Editorial
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
|
Izelda Maria Carvalho Costa
|
|
Educação médica continuada
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Mariana Carvalho Costa, Eduardo Bornhausen Demarch, David Rubem Azulay, André Reynaldo Santos Périssé, Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias, José Augusto da Costa Nery et al.
|
|
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) apresentam prevalência significativa tanto na população geral quanto nas gestantes. Nestas, em especial, devem-se considerar as alterações fisiológicas em seu organismo que podem, inclusive, alterar o curso dessas doenças. Complicações obstétricas e neonatais podem ocorrer em decorrência delas, acarretando aumento da morbimortalidade materno-infantil. Abordam-se, neste artigo, as particularidades da história natural e terapêutica no período gestacional das principais DSTs: cancro mole, donovanose, gonorreia, clamidíase, hepatites virais, herpes genital, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), linfogranuloma venéreo, sífilis e vulvovaginites. As DSTs devem ser enfrentadas com extrema atenção e conscientização por parte dos profissionais de saúde, principalmente, no tocante ao diagnóstico, que deve ser o mais precoce possível, e ao tratamento, que apresenta limitações na terapêutica durante a gestação, pela toxicidade de muitos dos medicamentos comumente empregados. A prevenção e o tratamento do parceiro são importantes para que as ações sejam efetivas.
Palavras-chave: BEM-ESTAR MATERNO, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, GRAVIDEZ
|
Investigação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Flavia Alvim Sant'Anna Addor, Sergio Schalka
|
FUNDAMENTOS: A acne da mulher adulta (AMA) é uma dermatose de incidência crescente; o hiperandrogenismo está presente em muitos casos, mas há pacientes sem anormalidades hormonais.
OBJETIVO: Analisar as características prevalentes na mulher adulta com acne sem hiperandrogenismo.
MATERIAL E MÉTODO: Um levantamento de 226 prontuários com queixa de AMA foi realizado; 116 pacientes (51,3%) possuíam perfil hormonal normal e, portanto, foram incluídas no estudo. Foram pesquisados idade, etnia, perfil clínico da acne, exames complementares, tratamentos anteriores, tratamentos prescritos e evolução.
RESULTADOS: A média das idades foi de 33,9 anos e o grau clínico predominante foi o inflamatório moderado (grau II); a face foi a área mais acometida. Os retinoides tópicos foram as drogas mais prescritas, e a medicação sistêmica foi indicada em 53,4% das pacientes. A regressão total foi observada em 31 pacientes (26,7%) até 12 semanas de tratamento. Houve reação adversa ao tratamento tópico em 21,5% das pacientes.
CONCLUSÃO: O quadro clínico da AMA em pacientes sem hiperandrogenismo é de moderada intensidade, com predomínio de lesões inflamatórias. Seu tratamento é similar ao da acne vulgar; entretanto, atenção especial deve ser tomada com medicações de maior potencial irritante, uma vez que esse grupo parece ter uma maior predisposição a irritações cutâneas.
Palavras-chave: CICLO MENSTRUAL, HIPERANDROGENISMO, PELE, RETINÓIDES
|
Resumo
|
Patrícia Motta de Morais, Maria da Graça Souza Cunha, Maria Zeli Moreira Frota
|
FUNDAMENTOS: A pitiríase versicolor (tinha versicolor) é uma micose superficial crônica, causada por leveduras do gênero Malassezia spp. comensais das camadas queratinizadas da pele e que, sob determinadas condições ainda não esclarecidas, se torna patogênica, determinando as manifestações clínicas da doença. É uma dermatose recidivante e, mesmo após tratamento, pode deixar hipopigmentação persistente, causando problemas sociais aos indivíduos acometidos.
OBJETIVO: Descrever as características clínicas e epidemiológicas de pacientes com diagnóstico de tinha versicolor atendidos em uma unidade de referência em Dermatologia (Fundação Alfredo da Matta).
MÉTODOS: Estudo de série de casos em que foram detalhadas as manifestações cutâneas e as características epidemiológicas de pacientes atendidos na Fundação Alfredo da Matta com diagnóstico de tinha versicolor.
RESULTADOS: Cento e dezesseis pacientes foram incluídos no estudo no período de janeiro a agosto de 2008. A maioria dos indivíduos é do sexo masculino, de cor parda, da faixa etária jovem e formada por estudantes, que apresentavam fatores predisponentes ao surgimento das manchas. Também a maioria apresentava lesões extensas e história passada da doença.
