Educação médica continuada
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ana Francisca Junqueira Ribeiro Pereira, Thaissa Oliveira de Almeida Coelho
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A finasterida é um inibidor da enzima 5α-redutase já aprovado para o tratamento da alopecia androgenética masculina desde 1997. Ao longo do tempo, tem sido considerada uma droga segura e bem tolerada, com efeitos colaterais raros e reversíveis. Recentemente, têm surgido relatos de reações adversas relacionadas ao medicamento que persistiram por pelo menos três meses após a suspensão da droga, emergindo o termo síndrome pós-finasterida, que engloba reações adversas persistentes nos campos sexual, neuropsiquiátrico e físico. Os estudos até o momento não permitem refutar ou confirmar a síndrome pós-finasterida como uma entidade nosológica. Caso ela de fato exista, parece ocorrer em indivíduos susceptíveis, expostos mesmo que a pequenas doses e por curto período, cujos sintomas podem persistir por longa data. A partir dos dados atualmente disponíveis, o emprego de inibidores da 5α-redutase em indivíduos com história prévia de depressão, disfunção sexual ou infertilidade deve ser avaliado com cautela e a conduta individualizada.
Palavras-chave: Alopecia; Finasterida; Inibidores de 5-alfa redutase.
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Investigação
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Laura Maria Andrade Silva, Ricardo Hsieh, Silvia Vanessa Lourenço, Neusa Yuriko Sakai Valente, Geise Rezende Paiva, Juliana Dumet Fernandes et al.
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FUNDAMENTOS: O folículo piloso é uma estrutura única, uma das mais dinâmicas entre os mamíferos. Ele é capaz de reproduzir em cada novo ciclo os mecanismos moleculares que o desenvolveram no período fetal. Embora muitas pesquisas tenham sido feitas a respeito do folículo piloso humano, pouco tem sido esclarecido a respeito do papel das citoqueratinas (CKs) no seu desenvolvimento.
OBJETIVO: Estudar a imunoexpressão das CKs no folículo piloso em desenvolvimento de embriões/fetos humanos.
MÉTODOS: Um estudo imuno-histoquímico foi desenvolvido com fragmentos de pele de fetos humanos entre a 4-25 semanas de idade gestacional, para avaliar a expressão das CK1, CK10, CK13, CK14, CK16 e CK20 nos folículos pilosos em desenvolvimento de embriões e fetos humanos.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo de caráter retrospectivo que avaliou um bom número de anticorpos, porém com um número limitado de casos para cada marcador.
RESULTADOS/CONCLUSÃO: Verificou-se que as CKs foram expressas num período intermediário do desenvolvimento folicular. Inicialmente foram expressas as CKs epiteliais (CK1, CK14, CK10, CK13) e as CKs epiteliais proliferativas como, por exemplo, a CK16, marcadores de maturação celular e queratinização folicular. Posteriormente, a CK20 foi expressa em folículos pilosos primitivos mais desenvolvidos como previamente relatado na literatura.
Palavras-chave: Folículo piloso; Queratinas específicas do cabelo; Patologia molecular.
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Resumo
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Mauricio Andrés Salinas-Santander, Cristina Susana Cantu-Salinas, Jorge Ocampo-Candiani, Victor de Jesus Suarez-Valencia, Jennifer Guadalupe Ramirez-Guerrero, Celia Nohemi Sanchez-Dominguez et al.
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FUNDAMENTOS: Alopecia areata é doença autoimune que causa perda de cabelo sem cicatrizes na lesão. As variantes genéticas do gene do antígeno 4 associado ao linfócito T citotóxico (CTLA4), um regulador negativo da resposta das células T, foram associadas a predisposição a doenças autoimunes em diferentes populações; no entanto, o envolvimento dessas variantes genéticas no desenvolvimento da alopecia areata é controverso.
OBJETIVO: Avaliar a associação potencial de duas variantes do gene CTLA4 e alopecia areata em uma população mexicana.
MÉTODOS: Foram genotipadas por PCR-RFLP as variantes + 49AG (rs231775) e CT60 (rs3087243) de 50 pacientes com alopecia areata e 100 controles saudáveis.
RESULTADOS: Não foi observada diferença estatística para alguma das variantes genéticas quanto às frequências alélicas ou genotípicas entre os pacientes com alopecia areata e controles quando considerados os parâmetros de história familiar/pessoal de doenças autoimunes ou sexo (p > 0,05).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Amostra pequena de pacientes e coleta de dados em apenas uma população do nordeste do México.
