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Vol. 95. Núm. 4.
Páginas 548-549 (1 julho 2020)
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Sobre as variações da cirurgia micrográfica e o uso de cortes histológicos horizontais na avaliação de margem cirúrgica – Resposta
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Francisco Macedo Paschoal
Disciplina de Dermatologia, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil
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Prezado Editor,

Portela et al. propuseram em seu artigo uma nova forma de avaliar o material oriundo da enucleação tumoral por meio de cortes histológicos horizontais.1

À parte da discussão sobre as diferentes técnicas de cirurgia micrográfica, entre elas a técnica de Munique,2 a semelhança com o apresentado por Portela et al. e a técnica de Munique recai sobre a maneira como o tecido é recortado para a análise histológica, ou seja, por meio de cortes horizontais ou paralelos à superfície cutânea. Entretanto, várias diferenças podem ser mencionadas. A enucleação ou debulking não é obrigatoriamente feita por meio de uma incisão vertical. Na maioria das vezes, a incisão é tangencial à superfície cutânea. Os cortes da peça cirúrgica, como proposto por Portela et al., são feitos no sentido da superfície para a profundidade, ao contrário do que é feito na técnica de Munique. Isso se justifica, já que o objetivo principal na avaliação histológica por cortes horizontais do tumor enucleado é, antes de tudo, uma melhor análise do subtipo histológico e do sítio tumoral. Portanto, é mais lógico que os cortes comecem na superfície, nível onde o tumor já está presente. A avaliação posterior das bordas e margens cirúrgicas no estudo de Portela et al. foi feita conforme preconizado na cirurgia micrográfica de Mohs.

Vale ressaltar que cortes histológicos horizontais, por vezes denominados cortes transversais, são usados há décadas na dermatopatologia. Como exemplo, pode‐se citar seu emprego nas doenças do folículo piloso e na correlação entre dermatoscopia, microscopia confocal de reflectância e histopatologia.3–5

Assim, o objetivo do estudo não foi descrever uma nova técnica de cirurgia micrográfica, visto que a técnica usada no controle periférico das margens foi a cirurgia micrográfica de Mohs. Não obstante, o debate sobre as diferentes modalidades de cirurgia micrográfica é de grande importância, devido a sua difusão crescente e ao aumento progressivo do número de cirurgiões micrográficos no Brasil.

Suporte financeiro

Nenhum.

Contribuição do autor

Francisco Macedo Paschoal: Aprovação da versão final do manuscrito; elaboração e redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.

Conflitos de interesse

Nenhum.

Referências
[1]
P.S. Portela, D.A. Teixeira, C.D.A.S. Machado, M.A.S. Pinhal, F.M. Paschoal.
Horizontal histological sections in the preliminary evaluation of basal cell carcinoma submitted to Mohs micrographic surgery.
An Bras Dermatol., 94 (2019), pp. 671-676
[2]
L.F.F. Kopke, B. Konz.
The fundamental differences among the variations of micrografic surgery.
An Bras Dermatol., 69 (1994), pp. 505-510
[3]
G.G. Rezze, A.P. Scramin, R.I. Neves, G. Landman.
Structural correlations between dermoscopic features of cutaneous melanomas and histopathology using transverse sections.
Am J Dermatopathol., 28 (2006), pp. 13-20
[4]
J.C. Braga, M.P. Macedo, C. Pinto, J. Duprat, M.D. Begnami, G. Pellacani, et al.
Learning reflectance confocal microscopy of melanocytic skin lesions through histopathologic transversal sections.
[5]
J.T. Hedington.
Transverse microscopic anatomy of the human scalp: a basis for a morphometric approach to disorders of the hair follicue.
Arch Dermatol., 120 (1984), pp. 449-456

Como citar este artigo: Paschoal FM. On variations in micrographic surgery and the use of horizontal histological sections in the evaluation of the surgical margin – Reply. An Bras Dermatol. 2020;95:548–9.

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