CONCLUSÃO: O estudo mostrou alta proporção de indivíduos com quadros extensos e de longa duração da doença.
Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS, TINHA VERSICOLOR
|
Resumo
|
Ana Paula Martins Xavier, Jeferson Carvalhaes de Oliveira, Vera Lúcia da Silva Ribeiro, Maria Auxiliadora Jeunon Souza
|
FUNDAMENTO - As dermatomicoses causadas por fungos filamentosos não dermatófitos são infecções raras, exceto as onicomicoses, cuja prevalência vem crescendo nos últimos anos. Dentre esses agentes etiológicos destacam-se o Scytalidium dimidiatum e o S. hyalinum, fungos emergentes responsáveis por micoses em unhas e pele.
OBJETIVO - Investigar as características epidemiológicas das onicomicoses e micoses de outras localizações causadas pelos fungos do gênero Scytalidium, utilizando-se como parâmetros sexo, idade e localizações das lesões.
MÉTODOS – Avaliaram-se 81 amostras com cultura positiva para o gênero em estudo, oriundas de 74 pacientes encaminhados ao Laboratório de Investigação em Dermatologia (ID) situado na cidade do Rio de Janeiro(RJ), no período de 1997 a 2006. As amostras foram submetidas a confirmação diagnóstica por exame direto e cultura.
RESULTADOS - A prevalência de onicomicoses por Scytalidium spp. foi de 0,87%, entre as idades de 41 e 60 anos (48,64%). Em relação à localização das lesões, os pés foram mais acometidos (91,36%), com predomínio do hálux esquerdo. No exame direto, as estruturas mais encontradas foram hifas hialinas; na cultura, a espécie S. dimidiatum foi a mais frequente.
CONCLUSÃO - As onicomicoses por Scytalidium spp. são raras e o S. dimidiatum foi a espécie mais isolada neste laboratório no período em estudo.
|
Resumo
|
Ana Carolina Gomes Parizi, Ricardo Luís Barbosa, José Luiz Santos Parizi, Gisele Alborghetti Nai
|
FUNDAMENTOS: A letalidade dos carcinomas espinocelulares (CECs) de pele é considerada baixa. Os CECs de boca têm prognóstico ruim. Evidências atuais sugerem que os mastócitos, residentes no tecido normal, contribuem para a tumorigênese dos CECs, provavelmente por promoverem angiogênese.
OBJETIVO: Comparar a concentração de mastócitos em CECs da pele e da boca e avaliar se há correlação com o grau de diferenciação desses tumores.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados 30 casos de CEC de pele e 34 casos de CEC de boca. A coloração de azul de toluidina, para evidenciar os mastócitos, foi realizada nos blocos com a área central da neoplasia.
RESULTADOS: Apenas um caso de CEC de pele apresentou concentração de mastócitos de 0-10 e nenhum caso de CEC de boca apresentou concentração maior que 201 mastócitos no tumor. A maioria dos CECs de boca tem concentração de mastócitos entre 0 e 10 (47% – n = 16); 80% dos CECs de pele têm concentração acima de 51 mastócitos. Todos os casos de CEC de boca com concentração entre 100 e 200 mastócitos e 80% daqueles com concentração entre 51 e 99 eram de lábio. A concentração de mastócitos não está relacionada ao grau de diferenciação do tumor.
CONCLUSÃO: A concentração de mastócitos é menor nos CECs de boca, exceto nos de lábio, podendo refletir uma menor necessidade de ativação de células do microambiente para melhorar a vascularização nos cânceres de boca.
|
Resumo
|
Geisiane Custódio, Luiz Henrique Locks, Maria Fernanda Coan, Carlos Otávio Gonçalves, Daisson José Trevisol, Fabiana Schuelter Trevisol et al.
|
FUNDAMENTOS: O câncer da pele é frequente no Brasil, com incidência crescente. Na Região Sul de Santa Catarina não existem dados da incidência de carcinoma basocelular.
OBJETIVO: Estabelecer dados do carcinoma basocelular em Tubarão (SC) entre 1999 e 2008.
MÉTODOS: Estudo transversal com revisão dos laudos anatomopatológicos de carcinoma basocelular dos laboratórios
de Tubarão (SC), com coleta das variáveis de interesse: ano do diagnóstico, idade, gênero, cidade de origem, local da lesão, subtipo histológico, diâmetro da lesão, comprometimento de margem e ocorrência de recidiva.