CONCLUSÃO: As variantes genéticas rs231775 e rs3087243 do gene CTLA4 não são um fator de risco para o desenvolvimento de alopecia areata na população mexicana analisada.
Palavras-chave: Alopecia areata; Doenças autoimunes; Nucleotídeo único; Polimorfismo.
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Resumo
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Saeede Jafari, Ghobad Moradi, Bushra Zareie, Mohammad Mehdi Gouya, Fatemeh Azimian Zavareh, Ebrahim Ghaderi et al.
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FUNDAMENTOS: A tatuagem está entre os fatores de risco identificados para doenças transmitidas pelo sangue.
OBJETIVO: Determinar a prevalência de tatuagem ao longo da vida e durante o encarceramento, bem como os fatores relacionados entre prisioneiros iranianos.
MÉTODOS: Estudo transversal. Os dados necessários foram obtidos em pesquisas de rastreamento de hepatites B e C em prisões entre 2015-2016, coletados por meio de entrevista presencial. Foram selecionados por amostragem aleatória em vários estágios 12.800 prisioneiros em 55 prisões de 19 províncias do Irã. A prevalência ponderada e os fatores associados (com o teste qui-quadrado e regressão logística multivariada) foram calculados com Stata/SE 14.0.
RESULTADOS: Dos 12.800 presos, 11.988 (93,6%) participaram do estudo. A prevalência de tatuagem ao longo da vida e durante o encarceramento foi de 44,7% e 31,1%, respectivamente. A prevalência de tatuagem ao longo da vida esteve significativamente associada à idade < 35 anos, estado civil solteiro, analfabetismo, histórico de prisão, uso de drogas, piercing ao longo da vida, sexo extraconjugal e história de DST; a prevalência de tatuagem na prisão foi significativamente associada com histórico de prisão, uso de drogas, piercing durante o encarceramento e histórico de sexo extraconjugal (p < 0,05).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: O viés de informação e seleção foi uma das limitações do estudo.
CONCLUSÃO: A prevalência de tatuagem ao longo da vida e durante o encarceramento entre os presos era significativamente alta, especialmente em grupos de alto risco, como usuários de drogas e indivíduos sexualmente ativos. Dado o papel da tatuagem, uso de drogas e sexo nas doenças transmissíveis pelo sangue, recomenda-se a instituição de programas de redução de danos para diminuir esses comportamentos de alto risco nas prisões.
Palavras-chave: Irã; Prevalência; Prisões; Tatuagem.
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Resumo
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Maurício de Quadros, Roberto Carlos Freitas Bugs, Renata de Oliveira Soares, Adriana Medianeira Rossato, Lisiane da Luz Rocha, Pedro Alves d'Azevedo et al.
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FUNDAMENTOS: O uso cada vez mais frequente da dermatoscopia pode constituir-se em risco para a transferência de microrganismos, através do dermatoscópio, entre médico e pacientes.
OBJETIVOS: Identificar os cocos gram-positivos mais frequentes em dermatoscópios e adaptadores para smartphones, bem como o perfil de resistência, e avaliar os fatores associados com um maior risco de contaminação bacteriana dos dermatoscópios.
MÉTODOS: Estudo transversal com 118 dermatologistas de Porto Alegre/ Brasil entre setembro de 2017 e julho de 2018. Os cocos gram-positivos foram identificados por MALDI-TOF MS e os hábitos de uso do dermatoscópio foram avaliados através de um questionário anônimo.
RESULTADOS: Dos dermatoscópios analisados, 46,6% tiveram crescimento de cocos gram-positivos na lente e 37,3% no botão liga/desliga. Os microrganismos mais frequentemente identificados foram S. epidermidis, S. hominis e S. warneri. Atender em hospital, pacientes internados e pacientes em unidade de terapia intensiva foram significantemente associados com a presença de cocos gram-positivos nos dermatoscópios (p < 0,05). As maiores taxas de resistência foram observadas frente à penicilina, eritromicina e sulfametoxazol-trimetoprim.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A não inclusão de bacilos gram-negativos, fungos e vírus. Além disso, o pequeno número de adaptadores não permitiu avaliar diferenças estatísticas.
CONCLUSÃO: Estafilococos coagulase negativos foram frequentemente identificados. S. aureus foi detectado apenas na lente.
