, e as escalas Cardiff Acne Disability Index e Dermatology Life Quality Index.
RESULTADOS: a localização predominante de hiperpigmentação pós-inflamatória foi a face. Pacientes reportaram o uso de maquiagem para esconder as imperfeições bem como relataram sentirem-se envergonhados devido à sua condição. Curiosamente, a maioria dos pacientes não teve sua qualidade de vida afetada pela acne e hiperpigmentação pós-inflamatória.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: a limitação do estudo encontra-se no pequeno tamanho da amostra. Por essa razão, os resultados não podem ser generalizados para a comunidade.
CONCLUSÃO: a literatura médica atual tem muitos estudos que analisam o impacto psicológico da acne. Este estudo é o primeiro na literatura que analisou o impacto psicossocial da acne juntamente com a hiperpigmentação pós-inflamatória causada por ela.
Palavras-chave: Apoio social; Hiperpigmentação; Impacto psicossocial; Psicologia
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Andréa Bauer Bannach, Maria Teresa Fernandes Castilho Garcia, Deusita Fernandes Gandia Soares, Antônio Luiz de Arruda Mattos, Tomás Zecchini Barrese, Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu et al.
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As histiocitoses são doenças raras, causadas pela proliferação de histiócitos. Sua patogênese permanece desconhecida, e a maior incidência ocorre na faixa etária pediátrica. As apresentações clínicas são variadas, em múltiplos órgãos e sistemas, e as lesões de pele nem sempre estão presentes. A evolução é imprevisível, e o tratamento depende da extensão e da gravidade da doença. Descreve-se o caso de um paciente com diversos sintomas neurológicos, extensamente investigados, que teve seu diagnóstico de histiocitose baseado em lesão cutânea única. Este relato destaca a importância da dermatologia no auxílio à investigação de casos difíceis na prática médica.
Palavras-chave: Granuloma eosinófilo; Histiocitose; Histiocitose de células de Langerhans
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Resumo
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Marta Regina Machado Mascarenhas, Lais de Abreu Mutti, João Marcos Goes de Paiva, Milvia Maria Simões e Silva Enokihara, Ival Peres Rosa, Mauro Yoshiaki Enokihara et al.
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Os lipossarcomas correspondem ao subtipo histológico mais comum dos sarcomas de partes moles. Podem ser subdivididos em: bem diferenciado ou lipoma atípico, indiferenciado, mixoide, de células redondas e pleomórfico. Os lipomas atípicos são os prevalentes e, geralmente, apresentam-se como tumoração amolecida assintomática. São localmente agressivos, mas raramente levam a metástases à distância. O diagnóstico deste tumor baseia-se nos achados de imagem e histopatológico. O tratamento consiste em cirurgia excisional, com remoção completa do tumor. Apresenta bom prognóstico devido à baixa porcentagem de metástases à distância. Neste artigo, relatamos um caso raro de lipoma atípico gigante, assim como a terapêutica adotada e a evolução.
Palavras-chave: Dermatologia; Imuno-Histoquímica; Lipossarcoma; Patologia
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Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Maria Antonieta Rios Scherrer, Vanessa Barreto Rocha, Lucas Campos Garcia
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A doença de Behçet é uma vasculite sistêmica caracterizada por ataques de inflamação aguda, que pode afetar quase toda área vascularizada do organismo. Há estreita correlação entre a distribuição geográfica do HLA-B51 e sua prevalência. Na etiopatogênese, há indícios de susceptibilidade genética associada à influência ambiental. Entre os genes envolvidos estão os que englobam as imunidades inata e adaptativa. São descritos polimorfismos e interações epistáticas em vários genes, e a presença de linhagem de desequilíbrio entre HLA-B51 e A (MICA). Herpes simples e Streptococcus sanguinis podem ser fatores extrínsecos importantes. Observa-se um aumento da resposta Th1 e de IL-21. A produção de IL-21 está relacionada positivamente a células Th17 e negativamente às Tregs. As manifestações mucocutâneas são marcadoras da doença de Behçet e, quanto mais precoce o seu início, pior o prognóstico. Úlceras orais recorrentes são de tamanhos e arranjos variados e as úlceras genitais são recorrentes e deixam cicatrizes. As lesões cutâneas são variadas e a patergia, embora não tão frequente, é importante para o diagnóstico. Existem inúmeras tentativas de validação de índices que possam avaliar a atividade da doença, dentre eles o Índice de Atividade Mucocutânea. Este é um escore específico que pode auxiliar nas decisões terapêuticas e reduzir a morbidade, porém ainda carece de validação. As manifestações em outros órgãos são descritas, assim como opções de tratamento.
Palavras-chave: Diagnóstico; Literatura de revisão como assunto; Síndrome de Behçet; Vasculite
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