RESULTADOS: Identificaram-se 3.253 laudos de carcinoma basocelular, com maior frequência na faixa etária entre 61 e 80 anos. Calculou-se o coeficiente de incidência para carcinoma basocelular de 164,5 em 1999 e 295,2 em 2008 para cada 100 mil habitantes, acarretando aumento de 80%. A região cefálica foi a mais acometida e o subtipo histológico mais comum foi o nodular. Houve associação entre gênero masculino e a localização em tronco e orelha, e entre gênero feminino e ocorrência de carcinoma basocelular no nariz. O subtipo esclerodermiforme foi o mais agressivo em relação ao comprometimento de margens.
CONCLUSÃO: Do total de casos de carcinoma basocelular, houve prevalência de margens comprometidas após ressecção em 27% das lesões. Após análise multivariada, as lesões de 2cm ou mais apresentaram probabilidade 5,5 vezes maior de comprometimento de margens, ao passo que a localização em face indicou probabilidade 1,8 vez maior (p<0,0001).
|
Resumo
|
Fátima Mendonça Jorge Vieira, Valéria Aoki, Zilda Najjar Prado de Oliveira, José Eduardo Costa Martins
|
FUNDAMENTO: Apesar de a porfiria cutânea tardia ser a mais frequente das porfirias, há poucos estudos que abordam sua fisiopatologia cutânea.
OBJETIVO: Avaliar as alterações cutâneas na porfiria cutânea tardia utilizando a microscopia ótica e a imunofluorescência direta, antes e depois do tratamento com cloroquina. Realizar o imunomapeamento antigênico da bolha para estudo do seu nível de clivagem.
MÉTODOS: Relata-se a microscopia ótica e imunofluorescência direta de 28 pacientes em três fases diferentes: 23 pacientes com porfiria ativa antes do tratamento (Fase A), sete pacientes com remissão clínica durante o tratamento (Fase B) e oito pacientes com remissão bioquímica (Fase C). O imunomapeamento foi realizado em sete pacientes.
RESULTADOS: Na porfiria ativa, a imunofluorescência direta demonstrou fluorescência homogênea e intensa no interior e na parede dos vasos e na junção dermoepidérmica. Na remissão clínica (Fase B) e na remissão bioquímica (Fase C), o depósito de imunoglobulinas se manteve, mas o depósito de complemento apresentou diminuição na maioria. O imunomapeamento não demonstrou plano de clivagem fixo.
CONCLUSÃO: Não houve correlação entre a resposta clínica e os depósitos de imunoglobulinas. A diminuição do complemento favorece a hipótese de que a ativação da cascata do complemento representa uma via adicional que leva à lesão endotelial.
|
Resumo
|
Mecciene Mendes Rodrigues, Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, Mecleine Mendes da S. Dantas, Thaísa Delmondes Batista , Alzírton de Lira Freire et al.
|
FUNDAMENTOS: A radiação ultravioleta B (RUVB) é o mais importante fator ambiental capaz de modificar a função imunológica da pele humana.
OBJETIVO: estudar a associação entre o fenótipo de suscetibilidade ou resistência à radiação RUVB e as formas polares da hanseníase.
MATERIAL E MÉTODOS: foram avaliados 38 pacientes com hanseníase virchowiana (MHV) e 87 pacientes com hanseníase tuberculoide (MHT) de acordo com a classificação de Ridley e Jopling (1966). Todos os pacientes foram submetidos ao teste para determinação do fenótipo de suscetibilidade ou resistência à RUVB por meio da aplicação de um disco de dinitroclorobenzeno (DNCB) a 2% em uma área de pele previamente irradiada com duas vezes a dose eritematosa mínima (DEM). Após 21 dias, outra aplicação de um disco similar de DNCB a 0,05% na região escapular (área não exposta à RUVB) foi realizada para avaliar se houve sensibilização, com leitura após 48 horas. Os pacientes que apresentaram reação positiva ao DNCB foram considerados UVB-resistentes e o oposto foi considerado para aqueles que não
apresentaram resposta (UVB-suscetíveis).
RESULTADOS: A frequência de UVB-suscetíveis foi de 63,2% (24 pacientes) no grupo MHV e 34,4% (30 pacientes) no grupo MHT (OR = 3,26; IC = 1,36–7,87; x2 = 7,73; p = 0,005).
CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a UVB-suscetibilidade é um fator de risco para o desenvolvimento da MHV.
|
Resumo
|
Nilton Nasser
|
FUNDAMENTOS: Está bem definido que a radiação ultravioleta provoca depleção imunológica na pele, permitindo o desenvolvimento de tumores cutâneos malignos. A maioria dos pacientes de
cânceres da pele não melanomas são considerados UVB-suscetíveis.
OBJETIVOS: Estudar a UVB-suscetibilidade nos pacientes com melanoma maligno e se este é um fator de risco para o desenvolvimento desse câncer.
MÉTODOS: Foram selecionados 88 voluntários divididos em dois grupos: grupo-controle saudável (n=61) e grupo de portadores de melanoma (n=27), todos identificados de acordo com os critérios: tipo histológico, nível de invasão, fotótipos de pele, sexo e idade. A suscetibilidade à radiação ultravioleta B (UVB) foi medida pela reação de hipersensibilidade ao contato com o difenciprone nos voluntários sensibilizados em áreas previamente irradiadas.
RESULTADOS: A suscetibilidade à radiação UVB foi de 81,5% nos pacientes com melanoma maligno e de 31,2% no grupo-controle. O risco de um indivíduo desenvolver o melanoma maligno foi 9,7 vezes maior do que nos indivíduos UVB-resistentes.
CONCLUSÕES: A UVB-suscetibilidade pode ser considerada um fator de risco importante para o desenvolvimento do melanoma maligno.
|
Artigo de revisão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa Lins, Euler Maciel Dantas, Keila Cristina Raposo Lucena, Maria Helena Chaves Vasconcelos Catão, Ana Flávia Granville Garcia, Luiz Guedes Carvalho Neto et al.
|
Os lasers de baixa potência promovem efeitos biológicos benéficos, de caráter analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante, por meio de um fenômeno de bioestimulação. A radiação emitida pelo laser terapêutico afeta os processos metabólicos das células-alvo, produzindo efeitos bioestimulantes que resultam na ocorrência de eventos celulares e vasculares, os quais parecem interferir diretamente no processo de reparo. Este trabalho visa estudar o fenômeno da bioestimulação e destacar os principais efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência na reparação tecidual.
|
Resumo
|
Zilda Najjar Prado de Oliveira, Alexandre M. Périgo, Lígia M. I. Fukumori, Valéria Aoki
|
O imunomapeamento, uma técnica de imunofluorescência, é o método atual mais utilizado para o diagnóstico laboratorial e a diferenciação dos principais tipos de epidermólise bolhosa hereditária, uma vez que determina o plano de clivagem na junção dermo-epidérmica das doenças mecano-
bolhosas.
|
Resumo
|
Gisele Gargantini Rezze, Alexandre Leon, João Duprat
|
O nevo atípico (displásico) é considerado um fator importante associado com o risco aumentado de desenvolvimento do melanoma cutâneo. Acredita-se que nevos atípicos sejam lesões precursoras do melanoma cutâneo. Podem estar presentes em pacientes com múltiplos nevos melanocíticos (síndrome do nevo atípico) ou isolados e em poucas quantidades em um contexto não familial. Aparecem, geralmente, na puberdade e prevalecem em indivíduos jovens. Têm predileção por áreas expostas ao sol, especialmente, o tronco. O grande desafio em relação ao nevo atípico reside na controvérsia em se definir sua nomenclatura, diagnóstico clínico, critérios dermatoscópicos, diagnóstico histopatológico e aspectos moleculares. Esta revisão tem por objetivo trazer o conhecimento, facilitar o entendimento e responder às questões duvidosas concernentes ao nevo atípico.
|
Dermatopatologia
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Irena Jankovic, Aleksandar Jankovic
|
Introdução: O carcinoma basocelular é o tumor mais comum entre os tumores das pálpebras. Nesta região, a reconstrução é complexa e recomenda-se que haja perda mínima de tecido saudável.
Objetivo: Para definir a relação entre margem livre de tumor na excisão e taxa de recidiva do carcinoma basocelular das pálpebras.
Métodos: Este estudo prospectivo incluiu 111 pacientes operados para remoção de carcinoma basocelular das pálpebras no período de 2001 a 2003, com acompanhamento subsequente de 5 anos.