Palavras-chave: Cocos gram-positivos; Dermoscopia; Espectrometria de massas; Testes de sensibilidade microbiana.
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Resumo
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Azadeh Rakhsan, Parviz Toossi, Maliheh Amani, Sahar Dadkhahfar, Arash Bagheri Hamidi et al.
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FUNDAMENTOS: As características clínicas e histológicas da alopecia cicatricial associada ao líquen plano pilar e ao lúpus eritematoso discoide podem se sobrepor.
OBJETIVO: Demonstrar a infiltração cutânea de células dendríticas plasmocitoides e comparar seu padrão de distribuição no lúpus eritematoso discoide e no líquen plano pilar.
MÉTODOS: Foram imunomarcados com CD123: 24 casos de lúpus eritematoso discoide e 30 casos de líquen plano pilar. A porcentagem e o padrão de distribuição das células dendríticas plasmocitoides e a presença de aglomerados de células dendríticas plasmocitoides foram avaliados nas amostras.
RESULTADOS: O número de células dendríticas plasmocitoides foi maior nas amostras de lúpus eritematoso discoide. Agregados de dez células ou mais (aglomerado grande) foram observados em metade das amostras de lúpus eritematoso discoide e em apenas duas amostras de líquen plano pilar, com sensibilidade de 50% e especificidade de 93% para diferenciar lúpus eritematoso discoide de líquen plano pilar.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A incidência e a prevalência de alopecia cicatricial associada ao lúpus eritematoso discoide no couro cabeludo são baixas; portanto, o tamanho amostral do presente estudo foi pequeno.
CONCLUSÕES: Sugere-se que um agregado de células dendríticas plasmocitoides de dez células ou mais seja altamente específico para distinguir lúpus eritematoso discoide de líquen plano pilar. A imunomarcação com CD123 aparenta ser útil nos estágios ativo e tardio da doença.
Palavras-chave: Alopecia; Células dendríticas; Líquen plano; Lúpus eritematoso discoide.
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Resumo
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Shafieh Movassaghi, Sara Jafari, Kowsar Falahati, Mitra Ataei, Mohammad Hossein Sanati, Zohreh Jadali et al.
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FUNDAMENTOS: Embora não totalmente compreendido, o estresse oxidativo tem sido associado à patogênese de diferentes doenças autoimunes, como a esclerose sistêmica. A evidência acumulada indica que o estresse oxidativo pode induzir danos no DNA mitocondrial (mtDNA) e variações no número de cópias do mtDNA (mtDNAcn).
OBJETIVO: Explorar o mtDNAcn e subprodutos de danos oxidativos ao DNA no sangue periférico de pacientes com esclerose sistêmica e em controles saudáveis.
MÉTODOS: O estudo incluiu 46 pacientes com esclerose sistêmica e 49 indivíduos saudáveis. PCR quantitativa em tempo real foi usada para mensurar o mtDNAcn relativo e o dano oxidativo (purinas oxidadas) de cada amostra.
RESULTADOS: O mtDNAcn médio foi menor em pacientes com esclerose sistêmica do que nos controles, enquanto o grau de dano ao mtDNA foi significativamente maior nos doentes em comparação com os controles. Além disso, observou-se correlação negativa entre o mtDNAcn e o dano oxidativo ao DNA.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A falta de análise e quantificação simultânea de marcadores de dano oxidativo ao DNA no soro ou na urina de pacientes com esclerose sistêmica e em controles saudáveis.
CONCLUSÃO: Esses dados sugerem que a alteração no mtDNAcn e o aumento do dano oxidativo ao DNA podem estar envolvidos na patogênese da esclerose sistêmica.
Palavras-chave: Autoimunidade; DNA mitocondrial; Esclerodermia sistêmica; Estresse oxidativo; Reação em cadeia da polimerase em tempo real.
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Resumo
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Siew Wen Goh, Adawiyah Jamil, Nazarudin Safian, Norazirah Md Nor, Norliza Muhammad, Nur Liyana Saharudin et al.
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FUNDAMENTOS: O maior pH da pele na dermatite atópica prejudica a barreira epidérmica. Um hidratante compatível com o pH fisiológico pode melhorar a dermatite atópica.
OBJETIVO: Determinar o efeito de um hidratante com pH fisiologicamente compatível na dermatite atópica.
MÉTODOS: Foi feito um ensaio clínico hemicorporal randomizado, duplo cego, controlado, envolvendo pacientes com dermatite atópica estável. Um hidratante com pH modificado e um hidratante padrão foram aplicados em metade do corpo por seis semanas.
RESULTADOS: O estudo incluiu seis (16,7%) homens e 30 (83,3%) mulheres. Com o uso de um hidratante com pH modificado, as reduções do pH da pele da semana 0, semana 2 e 6 foram significativas nos antebraços (5,315 [0,98], 4,85 [0,54], 5,04 [0,78]; p = 0,02) e abdome (5,25 [1,01], 4,82 [0,64], 5,01 [0,59]; p = 0,00), mas não nas regiões pré-tibiais (5,01 [0,80], 4,76 [0,49], 4,85 [0,79]; p = 0,09). A perda transepidérmica de água (PTEA) diminuiu nos antebraços (4,60 [2,55], 3,70 [3,10], 3,00 [3,55]; p = 0,00) e no abdome (3,90 [2,90], 2,40 [3,45], 2,70 [(2,25]; p = 0,046). O SCORAD melhorou de 14,1 ± 12,75 para 10,5 ± 13,25 para 7 ± 12,25 (p = 0,00). No grupo hidratante convencional, as reduções de pH foram significativas nos antebraços (5,29 [0,94], 4,84 [0,55], 5,02 [0,70], p = 0,00) e no abdome (5,25 [1,09], 4,91 [0,63], 5,12 [0,66]; p = 0,00). Observou-se PTEA no antebraço (4,80 [2,95], 4,10 [2,15]; 4,60 [3,40], p = 0,67), canelas (3,80 [1,40], 3,50 [2,35], 4,00 [2,50]; p = 0,91) e abdome (3,70 [2,45], 4,10 [3,60], 3,40 [2,95]; p = 0,80). O SCORAD melhorou de 14,2 ± 9,1 para 10,9 ± 10,65 para 10,5 ± 11 (p = 0,00). Foi observada redução no pH com os dois hidratantes, enquanto a PTEA melhorou significativamente com o hidratante com pH modificado. O hidratante com pH modificado resultou em melhorias maiores de pH, PTEA e SCORAD; no entanto, as diferenças não foram significativas em relação ao hidratante convencional.
LIMITAÇÃO DO ESTUDO: A hidratação da pele não foi avaliada.
CONCLUSÃO: A hidratação é benéfica para a dermatite atópica e o uso de hidratantes de pH fisiologicamente compatível é promissor.
Palavras-chave: Dermatite atópica; Eczema; Emolientes
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Resumo
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Gustavo Moreira Amorim, Daniele Carvalho Quintella, João Paulo Niemeyer-Corbellini, Luiz Claudio Ferreira, Marcia Ramos-e-Silva, Tullia Cuzzi et al.
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FUNDAMENTOS: O diagnóstico de micose fungoide é desafiador pela inespecificidade dos achados clínicos e histopatológicos. A literatura indica um atraso médio de 4 a 6 anos para um diagnóstico conclusivo. O refinamento dos critérios histopatológicos para o diagnóstico de pacientes em estágios iniciais da doença é considerado de interesse.
OBJETIVOS: Estudar os aspectos histopatológicos da micose fungoide precoce e a aplicabilidade, em forma retrospectiva, do algoritmo diagnóstico proposto por Pimpinelli et al.
MÉTODOS: Estudo observacional, retrospectivo, transversal, baseado na revisão de exames histopatológicos de pacientes com suspeita de micose fungoide. Os prontuários médicos foram revisados e análise imuno-histoquímica complementar foi feita.
RESULTADOS: Foram incluídos 67 pacientes. As características histopatológicas mais frequentes foram infiltrado linfoide perivascular superficial (71,6%), epidermotropismo (68,7%), atipia linfocitária (63,8%), hiperceratose (62,7%) e acantose (62,7%). Quarenta e três pacientes alcançaram 4 pontos no algoritmo por avaliação clínica e histológica. A imuno-histoquímica foi feita em 23 dos 24 pacientes com menos de 4 pontos. Desses 23, 22 pontuaram 1 ponto, permitindo um total de 61 pacientes (91%) com o diagnóstico de micose fungoide precoce.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Seu caráter retrospectivo, tamanho reduzido da amostra e aplicação incompleta do algoritmo.