Os pacientes foram avaliados de acordo com a idade, localização do tumor, taxa de recidiva, e margem livre de tumor na excisão.
Resultados: Não se encontrou associação significativa entre a excisão incompleta do tumor e casos de recidiva, exceto em pacientes com idade inferior a 56 anos, pacientes do sexo feminino e em tumores do canto medial.
Conclusão: Um risco maior de recidiva de carcinoma basocelular das pálpebras com excisão incompleta foi confirmado estatisticamente apenas em pacientes mais jovens, em mulheres, e nos tumores do canto interno.
|
Caso Clínico
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Débora Nathália Smidarle, Mauren Seidl, Roberta Castilhos da Silva
|
A alopécia frontal fibrosante é uma forma de alopécia cicatricial progressiva e, frequentemente, irreversível, marcada por um infiltrado liquenóide na histologia. Desde sua primeira descrição, em 1994, na Austrália, alguns casos têm sido documentados em todo o mundo. O artigo relata, pela segunda vez na literatura, um caso brasileiro e revisa os principais aspectos desta dermatose.
|
Resumo
|
Ana Paula Gonçalves Carocha, Daniel Moscon Torturella, Gimelly Ribeiro Barreto, Rogerio Ribeiro Estrella, Mayra Carrijo Rochael et al.
|
Calcinose cutânea é uma doença incomum, de fisiopatologia incerta e, muitas vezes, incapacitante. Caracteriza-se pela deposição de sais de cálcio na pele ou tecido subcutâneo. É classificada em quatro subtipos: metastática, distrófica, idiopática e iatrogênica. Pode ser vista em várias doenças sistêmicas como hiperparatireoidismo e hipervitaminose D, ocorrendo com maior frequência na dermatomiosite, esclerodermia e síndromes overlap, sendo uma complicação infrequente no lúpus eritematoso sistêmico. O manejo das complicações secundárias, assim como o sucesso terapêutico, constituem desafios constantes no seguimento destes casos.
|
Resumo
|
Isy Peixoto, Gustavo Maquine, Valeska Albuquerque Francesconi, Fabio Francesconi
|
O dermatófito Trichophyton rubrum é um agente comum nas micoses superficiais, podendo apresentar lesões extensas pauci-inflamatórias de evolução crônica, especialmente em imunocomprometidos. O hipercortisolismo, na síndrome de Cushing, aumenta o risco de infecções, resultado do efeito imunossupressor dos glicocorticóides. Os casos relatados apresentam duas formas distintas de dermatofitose, em pacientes com doença de Cushing, causadas por Tricophyton rubrum e posterior remissão após normalização da cortisolemia.
|
Resumo
|
Priscila Wolf Nassif, Deise Aparecida Santos Godoy, Sadamitsu Nakandakari, Cinthia Janine Meira Alves, Cleverson Teixeira Soares et al.
|
A doença de Mucha-Habermann ulceronecrótica febril (FUMHD) é uma variante clínica rara da pitiríase liquenoide variceliforme aguda (PLEVA). Tem etiologia incerta e é caracterizada por lesões úlceronecróticas, associadas a sintomas sistêmicos. Relata-se um caso de paciente masculino, com início agudo de lesões máculo-papulares, vesicobolhosas e úlceronecróticas, associadas à febre alta e mialgia. Tratado com prednisona 0,5 mg/kg/dia, obteve-se excelente resposta terapêutica. A FUMHD é uma variante severa da PLEVA, cujo diagnóstico é clínico e histopatológico. Vários tratamentos são descritos, tais como: metrotexate, corticoesteroides, PUVA, mas nenhum foi estabelecido.
|
Resumo
|
Luis Eduardo Agner Machado Martins, Betina Werner, Dra Gabriela Poglia Fonseca
|
Milia em placa é uma forma rara e primária de milia. Questões referentes à cosmética e aos seus diagnósticos diferenciais perturbam os pacientes e desafiam os médicos. Relatamos um caso de milia em placa e discutimos a literatura pertinente.
|
Resumo
|
Yuri Nogueira Chaves , Dulceane Natyara Cardoso, Priscila F. Landulfo Jorge, Ivonise Follador, Maria de Fátima Paim de Oliveira et al.