CONCLUSÕES: A aplicação do algoritmo Pimpinelli et al., mesmo que de forma incompleta, aumentou o percentual de casos diagnosticados como micose fungoide. A aplicação rotineira do algoritmo pode contribuir para o manejo precoce específico e, consequentemente, melhores resultados evolutivos nesse grupo de pacientes.
Palavras-chave: Diagnóstico; Imuno-histoquímica; Micose fungoide; Patologia.
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Caso Clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Hui Xiao, Sushmita Pradhan, Xin Ran, Yuping Ran
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A tinha do couro cabeludo é observada principalmente em crianças em idade escolar. Alguns casos de tinha do couro cabeludo com achados insignificantes a olho nu podem ser facilmente ignorados. Os autores descrevem um caso incomum de tinha do couro cabeludo causada por Trichophyton violaceum. A paciente, de oito anos de idade, apresentava história de prurido no couro cabeludo há mais de um ano. O diagnóstico foi confirmado por exame clínico, dermatoscopia, microscopia com cálcio fluorescente e cultura. Os cabelos em vírgula, e em saca-rolhas são dois padrões dermatoscópicos específicos da tinha do couro cabeludo. A paciente foi tratada com itraconazol sistêmico, aplicação tópica com creme de naftifina a 1% e cetoconazol a 0,25%, seguido de lavagem diária dos cabelos com shampoo com cetoconazol a 2% por oito semanas.
Palavras-chave: Corantes fluorescentes; Dermatoscopia; Microscopia de fluorescência; Tinha do couro cabeludo.
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Resumo
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Leyla Huseynova, Neslihan Akdogan, Özay Gököz, Sibel Ersoy Evans
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A colagenose reativa perfurante adquirida é distúrbio cutâneo raro caracterizado pela presença de pápulas e nódulos pruriginosos umbilicados. A eliminação transepidérmica de feixes de colágeno degenerado basofílico com perfuração da epiderme é aspecto histológico característico da doença. Juntamente com sua bem conhecida associação com doenças sistêmicas, como diabetes melito, insuficiência renal crônica e dermatomiosite, há relatos de casos de colagenose reativa perfurante adquirida associada a neoplasias malignas. Os autores apresentam um caso de colagenose reativa perfurante adquirida em associação com adenocarcinoma da próstata, leucemia linfocítica crônica e doença de Graves. É necessário que os médicos sejam mais vigilantes na avaliação de pacientes com colagenose reativa perfurante adquirida, devido à sua associação com neoplasias malignas e outras doenças sistêmicas.
Palavras-chave: Doença de Graves; Leucemia linfocítica crônica célula b; Neoplasias prostáticas; Neoplasias segunda primária; Prurido.
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Relato de Caso
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Xiaomei Zhu, Jianfang Sun
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A sarcoidose é uma doença granulomatosa multissistêmica de etiologia desconhecida. Observa-se comprometimento cutâneo em até 30% dos pacientes; os achados cutâneos são frequentemente o sintoma inicial. A forma atrófica facial não ulcerada de sarcoidose associada em adolescentes foi raramente descrita na literatura. Os autores relatam o caso de um paciente do sexo masculino de 13 anos com sarcoidose atrófica facial que foi tratado com sucesso pela combinação de prednisona e hidroxicloroquina.
Palavras-chave: Adolescente; Atrofia; Hidroxicloroquina; Prednisona; Sarcoidose.
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Resumo
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Juliana de Oliveira Alves Calado, Anna Carolina Miola, Maria Regina Cavariani Silvares, Silvio Alencar Marques
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Tuberculose cutânea é manifestação extrapulmonar rara da tuberculose, bem como tuberculose disseminada ocorre comumente em imunodeprimidos. Artrite reativa de Poncet é artrite soronegativa em pacientes com tuberculose extrapulmonar, incomum mesmo em países endêmicos. Relata-se caso de paciente do sexo masculino, de 23 anos, previamente hígido, com quadro de diarreia aquosa, associada a úlceras eritematosas nos membros inferiores e oligoartrite nas mãos. O exame histopatólogico da pele evidenciou processo granulomatoso epitelioide com granulomas em paliçada e necrose caseosa central. A pesquisa de BAAR pela coloração de Ziehl-Neelsen mostrou bacilos íntegros, a cultura foi positiva para Mycobacterium tuberculosis e colonoscopia evidenciou múltiplas úlceras rasas. Foi diagnosticada tuberculose disseminada associada à artrite reativa de Poncet, com melhora do quadro clínico e cutâneo após tratamento adequado.