|
A psoríase pustulosa generalizada é tipo raro de psoríase descrita pela primeira vez, em 1910, por Von Zumbusch. A psoríase pustulosa generalizada na criança tende a ter um curso mais benigno que no adulto, entretanto, em sua forma grave, pode por em risco a vida do paciente. Talvez, pela raridade da doença, nenhuma opção terapêutica se mostrou consistentemente eficaz e segura até o momento. Relatos isolados sugerem ser o retinoide a droga de escolha nesses casos, porém trata-se de fármaco que, na primeira infância, traz mais dificuldades no manejo. Relata-se exemplo dessa rara doença em lactente, quadro extenso e grave, com resposta satisfatória ao uso de dapsona, com boa tolerabilidade.
|
Resumo
|
Sônia Antunes de Oliveira Mantese, Alceu Luiz Camargo Villela Berbert, Thaís Silveira Cesário, Henrique Borges da Silva
|
A sarcoidose é uma doença inflamatória sistêmica, de etiologia desconhecida, em que granulomas não caseosos são encontrados nos órgãos acometidos. O envolvimento cutâneo ocorre em 25% dos casos, com grande polimorfismo lesional. O acometimento de cicatrizes é incomum, porém clinicamente característico de sarcoidose cutânea. A maioria dos pacientes com sarcoidose cicatricial tem doença sistêmica. Relata-se o caso de uma paciente de 65 anos, que apresentou nodulações sobre cicatrizes 20 anos, após a realização de procedimentos cirúrgicos, sem manifestações sistêmicas. Salienta-se a importância de se investigar sarcoidose em cicatrizes prévias, com alterações inflamatórias.
|
Resumo
|
Ana Francisca Junqueira Ribeiro Pereira, Luciana Baptista Pereira, Everton Carlos Siviero do Vale, Leandro Augusto Tanure
|
A síndrome de Muckle-Wells é doença autossômica dominante rara, incluída no grupo das síndromes febris hereditárias. Caracteriza-se por episódios recorrentes e autolimitados de febre, urticária, artralgia, mialgia e conjuntivite, desde a infância, relacionados com a exposição ao frio. Mais tardiamente, há perda auditiva neurossensorial progressiva. Amiloidose, a principal complicação, desenvolve-se em cerca de 25% dos casos. Associa-se a mutações no gene NLRP3 (antes CIAS1) que codifica a criopirina, proteína reguladora da produção de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-1beta. Relata-se a ocorrência dessa doença incomum em quatro membros de uma única família.
|
Resumo
|
Juliana Merheb Jordão, Letícia Cortes Haendchen, Thiago César Berestinas, Luciana Rodrigues Lisboa Faucz
|
A Telangiectasia Nevoide Unilateral é uma dermatose vascular rara, caracterizada por áreas de telangiectasia superficial, em uma distribuição linear unilateral, descrita, em 1899, por Zeisler e Blaschko. Diversas teorias foram desenvolvidas para explicar sua etiopatogenia, sendo a provável (e a mais fundamentada) a relação com elevação dos níveis de estrogênio. Há duas formas: a congênita e a adquirida. Esta, geralmente, se relaciona a hepatopatias, em pacientes do sexo masculino. Em homens hígidos, a ocorrência da forma adquirida é rara, com poucos relatos na literatura, sendo sua causa desconhecida. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de telangiectasia nevoide unilateral adquirida em homem jovem, sem comorbidades, alterações clínicas e/ou laboratoriais sugestivas de hiperestrogenismo.
|
Resumo
|
Flávia Larissa Kaiber, Tiago Osternack Malucelli, Eloína do Rocio Valenga Baroni, Marcelo Derbly Schafranski, Hélcio Takeshi Akamatsu, Carolina Cecília Finkler Schmidt et al.
|
É relatado um caso de trombocitopenia induzida por heparina complicada, com necrose cutânea induzida por varfarina em paciente de 74 anos, sexo feminino, internada com diagnóstico de fratura do colo do fêmur, trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. A necrose cutânea induzida por varfarina é uma complicação rara da terapia anticoagulante, com alta morbidade e mortalidade, que pode estar associada à trombocitopenia induzida por heparina.
|
Imagens em Dermatologia
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Paulo Ricardo Criado, Aline Angélica Porto Rocha Lima
|
Nós descrevemos uma mulher de 41 anos em tratamento de câncer colorretal avançado que, após a segunda dose de cetuximabe, desenvolveu intensa blefarite e tricomegalia bilateral. A toxicidade ocular decorrente do cetuximabe tem sido relatada, porém ainda tem mecanismos fisiopatogênicos incertos.