Palavras-chave: Artrite reativa; Dermatologia; Tuberculose cutânea.
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Dermatopatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Yasmin Gama Abuawad, Ticiana de Andrade Castelo Branco Diniz, Priscila Kakizaki, Neusa Yuriko Sakai Valente
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A histiocitose intravascular é condição rara, caracterizada por agregados de histiócitos no lúmen de vasos dilatados na derme. Trata-se de afecção pouco conhecida e de diagnóstico essencialmente histopatológico e imuno-histoquímico. Relatamos caso de mulher de 55 anos, com surgimento de manchas eritematovioláceas nas mamas, dorso e região proximal dos membros havia um ano e meio. Antecedente de carcinoma ductal na mama direita, submetida à mastectomia em 2006 e colocação de prótese de silicone em 2009. A hipótese clínica foi metástase telangiectásica de carcinoma de mama. A histopatologia evidenciou ectasia, trombose e recanalização de vasos na derme superior com histiócitos no interior. À imuno-histoquímica as células intravasculares foram CD68+ e negativas para receptores de estrógeno e progesterona, CK7, EMA e AE1/AE3 e as endoteliais foram CD34+, levou ao diagnóstico de histiocitose intravascular.
Palavras-chave: Histiocitose; Imuno-histoquímica; Próteses e implantes; Proliferação de células.
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Resumo
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Elaine Dias Melo, Patrícia Amaral Couto, Antônio Pedro Mendes Schettini, Carlos Alberto Chirano Rodrigues
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A ossificação cutânea secundária é fenômeno que pode ocorrer em diversas condições. Quando ocorre em nevo melanocítico recebe o nome de osteonevo de Nanta, evento considerado incomum e caracterizado pela presença de tecido ósseo adjacente ou interposto com ninhos de células melanocíticas. Há relatos de sua ocorrência em lesões melanocíticas variadas, é mais frequente sua associação com nevo intradérmico. Relata-se caso de osteonevo de Nanta em nevo melanocítico combinado, possivelmente o primeiro relato dessa associação.
Palavras-chave: Nevo azul; Nevo intradérmico; Nevo pigmentado; Ossificação heterotópica; Osteoma.
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Revisão
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Thâmara Cristiane Alves Batista Morita, Gabriela Franco S. Trés, Roberta Fachini Jardim Criado, Mirian Nacagami Sotto, Paulo Ricardo Criado et al.
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Vasculites são caracterizadas por um processo inflamatório que compromete a parede dos vasos sanguíneos. A gravidade varia desde a existência de casos de mínima repercussão clínica, que comprometem um único órgão, à ocorrência de casos graves com acometimento sistêmico e falência de múltiplos órgãos. Podem ter diversas causas, que determinam, entretanto, padrões histológicos restritos de inflamação vascular. Vasos sanguíneos de qualquer tipo, calibre e de qualquer órgão podem ser afetados, o que resulta em ampla variedade de sinais e sintomas. Vasculites com apresentações clínicas indistinguíveis podem ter prognóstico e tratamento bastante distintos. Essa condição representa um grande desafio para os médicos em termos de classificação, diagnóstico, investigação laboratorial e tratamento, além de caracterizar-se pela necessidade de acompanhamento cuidadoso. Este artigo revisa a classificação proposta no Consenso Internacional, que ocorreu em Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA, em 2012; a etiologia; os recentes conhecimentos obtidos na sua fisiopatologia e especialmente, alerta sobre sintomas e sinais dermatológicos importantes para o diagnóstico de diferentes entidades nosológicas; resume o tratamento de algumas dessas síndromes complexas.
Palavras-chave: Classificação; Diagnóstico; Púrpura; Vasculite; Vasculite associada a anticorpo anticitoplasma de neutrófilos; Vasculite leucocitoclástica cutânea; Vasculite sistêmicaACG; ALC; ANCAs; AT; c-ANCA; DB; DK; FR; IFD; GEPA; GPA; HBV; HCV; HLA; IgA; IgG; IgM; LES; MPO; NETs; PAM; PAN; p-ANCA; PR3; SSp; VAA; VCPV.
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Dermatologia tropical / infectoparasitária
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Ligia Rangel Barboza Ruiz, Clarisse Zaitz, Rute Facchini Lellis, John Verrinder Veasey
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Pseudomicetoma é uma micose profunda extremamente rara, causada por fungos dermatófitos que penetram no tecido a partir de folículos infectados de tinea capitis. Tanto clínica quanto histologicamente mimetizam eumicetoma, sendo distinguidos por meio do isolamento do fungo, que no caso do pseudomicetoma pode ser do gênero Microsporum sp. ou Trichophyton sp. Apresenta-se o caso de homem de 24 anos com tumoração exuberante e fístulas na região occipital cujo exame histopatológico evidenciou grãos compostos de hifas hialinas e cultura para fungos que isolou Microsporum canis. Feito tratamento combinado de exérese cirúrgica seguida de griseofulvina oral por dois anos, com resolução do quadro.
Palavras-chave: Histologia; Micetoma; Microsporum; Tinha; Tinha do couro cabeludo.
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Resumo
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Norami de Moura Barros, Allen de Souza Pessoa, Arles Martins Brotas
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Paciente masculino, 44 anos, com nódulos que evoluíam com flogose, drenagem de exsudato seropurulento e ulceração. História de alcoolismo nos últimos 6 anos. Ao exame físico, apresentava nódulos normocrômicos, outros eritematosos, e úlceras recobertas por crostas espessas e enegrecidas na face, tronco e membros. Na cultura do fluido, houve crescimento de Sporothrix sp. Apresentava ainda acometimento pulmonar. A doença foi classificada como esporotricose sistêmica, forma rara e que geralmente acomete portadores de HIV. O abuso crônico de álcool foi considerado o fator de imunossupressão neste caso.
Palavras-chave: Alcoolismo; Esporotricose; Imunossupressão.
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Imagens em Dermatologia
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Gerson Dellatorre, Guilherme Augusto Gadens
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Em situações nas quais o registro dermatoscópico de lesões extensas é desejável, as imagens resultantes são geralmente restritas a um campo de visão pequeno devido ao diâmetro limitado das lentes dos dermatoscópios. Essa limitação frequentemente gera diversas fotografias separadas, perde-se a possibilidade de avaliação global de uma única imagem. Nestes relatos de caso, demonstramos exemplos de técnica recentemente publicada denominada dermatoscopia digital de área ampla aplicada a carcinomas basocelulares.
Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Dermoscopia; Processamento de imagem assistida por computador.
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Anna Carolina Miola, Natalia Parenti Bicudo, Giuliane Minami Tsutsui, Helio Amante Miot
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Qual é seu diagnóstico?
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Resumo
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Flaviano da Silva Oliveira, Nadya Picanço Lopes, Carolina Talhari, Antonio Schettini
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É apresentado para diagnóstico clínico-histopatológico paciente de 74 anos que evoluiu havia um ano com lesões queloidianas, pruriginosas, localizadas no membro inferior esquerdo. O exame histopatológico de biópsia da lesão cutânea mostrou estruturas arredondadas na derme reticular. A coloração de Grocott identificou numerosas estruturas fúngicas arredondadas, com paredes duplas e espessas, dispostas individualmente e aos pares. O diagnóstico foi lobomicose. Apesar de as lesões apresentadas pelo pacientes serem típicas de lobomicose, a distribuição linear delas é atípica.
Palavras-chave: Histologia; Lacazia; Lobomicose.
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Cartas/Caso clínico
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Titulo do Artigo
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Autor(es)
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Dimitri Luz Felipe da Silva, Letícia dos Santos Valandro, Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho, Andréa Fernandes Eloy da Costa França
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Li-Wen Zhang, Wen-Ju Wang, Cong-Hui Li, Tao Chen
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Li-Wen Zhang, Lin Li, Cong-Hui Li, Wen-Ju Wang
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Deborah Lucena Markman, Pamella Paola Bezerra de Oliveira, Daniela Mayumi Takano, Idalina Inês Fonseca Nogueira Cambuim
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Bruna Anjos Badaró, Lucia Martins Diniz, Paulo Sergio Emerich Nogueira
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Maria Fernanda de Santana Avelar-Caggiano, Caio César Silva de Castro, Gerson Dellatorre
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Gianluca Nazzaro, Stefano Veraldi
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Karilena Fernandes Souza, Paulo Fernando Barbosa de Camargo Andrade, Flávia de Freire Cassia, Maria Cristina Ribeiro de Castro
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Adriana Kamilly Leitão Pitman Machado, Débora Bacellar Cruz Nunes, Francisca Regina Oliveira Carneiro, Alena Margareth Darwich Mendes
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