|
Imagens em Dermatologia Tropical
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Christiane Matsuo, Carolina Talhari, Lisiane Nogueira, Renata Fernandes Rabel, Mônica Nunes dos Santos, Sinesio Talhari et al.
|
É apresentado caso de hanseníase borderline virchowiana com quatro anos de evolução e lesões cutâneas de difícil diagnóstico na rede de saúde. O exame histopatológico mostrando estruturas granulomatosas desorganizadas e múltiplos bacilos álcool-ácido resistentes foi essencial para o diagnóstico. Casos como o descrito possibilitam a contaminação dos conviventes e o surgimento de novos casos de hanseníase no futuro.
|
Qual é seu diagnóstico?
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
|
Roberto Souto da Silva, João Carlos Macedo Fonseca, Daniel Obadia
|
|
|
Jonas Ribas, Antonio Pedro Mendes Schettini , Carla Barros da Rocha Ribas, Clarisse de Albuquerque Corrêa
|
|
Artigo Especial
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Mônica Santos, Vidal Haddad Júnior, Rodrigo Ribeiro Rodrigues, Sinésio Talhari
|
As borrelioses constituem um grupo de doenças infecciosas causadas por espiroquetas do gênero Borrelia. A borreliose de Lyme, também denominada doença de Lyme, é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por espiroquetas pertencentes ao complexo Borrelia burgdorferi Sensu Lato e transmitida, mais frequentemente, por picada de carrapatos do gênero Ixodes. A doença apresenta quadro clínico variado, podendo desencadear manifestações cutâneas, articulares, neurológicas e cardíacas.
|
Comunicação
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
Resumo
|
Rodrigo Sestito Proto, Carlos D’Apparecida Santos Machado Filho, José Ricardo Carvalho Lima Rehder, Maurício Pedreira Paixão, Rodrigo Interlandi Angelucci et al.
|
Nesse estudo analisou-se a qualidade de vida de indivíduos com hanseníase, além da comparação de índices de qualidade de vida entre duas realidades sócio-econômicas distintas.O trabalho foi realizado no ambulatório de hanseníase da Faculdade de Medicina do ABC-SP e através de visitas à população ribeirinha do Rio Purus , Estado do Amazonas, utilizando-se o Índice de Qualidade de Vida Dermatológico (IQVD).Observou-se que 76,9% dos pacientes avaliados na Amazônia tinham qualidade de vida comprometida, enquanto 19% em Santo André apresentavam esses resultados.No grupo do Amazonas, quem possuía sequela apresentava qualidade de vida comprometida.
|
Resumo
|
Guilherme de Medeiros Lins de Araújo, Nilberto Dias de Araújo, Rodrigo Pessoa de Farias, Francinete Carla Nunes Cavalcanti, Maria do Livramento Ferreira Lima, Ricardo Antonio Faustino da Silva Braz et al.
|
A partir de fichas individuais, fizemos um levantamento da incidência de casos de micose superficial, diagnosticadas sob o ponto de vista clínico em quatro Unidades de Saúde da Família de Patos-PB, no ano de 2007. Tivemos uma amostra de 197 notificações positivas, onde as mais incidentes foram: Pitiríase e Tínea, sendo a maior prevalência na faixa etária de 11 a 20 anos e o sexo feminino, o mais acometido. Um número elevado de infecções não identificadas foi encontrado: 46,19%, no entanto, a identificação destes agentes torna-se inacessível, por não serem infecções de notificação obrigatória.
|
Resumo
|
Tatiana Federige Oliveira, Carolina Monteguti, Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
|
Os médicos não dermatologistas muitas vezes têm dificuldade em diagnosticar/conduzir dermatoses prevalentes. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência destas em uma clínica de assistência à saúde a uma população da Ilha de Marajó, sem médico no município há meses. Dos pacientes atendidos, 36,5% procuraram atenção por um problema dermatológico. São apresentados os diagnósticos feitos. O conhecimento em dermatologia mostrou-se fundamental para a prática clínica do médico não especialista.
|
Síndrome em Questão
|
Titulo do Artigo
|
Autor(es)
|
|
Marcela Duarte Villela Benez, Elisa Fontenelle, Brunela Bastos Tozzi, Carolina Presotto
|
|